Jack Stillman escrita por diilira
Notas iniciais do capítulo
Voltei de novo e atualizando as histórias aqui :D
O carro havia parado em um posto de gasolina. Calvin recuperou o fôlego observando o veículo de trás de um arbusto e sussurrou para si mesmo:
-Trin, Trin. Quem é? É o destino? Eu estava esperando você me ligar.
Então ele deu uma risada maléfica e foi indo se escondendo até chegar ao carro da polícia. O policial abastecia o carro assoviando consigo mesmo. Ele era iniciante, dava para ver.
Enquanto o policial dava a volta pelo carro para chegar ao volante, Calvin deu a volta para abrir a porta de trás, a porta em que Jack e Marry se encontravam presos.
Jack bateu com força sua mão na porta.
-Aí. – ele falou cansado
-Ah! Você ainda não desistiu!? – exclamou Marry – Você tá amassando os poucos neurônios que te restam.
-Nenhuma prisão é capaz de me deter, sua medrosa. – disse Jack presunçoso.
Então, quando foi dar um último soco, a porta se abriu quando o carro já estava em movimento. Marry ficou lá dentro, pois a porta se fechou logo que Jack saltou de lá com a força do soco.
Ele rolou pela grama de um lugar seja lá onde e quando parou deu um salto sorridente.
-Consegui! Os poderes voltaram!
Ele suspirou e percebeu que já era noite.
-Esse isopor é mesmo perigoso.
Aí Calvin saltou do mato ao lado de Jack lhe dando um susto.
-É sensacional! – ele falou contente e cantarolou: – Nenhum caminhão segura o Calvin e o Jack, não!
-Calvin? – perguntou Jack desapontado – O que... Você tá fazendo aqui?
-Aaah, nada eu... Estava dando um passeio noturno e aí... Esbarrei na tranca daquela prisão em que você estava trancado!
-Você abriu... Abriu aquela tranca?
-É, eu abri sim! Uhu! Toca aí mano!
Calvin levantou a mão para Jack bater na mesma, mas ele estava tão triste que não conseguiu fazê-lo.
-Isso... é genial, Calvin. – ele disse – É bem... Legal.
-Tudo bem... Vamos resgatar a prisioneira.
Calvin foi andando em direção a caminhonete em movimento ao longe, enquanto Jack ainda parado se virou para seu braço direito, o raio que se encontrava nele estava saindo.
-Eu não vou conseguir. – sussurrou ele para si mesmo, mas Calvin apareceu do nada assustado.
-O quê? O que você disse? – ele falou se aproximando
Jack abaixou a cabeça.
-Não dá.
-O quê!? Quem é você?
-Calvin... É... Você não entende...
-Você-é-o-Jack!
-Mas eu não sou um super...
-Quem destruiu o laboratório submarino do Dr. Cáliquo?
-Eu mas...
-E quem acabou com os planos dele de infiltrar atletas cyborgs nos jogos olímpicos? Quem Jack? Quem?
-Eu! Mas nada disso é...
-Você é! Você consegue, Jack! Por que em todo este planeta existem pessoas que não conseguem... Como um nerd, que passou a vida inteira estudando, e que todos os dias ficava sonhando salvar uma garota do perigo e ouvir “Conseguiu, você conseguiu, Calvin! Você salvou a gente!”. Eles precisam de um herói, Jack. Alguém que mesmo em desvantagem, fará o que é certo! Eles precisam de um herói para dizer que ás vezes, o impossível consegue se tornar possível! Se você for sensacional!
-É... Você tá certo em uma coisa, Calvin: a Marry precisa de um herói.
Jack suspirou e continuou encarando a estrada:
-E eu tenho que dar um jeito.
-Quanta modéstia... Agora, quem vai salvar aquela donzela em perigo?
-Eu.
-Quem é então, acho que não ouvi!
-Eu!
-Simbora!
Então eles chegaram na frente de uma delegacia no meio do nada. Não deveria ter ninguém preso lá, só Marry.
-Lá está. – disse Jack observando de cima do morro.
-Vai ser como da vez que você se infiltrou na base do Cáliquo no Ártico!
-Mas não vai ser exatamente igual, Calvin. A gente vai ter que fazer as coisas um pouco diferentes.
-Ah, modo camuflado! – então Calvin sorriu.
Conforme eles foram se aproximando, um policial saiu da delegacia pela porta automática. Jack observou que atrás de um balcão havia uma mulher mexendo em um computador e mais ninguém. Então Jack falou para Calvin entrar rastejando no recinto para que a mulher não o visse, e também serviria de distração. Calvin rastejou e a porta automática abriu-se assustando a mulher do balcão.
-Lloyd? – perguntou ela trêmula. –Lloyd Spoon se você me assustar, eu vou jogar spray de pimenta em você outra vez!
A mulher desceu da cadeira e Calvin prendeu o riso ao ver o tamanho dela, era muito pequena, até menor que ele. A mulher não o viu pois ele já havia passado por sua mesa quando ela desceu da mesma.
-Parece até que trabalho com crianças! – falou a mulher entre dentes irritada saindo pela porta automática.
Quando Jack viu ela se afastando, entrou na delegacia também.
-Ameaça neutralizada. – disse Calvin para Jack quando o viu
Eles então correram pelo corredor e viraram parando para examinar.
-A vida é bela! – gritou Calvin, Jack prendeu sua boca com a mão
-Desculpe. – sussurrou Calvin
Jack viu um guarda dormindo na porta da sala dos prisioneiros e assentiu para Calvin.
-Eu quebro o pescoço dele. – disse Calvin indo em direção dele, mas Jack o puxou de volta.
-Temos que afastá-lo daquela porta.
-Aaah.
Então Calvin foi assoviando até o guarda e lhe sacudiu, o homem acordou assustado e apontou uma arma de choque para o garoto.
-O que é? Quem é você? O que faz aqui!? – falou o homem desesperado
-Nossa, calma cara, sabia que posso te processar por danos morais?
O homem se sentiu mal e baixou a arma.
-O que você quer, garoto?
-Ah, então... Tipo, eu achei um cara na estrada super nervoso, eu tava andando de bicicleta daí ele pulou em cima de mim e roubou meu dinheiro!
O homem olhou para ele com cara de “sei, acredito u.u’
-Andando de bicicleta... de Noite? – ele falou
-É, cara! Eu não tenho culpa se tenho alergia ao sol e sou albino! Você quer me ver de manchas vermelhas!? Acho que não! – Calvin bancava o desesperado.
-Tá, calma garoto, eu já vou.
Calvin assentiu para Jack que se escondera atrás de uma pilastra e depois seguiu com o homem até lá fora, e Jack não tinha muito tempo. Abriu a porta de celas e ele estava certo, só tinha Marry de prisioneira, a mesma ficou surpresa ao ver Jack lá.
-Jack!? – ela perguntou com os olhos brilhando – O que... O que você tá fazendo aqui?
-Eu vim te soltar.
-Você... Você caminhou até aqui... Por mim?
-É. – respondeu ele confiante.
-Mas como? Tipo assim... Olha, você não tem super poderes.
-Sei disso.
-Jura!?
-É. – ele sorriu
-Puxa... Que dia cheio de doideira, ein?
-É, doideira, total.
Marry estava corada, mas não sabia por que. E Jack sem graça e também não sabia a razão.
-Tá preparada? – ele perguntou apontando para a fechadura
-Não. – ela sorriu
-Nem eu. – Jack respondeu ainda sorrindo.
Calvin e o policial voltaram para a delegacia.
-Ah, cara foi mal. – dizia Calvin – O cara deve ter fugido.
Ele viu Jack e Marry no final do corredor e rapidamente tentou tomar a atenção do policial de volta.
-Então, cara. – disse ele voltando o guarda para a porta. –Vamos ver se ele ainda tá por aí, afinal, esse cara é uma ameaça nacional, né?
Jack e Marry foram andando pelo corredor devagar para não fazer barulho.
-Olha, eu não posso fazer nada, garoto, se ele fugiu então era por que... Ele não existe!
Então o guarda se virou e viu os dois.
-Alerta vermelho! – gritou
Então Jack assentiu para Calvin, que pulou nas costas do homem, mas logo apareceu o tal de Lloyd bloqueando a passagem de saída. O guarda nº1 caiu no chão, Marry chutou sua barriga e ele ficou se contorcendo no chão. Jack ficou encarando Lloyd.
-Super-soco! – gritou Calvin para o amigo
Jack se posicionou e então com toda a sua força, socou o rosto do homem, que caiu em cima de um botão, que sobrecarregou o banner da polícia, que caiu pegando fogo em cima da única viatura que eles haviam. Os 3 amigos saíram correndo do local, depois de 10 minutos de caminhada eles acharam uma estrada movimentada no meio do nada.
-Precisamos de uma carona, não agüento mais andar! – disse Marry
-Tem uma grande vindo. – disse Calvin apontando para um caminhão lento vindo.
O caminhão carregava consigo uma casa-modelo, e conseguiram saltar nele sem problemas.
Sentados no chão do que parecia uma cozinha, estavam respirando fundo, mas Calvin ainda não se calou:
-Eu não acredito! A minha vida inteira eu quis ver o super soco ao vivo! Você é fenomenal, cara!
Ele se levantou e abriu uma porta que deveria dar na sala, deixando Jack e Marry sozinhos.
O jovem apoiou as costas no armário de cozinha e suspirou infeliz, Marry percebeu o ocorrido e se sentou ao seu lado.
-Marry. – ele falou – Se eu... Se eu não persigo vilões... O que eu faço na vida? Tipo assim, o que eu... – ele suspirou, mas não continuou.
-Ahh... Pára de se preocupar. Ser um garoto normal é a melhor coisa do mundo. Tá legal? Olha... – ela virou o rosto de Jack para lhe encarar – Eu vou te contar um segredinho, tá? Um segredinho das garotas... Sabe por que a gente odeia os garotos? Por que querendo ou não a gente queria ser menino ou provavelmente, eu tô dizendo provavelmente, não que isso seja verdade...
-Marry.
-A gente fica tão louca por causa de vocês que... Querendo ou não, a gente acaba se apaixonando por vocês. – ela desviou os olhos dele com tristeza, seja lá o que ela sentia por ele, ele ainda sentia algo pela Penny, e ela sabia disso.
Jack a olhou com os olhos esperançosos.
-Mas... O que um humano normal faz?
-Baba enquanto dorme, fica com várias garotas quando quiser sem ser chamado de vagabundo, pode tirar a camiseta, faz xixi fora do vaso... Essas coisas sem noção. Não precisa ser formado na faculdade para saber disso. Sabe? As pessoas moram nessas coisas chamadas de casa.
[ Sweet Caroline – Glee Cast ]
Eles então começaram a seguir os caminhos em que a casa-modelo seguia, Jack chegou até a esquecer de Penny em certas ocasiões, mas nunca deixaram de seguir o caminho indicado no mapa de Marry. A primeira parada foi uma cidade caipira, que o motorista escolheu para se alimentar, em algum estado que eles não faziam idéia. Uma jovem caipira puxou Jack para dançar em um bar, Marry não se sentiu confortável com a idéia, e Calvin percebeu isso. Ela ensinou a Jack as brincadeiras que fazia quando era pequena, uma delas era pega-pega, como ele não havia tido infância.
Depois, passaram por Chicago e seguiram para o estado de Missouri, no qual pediram informação para uns caminhoneiros sobre como chegar a Hollywood.
Andaram sobre uma ponte à noite, e acamparam no mesmo local. No outro dia, Jack pegou Marry de surpresa e a jogou no rio de roupa e tudo, Calvin e ele também estavam nadando de roupa. Ela ficou brava por uns instantes, mas depois se divertiram um jogando água no outro. Pegaram chuva, e de certo modo, dançaram nela.
Passaram uma vez sobre um campo, onde debaixo de uma árvore se encontrava um casal brincando, Jack olhou para Marry e depois para o mapa em sua mão, preferiu deixar o assunto para lá.
Saltaram na carga aberta de um trem e viam a paisagem por onde passavam. A neve escondia o gramado das montanhas quando o trem parou em algum lugar ou longe, era inverno e eles não ligavam, já que arranjaram cobertas e roupas quentes de varais dos moradores da cidade.
Aproveitaram então a neve, fizeram guerra e eles eram, definitivamente, crianças outra vez, livres para fazer o que bem entendem.
Pegaram outra carona, e ela os levou até uma cidade cheia de luz. Las Vegas. Os três entraram em um cassino e rapidamente Jack foi reconhecido e lhe ofereceram uma suíte.
As camareiras entraram com vários carrinhos cheios de comida depois deles tomarem banho e se trocarem.
-Eu estou no céu. – sussurrou Marry
Mais tarde, eles observaram os fogos de artifício serem explodidos no céu perto da fonte do Hotel Cassino.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Vale Review? :D bjos bjos