Sweet Sacrifice escrita por Drica-Cullen


Capítulo 5
Uma Pequena Orfã


Notas iniciais do capítulo

Sorry,não consegui achar minha beta,então vou postar sem betar.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/83610/chapter/5

4- Uma Pequena Órfã.

Não posso descrever o que senti quando o médico me disse que Bree havia morrido, então irei dizer que apenas sentei no chão e chorei,como a muito tempo não fazia.

Aro como sempre me amparou e consolou, mas nada que ele disse poderia fazer com que aquela criança voltasse à vida. Eu me sentia culpada, como se eu não tivesse feito nada para salvá-la.

Depois de muito tempo apenas me culpando,resolvi ir conhecer o bebê,que aquela pobre criança havia colocado no mundo.

Acho que nunca irei me esquecer da primeira vez que vi aquele pequeno anjo, que logo passaria a ser o centro do mundo pra mim, a minha única razão para viver.

“Entrei na sala que a enfermeira me indicou e a vi aninhada numa manta rosa.

Ela estava deitada de lado.

Linda, saudável, perfeita e...Órfã.

Eu a fitava com lágrimas nos olhos, a pequenina guerreira apesar de tudo sobrevivera. Letamente me aproximei do berço e segurei a sua pequena mãozinha que se agitava no ar, ela voltou os seus grandes olhos azuis e me fitou... Nesse momento senti que tudo no mundo pra mim perdera o valor, a única coisa que importava agora eram aqueles olhos inocentes que me fitavam e que por eles eu seria capaz de enfrentar o mundo todo.

-Oi precioso anjinho.... Bem vinda ao mundo. -Sussurrei ainda fitando os seus olhos e segurando a sua mãozinha.

Ela continuava a me olhar e segurar fortemente os meus dedos,como se temesse que eu a abandonasse.Passei a mão pelo seu rostinho delicado e senti lágrimas inundarem os meus olhos e transbordarem,molhando meu rosto.

Tão pequena... Tão frágil... Tão sozinha no mundo...

-Não se preocupe com nada bebê, mesmo sem a sua mãe, você tem a mim. Eu irei te proteger. -Como se tivesse entendido as minhas palavras ela agitou o outro bracinho, que escapara da manta.

-Ela é uma linda menina, apesar de pequena e prematura. -Uma enfermeira aproximou-se do berço para verificar uns aparelhos que estavam ligados a pequena criança. -Qual o nome dela?

-Hum... -Eu ainda não havia pensando em um nome e nem sabia se Bree tinha escolhido algum. -Anne... O seu nome é Anne

-Lindo nome... Bom, daqui a alguns dias ela será liberada e irá para um abrigo se nenhum parente vier aqui pega-lá. -Ela afastou-se e eu voltei a fitar a pequena Anne que continuava a segurar a minha mão com força.

Não eu não poderia deixa - lá ir para um abrigo!Eu prometi a Bree que cuidaria dela, mas o que fazer?

Adote-a. Tome-a como sua filha.

Sorri diante da idéia de ter aquele pequeno anjo em minha vida, seria perfeito poder tê-la sempre comigo, cuidar dela, vê-la crescer...

Sim, definitivamente eu lutarei para que ela continue em minha vida!

-Então Anne, você me quer como a sua mamãe?-Sussurrei para a pequenina que me fitava.”

Mas as coisas não foram tão fáceis como eu imaginava, o monstro da mãe de Bree resolveu que queria a menina de qualquer jeito, talvez para fazer mais maldades. Começamos uma luta nos tribunais pela guarda da pequena Anne, eu não desistiria por nada de ter aquela menina como minha filha e Aro, feliz por eu finalmente ter reagido, se prontificou a me ajudar.

“-Não vai ser tão fácil assim Isabella, a menina tem parentes. A mãe de Bree continua a insistir em ficar com a neta e quer ir vê-la no hospital. - Andrew, o advogado que eu contratara para cuidar do processo de guarda de Anne, dizia ao telefone.

Já fazia um mês e meio desde a morte de Bree e eu já tinha dado entrada ao processo de adoção, mas Ruth estava criando problemas, a desgraçada queria dinheiro pela neta. Há dias nós tentávamos convencê-la de que o melhor seria se a menina viesse morar conosco, mas ela estava irredutível.

-Ela o que?!Eu não vou permitir que aquele monstro chegue perto da minha filha!-Joguei as roupinhas de Anne estava arrumando, de volta na bolsa, para levar ao hospital - Continue a tratar com o juiz a guarda provisória. Eu irei resolver o caso com essa mulher agora!

-Mas... -Antes que ele terminasse, desliguei o telefone e sai porta a fora.

-Algum problema senhora?-Perguntou Gianna,a governanta.

-Sim. Onde está o meu marido?

-Na empresa, a senhora quer que eu...

-Não se preocupe, chame o motorista que eu vou sair.

Félix logo chegou e saímos em silêncio, depois de alguns minutos, que pra mim foram como horas, cheguei a Corporação Volturi, passei reto pela secretária e entrei na sala sem bater.

-Aro, temos um problema. Andrew ligou... Aquela mulher esta querendo dinheiro para deixar a Anne em paz! -Assim que entrei na sala, joguei minha bolsa sobre uma cadeira e comecei a andar de um lado para o outro.

-Isa, acalme-se querida!Explique-me o que exatamente Andrew lhe disse. – disse Aro, ele estava visivelmente surpreso por me ver ali, afinal eu raramente vinha à empresa. Contei-lhe tudo rapidamente e quinze minutos, e um copo de água depois, Ruth entrava pela porta.

-O senhor pediu pra me ver?-Ela olhava pro lados, desconfortável.

-Sim. Você não deve saber, mas minha esposa e eu queremos muito adotar uma menina. -Eu torcia as mãos nervosamente, me segurando para não voar no pescoço daquela desgraçada.

-Não eu não sabia. -Ela me olhou de relance. -O senhor poderia me dizer o que eu teria a ver com isso?

-Você tem muito a ver com isso, a menina que nós queremos... -Aro começou hesitante.

-O caso é que a menina é a filha do monstro de que você chama de marido e da sua filha que você tão habilmente colocou pra fora de casa!-Explodi.

Ruth me olhou em choque, juntamente com Aro que também tinha um tom de censura quando me guiou de volta ao sofá.

-Calma querida, toda essa agitação não lhe faz bem. -Ele abaixou-se para beijar minha testa e sussurrou: Deixe que eu cuide disso. -Como a minha esposa disse, a menina que nós queremos adotar é a sua neta... E eu queria...

-A filha daquela vadia que eu abrigava na minha casa?-Uma voz extremamente fria e cínica interrompeu Aro. –Eu decidi que não vou mais vender a monstrinha. Aquela pestinha não irá sair da minha casa, ela irá trabalhar para pagar tudo o que aquela ingrata da mãe dela me custou!

-Como você ousa falar assim da Anne?!Lave essa sua boca imunda antes de tocar no nome dela ou da Bree!Você sim é que merece pagar, por todo o mal que fez a sua própria filha!-Eu tremia violentamente, pelo esforço de não me atirar naquela vadia sacana e arrancar o sorriso cínico que ela ainda mantinha na face manchada.

-Senhor Aro, eu acho que vou voltar pro meu trabalho, não sou obrigada a ficar aqui e ouvir todas essas calúnias da sua esposa. Eu tenho uma boca a mais agora pra sustentar. -Ruth virou-se para sair, mas eu bloqueei a sua passagem.

-Escute bem o que eu vou te dizer, seu monstro. Você não irá tocar num fio de cabelo, sequer daquela menina e sabe por quê?Porque eu não permitirei!Esqueça que a Anne existe, ou eu serei obrigada a revelar a todos as monstruosidades que você e o seu maridinho pedófilo fizeram com a Bree.-Dei uma olhada pro seu rosto pálido e surpreso.-Surpresa que eu saiba de tudo?Então fique avisada que eu não só sei como também tenho testemunhas!E posso muito bem denunciar você e aquele... Seu marido imundo!

-Eu... Não foi minha culpa!Eu amava a minha filha... Muito, mas o James é o meu marido... Eu não podia ficar contra ele!

-Você nunca amou a sua filha ou sequer foi uma mãe de verdade, por que uma mãe é capaz de tudo pelo filho, até mesmo ir contra o homem que diz amar!Se você quer continuar livre junto com aquele asqueroso, eu te aconselho a ir embora e deixar a Anne em paz.

A reação de Ruth foi fugir com o marido imundo deixando a guarda de Anne para mim, não considero o que fiz como chantagem, eu apenas lutei pelo que queria e usei todos os métodos disponíveis para tê-la. Acho que o tempo me ensinou a não esperar a tal justiça divina, por isso não me sinto culpada ao afirmar que fui responsável pela vida miserável que James e Ruth levaram depois da morte de Bree,eles apenas tiveram o que mereciam.

Depois de toda a luta veio à recompensa, nunca fui tão feliz como no dia em que eu peguei Anne nos meus braços, como minha filha. Os três anos que se seguiram foram os mais divertidos, e mais parecidos com uma vida familiar, da minha vida. Entreguei-me completamente a minha família adotiva: Anne, Jane e Alec... Eles ocupavam todo o meu tempo, acabei por me tornar mãe em período integral, me dedicava a eles e a mais nada, acho que isso, e o fato de eu não amar Aro, acabou por desgastar o nosso casamento, o que resultou em nossa separação.

Não me sinto culpada pelo fim de tudo, afinal nunca existiu um casamento no sentido literal da palavra, na verdade até fiquei feliz com isso. Eu agora tinha o dinheiro, tempo e liberdade para finalmente poder realizar os meus planos de vingança.

-E foi assim a minha trajetória até aqui. -Olhei pela primeira vez, desde que tinha começado a contar a minha história, pra pessoa que me fitava estupefata. -Digna de uma obra literária não?

-Realmente, mas eu não consigo entender o porquê de tudo isso. -Ela me olhou confusa.

-Vingança. Pura e simplesmente. –Sorri de forma fria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Espanta as aranhas e tira o pó*
Er..Demorei né?Mas tudo,tudinho tem explicação!
Conversamos melhor no próximo capítulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sweet Sacrifice" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.