Jack Stillman escrita por diilira


Capítulo 4
Caindo Na Real


Notas iniciais do capítulo

Voltei de novo e atualizando as histórias aqui :D



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   O carro havia parado em um posto de gasolina. Calvin recuperou o fôlego observando o veículo de trás de um arbusto e sussurrou para si mesmo:

  -Trin, Trin. Quem é? É o destino? Eu estava esperando você me ligar.

  Então ele deu uma risada maléfica e foi indo se escondendo até chegar ao carro da polícia. O policial abastecia o carro assoviando consigo mesmo. Ele era iniciante, dava para ver.

  Enquanto o policial dava a volta pelo carro para chegar ao volante, Calvin deu a volta para abrir a porta de trás, a porta em que Jack e Marry se encontravam presos.

  Jack bateu com força sua mão na porta.

  -Aí. – ele falou cansado

  -Ah! Você ainda não desistiu!? – exclamou Marry – Você tá amassando os poucos neurônios que te restam.

  -Nenhuma prisão é capaz de me deter, sua medrosa. – disse Jack presunçoso.

  Então, quando foi dar um último soco, a porta se abriu quando o carro já estava em movimento. Marry ficou lá dentro, pois a porta se fechou logo que Jack saltou de lá com a força do soco.

  Ele rolou pela grama de um lugar seja lá onde e quando parou deu um salto sorridente.

   -Consegui! Os poderes voltaram!

   Ele suspirou e percebeu que já era noite.

  -Esse isopor é mesmo perigoso.

  Aí Calvin saltou do mato ao lado de Jack lhe dando um susto.

  -É sensacional! – ele falou contente e cantarolou: – Nenhum caminhão segura o Calvin e o Jack, não!

  -Calvin? – perguntou Jack desapontado – O que... Você tá fazendo aqui?

  -Aaah, nada eu... Estava dando um passeio noturno e aí... Esbarrei na tranca daquela prisão em que você estava trancado!

  -Você abriu... Abriu aquela tranca?

  -É, eu abri sim! Uhu! Toca aí mano!

 Calvin levantou a mão para Jack bater na mesma, mas ele estava tão triste que não conseguiu fazê-lo.

  -Isso... é genial, Calvin. – ele disse – É bem... Legal.

  -Tudo bem... Vamos resgatar a prisioneira.

  Calvin foi andando em direção a caminhonete em movimento ao longe, enquanto Jack ainda parado se virou para seu braço direito, o raio que se encontrava nele estava saindo.

  -Eu não vou conseguir. – sussurrou ele para si mesmo, mas Calvin apareceu do nada assustado.

  -O quê? O que você disse? – ele falou se aproximando

  Jack abaixou a cabeça.

  -Não dá.

  -O quê!? Quem é você?

  -Calvin... É... Você não entende...

  -Você-é-o-Jack!

  -Mas eu não sou um super...

  -Quem destruiu o laboratório submarino do Dr. Cáliquo?

  -Eu mas...

  -E quem acabou com os planos dele de infiltrar atletas cyborgs nos jogos olímpicos? Quem Jack? Quem?

  -Eu! Mas nada disso é...

  -Você é! Você consegue, Jack! Por que em todo este planeta existem pessoas que não conseguem... Como um nerd, que passou a vida inteira estudando, e que todos os dias ficava sonhando salvar uma garota do perigo e ouvir “Conseguiu, você conseguiu, Calvin! Você salvou a gente!”. Eles precisam de um herói, Jack. Alguém que mesmo em desvantagem, fará o que é certo! Eles precisam de um herói para dizer que ás vezes, o impossível consegue se tornar possível! Se você for sensacional!

  -É... Você tá certo em uma coisa, Calvin: a Marry precisa de um herói.

  Jack suspirou e continuou encarando a estrada:

  -E eu tenho que dar um jeito.

  -Quanta modéstia... Agora, quem vai salvar aquela donzela em perigo?

  -Eu.

  -Quem é então, acho que não ouvi!

  -Eu!

  -Simbora!

  Então eles chegaram na frente de uma delegacia no meio do nada. Não deveria ter ninguém preso lá, só Marry.

  -Lá está. – disse Jack observando de cima do morro.

  -Vai ser como da vez que você se infiltrou na base do Cáliquo no Ártico!

  -Mas não vai ser exatamente igual, Calvin. A gente vai ter que fazer as coisas um pouco diferentes.

  -Ah, modo camuflado! – então Calvin sorriu.

  Conforme eles foram se aproximando, um policial saiu da delegacia pela porta automática. Jack observou que atrás de um balcão havia uma mulher mexendo em um computador e mais ninguém. Então Jack falou para Calvin entrar rastejando no recinto para que a mulher não o visse, e também serviria de distração. Calvin rastejou e a porta automática abriu-se assustando a mulher do balcão.

  -Lloyd? – perguntou ela trêmula. –Lloyd Spoon se você me assustar, eu vou jogar spray de pimenta em você outra vez!

  A mulher desceu da cadeira e Calvin prendeu o riso ao ver o tamanho dela, era muito pequena, até menor que ele. A mulher não o viu pois ele já havia passado por sua mesa quando ela desceu da mesma.

  -Parece até que trabalho com crianças! – falou a mulher entre dentes irritada saindo pela porta automática.

  Quando Jack viu ela se afastando, entrou na delegacia também.

  -Ameaça neutralizada. – disse Calvin para Jack quando o viu

  Eles então correram pelo corredor e viraram parando para examinar.

  -A vida é bela! – gritou Calvin, Jack prendeu sua boca com a mão

  -Desculpe. – sussurrou Calvin

  Jack viu um guarda dormindo na porta da sala dos prisioneiros e assentiu para Calvin.

  -Eu quebro o pescoço dele. – disse Calvin indo em direção dele, mas Jack o puxou de volta.

  -Temos que afastá-lo daquela porta.

  -Aaah.

  Então Calvin foi assoviando até o guarda e lhe sacudiu, o homem acordou assustado e apontou uma arma de choque para o garoto.

  -O que é? Quem é você? O que faz aqui!? – falou o homem desesperado

  -Nossa, calma cara, sabia que posso te processar por danos morais?

  O homem se sentiu mal e baixou a arma.

  -O que você quer, garoto?

  -Ah, então... Tipo, eu achei um cara na estrada super nervoso, eu tava andando de bicicleta daí ele pulou em cima de mim e roubou meu dinheiro!

  O homem olhou para ele com cara de “sei, acredito u.u’

  -Andando de bicicleta... de Noite? – ele falou

  -É, cara! Eu não tenho culpa se tenho alergia ao sol e sou albino! Você quer me ver de manchas vermelhas!? Acho que não! – Calvin bancava o desesperado.

  -Tá, calma garoto, eu já vou.

   Calvin assentiu para Jack que se escondera atrás de uma pilastra e depois seguiu com o homem até lá fora, e Jack não tinha muito tempo. Abriu a porta de celas e ele estava certo, só tinha Marry de prisioneira, a mesma ficou surpresa ao ver Jack lá.

  -Jack!? – ela perguntou com os olhos brilhando – O que... O que você tá fazendo aqui?

  -Eu vim te soltar.

  -Você... Você caminhou até aqui... Por mim?

  -É. – respondeu ele confiante.

  -Mas como? Tipo assim... Olha, você não tem super poderes.

  -Sei disso.

  -Jura!?

  -É. – ele sorriu

  -Puxa... Que dia cheio de doideira, ein?

  -É, doideira, total.

  Marry estava corada, mas não sabia por que. E Jack sem graça e também não sabia a razão.

  -Tá preparada? – ele perguntou apontando para a fechadura

  -Não. – ela sorriu

  -Nem eu. – Jack respondeu ainda sorrindo.

   Calvin e o policial voltaram para a delegacia.

  -Ah, cara foi mal. – dizia Calvin – O cara deve ter fugido.

  Ele viu Jack e Marry no final do corredor e rapidamente tentou tomar a atenção do policial de volta.

  -Então, cara. – disse ele voltando o guarda para a porta. –Vamos ver se ele ainda tá por aí, afinal, esse cara é uma ameaça nacional, né?

  Jack e Marry foram andando pelo corredor devagar para não fazer barulho.

  -Olha, eu não posso fazer nada, garoto, se ele fugiu então era por que... Ele não existe!

  Então o guarda se virou e viu os dois.

  -Alerta vermelho! – gritou

  Então Jack assentiu para Calvin, que pulou nas costas do homem, mas logo apareceu o tal de Lloyd bloqueando a passagem de saída. O guarda nº1 caiu no chão, Marry chutou sua barriga e ele ficou se contorcendo no chão. Jack ficou encarando Lloyd.

  -Super-soco! – gritou Calvin para o amigo

  Jack se posicionou e então com toda a sua força, socou o rosto do homem, que caiu em cima de um botão, que sobrecarregou o banner da polícia, que caiu pegando fogo em cima da única viatura que eles haviam. Os 3 amigos saíram correndo do local, depois de 10 minutos de caminhada eles acharam uma estrada movimentada no meio do nada.

  -Precisamos de uma carona, não agüento mais andar! – disse Marry

  -Tem uma grande vindo. – disse Calvin apontando para um caminhão lento vindo.

  O caminhão carregava consigo uma casa-modelo, e conseguiram saltar nele sem problemas.

  Sentados no chão do que parecia uma cozinha, estavam respirando fundo, mas Calvin ainda não se calou:

  -Eu não acredito! A minha vida inteira eu quis ver o super soco ao vivo! Você é fenomenal, cara!

  Ele se levantou e abriu uma porta que deveria dar na sala, deixando Jack e Marry sozinhos.

   O jovem apoiou as costas no armário de cozinha e suspirou infeliz, Marry percebeu o ocorrido e se sentou ao seu lado.

  -Marry. – ele falou – Se eu... Se eu não persigo vilões... O que eu faço na vida? Tipo assim, o que eu... – ele suspirou, mas não continuou.

  -Ahh... Pára de se preocupar. Ser um garoto normal é a melhor coisa do mundo. Tá legal? Olha... – ela virou o rosto de Jack para lhe encarar – Eu vou te contar um segredinho, tá? Um segredinho das garotas... Sabe por que a gente odeia os garotos? Por que querendo ou não a gente queria ser menino ou provavelmente, eu tô dizendo provavelmente, não que isso seja verdade...

  -Marry.

  -A gente fica tão louca por causa de vocês que... Querendo ou não, a gente acaba se apaixonando por vocês. – ela desviou os olhos dele com tristeza, seja lá o que ela sentia por ele, ele ainda sentia algo pela Penny, e ela sabia disso.

  Jack a olhou com os olhos esperançosos.

  -Mas... O que um humano normal faz?

  -Baba enquanto dorme, fica com várias garotas quando quiser sem ser chamado de vagabundo, pode tirar a camiseta, faz xixi fora do vaso... Essas coisas sem noção. Não precisa ser formado na faculdade para saber disso. Sabe? As pessoas moram nessas coisas chamadas de casa.

  [ Sweet Caroline – Glee Cast ]

  Eles então começaram a seguir os caminhos em que a casa-modelo seguia, Jack chegou até a esquecer de Penny em certas ocasiões, mas nunca deixaram de seguir o caminho indicado no mapa de Marry. A primeira parada foi uma cidade caipira, que o motorista escolheu para se alimentar, em algum estado que eles não faziam idéia. Uma jovem caipira puxou Jack para dançar em um bar, Marry não se sentiu confortável com a idéia, e Calvin percebeu isso. Ela ensinou a Jack as brincadeiras que fazia quando era pequena, uma delas era pega-pega, como ele não havia tido infância.

  Depois, passaram por Chicago e seguiram para o estado de Missouri, no qual pediram informação para uns caminhoneiros sobre como chegar a Hollywood.

  Andaram sobre uma ponte à noite, e acamparam no mesmo local. No outro dia, Jack pegou Marry de surpresa e a jogou no rio de roupa e tudo, Calvin e ele também estavam nadando de roupa. Ela ficou brava por uns instantes, mas depois se divertiram um jogando água no outro. Pegaram chuva, e de certo modo, dançaram nela.

  Passaram uma vez sobre um campo, onde debaixo de uma árvore se encontrava um casal brincando, Jack olhou para Marry e depois para o mapa em sua mão, preferiu deixar o assunto para lá.

  Saltaram na carga aberta de um trem e viam a paisagem por onde passavam. A neve escondia o gramado das montanhas quando o trem parou em algum lugar ou longe, era inverno e eles não ligavam, já que arranjaram cobertas e roupas quentes de varais dos moradores da cidade.

  Aproveitaram então a neve, fizeram guerra e eles eram, definitivamente, crianças outra vez, livres para fazer o que bem entendem.

 Pegaram outra carona, e ela os levou até uma cidade cheia de luz. Las Vegas. Os três entraram em um cassino e rapidamente Jack foi reconhecido e lhe ofereceram uma suíte.

  As camareiras entraram com vários carrinhos cheios de comida depois deles tomarem banho e se trocarem.

  -Eu estou no céu. – sussurrou Marry

  Mais tarde, eles observaram os fogos de artifício serem explodidos no céu perto da fonte do Hotel Cassino.


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Notas finais do capítulo

Vale Review? :D bjos bjos



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