Jack Stillman escrita por diilira


Capítulo 5
Não é verdade


Notas iniciais do capítulo

atualizando mais uma vez as histórias :D



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Jack foi acordado por Marry.

  -Jack? Acorda! Eu tenho uma surpresa. – ela sussurrou para não acordar Calvin.

  Ela fechou os olhos dele com a mão e foi guiando-o para algum lugar.

  -Não vale espiar. – ela disse

  Depois de uns 5 minutos ela falou:

  -Ok, pode abrir.

  Jack o fez e viu que estava em outra suíte, a presidencial. A mais cara do Hotel, na qual só gente importante podia ficar.

  -Não é demais!? – disse Marry – Saca só esse cafofo que eu arranjei pra gente!

  Mas Jack não parecia estar muito animado.

  -Eu... – ele soltou

  Marry foi mostrando as coisas novas que havia no local.

  -Deixa eu te mostrar. – ela puxou Jack – Este aqui é o seu quarto. - Abriu uma porta e falou – Este aqui é meu quarto. – depois fechou a porta e abriu outra – E este aqui é o do Calvin. 

  -Marry é que...

  -Privacidade total! Não é demais? Ah e uma pequena ironia: seu colchão todo é feito de isopor...

  -Marry eu acho que esta não é uma boa...

  -Ah! É totalmente a prova de som. E saca só...

  Ela apertou um botão e apareceu uma TV de tela plana. Na parede ao lado da cama.

  -É... – disse Jack – Eu não acho que eu...

  -Tá, ok, não é a prova de som, mas... Quem liga?

  -Marry, eu não posso ficar. – disse Jack com uma voz firme.

  -O que? –ela perguntou surpresa se virando para ele

  -A gente tá a uma cidade longe da Penny.

  Marry deu dois passos para trás desacreditando.

  -A garota? – perguntou ela entristecida – É nisso que você tá pensando?

  Ele suspirou e foi se aproximando dela.

  -Marry... Ela é minha namorada.

  Ela franziu a testa.

  Marry foi carregando Jack pela orelha até um outdoor fora do Hotel no meio do deserto, era da série em que Jack fazia. Ela subiu em cima de um carro abandonado e apontou para si mesma.

  -Olha para mim Jack, eu sou real. – ela falou – Agora olha lá. – e apontou para o outdoor com ele, Penny, um agente do Dr. Cáliquo e o próprio doutor. – Isto aí é real? – ela apontou para o Dr. Cáliquo – Ele é real? – e pro agente – Isso é real? – para o Jack socando uma parede – E isso é real? – e por último ela apontou para Penny – E ela? Ela é real, Jack? Ela é uma atriz, ela só tá fingindo!

  -Não a Penny!

  -Não existe uma Penny! Ela é uma farsa.

  -Não! Você tá errada! Ela me ama!

  -Não, não, Jack!

  Ela desceu do carro e continuou.

  -Esse é o joguinho deles, ok? Fingem que te amam, fingem que vão viver com você para sempre, e aí um belo dia eles arrumam as malas e vão embora e levam o amor com eles! E abandonam a garota sem ter a menor consideração! – ela abaixou a cabeça com tristeza – Eles abandonam... E ela... Nem sabe onde errou.

  Jack ficou a olhando sem saber o que fazer e só conseguiu dizer:

  -Eu... – então suspirou – Me desculpe Marry, mas... Ela é diferente.

  Marry franziu a testa com os olhos cheios d’água.

  -Vai então! – ela disse com ódio.

  -Marry eu...

  -Se manda daqui, Jack! – ela deu de ombros – Eu não devia ter me apaixonado por você.

  -Aahh Marry... – ele ia se aproximar

  -Cai fora daqui!

   Ele deu de costas e falou:

  -Se cuida, Marry.

  O sol já estava se pondo quando Jack passou pela placa de recepção de Las Vegas e deu uma última olhada para trás, onde havia ficado seus amigos.

  Sentou-se na bagagem de uma caminhonete parada em um posto no meio do deserto e caiu no sono.

  Quando Calvin acordou, já era quase de noite de novo.  Marry estava olhando para um grande prato de comida sem emoção em seu quarto.

  -Aquela pizza de calabresa deu uma retornada geral. – disse Calvin se despreguiçando entrando no quarto de Marry

  -E aí? Tudo bem Calvin? – perguntou a jovem com um tom triste

  -Bom dia... Quer dizer, boa noite Marry... Cadê o Jack? Fui ao quarto dele e ele não tava lá.

  -Ele... Ahn... Foi embora.

  -O Jack?! – perguntou Calvin surpreso – Foi embora?

  -É. – e então ela começou a mentir –Mas ele... Pediu-me pra dar o recado que ele... É... Tinha que enfrentar o homem de olho verde sozinho.

  Calvin franziu a testa, parecia com raiva e deu de ombros.

  -Ow! Aonde você vai? – perguntou Marry

  -Vou atrás do Jack. –respondeu ele sem se virar

  -Mas ele... Não precisa mais de nós.

  -Ah, vai por mim! Eu já tô careca de ver isso acontecer na TV! Na noite fria e escura, que precede a batalha, quando os dentes de aço dos vilões estão afiados e prontos para atacar, o herói deve enfrentar seu maior desafio sozinho. Mas o que o Jack me ensinou uma coisa: que nunca deve se abandonar um amigo quando ele mais precisa. Quando seu amigo está em perigo, você vai, tendo ele pedindo ou não... você vai. Sem saber se vai voltar morto ou vivo, você vai. Sabendo que ele ama outra garota ao não ser você... Você vai.

  Marry ficou olhando para o chão pensativa.

  -Você vem ou não? – perguntou Calvin

  Quando Jack saltou da caminhonete, viu que estava em frente ao banner de Hollywood. Ficou olhando maravilhado a cidade lá embaixo e sussurrou:

  -Penny.

  -Pára tudo! – disse alguém atrás de Jack.

  Ele se virou e deu de cara com um caminhoneiro cowboy e mais dois homens de terno. O cara parecia um dono de uma empresa de frango frito, e os outros caras seus agentes ou assistentes.

  -Jack, eu sou um grande fã seu! – disse o cowboy – Eu sou o Blake, estes são Tom, meu empresário e Billy nosso secretário, que devia ter ficado no carro. Aliás, Billy me faça um favor, me traz um pão integral bem leve.

  -Sim senhor.

  Em segundos o tal de Billy desapareceu.

  -Falou pessoal. – disse Jack sem graça – Mas eu tenho que...

  -Peraí, calma. Eu sei que você deve ser um cara ocupado, mas a gente queria dar uma idéia para o seu seriado! O Tom explica melhor então é melhor ele te contar.

  Tom deu um passo a frente, pigarreou e falou misteriosamente:

  -Vampiros.

  -Essa é tudo de bom! – disse Blake animado

  -Vampiros? – perguntou Jack

  -O público adora Vampiros. – continuou Tom – Fazer sucesso cara, sucesso.

  -É mole ou quer mais? – disse Blake

  Jack olhava para eles como de quem está vendo loucos, chacoalhou a cabeça e mentiu:

  -É... Eu adorei. É o seguinte... Se vocês me ajudarem a achar a Penny, aquela garota do meu seriado, eu vou querer ouvir mais sobre essa idéia sobre vampiros... Mas no caminho, tá?

  -A gente se deu bem. – disse Tom

  -Segura a parada que você errou em Harry Potter!

  Jack ficou do lado de Billy na limusine, o secretário que não parava de tremer de felicidade. E Tom e Blake estavam lado a lado contando a história de vampiros, mas Jack não ouviu nada, estava apenas assentindo para não ficar sem fazer nada.

  Então, finalmente a limusine parou, Jack não esperou o motorista abrir a porta e já saltou a fora.

  -Olha lá ele. – disse Calvin para Marry ao verem a cidade abaixo do banner de Hollywood – A cidade mais assustadora da terra.  

   Jack passava cautelosamente entre as cadeiras, câmeras e trailers que se encontravam no estúdio aberto para ninguém percebê-lo.

  -Finalmente. – falou Calvin vendo a entrada do estúdio. –Chegamos no covil da maldade. O esconderijo do homem de olho verde!

  Calvin olhou para o segurança que se distraiu com um carro entrando e então puxou Marry.

  -Agora! – ele grunhiu

  -Espera Cal! Espera!

  Quando já entraram lá dentro Marry se soltou dele e saltou à sua frente.

  -O que foi agora? – perguntou Calvin irritado

  -Escuta... Talvez seja difícil para você entender, mas sabe... Ás vezes as coisas não são o que parecem. Ás vezes as coisas que você pensa que é verdade não são de...

  Mas Calvin não ouvia mais nada, apenas olhava com ódio um homem vestido de preto, um “agente do Dr. Cáliquo”, então Cal partiu para cima dele sem mais nem menos gritando:

  -Morra!

  E então voou em cima do homem.

  Todos que estavam na redondeza foram até eles. Marry achou uma boa distração, e de verdade, Calvin era bom nisso.

  Jack viu o estúdio fechado no qual encontrava seu trailer com a porta aberta. Entrou no trailer contente, mas não havia ninguém lá e então ouviu uma voz familiar ao longe:

  -Jack?

  Ele saiu contente de lá e viu Penny, mas não como pretendia ver, ela estava com um outro cara.

  -Quem é Jack? – ela falou caçoando para o cara no qual ela estava com os braços em volta

  -Sei que era só fingimento, mas qual é? O cara acha mesmo que é seu namorado e isso me deixa frustrado. – disse o jovem

  -Tá, mas agora que ele foi pra sei lá aonde, você é meu Jack, e sempre será.

  O Jack original ficou em choque os observando de longe, que não o haviam notado.

  E então Penny e o cara se beijaram.

  Jack deu alguns passos para trás e então foi caminhando lentamente até a saída do estúdio fechado.


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