Eu estava sem cabeça para dar aula.

-Professora Teresa, a senhora ainda não me respondeu! – Repreendeu Jones, um dos meus alunos do 2º ano, a mesma turma em que Cris estudava.

-Desculpe, qual era a pergunta? – Que tipo de professora eu sou?

-Agora deixa! – Ele abriu o livro e voltou a ler.

Eu me levantei.

-Turma, hoje quero que façam uma historia de mil palavras, é para o final do dia. – Quando terminei de falar o sinal tocou e os alunos começaram a se retirar.

Eu desabei na cadeira.

-Terri o que esta acontecendo? – Perguntou Dean se aproximando de mim.

-Dean, eu não posso falar. Você entende? – Perguntei. Ele era um dos meus alunos preferidos.

-Claro Terri. Mas se quiser falar, pode me procurar. – Ele falou.

Antes de sair ele beijou o topo da minha testa. Igual como irmão fazia comigo.

A outra turma chegou e a minha falta de atenção voltou.

Eu resolvi que seria melhor eu ficar um pouco no meu quarto na hora do intervalo.

Quando eu estava chegando perto do meu quarto, vi Alex encostado na minha porta.

-Alexandre, o que você esta fazendo aqui? – Eu estava bem surpresa quanto a visita dele.

Ele se levantou e se aproximou de mim.

-Terri, eu preciso falar com você. – Ele pegou as minhas mãos e ficou encarando a palma das mesmas.

-O que você precisa falar? – Meu coração estava a mil e as palavras pareciam pouco coerentes ao meu ouvido.

-Isso... – Ele puxou o meu rosto para perto do dele e me beijou.

Dizem que quando nós damos o beijo perfeito, ouvimos mil sinos. Pronto! Foi isso que eu ouvi.

-Meu Deus! – Ofeguei quando nos distanciamos.

-Era isso... Agora pense no que sentiu, Por favor. – Ele pediu e foi embora.

Assim que ele não estava mais a vista, eu comecei a saltar e a gritar de felicidade. Sorte minha que os professores estão no refeitório há essa hora.

Eu abri o meu quarto e me joguei na minha cama e fiquei com um sorriso abestado no rosto repassando o beijo na minha mente. Então alguém entrou no meu quarto.

-Terri? – Perguntou.

-Sim. – Eu me sentei na cama.

Antes que eu pudesse raciocinar, Dean estava com as mãos no meu rosto e me beijando. Podemos dizer que eu retribui o beijo e que também ouvi os sinos. Sinos idiotas!

-Desculpe! Eu não deveria ter feito isso. Desculpe! – Ele saiu correndo e nem me deu chance de falar.

-Ah! Por que eu? – Gritei olhando para cima e me jogando para trás.

Eu peguei o travesseiro e forcei-o contra o meu rosto.

-(N/A: Esse ponto de vista vai ajudar vocês a saberem quem é o assassino.)-

PDV – Assassino:

Eu não acredito que eu beijei a Terri. Onde eu estava com a cabeça. A Natalia tinha razão quanto a eu ser sentimental.

-Olha meninas! – Saldei Kendra e Cris.

-Por que você ainda não nós matou? – Choramingou Kendra.

-Porque quem vai te matar vai ser a Natalia e a Cris não vai morrer nem tão cedo. – Falei botando uma das mechas do cabelo da Cris para trás.

Ela puxou o corpo para trás, caindo de costas para o chão.

-Cris, Cris, Cris. Você precisa ser menos tímida. – Eu repreendi a ação dela.

Eu tentei levantar ela e ela cuspiu na minha mão.

-Pare de ser tão levada Cristina! – Falei e depois peguei o cabelo dela.

-Me solta! – Ela se debateu.

-Eu sempre tive vontade de fazer isso! – A joguei contra a parede e a beijei a força.

Ela mordeu a minha boca com tanta força que a fez sangrar.

-Desgraçada! – Gritei e a joguei no chão inconsciente.

Kendra começou a se desesperar e eu sai calmamente da sala.

PDV – Cristina(Um pouco antes de desmaiar)

Apesar de sempre ter tido vontade de beijá-lo, nunca pensei que seria desse jeito e por reflexo mordi a boca dele com tamanha força que ele me soltou.

-Desgraçada! – Ele gritou e me jogou no chão.

A dor era terrível e eu fiquei com a imagem dele gravada na minha cabeça por poucos instantes ate eu desmaiar...