- Essa carta é real? – pensou Grant.

Naquele momento, ele estava muito confuso sobre o HeadPhone.

- Seria isso tudo uma brincadeira? Não, o HeadPhone místico é real, e eu consigo ouvir os pensamentos das pessoas com ele... Mas, afinal o que é essa Sense War? Que droga! – pensou.

Grant decidiu dormir cedo aquele dia. Ele não sabia o que deveria fazer, e também não sabia nada sobre a tal Sense War.

No dia seguinte, acorda e vai ao banheiro.

- O que eu faço...? – diz a si mesmo.

- O que você faz comigo, você quer dizer? – diz Nagi, com um pijama todo molhado, mostrando o volume de seus peitos.

- Na-na-na-nagi!?! – diz Grant, com os olhos arregalados, dando um pulo para trás.

- O que foi? Viu um fantasma? – diz ela com uma cara de “inocente”.

- O que eu vi foi você! Ponha uma roupa decente! – diz ainda em choque. – Temos aula hoje, sabia? Afinal, por que está no meu banheiro?

- Eu dormi com você. Não lembra? – diz Nagi com uma cara fofa.

- Não me lembro. – diz Grant, olhando pra ela com um “Olhar da Morte”.

- Não fique tão nervoso... Eu me deitei junto com você sim, mas você já estava dormindo. – disse ela.

- Ok, mas da próxima vez me avisa que você vem. Agora, vai pra sua casa, tenho que me trocar. – disse Grant com um tom de voz meio rude.

Após o ocorrido, Nagi vai embrora e Grant se troca. Chegando a escola, conversa com seus colegas sobre o que eles acham sobre “coisas místicas”.

- Não existem coisas místicas. Em minha opinião, o que pode se comparar com místico é a tecnologia, que avançou bem rápido. – diz um nerd para Grant.

- Místico? Não acho que exista nada disso não. – diz uma garota para Grant.

Após conversar com as pessoas, Grant vê que não tem sentido ele poder ler mentes. Na hora do almoço, sobe para o terraço, junto a Nagi e Shinrou.

- Gente, o que vocês acham sobre magia ou coisas místicas? – perguntou Grant.

- Não existem. – disseram os dois amigos de Grant para ele.

- Por quê?

- Magia não existe. Se existisse, não teríamos a tecnologia. – diz Shinrou.

- Uhm... Também acho isso... - disse Nagi.

Grant fica em silêncio. Não sabe se deve contar aos amigos ou não.

Após as aulas, Grant volta sozinho pra casa.

- Será que isso é real? – pensou.

- Isso é real. – alguém fala.

- Vo-vo-você ouviu meu pensamento? – diz Grant assustado.

- Não, eu possuo a habilidade de ler pensamentos. – diz o ser misterioso, que pula de um prédio, pendurado por uma corda.

- Isso não dá na mesma? – perguntou Grant.

- Idiota! Eu consigo ler! Você consegue ouvir! Tem diferença! – diz o misterioso ser, que chega ao chão seguro após o pulo.

- Espere aí! Você sabe algo sobre a Sense War? – pergunta Grant, com certa rapidez.

- Claro! Você não sabe nada? Você é um Sense Warrior e não sabe nada sobre a guerra? – pergunta o ser.

- Não. – disse Grant com uma cara de inocente.

- Isso vai ser um serviço especial.

Após dizer isso, o ser tira a longa capa que lhe cobria e revela que é uma garota. Ela estava com óculos de sol.

- Eu sou a Sense Warrior 1. Você provavelmente é o Sense Warrior 3. – diz ela.

- Sense Warrior? O que é isso? – perguntou ele.

- Me deixa terminar de falar! – diz ela, furiosa. – Bem, a Sense War é uma guerra entre pessoas onde cada um pode ler, apagar, capturar ou ouvir pensamentos. No seu caso, você ouve.

- Uhm... – diz ele. – Mas porque eu?

- Você foi escolhido como o sucessor do HeadPhone. Nada mais. – disse ela calmamente. – A única coisa que você deve fazer é derrotar seus inimigos e capturar seus itens antes do final do ano. Se você perde, você morre.

- Como!?! Morrer? Isso não é exagero? – perguntou assustado.

- Essas são as regras, e uma vez dentro, não pode sair da guerra. – diz ela. – Agora me dê seu item!

- Eu não quero morrer agora! – grita Grant. – Eu vou te vencer.

Após dizer isso, Grant sai correndo para o centro.

- Não tem como você fugir! – diz ela, dando uma risada maléfica.

Fim do Capítulo 2