Nosso Amor não Foi Feito para Acabar escrita por BeLiza


Capítulo 24
Anjo da guarda


Notas iniciais do capítulo

Oh nós aqui!! o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/84226/chapter/24

- Como você se transformou? - perguntei. Essa história esta mais louca que eu pensava que seria. Juan suspirou.

 

********************************

 

 

Lena

 

 

Parecia que ele estava pensando como falar, ou se iria falar.

 

- Não sei se você está preparada para saber. - ele disse se virando de costas para mim. Pensei em levantar e me aproximar dele, mas não o fiz. Eu não sabia se queria. Isso tudo era muito estranho. - Não, você não está preparada para saber. - ele constatou voltando a me olhar, depois de um breve silêncio. - Você nem ao menos condia em mim. - ele disse.

 

- Não viria se eu não confiasse. - disse cruzando os braços.

 

- Também não está com medo? - ele quis testar. Isso eu não podia afirmar. Não sabia o que ele podia fazer. - Eu posso te sentir, sentir seu medo. - ele falou baixo.

 

- Não é medo, não totalmente. É mais receio.

 

- Receio?

 

- É. - me levantei. - Não sei muito sobre vampiro. - disse. Ele sorriu.

 

- Eu pensei que você estivesse com receio de mim. - ele disse um pouco menos tenso.

 

- E eu estou, um pouco. - admiti. - Eu conhecia o outro Juan, esse é novo para mim.

 

- Talvez você não seja tão indefesa quanto penso. - ele disse se aproximando.

 

- Claro que não. Eu sou a filha do Jack Chan, lembra? - tentei brincar, lembrando do comentário que um dos caras que ia atacar Tara e eu, disse na noite que Juan apareceu. Ele juntou as sobrancelhas. Talvez não tenha sido tão engraçado assim.

 

 

Seth

 

 

- Vou nessa, pessoal. Vou ver a Lena. - disse me despedindo do pessoal no colégio.

 

- Manda um beijo para ela. - Todd disse. Olhei serio para ele. - Não, quero dizer, manda um abraço, é melhor. - ele tentou consertar.

 

- Fala para ela que pode me ligar se precisar de alguma coisa. - Dulce disse.

 

- Digo. Ela vai ficar feliz. - disse sorrindo. Era só pensar em ver a Lena que eu mudava. - Não esquece de hoje, mais tarde. - falei para Matt. Ele iria fazer a ronda com Leah.

 

- Não esqueço. - ele disse acenando.

 

Matt era um dos poucos que não ligavam de fazer a ronda com ela. Na verdade só Jake, eu e Matt não nos importamos. Isso por que Jake a proibiu de fazer qualquer piada sobre a Bella enquanto estivesse na mente dele.

 

- Avisa a Lena que eu vou vê-la mais tarde. - Tara disse antes de Matt a levar. Eu corri até minha moto.

 

- Espera, Seth. - ouvi me chamarem. Pensei em não parar, principalmente quando identifiquei a voz, mas resolvi parar.

 

- O que foi dessa vez, Kylla? - perguntei ao me virar. Essa era a terceira vez que ela tentava chamar minha atenção hoje.

 

- O pessoal tá comentando que a Helena foi atacada por um urso, é verdade? - Kylla estava ofegante, por ter corrido.

 

- Quem te contou isso? - as únicas pessoas que eu havia inventado isso era para Todd e Dulce. Sam veio conversar com os diretores também, mas não acreditava que eles iriam ficar fazendo fofoca por aí.

 

- Não lembro. - ela deu de ombros fingindo não lembrar. - Mas então, é verdade?

 

- Para quê você quer saber? - cruzei os braços.

 

- Por nada. Só fiquei preocupada. - ela disse, como se eu realmente acreditasse nela.

 

- Não se preocupe, ela está bem. Tchau, Kylla. - disse tentando sair de perto dela.

 

- Espera. - ela me segurou. Tive que parar. - Tá sabendo que o pessoal vai sair esse fim de semana?

 

- Não. - mostrei meu interesse pelo assunto, que era nenhum.

 

- É, eu percebi que você estava meio distraído hoje. - ela disse. Essa garota não faz mais nada? Revirei os olhos. - O pessoal está combinando de ir até Forks. - ela continuou.

 

- Legal. - disse, nenhum pouco animado.

 

- Você não quer ir? Quero disse, já que a Helena está meio mau, pensei que ela não ligaria para isso.

 

- Eu não iria mesmo se ela não ligasse. - avisei. Percebi que ela iria insisti então resolvi encerrar logo o papo. -Tenho que ir, Kylla. A Lena está me esperando. - disse e sai antes que ela começasse novamente. Subi na moto e corri até a casa do Sam.

 

- Olha ele aí. - Embry disse passando por mim, assim que entrei na casa. Ele se sentou no chão ao lado de Qui. Eles não largavam o video game, e nem tem tanto jogo assim.

 

- Aposto que ele vai dar um ataque quando souber. - Quil disse ao Embry, sem olha-lo. Souber o que?

 

- O que foi? - Perguntei ao Sam, que estava serio sentado na cadeira.

 

- Lena saiu. - ele respondeu.

 

- Mas ela está machucada! - exclamei tentando me controlar para não gritar. - Para onde ela foi?

 

- Não sei, ela não falou no bilhete. - Sam disse. Eu não era o único a tentar me controlar. Peguei o bilhete e li. Por que ela sempre escreve esses bilhetes vagos?

 

- Alguém ligou para ela? - perguntei.

 

- Sim. - Emily veio da cozinha. - Mas está desligado, deve ter descarregado. - ela disse. Merda, onde será que ela foi dessa vez?

 

 

Lena

 

 

- Uau! - exclamei depois de Juan dar a volta entorno da casa. Na verdade não pude vê, não consegui vê nada além de um borrão passando por mim. - Meus céus, e eu achava que os rapazes corriam muito. - disse. Ele já havia me mostrado alguns de seus novos dons.

 

- São incomparável nossas habilidades. - ele disse. Achei um tanto quanto arrogante o que ele disse, mas não vi arrogância em seus olhos. Ele só estava constatando.

 

- E aquilo que você faz quando levanta a mão? - perguntei.

 

- Mover qualquer tipo de matéria? Veio como bônus. - ele brincou dando de ombros.

 

- Todos vocês tem esses poderes? Quero dizer, todos os vampiros?

 

- Não sei ao certo, ouvi dizer que só alguns. Mas não convivi com nenhum para ter certeza.

 

- Não? Você ficou sozinho?

 

- Eu disse que não tinha ninguém. - ele disse me olhando.

 

- É legal ter esse poder? - perguntei resolvendo mudar de assunto, não sabia se lembrar disso o machucava. Ele sorriu.

 

- Tem seus momentos.

 

- Como por exemplo? - perguntei pensando que ele fosse mover alguma pedra ou algo do tipo, mas não. Senti como se o chão tivesse se movendo, mas não era o chão, era eu. Ele me levou até ele em poucos segundos. Perto demais, por sinal. Podia sentir a respiração dele em mim.

 

- Sempre quis fazer isso. - Juan disse com um leve sorriso de lado. Ele tirou alguns fios de cabelo do meu rosto. Senti meu meu coração acelerar, de uma forma diferente. - Se você se soubesse o quanto seu cheiro é agradável. - ele falou baixo aproximando seu rosto do meu. A tontura estava vindo junto com ele. Fechei meus olhos esperando por alguma coisa que não sabia o que era. - Me desculpa. - ele sussurrou no meu rosto. Abri meus olhos, ele se afastou de repente.

 

- Não, tudo bem. - disse não tendo certeza. O que é isso?

 

- É melhor você ir. - ele disse de costas para mim. Eu encostei nele.

 

- Você ainda está me devendo uma resposta. - o lembrei. Ele se virou para mim. - Ainda não me respondeu como você se transformou. - disse. Ele balançou a cabeça. - Juan, por favor, me conta.

 

- Envolve seus pais, Lena. - ele disse.

 

- Meus pais? - me espantei. Ele afirmou. - Então esse é mais um motivo para me contar. - falei cruzando os braços. Ele revirou os olhos.

 

Juan segurou minha mão e me puxou para sentarmos na frente de sua casa. Voltei a sentir-lo tenso ao sentarmos.

 

- Conheci seus pais na noite em que eles morreram. - ele começou sem me olhar. - Era a noite do coquetel da impressa de vocês. Eles haviam fechado um negócio junto com a impressa de minha família, iríamos trabalhar juntos. - Juan ainda não me olhava. - Seu pai havia bebido um pouco mais, nada muito serio. Mas achamos melhor eles não irem dirigindo. Então resolvemos dar uma carona com a limousine que alugamos. - ele falou antes de respirar pesadamente. - Quem diria que eles estariam mais seguros dirigindo. - Juan falou um pouco mais baixo. - Os pais do Adam não foram com a gente, eles foram de taxi. Colocamos eles no taxi e fomos embora. - ele mexeu, com o pé, na grama. - Foi tudo tão rápido. Estávamos pegando outro caminho para casa de vocês. Até que sentimos uma batida violenta na limousine. Não sabíamos o que era até ouvirmos um grito desesperado vindo do motorista. Pensamos que fosse um bandido, mas não era. O teto da limousine foi arrancado como se fosse um papelão velho, alguns segundos depois do grito do motorista. Depois disso não consegui ver muita coisa, eles invadiram a limousine e eu não vi mas nada, acordei assim três dias depois. - ele falou. Teitei dar um tempo para ele, mas minha curiosidade era muito maior.

 

- Você viu meus pais depois que acordou?

 

- Não, nem os meus. Acordei na Antártida.

 

- Antártida? - me espantei. - Como foi parar lá?

 

- Não sei. Apenas estava lá.

 

- Por que eles te deixaram... existir? Quero dizer, só você.

 

- Me pergunto isso todos os dias. - ele me olhou. Não sabia mas o que dizer. Por que não os meus pais? Eu queria eles comigo. Não ligaria se eles fossem vampiros. - Eles te amavam, Lena. Te amavam muito. Nunca vi nos olhos de alguém um amor tão grande quanto vi nos deles ao falarem de você. - ele falou. Senti meu coração apertar. - Seu pai me mostrou uma foto sua e disse: Essa é meu maior e mais valioso bem. - ele contou. Senti algumas lágrimas escaparem. - Nunca esqueci, foi uma das ultimas coisas que ouvi como humano. - ele disse ao limpar minhas lágrimas. - E ele tinha razão. Você é a melhor jóia ou bem que alguém pode ter. Seth é o cara mais sortudo do mundo.

 

- Obrigada, obrigada por me contar isso. - eu o abracei forte.

 

- Cuidado, sua costas. - ele me abraçou com cuidado. Não me importei.

 

- Você é um ótimo amigo. - disse limpando meus rosto. Ele sorriu.

 

- Obrigado.

 

- Sinto muito por tudo o que você passou. Queria poder te ajudar como você me ajudou durante esses anos.

 

- E você me ajudou, ajudou mais que possa imaginar. - ele falou. Não estava entendendo. - Três anos depois que me... transformaram, decidi retornar minha antiga vida, voltei para procurar meus pais, e descobri que eles haviam morrido junto com os seus. Então fui te procurar, não sabia o por que, mas eu ainda lembrava de você. - ele falou sorrindo, retribui o sorriso. - Te encontrei saindo do colégio com seus amigos. Você estava de transinha. - ele disse rindo.

 

- Eu odiava as transinhas que minha avó fazia. - resmunguei.

 

- Eu achava que você ficava muito bem. - ele falou sorrindo.

 

- É, muito. - ironizei. Ele riu da minha cara, mas logo parou.

 

- Nunca mais sai de perto de você depois desse dia, depois que te vi pessoalmente. - ele falou olhando fundo nos meus olhos.

 

- Será que devo te chamar de anjo da guardo em vez de Juan? - brinquei.

 

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Guarda eu, Juan!! o/ kkkkkk
Quanta novidade....
Reviews? *por favor*