Tony havia chegado em casa, após mais um cansativo dia na escola. Tudo estava normal, até ele ir para a cozinha onde estava sua mãe, preparando o almoço.

-Tony, chegou isso pra você. – disse sua mãe mostrando um envelope grande.

-Quem mandou isso? – perguntou

-E eu que vou saber... Só sei que deixaram aqui na frente de casa.

Tony pegou o envelope e foi para seu quarto. O deixou em cima de sua cama e foi tomar um banho.

Tony voltou para seu quarto e pegou novamente o envelope, não havia nome e nem endereço nela. Então, ele abriu, e tinha uma fita de vídeo dentro. Tony pegou a fita e colocou em seu aparelho de vídeo.

Após alguns segundos, apareceu alguém no vídeo, que parecia ser uma mulher arrumando a câmera. Uma mulher loira, pele pálida e de olhos azuis. Tony reconheceu aquela mulher. Era sua ex-namorada, Anna, com quem havia terminado o namoro de dois anos, há alguns meses.

“- Olá, Tony. Ainda se lembra de mim? Eu sou a Anna. – disse forçando um sorriso. - Como você está? Como tem passado todos esses meses após ter terminado comigo?

Aposto que muito bem, com sua nova namoradinha.

Eu só não entendo como você pôde me deixar assim, pra ficar com outra...

Lembra de quando nos conhecemos? Quando começamos a namorar? Você dizia que me amava. – Anna começou a chorar

-Não se preocupe, eu não vou fazer drama, pedir para você voltar.  – enxugou suas lágrimas - Sei que não vai adiantar... Mas, eu só quero que você saiba que, eu ainda te amo, e vou sempre te amar! Nunca vou te esquecer, sempre ficarei do seu lado. Adeus.”

E essas foram suas últimas palavras.

No dia seguinte, a mãe de Tony o acorda desesperadamente para avisar que sua ex-namorada, Anna, havia sido encontrada morta. Anna havia se suicidado após gravar aquele vídeo.

Tony ficou sem palavras, não sabia o que dizer ou que fazer. Ficou apenas sentado na cama, olhando pro nada.

Uma semana depois, foi o enterro de Anna. Toda sua família e amigos estavam lá, inclusive Tony.

Johnny, seu melhor amigo também estava lá, e ficou o tempo todo ao seu lado, o segurando para não cair em lágrimas novamente.

- Johnny, preciso sair desse lugar. Não posso mais ficar nem um minuto aqui... – disse a seu amigo, enquanto enxugava as lágrimas.

Johnny foi com seu amigo a um bar, perto do cemitério.

-Tony, eu entendo sua tristeza pela morte de Anna, mas ficar desse jeito não vai resolver nada! – disse pegando o copo de Wisky da mão de Tony, que o tomou de volta.

-Ela morreu por minha causa. Ela não merecia isso.

-Tony, não foi culpa sua. Olha, se você continuar bebendo assim, vai acabar desmaiando como da ultima vez – há alguns dias, Tony havia bebido de mais, e acabou desmaiando. – Vem, vou te levar pra casa. – Johnny pegou seu amigo e o levou para seu carro. Tony adormeceu no caminho. Quando acordou, já estava em casa, deitado na sua cama, e Johnny já havia ido embora.

Já estava tarde, no meio da noite. Seus pais, provavelmente dormindo.

De repente, Tony ouviu uma voz, por um momento, pensou ser de Anna.

“Impossível! Anna está morta. Eu devo estar louco!” – pensou. Mas a voz não parava. Ficava chamando por seu nome sem parar.

Tony olhou para os lados, mas não havia ninguém naquele quarto. Ele resolveu voltar a dormir.

Tony teve um sono tranqüilo, apesar da ressaca, e de quando pensou ter ouvido vozes. Já era terça-feira, de volta aos estudos.