4 Dias para o Amor escrita por Juuh_Hale, Lana


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Explicação nas notas finais.



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Acordei ouvindo batidas na porta.

- Serviço de quarto para o casal apaixonado. – ouvi a voz de Esme. O que ela estava fazendo no quarto a essa hora? Ela bateu de novo.

- Emmett! – eu chamei baixo. – Emmett! – falei um pouco mais alto. – Sua mãe esta na porta, Emmett! – joguei uma almofada no rosto dele e ele se levantou espantado.

- O que, Rosalie?! – perguntou com uma voz irritadinha. Acho que ele não gostava de ser acordado por outras pessoas.

- Sua mãe esta na porta, venha pra cá agora! – eu falei, irritada também.

- Droga. – ele murmurou com uma voz sonolenta, levantando devagar do chão. Devagar de mais.

- Só um minutinho! – gritei pra mãe de Emmett. – Mais rápido idiota. – reclamei baixo pra Emmett. Ele estava jogando embaixo da cama os cobertores que estava usando no chão.

Ele entrou rápido em baixo do cobertor e se se encostou a mim. Nos sentamos recostados nos travesseiros e Emmett levantou os braços para passá-los ao meu redor.

- Está tudo bem ai? – Esme perguntou.

- Um momento mamãe, a Rosalie esta colocando uma roupa.

- O que pensa que esta fazendo? – perguntei. Emmett suspirou e ergueu uma sobrancelha. Eu revirei os olhos.

Ele passou os braços ao redor de mim e fez com eu me recostasse nele. Devíamos estar parecendo um casal recém acordado e feliz agora.

- Pode entrar. – eu falei e coloquei um sorrisinho no rosto. Esme abriu a porta e entrou com uma bandeja repleta de coisas para o café da manhã. – Esme, não precisava se incomodar com isso. – eu sorri, agradecida.

- Olha só, que delicia. Muffins de chocolate. – Emmett comentou.

- O que é isso, querida, não foi incomodo nenhum! – ela sorriu. – Você é da família agora. – meu coração se apertou.

- Bom dia, será que cabe mais um ai? – Carlisle perguntou aparecendo na porta. Esme sorriu satisfeita com o marido.

- Ei, será que não dava pra vocês deixarem a reunião de família pra mais tarde, não? – Emmett perguntou suspirando. – A gente acabou de acordar. – Eu dei um bocejo fingido, pra enfatizar o que ele disse. Concordei com a cabeça.

- Não vai demorar. – Carlisle falou. – É que eu e sua mãe temos uma proposta a fazer pra vocês, e eu concordo que é uma idéia maravilhosa que vocês se cas...

- Se casem aqui amanhã! – Esme interrompeu o marido e falou mais alto, com um sorriso que parecia ocupar todo o rosto.

- Amanhã? – Emmett perguntou surpreso.

- O que? Quer dizer, amanhã? – eu falei, balançando um pouco a cabeça negativamente e dando uns risinhos nervosos.

- É, vocês vão se casar mesmo, por que não fazer isso aqui? – ela perguntou. – Aqui estaremos todos juntos e ainda teremos a presença da vovó. – ela estava tão animada.

- Não. – Emmett falou, balançando a cabeça. – É a grande noite da vovó e...

- Exatamente! É o aniversario da vovó e não queremos estragar isso, de jeito nenhum. – enfatizei as ultimas palavras.

- Ah querida, eu já tive 89 festas de aniversario! Não preciso de mais uma. – disse vovó entrando no quarto e vindo ate a gente. Ela estava nos ouvindo? – Vai ser um sonho ver o meu único neto se casando! Um sonho virando realidade! – ela disse contente. – Vocês aceitam? – os olhinhos da velha brilhavam. Velha maldita, eu não ia me casar amanhã.

- Ahn, não.. – Emmett falou.

- Antes de eu morrer? – ela fez uma cara triste.

- Tudo bem! – eu e Emmett respondemos ao mesmo tempo. Velha maldita chantagista emocional.

- Perfeito! – Esme gritou rindo com a velha maldita chantagista emocional. - Tudo bem então, nós vamos cuidar de tudo! Você vão se casar no celeiro, assim como nós! – ela continuou a falar contente, com o sorriso que não saia do rosto.

- É uma tradição da família Cullen Rosalie, espero que não se importe. – Vovó falou.

- Ah, tudo bem. – eu falei. – Eu sempre quis me casar num celeiro, é meu sonho desde menininha! – eu falei, mas a ironia ficou encoberta com surpresa.

- É, eu também. Um celeiro, que legal. – Emmett murmurou, parecendo atordoado.

- É um sinal! – Vovó falou. – Eu sabia! Um sinal do universo mostrando que vocês dois nasceram um para o outro! São perfeitos juntos! Precisamos agradecer agora. – Vovó disse, saindo do quarto e puxando o filho junto, apressado. Esme continuou no quarto com aquele sorriso que parecia estar pregado constantemente no rosto dela. Só que maior do que o normal.

- Eu acho que eu devia deixar vocês dois sozinhos. – ela falou, mas não se mexeu.

- É.. – eu falei. Carlisle apareceu na porta de novo e entrou no quarto para puxar a esposa que não se movia. Ela ainda estava sorrindo, parecia que ia cantar.

- Eu estou tão feliz! – ela disse dando um risinho. Eu sorri pra ela, forçadamente.

- Vão, vão... – Emm falou, com um sorriso também. – Vão... – ele repetiu quando eles fecharam a porta. Os nossos sorrisos saíram do rosto.

- Droga. – eu falei.

- Ai e agora? – Emmett falou, suspirando pesadamente e botando a cabeça recostada na cama.

- O que foi? – eu perguntei.

- Minha mãe esta tão feliz, na verdade faz bastante tempo que não a vejo tão animada assim. Ela vai ficar muito deprimida se souber a verdade e minha avó vai ter um infarto.  – ele falou, passando a mão pelo cabelo.

- Ei, Emmett, calma. – eu pedi. – Eu já te falei ontem, eles não vão descobrir. Fica calmo.

- E o meu pai? Que historia foi essa dele estar tão animado com isso? – ele perguntou. – Tem alguma coisa errada.

- Provavelmente sua mãe fez a cabeça dele, calma, eles não vão descobrir. – eu falei. Mas a mesma sensação que senti quando disse isso ontem a ele voltou pra me atormentar. O que eu estava fazendo com a vida de Emmett?

- Rosalie... – ele falou com o rosto enterrado nas mãos.

- Emmett, fica calmo... – eu falei com uma voz tranquila. Eu não estava tranquila. – Até parece que a gente vai ficar casado pro resto das nossas vidas. – eu revirei os olhos. - Nós vamos ser um casal feliz e divorciado, rapidinho. Você ta bem? – ele me olhou estranho.

- Estou.

- Vou pegar um café. – falei me levantando da cama. Coloquei o café na caneca pra ele e peguei um pratinho que tinha os muffins de chocolate que ele havia comentado quando a mãe entrou.

- Quer saber, você ta mesmo certa. – ele disse.

- Claro que estou. – concordei.

- Nós vamos nos separar logo. – ele falou. – Vai ficar tudo certo.

- Isso ai. – eu falei voltando a cama. – Mas até lá, acho melhor eu fazer um curso de culinária para poder alimentar bem o meu xuxuzinho. Porque eu não quero que ele me deixe por outra mulher, não é? – perguntei me ajoelhando na cama e entregando pra ele a caneca.

- Qual é, ainda não estamos nos separando. – ele falou e pegou o prato da minha mão. Ficou um clima estranho e nenhum de nós falou nada.

- Olha, eu acho que vou lá fora. – falei pegando um cobertor e passando por meus ombros. Levantei da cama e estava indo pra porta.

- Rose, ai é o banheiro. – ele falou com uma sobrancelha erguida.

- Eu sei. – eu falei sorrindo. Eu nem havia reparado que estava indo pro lado errado. – Eu vou ao banheiro e depois vou sair. – entrei rapidamente lá e fechei a porta.

Depois de trancada me recostei na pia e suspirei pesadamente. Casar amanhã. Eu ia destruir a vida de Emmett, é. E da Vovó se ela descobrisse. E da Esme. E Deus, desde quando eu me preocupo com eles? Eu só quero permanecer aqui nos Estados Unidos.

Era o que eu tentava me convencer pelo menos.

Tudo que eu precisava fazer era manter o foco. Aquilo era um acordo profissional, não uma relação pessoal. Manter o foco. Manter o foco. Fiquei repetindo isso na minha cabeça, como um mantra.

Manter o foco.

-

Depois de devidamente arrumada, sai da casa e encontrei uma bicicleta. Olhei ao redor. Não tinha ninguém observando e parecia meio largada ali. Peguei-a para dar uma volta pelos arredores da casa.

Há muito tempo eu não andava de bicicleta, mas depois de alguns minutos peguei o ritmo. Até que o terreno começou a ficar bem mais irregular e com muitas descidas que me faziam ficar com medo. Por que antes de começar a andar eu não me lembrei que odiava andar de bicicleta? Agora eu nem sequer conseguia fazer aquilo parar enquanto eu descia meio desgovernada. Eu apertava o frio, mas não parecia adiantar. O terreno voltou a ficar um pouco regular e a bicicleta foi direto numa pedra, o que a fez parar. Mas também me derrubou no chão e me deu um belo corte no braço. Não parecia muito profundo, então resolvi não voltar àquela hora.

Eu reparei então em uns barulhos estranhos vindos de dentro do bosque. Que barulho seria aquele? Eu fui seguindo o barulho estranho ate chegar a sua fonte.

Havia uma fogueira acesa, e tinha alguém que estava em volta com uma capa decorada com as cores da bandeira de costas pra mim.

- Iia. Shu mai cha. Hash ding ia. Du ia pam. Eoia. Uchtan atcha ia. – a pessoa gritava isso no ritmo da batida, e pela voz era uma mulher. O que era aquilo? O que aquelas palavras significavam? Que língua era aquela, se é que existia? Que mulher louca. Me virei para voltar. – Venha até mim, Rosalie. – eu me paralisei. Como sabia que eu estava ali e como sabia meu nome? – Sou eu. – ela se virou. – A Vovó.

- Ahh, Vovó! – eu respondi aliviada. – Oi... – eu respondi sem graça.

- Percebo que você é curiosa. – ela falou com um sorriso. – Venha até aqui, vamos agradecer a mãe Terra.

- Na verdade, anh, eu tenho que voltar. – respondi, com um sorrisinho. – É melhor eu ir agora. – falei enquanto me virada.

- Rosalie, olhe a sua volta. Veja tudo que a mãe Terra nos deu. Ela também fez você e o Emmett ficarem juntos. – ela respondeu. – Nós temos que ficar aqui e agradecer a mãe Terra, e também pedir.

- Pedir o que?

- Pedir que você seja abundantemente fértil. – ela sorriu. Eu fiz uma careta. – Venha Rosalie, vamos dançar com a Vovó para celebrar a união de Emmett e você. – ela me chamou com a mão.

- Eu posso agradecer daqui mesmo, é. – eu dei um sorrisinho.

- Não, eu insisto! – ela disse e jogou uma coisa na fogueira que fez as chamas subirem de um jeito assustador.

- Tudo bem! – eu falei. – Quer saber? Vou agradecer ai com você. – sorri.

Ela começou a rodar em volta da fogueira e cantar aquelas coisas sem sentido de antes. Eu rodei em volta da fogueira também, antes que ela inventasse outra coisa.

- Sua vez agora. – ela falou sorrindo.

- Minha vez de que? – perguntei. Será que essa família só vivia sorrindo?

- De agradecer, cantar Rosalie. – ela respondeu.

- Eu não sei cantar, não conheço cânticos. – falei pra me esquivar.

- Não tem problema. Cante o que vier ao seu coração, agradeça a mãe Terra. – ela disse movendo as mãos. – Use as letras do alfabeto Rosalie, use as vogais. – ela falou e começou de novo. – Eoia. Iie. Gue thu ha.

Eu repetia o que ela falava ate que ela parou e me deixou cantar sozinha. Eu ouvia as batidas e me lembrei da letra de uma musica que se parecia com o ritmo. Comecei a cantar e a Vovó continuava a me incentivar a cantar mais alto e dançava. Eu comecei a dançar também de acordo com o ritmo da musica. Ficávamos um tempo dançando e cantando até que Emmett apareceu.

- O que é isso? – ele perguntou com as sobrancelhas erguidas. Vovó desligou o aparelho de som de onde saiam as batidas.

- Anh, é que a Vovó queria que eu cantasse com ela pra agradecer, você sabe, queria que eu cantasse com o coração. – respondi meio sem fôlego e também constrangida por Emmett ter me visto naquela situação.

- E era isso que estava no seu coração? – ele perguntou surpreso.

- Ah qual é, era a única coisa que se encaixava na batida. – eu respondi forçando um sorriso.

- Ok. – ele respondeu. – Olha, seu celular chegou, estou indo até a cidade buscar, quer vir comigo?

- Quero sim! – respondi depressa indo para o lado dele. – Quer dizer, Vovó você vai ficar bem se eu for?

- Claro que vou Rosalie. – ela respondeu com um sorrisinho simpático. – Pode ir.

- Tudo bem então. – respondi. – Vamos falei pra Emmett.

- Doidinha. – ele falou quando nos viramos e riu.

- Cala a boca. – Eu respondi com um sorriso enquanto dava um tapa no braço de Emmett.

N/L: Oi xuxus. 

Eu sei que milhões de desculpas não seram suficientes, mas me parece um bom jeito de começar. Eu sei que falei que não ia demorar, mas demorei. Mas entendam, minha vida tava bem corrida ultimamente e ainda está, na verdade. E ainda aconteceram umas coisas que me deixaram muito triste e ai eu não conseguia escrever nada que prestasse. Eu espero que voces tenham gostado do capítulo apesar de não ter ficado muito bom. Estou postando sem a notinha da Ju porque ela ainda não leu o capítulo, mas logo tem notinha dela aqui, ta?

Beijos, mil desculpas pela demora e vou tentar ser mais rapida agora.

Ah, e pra quem acompanha minhas outras histórias, saibam que não estou postando por isso também. Mas vou tentar adiantar elas agora. Já estou com parte do capítulo de Encontros Casuais pronto, então provavelmente vai ser a próxima que eu vou postar.

Lanninha.

N/J: Oi meus amores, tudo bem com vocês? Então, só pra reforçar o que a Lan disse, estamos com nossas vidas MUITO corridas, por isso está sendo bem complicado postar, mas espero que tenham gostado do capítulo tanto quanto eu (como não gostar dos capítulos da Lana né?) e que por favor, comentem para nos incentivar.

O próximo capítulo é meu, por isso vou tentar não demorar tanto ok? Nos desculpem pela demora e por qualquer outra coisa. Beijos,

Juuh.


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