Depois que o assassino se retirou, eu me levantei e cambaleei de volta para o meu quarto. Não sabia o que fazer agora.

Demorei mais que o habitual para chegar ao meu quarto.

Joguei a minha bolsa no chão e fiz o mesmo com o meu corpo.

-Meu deus do céu. – Falei colocando as mãos no meu rosto.

Depois de uma hora, eu me levantei e vaguei para o banheiro.

A água estava descendo vagarosamente e batia nas minhas costas nuas. Eu passei e re-passei as cenas do ocorrido hoje.

-Vou avisar a policia. – Eu sei que já era meio tarde para isso, mas só agora é que me ocorreu isso.

Peguei a toalha e sai em disparada para fora do banheiro.

Dei uns escorregões até a minha bolsa que estava na frente da porta.

Abri a bolsa numa velocidade indescritível. Durante o processo de digitar o numero, o celular escorregou das minhas mãos e eu avistei um bilhete ao lado da minha bolsa.

O bilhete tinha a letra da minha irmã e estava escrito o seguinte:

Cara irmã,

Quero que saiba que estou bem, mas só que não vou ficar tão bem se você contar sobre hoje. Sabe, eu estava na hora errada e no lugar errado.

Cristina.

Não entendi. Eu vou tirar essa historia a limpo agora!

Quando eu estava perto do dormitório da minha irmã vejo Natacha deitada no chão.

-Natacha! Acorda menina! – Chutei o corpo dela.

Sem resposta.

-Natacha! – Me ajoelhei e vi que o peito dela não se mexia.

Sacolejei-a e ela não respondeu.

-Natacha! Pare de me assustar! – Gritei para ela.

Continuava sem resposta.

-Natacha! – Ela morreu! A desgraçada morreu!

-Professora? – Alguém me chamou.

Eu olhei para trás e vi Natalia, uma das minhas melhores alunas.

Foto da Natalia:

(N/A: Esse é o seu personagem Naty!)

-Natalia, me ajude! A Natacha não esta bem! – Gritei desesperada.

-Hm... Ela morreu. – Ela falou naturalmente.

-Como? – Eu estava surpresa. Como ela poderia ter certeza disso?

-Fui eu. – Natalia se sentou ao lado do corpo.

-O que? – Perguntei ainda mais assustada.

-Ela viu demais e ia contar tudo. – Ela começou a brincar com a mão de Natacha.

-Viu o que? – Eu to pedindo pra morrer!

-Se você saber mais você também vai morrer. – Ela se levantou e pegou uma faca que estava em sua cintura.

Eu fiz menção a me levantar e correr, mas ela logo me parou.

-Não. – Ela me emburrou e a chuva começou. – Antes tenho que dar um recado.

-Qual? – Perguntei me juntando ao corpo de Natacha.

-Sua irmã esta com ele e se você contar algo sobre essa linda noite você morrera. – Ela é curta e grossa.

-Posso ir? – Perguntei choramingando.

-Ainda não. – Ela se agachou e pegou o meu braço.

-O que... – Não de tempo de pensar e ela começou a passar a faca em meu antebraço, onde ficou uma grande ferida.

-Não pegou nenhuma veia importante, não se preocupe. – Ela se levantou e foi embora.

Eu fiquei tonta, mas tinha que me levantar. Poderiam pensar que eu matei a Natacha.

Uma trilha de sangue me seguiu e eu fui ate a enfermaria da escola.

Assim que o Julio me viu abriu um sorriso, mas quando viu o meu braço ficou serio.

-Terri o que aconteceu? – Ele perguntou.

-Julio! – Eu me joguei nós braços dele.

-Calma! – Ele acariciou os meus cabelos.

 Ele me soltou e me guiou ate um dos catres da enfermaria.

Julio era uma das pessoas mais gentis desse colégio, mas também gostava muito de mim, apesar de eu não corresponder o amor dele.

Foto do Julio:

-Julio, a minha irmã... – Solucei as palavras antes de desmaiar.