Turnabout Land escrita por Kotomi


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Continuem lendo e acompanhando as Aventuras do PW XD no mundo de Pokemon!! 8D



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O tribunal todo estava ansioso pelo depoimento de Abra. Embora eu tivesse estabelecido que ele era uma testemunha confiável, esta ainda seria a primeira vez na história que um computador realmente iria depor num tribunal, ao invés de apenas ter seus dados usados como provas. Adicionalmente, por mais que Abra fosse apto a depor, ele ainda tinha um jeito um tanto estranho de fazê-lo.

- vejamos – “disse” o bot – eu estava vagando pela land naquela noite, procurando qualquer tipo de tópico engraçado para eu me divertir.

- HOLD IT! – eu interrompi – Com “land” você quer dizer a Comunidade PokéLand, correto?

- eh, isso. da na mesma. – o notebook respondeu.

- E como um notebook sai andando por aí, sozinho?!

- eu naum sou um notebook T_T – o bot respondeu – eu sou um programa instalado no notebook do shinji, mas eu posso sair viajando pela internet ou quaisquer outros sistemas em rede. Como a Land, por exemplo.

- Ah, sim. Então bots são capazes de acessar qualquer tipo de computador ao alcance deles?

- naum qualquer tipo, mas pelo menos os da Land eu consigo acessar. =P

- E como você pode ter certeza de que esse foi o mesmo tópico onde o nosso assassinato aconteceu? – eu perguntei.

- É muito simples, Wright. – Edgeworth respondeu – Quantos assassinatos aconteceram na PokéLand naquela noite?

Eu já sabia onde isso iria acabar. Edgeworth era incapaz de perder uma chance de me envergonhar em público.

- Huh, apenas um...? – eu respondi.

- Então a testemunha obviamente está falando do mesmo assassinato que nós. Não é óbvio? – o promotor disse triunfante. – Agora, testemunha, continue seu depoimento.

- esse topico em particular me chamou a atençaum justamente pq tinha alguém la. – o computador disse – depois de eu passar tanto tempo procurando topicos ativos por ai, achar um topico com ao menos uma pessoa jah era lucro.

- HOLD IT! – eu interrompi – Quantas pessoas havia no tópico quando você chegou lá?

- apenas a Creuza mesmo.

- Creuza? – eu perguntei – Quem é essa?

- o Crazy, GBcrazy. a gente chama ele de Creuza. – o computador respondeu – eu apenas fiquei lah vendo que diabos ele estava fazendo num topico tão vazio e chato. algum tempo depois, o DH apareceu.

- DH? – eu perguntei

- ah, apenas fala de novo que você vai perceber, sr. advogado.

- Wright, Wright... – Edgeworth disse, com os braços cruzados – Não é preciso pensar muito para perceber que ele está se referindo ao réu, Deagá. Apenas ouça a palavra de novo: Deagá. Entendeu?

- Sim, entendi, Edgeworth. – eu respondi, com a expressão de um tremendo idiota.

Nesse momento, eu senti que havia algo de estranho no que Abra acabara de falar... Mas eu não conseguia dizer o quê.

- em todo caso, eles se espantaram um bocado quando se encontraram lá. – o bot falou – ambos pareciam ter encontrado um fantasma.

- OBJECTION! – eu protestei – Você conseguiu ver Deagá e as expressões dele e da vítima do clareza.

- eh, consegui. algum problema? ._. – o bot respondeu.

- “Algum” problema? Que tal um grande problema?! – eu respondi batendo em minha mesa – É impossível que você tenha visto o réu com tanta clareza na cena do crime! – eu disse, apontando para o notebook.

- e pq isso? =/

- Estaria escuro demais para enxergá-los àquela hora!

- OBJECTION! – Edgeworth protestou – E como você pretende provar isso, Wright? Você por acaso estava no tópico na hora do assassinato?

- Hmm... Não? – eu respondi, suando e com meus dentes rangendo.

- Então não questione o que nossa testemunha disser. Ainda mais quando foi você quem implorou para que esse bot depusesse aqui. – ele disse, apontando e balançando seu dedo indicador esquerdo para mim.

- Nick, você não acha isso estranho? – Maya me perguntou.

- Isso o quê?

- Ele conseguir enxergar tão bem dentro do tópico. Por algum motivo, eu estava achando que isso seria impossível...

- Impossível? Mas por quê, Maya?

- Eu não sei. – ela admitiu, fazendo uma expressão de decepcionada – O Sr. Edgeworth já mostrou que não podemos apenas dizer que estava escuro, então...

- Se a defesa já estiver disposta a parar de conversar, eu gostaria que a testemunha continuasse seu depoimento. – Edgeworth interveio.

As palavras de Maya ecoavam minha cabeça. Eu também tinha essa impressão de que Abra deveria ser incapaz de enxergar no tópico... Mas por quê? Eu poderia descobrir isso apenas se lhe fizesse mais perguntas:

- Na verdade, eu ainda tenho mais uma pergunta para a testemunha.

- va em frente. – disse o bot

- Como você conseguiu enxergar no tópico, Abra? – eu perguntei hesitante. Eu tinha medo de que Edgeworth me envergonhasse na frente da corte ainda outra vez.

- pelas câmeras de segurança, eh obvio. por onde mais eu poderia enxergar?

- Pelas câmeras?! – eu retruquei. Eu finalmente percebi o que havia de errado com a história daquele bot! – Isso é impossível!

- naum, naum é. eu enxerguei, naum enxerguei?

Eu esperava que Edgeworth de alguma forma apoiasse Abra. Eu esperava que ele tivesse alguma evidência que pisoteasse minha teoria antes mesmo de eu expô-la. Mas ele apenas ficou quieto, como se nada estivesse ocorrendo. Aquele silêncio por parte do promotor me aterrorizou; eu sabia que ele estava planejando algo. Mas eu ainda tinha de expor as contradições no que Abra disse!

- Não, você não enxergou! Isso é impossível, e seu próprio “dono” provou isso! – eu disse, com meus braços na cintura.

- meu “dono”? ah, vc deve ta falando do Ximg, neh?

- Durante minha investigação ontem, Ikari Shinji me disse que as câmeras de segurança do tópico estavam quebradas!

- eh, agora que você fala nisso, realmente tinha um problema. Mas eu ainda podia exe...

- OBJECTION! – Edgeworth protestou.

Agora seria meu fim, eu tinha certeza. Se Edgeworth iria questionar a testemunha de onde eu parei, é porque ele estava prestes a desintegrar minhas esperanças de vencer. Adicionalmente, ele aproveitaria para me humilhar dizendo algo como “Muito obrigado por fazer meu trabalho para mim, Wright.”.

- Muito obrigado por fazer meu trabalho para mim, Wright. – ele disse, curvando-se para mim – Você está muito melhor do que da última vez.

- É... Muito obrigado? – eu respondi, com um sorriso envergonhado e meu braço esquerdo na minha nuca.

- Durante a investigação ontem, uma coisa ficou extremamente claro: as câmeras daquele tópico não gravaram nenhuma imagem durante aquela noite. E, conforme a testemunha acabou de dizer, ele é capaz de “habitar” qualquer meio eletrônico... E usá-lo como quiser.

- eh, isso mesmo. – Abra concordou.

- Mas ao usar uma câmera quebrada, incapaz de recordar imagens, é impossível que um Bot enxergue!

- ...! mas mas... eu vi! – o bot respondeu.

- E havia também um certo ponto duvidoso neste julgamento quando voltamos do intervalo, não é, Wright? – Edgeworth disse triunfante, com seus braços abertos – Algo... Questionável. Você poderia, por favor, nos lembrar do que era esse “algo”?

- Ele era... A própria testemunha, Abra. – eu respondi me apoiado em minha mesa. Meus braços tremiam e eu sentia o suor descendo. Eu não podia acreditar que eu cavara minha própria tumba!

- Sr. Edgeworth, o senhor certamente não está afirmando que...?! – interveio o Juiz.

- Eu certamente estou, Meritíssimo. – o promotor respondeu – Por mais que a defesa tenha conseguido decifrar o que esta testemunha diz, isso não muda o fato de que Abra está apenas cuspindo mentiras enquanto depõe!

- ei... eu vi eles! eu juro! ;_; - o bot respondeu

- Mas Sr. Abra, isso é impossível! – O Juiz retrucou.

- Definitivamente. – Edgeworth concordou – E, é claro, um veredicto estava prestes a ser anunciado quando esta testemunha “surgiu”. Como ela não adiciona nada de útil ao caso... É hora da justiça ser feita, não acha, Wright?

- Nick! Você tem que fazer alguma coisa! – Maya disse, desesperada.

- Eu sei, eu sei! – eu respondi, em pânico – Eu estou pensando em alguma coisa! Mas o que Edgeworth disse... Abra insiste tanto que ele viu o crime, mesmo com todas essas provas de que ele não viu... Como eu posso escapar disso?!

- Eu não sei, Nick! Mas... Pense em alguma coisa! Alguma coisa que minha irmã dizia, talvez!

- Algo que ela dizia...? Bom, nós sabemos que nossa única chance de sair desta é o Abra realmente ter “visto” o crime... Então ele tem que ter visto o assassinato! De alguma forma!

- Mas Nick, você mesmo disse à corte que a câmera estava quebrada. É impossível que ele tenha visto o crime!

- Eu sei, eu sei! – eu fiquei ainda mais nervoso – Mas... Eu tenho pensar nisso de um ângulo diferente... É isso que Mia diria!

- Como a defesa não apresentou nenhuma forma de tornar este depoimento válido, sinto que não há necessidade de prolongar ainda mais este julgamento. – O juiz anunciou.

- Rápido, Nick! O Juiz já vai anunciar o veredicto! – Maya me cochichou.

- Eu sei, eu sei! Eu estou pensando!

- Eu declaro o réu, Deagá...

Eu ainda não sabia como escapar dessa contradição gigantesca que Abra disse. Mas não havia saída; se eu não fizesse algo naquele momento, seria o fim do caso. Deagá seria julgado culpado. Mesmo que eu não soubesse como sair dessa, eu já não tinha mais nada a perder. Eu teria de pensar depois!

- OBJECTION! – eu protestei, sem a mínima idéia do que dizer em seguida.


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