Pequena Flor de Lótus escrita por naathy


Capítulo 3
3. Algumas lembranças e uma decisão.


Notas iniciais do capítulo

Oi, eu estou realmente surpresa com o número de visualizações que a fic está tendo. (Passou de 660 õ.)

Em primeiro lugar: coloquei o contador de visualizações, pq o nyah não estava me mostrando o número de leitores. E isso é triste. =/

Em segundo lugar: tenho vários leitores fantasmas. Saiam das trevas e venham para luz, é mais legal aqui. kspoakspoakspak

Em terceiro lugar: Amo reviews e tenho que agradecer a Juh_banana e a Jenny_chan, meninas vcs são demais.

Em quarto lugar: Talvez o capítulo esteja um pouco chato, mas é fundamental para a fic.


Sobre a música, ela se refere mais a 1ª parte do capítulo.

Então chega de falar e bora ler.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/83503/chapter/3

 

(From where you are – Lifehouse http://www.youtube.com/watch?v=Y4CgQpJcUXs)

 

 

    Ele foi embora, prometendo voltar no dia seguinte, na mesma hora.

 

    Manoela ficou sozinha novamente, e com isso pensamentos surgiram a atormentando. A imagem de uma mulher muito bonita de olhos verdes, com um menino nos braços, foi um de seus pensamentos. Lembrou-se que essa bela mulher era sua mãe. E então, acabou por se lembrar da forma carinhosa que sua mãe a tratava, de como o seu abraço era aconchegante, de como o toque de suas delicadas mãos era reconfortante e suave. E das noites de tempestade em que para afastar o medo que ela sentia dos trovões, sua doce mãe deitava ao seu lado, em sua cama, e a abraçava forte e dizia que logo a tormenta iria passar e que elas sempre estariam juntas, pois o amor delas era muito forte, e que nunca nada, nem ninguém, iria conseguir separar-las e que ela ia a proteger sempre.

 

    Manoela chorou baixinho, tentou se encolher na cama, mas as fraturas de suas costelas, ombro e pulso protestaram, agravando o seu choro. E assim entre lágrimas acabou adormecendo.

 

    Seus sonhos foram repletos de imagens de sua mãe. Sonhou com momentos em que passaram juntas, de sua infância até sua trágica morte. E por fim, sonhou que ela havia vindo lhe visitar, a abraçou, dizendo que ela ainda seria muito feliz, sorriu para ela e lhe alisou os cabelos e rosto.

 

    A menina acordou ainda entre lágrimas, mas com uma sensação de paz, como se realmente tivesse recebido a visita de sua adorada mãe. Sorriu, fechou os olhos e rezou agradecendo.

 

 

    Uma semana havia se passado, dês do dia em que ela acordou. Como prometido, Douglas a visitava, durante a semana, todas as noites após o seu trabalho. E no final de semana, a visitava durante o dia.

 

    Ao longo desse período, Manoela lembrou do orfanato em que vivia, e do nome do mesmo. Informou a Carlos. Ele, por sua vez, passava pelo seu quarto com bastante frequência, cerca de duas a três vezes ao dia, para averiguar se a menina precisava de algo, ou se sentia dores. Como médico, estava surpreso com a recuperação dela, estava sendo muito rápida. Os hematomas, em sua maioria, já não existiam mais, apenas algumas marcar amareladas pelo seu rosto, abdômen e braços. Seus olhos ainda se encontravam inchados. As fraturas já apresentavam uma melhora significativa.

 

    Em uma de suas visitas diárias a Manoela, Carlos verificava o seu prontuário.

 

    - Sabe, Manu, ontem fui até o orfanato em que você vivia.

 

    Ela permaneceu em silêncio apenas prestando atenção no que ele tinha a lhe falar.

 

    - Falei com a diretora, ela me contou que você sempre foi uma garota quieta e solitária, não gostava de interagir muito com as outras meninas.

 

    Ela abaixou a cabeça.

 

    - Querida, seria essencial para o sua reabilitação, não física, esta por sinal está indo muito bem, mas sim psicológica. Você passou por muitos traumas. - Ela o encarou com um expressão triste, porém assentiu. - Vou pedir para a Dra. Sarah passar aqui mais tarde, para conversar com você. Tudo bem?

 

    - Tudo. - ela suspirou.

 

    - Você vai gostar dela. E caso você não goste, podemos providenciar outra psicologa. - Ele sorriu para ela piscando e ela esboçou um fraco sorriso.

 

    - Pois bem, preciso visitar meus outros pacientes. Qualquer coisa já sabe. - Ele despediu-se e encaminhou-se para a visita diária de seus pacientes. Mas ele agora tinha tomado uma decisão, iria adotar aquela garota, se ela também quiser ser adotada por ele e sua família. Este pensamento já havia ocorrido logo que soube que ela era órfã, e após visitar o orfanato em que ela vivia, e saber um pouco mais de sua história, se tornou uma certeza. Ele já havia comentado a respeito com sua amada esposa, ela por sua vez disse que apoiava o marido, porém queria conhecer a menina que havia cativado tanto ao seu marido e ao seu filho mais velho.

 

    Aquela menina possuía o dom de cativar a todos que estavam a sua volta e tinham o prazer de conviver com ela, não só por sua história triste de vida, mas por ser tão doce e querida. E assim como tinha o cativado e ao seu filho, também o fez com as enfermeiras e demais médicos que tiveram contato com ela. Carlos sabia que sua esposa, sensível como é, também se encantaria com Manu.

 

    Outro fato, ainda relacionado a garota, lhe chamava atenção. Muitas garotas que passaram por algo semelhante ao que ela passou, teriam pensado até em suicídio, mas ela não demonstrava essa tendência suicida, muito pelo contrário, apresentava vontade de viver. Por um momento pensou que esse pensamento podia estar oculto em Manoela, e esse era mais um motivo para o tratamento com a Dra. Sarah.

 

    Manoela,  o fazia lembrar de uma flor, mas não uma flor comum, e sim a flor de lótus, uma flor muito especial. Pois ela surge do fundo dos pântanos, bem lá do meio da lama e destaca-se de toda a sujeira ao seu redor, nunca fica suja e absorve toda sujeira que nela se encontra, permanecendo pura e crescendo a passo lento na busca pela luz.

 

    “Ela realmente é uma pequena flor de lótus”, pensou ele, sorrindo e finalmente batendo na porta do seu próximo paciente.

 

 

    Algumas horas depois do Dr. Carlos, sair de seu quarto. Manoela estava assistindo a um filme, o qual foi levado por Douglas na sua última visita. Era um Filme de comédia, “As branquelas”, praticamente um clássico dos filmes desse gênero. Apesar de já ter assistido diversas vezes esse filme, ela ria das palhaçadas e confusões apresentadas.

 

    O filme já estava quase em seu final, quando batidas na porta são escutadas e uma voz feminina desconhecida pede autorização para entrar, a menina a concede. Pela porta entra uma mulher alta, loira de cabelos cacheados, olhos castanhos e com um sorriso sincero e contagiante no rosto. Estava toda vestida de branco. “Deve ser a Dra. Sarah”, pensou Manoela.

 

    - Boa tarde! Sou a Dra. Sarah, psicologa aqui do hospital. - Disse já puxando uma cadeira e sentando-se perto da garota. - Você é a Manoela, certo? - Manu assente.- Posso te chamar de Manu?

 

    - Pode, claro!

 

    - Que bom. O Dr. Carlos já me passou um relatório com alguns dados importantes a seu respeito. Ele me disse para lhe tratar muito bem, pois você é a paciente favorita dele. - Sarah, chegou bem perto do ouvido de Manoela e continuou falando bem baixo. - Só não conte nem para ele e nem para ninguém que eu te contei isso, ok? - A menina assentiu, com uma leve risada. - Então está certo, será o nosso segredinho. - dizendo isso, a médica piscou e a menina retribuiu da mesma forma, ambas sorriram cúmplices.

 

    Realmente, não tinha como não gostar daquela simpática psicologa. A primeira consulta fora mais para ambas se conhecerem e Sarah conquistar a confiança de Manoela, era preciso, já que ela precisaria saber tudo o que aquela menina sente, e o que se passa em seus pensamentos.

 

 

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, eu não sei se o capítulo está no nível dos demais. (Não tive tempo de mostra pra minha amiga @inagodoy, ela é praticamente minha beta.)

Por isso, deixe seu review, nem que seja pra dizer. Nossa, Naathy! esse capítulo ficou horrível. Apaga e escreve de novo.
Ah, desculpem os possíveis erros de português, não tive tempo de revisar o capítulo. =/
Então já sabem, reviews motivam autores, então deixe o seu e faça essa autora mais feliz e motivada.
Beijo ;*
Naathy