Inimigos do Olimpo escrita por Jereffer


Capítulo 8
Capítulo 8: Olhos de Prata


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, provavelmente não vou postar nada amanhã, comentem o cap e foi mals os erros, estou sem tempo de revisar o texto.



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Annabeth POV ’s

 

Se não fosse pelo risco de morte e pelo fato de nós termos que andar 1 km até a cidade, a queda foi QUASE divertida.

 

Thalia obviamente não gostou, alem do medo de altura ela teria que aturar Percy imitando a cara dela durante a queda.

 

- Relaxe – ele disse quando ela ficou emburrado – Não me leve a sério, nem eu me levo – ele disse rindo.

 

Um estalo vindo dentre as arvores fez nós nos virarmos com velocidade, dentre as sombras era possível ver um par de olhos prateados nos observando.

 

Eu e a Thalia sacamos nossas armas rapidamente, mas o Percy em nenhum momento fez menção de sacar a espada, sua expressão era... triste?

 

- Vamos garotas – ele disse se virando para a frente.

 

- Mas... – a Thalia ia dizendo, mas ele simplesmente começou a andar e disse:

 

- Isso não vai nos atacar, não agora – ele disse, eu pretendia retrucar, mas a criatura já havia sumido.

 

Percy ficou quieto todo o resto do caminho, quando chegamos a cidade, resolvemos para no primeiro hotel que achamos, já havia escurecido e continuava a chover, só que dessa vez mais fraco.

 

- O hotel está lotado – disse a atendente entediada – só temos mais um quarto.

 

- Como é o quarto? – perguntou Percy, enquanto revirava os bolsos.

 

- Cama de casal e um sofá – disse a mulher no mesmo tom de tédio.

 

- Serve – disse o Percy jogando dinheiro no balcão e pegando a chave.

 

- Serve? – perguntou Thalia enquanto pegávamos o elevador.

 

- Você e a Annabeth dividem a cama e eu fico com o sofá, simples – ele disse escolhendo o ultimo andar.

 

O fato de ele não ter feito nenhuma piada sobre uma de nós dividirmos a cama com ele comprovou que algo estranho está acontecendo. 

 

O quarto até que era grande, parecia ter sido decorado para casais em lua-de-mel, estranhamente Percy também ao fez nenhuma alegoria a isso, ele simplesmente saltou para o sofá e cobriu os olhos com os dedos.

 

- Quer um travesseiro? – Eu perguntei ao ver vários travesseiros empilhados em cima a cama.

 

- Não, obrigado.

 

Passado alguns minutos a respiração dele ficou lenta e audível:

 

- Como será que alguém consegue dormir tão rápido? - perguntou Thalia, que saía do banheiro enxugando os cabelos.

 

- Não faço idéia – eu disse entrando no banheiro, a quantidade de sais para banho era surpreendente.

 

- Que bicho será que mordeu ele? ele nunca cala a boca e de repente fica sério – comentou Thalia deitando.

 

- Eu não sei – eu disse antes de ligar o chuveiro – Eu odeio não saber as coisas!

 

Depois do banho, resolvi tentar dormir, mas minha mente estava intrigada demais para relaxar: O que ou quem era aquela coisa e porque Percy nos impediu de ataca - lá e por ele ficou perturbado com isso.

 

Em meio a todos esses pensamentos, nem sei que horas eram quando eu finalmente consegui dormir e logo um sonho se iniciou.

 

Eu assistia uma cena extremamente pitoresca: Um lugar cheio de casinhas bonitinhas, separadas por cercas e laguinhos.

 

Na cena ficou parada por alguns instantes até começar a se mover, como se fosse um filme.

 

Duas crianças surgiram, uma conduzia cabras e algumas ovelhas, demorei um bom tempo para perceber que uma delas era Percy.

 

Ele devia ter no máximo uns oito anos, o que explicava a cena ser tão pitoresca aquilo fazia parte de um mundo realmente antigo.

 

A ausência de armas parecia o deixar incompleto, mas era uma criança incrivelmente fofa. Usava uma túnica masculina que parecia ter saído de uma luta com um porquinho-da-índia raivoso, pois era cheia de arranhões e fiapos, usava tambem uma bandana para manter os cabelos longe do rosto. Carregava algo que parecia um cajado fazendo eu me recordar que havia lido que pastores usavam esses objetos. Carregava uma sacola de couro pendurada ao lado do corpo e segurava algo que parecia um estilingue, uma funda, eu acho.

 

A figura ao lado dele não podia fazer um contraste maior a cena, era uma garota de cabelos castanhos, usava um túnica branca impecável e observava ele com tédio. Demorou menos de uns segundos para eu a ver melhor, ela tinha... Olhos prateados!

 

Não podia ser coincidência, era impossível haver tal semelhança entre dois seres, e se não fosse, porque eu estaria sonhando com isso?

 

- Isso é um muito chato, vamos fazer alguma coisa? – disse a garota, tinha a voz bem bonita.

 

- Também acho isso chato, por isso chama-se TRABALHO – disse Percy agitando seu cajado, forçando as cabras a se juntarem.

 

- Então porque faz isso? – ela perguntou como se fosse algo realmente difícil de entender.

 

- Vou lhe explicar mais uma vez – disse Percy suspirando, pelo seu tom era obvio que ele já havia Repetido isso outras vezes – As pessoas precisam viver, para isso elas tem que comer, e para conseguir meios para isso elas trabalham – ele disse se sentando em um tronco caído.

 

- Não adinta explicar, eu nunca vou entender isso - dissa a garota em um tom definitivo.

 

- Abaixe-se – ele disse enfiando a mão na bolsa e tirando uma pedra quase perfeitamente redonda, colocou na funda atirou, a pedra passou a milímetros da cabeça da garota e atingiu algum algo no meio do capim alto, um bicho saltou de lá, era uma raposa.

 

- Odeio raposas, vivem matando as ovelhas - resmungou o Percy se sentando de novo.

 

- Seu cachorro não deveria manter raposas afastadas?

 

- Don é um cachorro velho, não agüenta mais fazer trabalho pesado – disse o Percy apontando para um grande cachorro branco, que dormia perto dos seus pés.

 

A garota ficou o observando mais algum tempo, até uma voz vinda de longe chamar:

 

- Moonycre!

 

- É melhor ir ver o que seu pai quer,você sabe que ele não gosta que você fique conversando com os funcionários dele – disse o Percy apontando para si mesmo.

 

Tive a impressão que algo revelador aconteceria a qualquer momento, mas aí eu simplesmente acordei.

 

Olhei no relógio e vi que eram 5 da manhã, resolvi levantar e beber algo, meu sono havia sumido completamente.

 

- Insônia? – perguntou alguém atrás de mim de repente.

 

- Quer me matar de susto? – perguntei irritada, Percy estava sentado no sofá, parecia estar cunhando um bonequinho em um sabonete (?).

 

- Te matar não, desmaiar quem sabe – ele disse voltando sua atenção ao bonequinho.

 

- Voltou ao normal – eu disse baixinho – Você não dorme não?

 

- Durmo, é que esse sofá me deu uma p* dor nas costas – ele disse dando um tapinha em uma almofada – E posso saber o motivo de você ter madrugado?

 

- Tive um pesadelo – eu disse, percebi uma garrafa térmica mesinha na frente dele – Isso seria café?

 

- Sirva-se.

 

Depois de algum tempo em silencio, resolvi perguntar:

 

- Já tem alguma idéia de lugares para irmos? – perguntei para puxar assunto.

 

- Já, tem uma área para alpinismo nos arredores da cidade onde ocorreu uma morte bem incomum, é a nossa pista – ele disse olhando algo em um mapa.

 

- Como assim incomum?

 

- Acharam o corpo oco – ele disse com simplicidade, como se aquilo fosse normal.

 

- Que nojo – eu disse sentido meu estomago revirar.

 

Ele concordou com a cabeça e voltou a cunhar seu bonequinho, percebi que era um dragão, isso por alguma razão me fez lembra-se do meu sonho.

 

- Percy, posso te perguntar uma coisa? – eu disse meio relutante, ele apenas disse sem levantar os olhos.

 

- Você já está perguntando, mas pode perguntar mais uma coisa – ele disse voltando sua atenção para mim.

 

- Você sabe o quem era aquela pessoa que vimos na estrada – eu perguntei relutante.

 

Eu suponho que o termo “pessoa” havia denunciado que eu sabia de alguma coisa sobre o assunto ele apenas disse:

 

- Digamos que eu não fui o único da minha época a ganhar a imortalidade – ele disse voltando os olhos para o sabonete.

 

Vi que ele não diria mais nada, então resolvi que não tinha mais nada interessante a fazer.

 

- Acho que vou voltar a dormir – eu disse me levantando, Percy deu uma risadinha e disse:

 

- Boa sorte.

 

- Como assim boa sorte? – eu perguntei confusa.

 

- Acho que sua amiga – ele disse apontando para Thalia – estava tendo alguns sonhos calientes.

 

- Como sabe?

 

- Ela fala dormindo – disse Percy pegando algo no bolso – Mas eu gravei no meu celular para futuras chantagens.

 

Vi pela expressão dela que ela realmente estava tendo um sonho bom, e não para de se remexer pela cama.

 

- É melhor eu ficar por aqui – eu disse sentando.

 

- Sabia decisão – disse o Percy se levantando – Fique com o sofá, vou dar uma volta – ele disse vestindo sua jaqueta.

 

- Volte logo, quando Thalia acordar é melhor nós sairmos logo daqui antes que apareça mais monstros, o do avião já foi o suficiente – eu disse deitando no sofá.

 

- Ok - ele disse saindo.

 

Percy POV’s

 

Pelo jeito todo meio-sangue tem seus dias de profeta, a garota-cérebro sabia de algo.

 

Sai para tomar um ar, andar pisando nas poças d’ água sempre me ajudava a pensar.

 

Eu estava agindo como um adolescente idiota de novo, mas a minha política mate tudo e todos em seu caminho estava enfraquecendo, isso acontecia quando algum senso de responsabilidade surgia em mim, traduzindo : A p* dessa missão estava me deixando molenga.

 

Meus pés me levaram até o centro de alpinismo, vi que vários carros começavam a encher o estacionamento, o que me fez lembrar de algo.

 

- Se nessa montanha estiver tudo que eu imagino, é melhor não ter mortais para serem escudos – raciocinei pegando meu tridente, hora das minhas idéias perigosas.

 

Golpeei o chão com o tridente, na melhor das hipóteses isso criaria um pequeno tremor e isso tornaria o local interditado, na pior das hipóteses eu criaria uma fonte de água salgada ou soterraria a cidade, ambas as hipóteses pareciam divertidas.

 

Para meu desgosto a melhor das hipóteses aconteceu, então resolvi voltar para o hotel, já podíamos subir lá sem sermos perturbados.

 

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Ao chegar ao quarto eu vi das cenas mais cômicas que uma pessoa pode imaginar: Annabeth e Thalia estavam em pé em cima da cama, isso juntando ao fato de elas estarem de pijama deixou a cena mais sexy, porem só consegui notar o motivo um pouco depois, havia uma aranha gigante as atacando.

 

- Que cena interessante – eu disse batendo uma foto antes de pegar meu tridente – Precisam de ajuda?

 

Depois de receber um olhar mortal que invejaria até a medusa, joguei meu tridente nas costas da aranha, fazendo a criatura virar pó amarelo.

 

- Eu devo entender por duas pessoas foram incapazes de matar uma aranha?

 

- Eu teria conseguido – disse Thalia ofendida – Mas assim que Annabeth viu a aranha teve um ataque de susto, sabia que é difícil lutar com uma garota agarrada em você.

 

- Eu sei que é difícil – eu concordei – Ela agarrou em você? E eu perdi essa cena – eu praguejei.

 

- É melhor se vestirem, porque é bom sairmos logo – eu disse suspeitando que seria agredido – Apesar que se vocês quiserem sair assim, eu não ligo.

 

BLOP! CLAM!

 

É mais ou menos o som que você ouve ao levar o escudo Aegis na cabeça.

 

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Meia hora depois nós chegávamos à área de alpinismo, como eu suspeitava, havia apenas alguns funcionários da loja de artigos para escalada estavam no local, não foi difícil usar a névoa para nos deixarem entrar, nosso maior obstáculo foi uma porta.

 

- A droga da chave não está aqui – eu disse revirando uma gaveta.

 

- De dois passos para frente e um para o lado esquerdo – pediu Annabeth, eu estranhei mas fiz isso.

 

Senti duas mãos empurrarem minhas costas e logo eu atravessava o lugar, levando a porta comigo.

 

- Boa Annabeth – disse Thalia atravessando o portal da porta agora vazio.

 

- Claro, me usar como aríete – eu resmunguei esfregando o ombro.

 

- Não reclame – disse a Thalia – Lembre-se que você já me usou como munição de catapulta.

 

Apesar aquele ser um lugar de alpinismo, naquela parte baixa só servia para se fazer trilha, e logo depois de muitas subidas ouvimos algo substancial.

 

- Mass que coisa – disse uma voz sibilante vindo da um lugar a nossa frente, pelo visto a coisa que disse isso também estava subindo – Nem um mortalll hojee.

 

- É bom reportarmos isssso a general – disse outra voz semelhante a primeira – Mestre Prometeu vai ficar zangado com a demora.

 

Seguimos o caminh o máximo silenciosamente o possível, e não demorou para avistarmos o que eram.

 

Eram seres humanóides, lembravam vagamente a um ser humano deformado coberto de lama e detritos do solo, continuamos a seguir eles silenciosos como camundongos até chegarmos à base de operação deles, onde alguém esperava as criaturas.

 

- Peguem os monstros, eu cuido do resto. – eu disse pegando a contracorrente no bolso.

 

Thalia ativou seu escudo, o barulho metalico fez os monstros se notarem nossa presença e partirem para o taque.

 

Eram quatro monstros, mas confiei que Thalia e Annabeth os vencessem e avancei com a espada, Mas meu golpe foi aparado muita velocidade.

 

- Olha se não meu velho amigo – disse Moonycre me atacando, porem de modo lento, evitei o golpe e contra-ataquei – Não esperava ver nenhum dos capachos dos deuses por aqui, mas obviamente subestimei sua capacidade de se meter no assunto dos outros.

 

- Idem, desde quando está brincando de vilãzinha? – eu perguntei me abaixando para evitar um golpe, eu pude ver com o canto do olho que Annabeth e Thalia agora simplesmente assistam à luta.

 

- Não seja hipócrita – ela disse se desviando de um golpe e atacando – Você mesmo sabe que não existe lados certos ou errados em guerras, só aliados e inimigos.

 

- Ponto para você, esse era o meu bordão – eu disse rolando no chão para evitar ser fatiado – Mas agora diga, o que na nossa longa historia faz você pensar que pode me vencer? – eu disse dando um golpe que acertou de raspão nas pernas.

 

- É necessário mais que isso para me matar – ela disse ao levar outro golpe de raspão nas pernas, ela ainda não havia notado o que eu estava fazendo.

 

- Minha querida amiga – eu disse me levantando – Quem falou em matar?

 

Com um golpe com a guarda da espada, ela tropeçou e caiu, tentou se levantar, mas as pernas feridas não sustentavam o peso.

 

- Cheque mate – eu disse me agachando perto – Agora começa a falar, não estou com saco para torturar alguém hoje.

 

- Você ainda me subestima – ela disse tranquilamente – Mas como me venceu, acho justo que descubra algo, por que não vai para Los Angeles? quem sabe não encontre outro velho amigo – ela disse dando uma piscadela e simplesmente sumiu em fumaça.

 

- Merda – eu xinguei – Ela escapou.

 

Annabeth e Thalia se aproximaram, pareciam um pouco confusas com o dialogo, porem Thalia disse:

 

- Droga Percy, você a deixou escapar, se tivesse parado de enrolar poderíamos ter mandado ela para o Tártaro – ela disse irritada – E afinal, você a conhecia?

 

- Na ordem: Que Tártaro? ele está do lado dos Titãs, sim eu a conhecia e por ultimo trate sua TPM – eu disse, e adivinhem, levei uma pancada.

 

- Não briguem crianças – disse Annabeth rindo – E pelo visto nós vamos para Los Angeles.

 

- É nós vamos – eu concordei.

 


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