A eternidade para ela não era nada, mas e quando algo pode finalmente ameaçar sua identidade o que ela deveria fazer?

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Passaram-se anos depois da batalha contra Cronos, meu irmão já estava com 18 anos ele e Annabeth estavam namorando e eu achava eles muito fofos mesmo brigando direto já que eles tem essa tendencia a se odiarem, era meio que natural mas o amor supera tudo, eu aparentava estar com 14 assim como Nico que sempre me perguntava por que nunca me via no acampamento, logico que eu mudava de assunto mas ele sempre desconfiava, claro ele era um garoto esperto, logo ia descobrir, suas rondas noturnas estavam me matando, sempre tento me esconder, uma vez estava em forma de loba( na maioria das vezes eu ficava assim, meu corpo já se acostumou com essa forma) e ele me viu, claro que não me reconheceu mas ficou conversando comigo achando que eu não entenderia, fiquei sabendo de falta que ele sente da irmã e outras coisas que eu não vou comentar (coisas de garoto ¬¬ muuuito tenso).

Era de manhã, estava dormindo na floresta - Quíron nunca soube onde eu dormia quando estava sobre o efeito da maldição - quando ouço ruidos,levantei e fiquei em posição de ataque mas logo vejo que eram só uma familia de esquilos que vinham em minha direção.Fiquei brincando com eles por um tempo mas logo parei pois alguem estava vindo nessa direção.

E novamente me pus em posição de ataque.

-Ei!Calma vim em paz!-disse Nico rindo.

Suspirei - Você me assustou ! - disse tambem rindo.

-Luna, Luna você tem que aprender a relaxar mais!- falou ele sentando ao meu lado.

-E aqui fala o senhor emo!Pra quem foge das garotas desde os treze anos e virou emo aos dez você esta bem alegrinho- brinquei.

-Estou assim pra te fazer uma proposta - disse ele.

-E eu poderia saber que proposta é essa?- perguntei

-Vem comigo para o acampamento!Você fica aqui no meio do nada sozinha, lá pelo menos você vai ter amigos -

-E você não tem medo de perder uma das unicas pessoas que fala com você ? - perguntei rindo da cara dele.

-Vou me arriscar!Alias sei que você não vive sem mim - disse ele com cara de convencido.

-Vou pensar - disse, queria mesmo ir para o acampamento mas eu teria que falar com Quíron primeiro, não sabia se era seguro, tambem não sabia como Nico não via como eu era igual a minha mãe, afinal nunca perguntei.

-Nico, qual a cor dos meus olhos?-

- Porque a pergunta?Vai me dizer que você não sabe?- continuei confusa - São verdes Luce, não acredito que você não sabe a cor dos seus olhos!- disse espantado

-Verdes?-perguntei, Quíron sempre falou que eram prateados como os da minha mãe,quem sabe não é a nevoa em ação?Porque afinal os meio-sangues não veem completamente através da nevoa.

-É, tipo os do Percy. - disse ele pensativo.

Ficamos conversando por um tempo, até ele se levantar e dizer que estava na hora dele ir pois logo notariam que ele não estava la na hora do almoço.

-Pense na minha proposta - disse antes de ir.

Pensei bem, iria falar com Quíron assim que a semana acabasse pois ainda esta semana estava sob o efeito da maldição.O resto da tarde fiquei andando pela floresta e observando os campistas treinando, queria poder ser como eles,ter amigos, uma familia fora daqui, eu passaria por tudo que eles passam somente para poder ter uma mãe que me abraçasse quando eu chegase em casa depois de uma missão ou simplismente depois de ter ficado o verão inteiro no acampamento, ter amigos viver uma vida sem precisar me esconder, mas nem tudo poder ser como queremos.

(...)

Anoiteceu, a lua já estava no horizonte, era lua cheia, eu sei que isso parece mais historia de lobisomens que aparece em filmes antigos mais comigo era diferente,eu sempre, sempre me transformava em um animal, podia ser um caçador mortal como o leão ou um tigre mas tambem podia ser a presa como um esquilo ou um passaro, eu tinha sorte que nunca me transformava em uma formiga ou algum tipo de inseto, porque seria nojento.Quando a lua estava a pico a dor começou, era cortante, parecia que estavam me perfurando com mil flechas e depois me jogassem viva em uma fogueira para queimar como as bruxas de antigamente.Logo meu corpo parecia que ia expodir, deixei a maldição se libertar e já estava correndo na forma de um puma, sempre prateando,meu pelo sempre tinha um lindo tom de prata e dourado assim como meus olhos, eu corria em uma velocidade incrivel, as arvores passavam por mim como borrões mas mesmo assim eu conseguia destinguir cada arvore e cada animal,os sons eram aumentados drasticamente - na minha forma humana eu já conseguia ouvir mais que um humano ou um semideus mais assim tudo aumentava, a visão a velocidade o olfato, tudo - . Eu corria cada vez mais rapido para estravazar a dor e a agonia que estavam dentro de mim, pulava rios e desviava de animais e arvores a toda hora.

(...)

Amanheceu, eu já estava na fronteira do Canadá,já estava voltando para Nova York na forma de um falcão pois voando seria mais rapido, nessas "rondas" que eu fazia as vezes sempre pensava, como minha mãe e meu pai faziam para me esconder dos outros deuses sendo que um deles estava de "castigo" morando a alguns metros de mim (Dionísio).

Assim que cheguei fui para uma clareira que ficava perto de um rio, mergulhei somente para relaxar e depois adormeci na sombra de uma arvore.