Pequena Flor de Lótus escrita por naathy


Capítulo 1
1. Um monstro e dois anjos.


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic. Por isso, seria importante os reviews de quem ler. Seja com críticas ou com elogios. Vou tentar postar com frequência. =)

Espero que gostem.
beijo ;*
Naathy



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Capítulo 1 – Um monstro e dois anjos.

  Era apenas mais uma noite chuvosa para a maioria dos habitantes daquela pequena cidade, mas não para a garota encolhida embaixo de uma marquise. Seu olhar denunciava o terror e o medo que ela sentia no momento. Ela fora encurralada até um beco sem saída por um homem alto, forte, que por conta de um chapéu e pela escuridão daquela noite, não conseguiria dizer se era belo ou não, mas esse fato não diminuiria o medo que aquela frágil garota sentia. Ele estava com uma arma apontada para seu peito.

   Manoela Borges, ou simplesmente Manu, sabia que algo muito ruim estava para acontecer, e aconteceu. O homem aproximou-se, mudando a mira do revólver, do peito para a cabeça da garota, puxou-a pelo braço colando seus corpos, enquanto com a mão livre explorava cada pedaço do corpo de Manu, enquanto sussurrava em seu ouvido ameaças. Ela chorava e isso irritava mais seu malfeitor, tapas e socos foram deferidos em seu rosto e corpo, e suas roupas foram arrancadas bruscamente.

   Ela queria gritar, queria ter a chance de se defender, de correr para bem longe. Mas sabia que não teria sucesso, e esta reação poderia custar a sua vida. Mas que vida? Ela não tinha ninguém! Nem pai, nem mãe e muito menos amigos. Enquanto, ainda, estava imersa em seus pensamentos, sentiu suas pernas sendo afastadas com extrema força, apertou mais ainda seus olhos, mantendo-os fechados. Sabia o que viria, esse seria o segundo homem que a violentava. A triste história se repetia. Ela sentia dor, tinha a impressão que a partiam ao meio. Desesperada, soltou um grito e outro soco acertou seu belo rosto. Lágrimas escorriam por sua face, agora em silêncio. Manoela apenas rezava em pensamentos para que acabasse logo. Mas, infelizmente, suas preces não foram atendidas e a tortura não terminou tão cedo...

[...]

   Após estacionar o seu carro, um rapaz caminhava em direção ao seu trabalho como em todas as manhãs. Quando passava por uma rua sem saída ouviu um gemido muito baixo vindo de lá. Em um primeiro momento, não deu atenção para o fato. Porém a sucessão do ruído fez com que ele decidi-se averiguar do que se tratava. Logo nos primeiros passos, em direção ao fim daquela rua sem saída, avistou um corpo que logo identificou como sendo de uma garota. Correu em sua direção, e quando chegou ao lado da moça, ficou horrorizado. A garota estava com o rosto deformado e o corpo coberto de hematomas, suas roupas estavam jogadas ao lado, e ela estava inconsciente. Passado o choque inicial, retirou seu paletó e colocou-o sobre o corpo da garota, tomando-a nos braços em seguida e depois encaminhou-se em direção a seu carro.

  O fluxo de pessoas nas ruas ainda era tímido, mas as poucas pessoas que viram aquela cena se horrorizaram e em suas mentes milhares de hipóteses sobre o que teria acontecido com a pobre menina.

   Ele apoiou-a em uma mão enquanto com a outra pegou a chave de seu carro, que estava em seu bolso, e abriu a porta. Depositou-a no banco traseiro, de modo que ela permanecesse deitada. Sentou-se ao volante, fechou a porta e colocou a chave na ignição, virou a chave e assim que o carro ligou-se, pisou fundo no acelerador. Sabia para onde iria: O hospital Nossa Senhora das Graças, levaria ela até seu pai e grande médico: Carlos Ferreira.

   Chegando ao hospital tirou a moça de seu carro e correu com ela em seus braços para a entrada. Assim que chegou a recepção, tão conhecida por ele, gritou para uma enfermeira.
   - Daiane CHAME O MEU PAI AGORA! - e a enfermeira assim o fez.
   
   - Douglas, o que é isso? Quem é essa moça? - Carlos perguntou encaminhando-se até seu filho, olhando para a menina em seus braços.
   
   - Não sei, pai! Encontrei-a em um beco sem saída próximo ao meu trabalho. - seus olhos foram em direção a moça em seus braço, ela gemia fracamente.
   
   - Vamos para a minha sala, agora!

Pai e filho encaminharam-se até lá. Douglas colocou-a sobre a maca, e Carlos iniciou alguns exames.

   - Estupro... Ela está muito machucada, acredito que tenha fraturado duas costelas. Seu pulso esquerdo, aparentemente, está quebrado. Providenciarei a sala de Raios-X.

 
   Douglas não emitiu nenhum som, apenas assentiu com a cabeça. A menina foi levada por uma enfermeira até a sala aonde foram realizadas radiografias de todo o seu corpo. Enquanto aguardava, o filho ligou para seu trabalho informando o ocorrido, e avisando que iria trabalhar apenas na parte da tarde.

   Após alguns minutos, a enfermeira entrou com um envelope com as resultados das radiografias de Manoela.

  - Ela, realmente, fraturou duas costelas e o pulso esquerdo, além de uma luxação no ombro direito. - disse Carlos ainda analisando os exames.

  
  - Quanto tempo vai levar para que ela se recupere?

   
   - Acredito que um mês, talvez um pouco mais. O que está me preocupando é essa inconsciência dela. – Analisou brevemente alguns dos exames, concluindo: - Vamos ficar com ela em observação por 72 horas. Se ela não acordar nesse período iremos encaminhá-la até a UTI.

   Manoela, então, foi encaminhada a sala onde ficaria em observação.

Continua...


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Notas finais do capítulo

tentarei postar o segundo capítulo Segunda. Beijo ;*