Inimigos do Olimpo escrita por Jereffer


Capítulo 7
Capítulo 7: Viagem




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Depois de explicações sobre os motivos e os vilões da vez, pegamos uma carona no utilitário do acampamento até ao aeroporto.

 

- Existe algo de especial nessa cidade que você disse, Cheyenne, ou vamos lá por mero turismo? – Perguntou Thalia.

 

- A possibilidades de acharmos alguma pista e/ou Titã – eu disse olhando pela janela do carro.

 

- A arquitetura de lá é fantástica – comentou Annabeth.

 

- Então mesmo se lá não tiver merda nenhuma, alguém de nós vai gostar da viagem – eu finalizei.

 

O resto da viagem foi em silencio, isso provavelmente se deve ao fato que uma chuva torrencial começara a cair, tornando quase impossível que nós ouvíssemos uns aos outros.

 

Nós dessemos a apenas uma quadra do aeroporto, o motivo foi que o carro pifou ao passar por uma poça d’ água muito funda, então fomos forçados a caminhar o resto.

 

- Ótima hora pra cair uma tempestade – resmungou Thalia, ela já ia atravessando a rua quando tive que puxa - lá para evitar um atropelamento.

 

- Reclame com seu pai, e tente não se matar tão cedo, tenho um contrato de devolução a cumprir – eu disse atravessando a rua.

 

- Contrato? – perguntou Annabeth.

 

- Como existe a tendência de heróis que saem em missão comigo morrem, eu tenho um contrato – eu disse puxando um papel do bolso enquanto entravamos no aeroporto – Devo devolver vocês sem nenhuma lesão permanente e sem nenhum dano mental, emocional e moral, essa parte eu não entendi mais tudo bem – eu guardei o papel dando os ombros.

 

- Não pode estar falando sério – disse Thalia rindo, eu lhe passei o papel, ela correu os olhos e recitou em voz alta – Dano moral?

 

- Parece que o centauro também tem senso de humor – eu disse pegando o papel de volta – Vou comprar as passagens, tentem sobreviver na minha ausência.

 

Deu trabalho para convencer a moça que vendia as passagens que eu era maior de idade (maldita aparência de adolescente), mas quando finalmente consegui isso, faltava apenas 3 minutos para o avião sair.

 

Correr por um aeroporto já chamava atenção alem de ser complicado, agora some isso ao fato de estar carregando lanças, espadas arcos e escudos como bagagem de mão (Obviamente a nevoa impedia os mortais de verem as armas na sua verdadeira forma, mas mesmo assim o quesito tamanho e volume não mudavam), mas conseguimos chegar ao avião a tempo.

 

Mas como felicidade de meio-sangue dura pouco, alguns minutos depois eu já estava terrivelmente entediado.

 

- Que tédio – eu resmunguei.

 

- Tente fazer algo de útil – disse Thalia, estava ouvindo musica em devaneios tão profundos que nem eu estava conseguindo irritar ela.

 

- Ok – eu disse ficando parado, não demorou muito para ela ficar incomodada.

 

- O que você está fazendo?

 

- Contando suas sardas é obvio – eu disse – São sete aqui do lado esquerdo, pode virar o rosto um pouco mais, estou tentando contar as do lado...

 

CAPLAF!

 

Isso foi o som de um livro de arquitetura atingindo minha cara.

 

- Thalia não jogue o meu livro no Percy – Disse Annabeth se esticando para pegar o livro de volta – Percy, não conte as sardas da Thalia.

 

Não tendo mais a fúria da Thalia para me distrair, devo ter acabado dormindo, pois na próxima vez que olhei aquele visor que ficar preso no teto do avião, ele indicava que já estávamos bem perto de Cheyenne.

 

Resolvi ir ao banheiro, não era bom estar de bexiga cheia durante o pouso de um avião, mas no caminho para o banheiro, vi uma cena preocupante.

 

A chuva ainda caía com violência no lado de fora, e quando um relâmpago iluminou violentamente o local e a imagem de um cara gordo tremeluziu... névoa!

 

Voltei ao acento onde as garotas estavam num papo muito culto sobre o que era melhor: nozes ou castanhas.

 

- É melhor me seguirem temos compania – eu disse baixo, elas se levantaram e me seguiram. Quando chegamos perto do banheiro, as puxei para dentro e fechei a porta.

 

- Que diabos está acontecendo? – perguntou Annabeth no momento em que eu fechei porta. 

 

- Temos um pequeno problema aqui: Tem um taurino no avião – eu disse me encostando na parede.

 

- O que é um taurino? – perguntou Thalia confusa.

 

- Metade touro e metade bode, são como um cruzamento entre minotauro e sátiro – eu expliquei.

 

- Onde está ele? – Perguntou annabeth espiando por uma fresta da porta.

 

- Deixe os olhos fixos naquele gordão da terceira fileira – eu disse espiando por cima da cabeça dela.

 

- Ok, mas ele não vai poder fazer nada com um avião em pleno vôo, não é? – disse Thalia com um ar esperançoso.

 

Nesse momento as luzes normais se apagaram e a luz de emergência acendeu.

 

- Por favor, nada de pânico – disse a aeromoça – Faremos o procedimento de emergência e pousaremos no próximo lugar disponível.

 

Nesse momento o piloto passou correndo por nós abriu a porta pegou um para quedas e pulou.

 

Um compartimento se abriu em cima dos bancos e de em cima de cada um caiu um pára-quedas.

 

- Rápido – eu disse pegando os pára-quedas – Deixem o corpo na horizontal para desacelerar a queda e fiquem na vertical com os membros juntos ao corpo para aumentar a velocidade da queda, não abram o pára-quedas muito cedo, para não serem carregadas pelo vento (n/a: funciona de verdade, se alguém for saltar de um avião fikdik ^.^).

 

Sem esperar mais, porque o taurino saía da cabine do piloto, pulei.

 

A sensação do vento batendo no rosto é incrível, só não é perfeita por causa do som assustador que o vento faz enquanto você cai.

 

Consegui ver de relance Annabeth pulando, logo depois abrindo o pára-quedas, segundos antes de um pára-quedas ainda fechado passar caindo na minha esquerda e um Thalia na direita, então isso me fez lembrar, a bastada tem medo de altura!

 

Coloquei meu corpo na posição de mergulho, e não foi difícil alcançar Thalia, pois eu sou muito mais pesado que ela.

 

Consegui enroscar meu pára-quedas nela e o abri, causando uma freada brusca, mas pelo menos evitou a queda mortal.

 

- Percy! – Ouvi Annabeth gritar, olhei pra cima e vi o taurino caía na nossa direção, brandindo um machado.

 

- Agora fudeu – eu filosofei pegando meu tridente e me soltando do pára-quedas.

 

Lutar em uma queda livre ( que já durava 20 segundos) e difícil, mas consegui ficar mais ou menos no mesmo no mesmo nível que ele então comecei a fazer o único movimento possível, agitar o tridente.

 

- Tórus – eu reconheci a besta – Achei que tivesse morrido no Ragnarok, é idiota de quem desta vez?

 

- Não conte vantagem garotinho, sua cabeça decorará minha toca – disse ele com um sotaque Irlandês (?).

 

- Não acho que isso acontecerá – eu disse acertando ele com força no peito.

 

Nesse exato momento uma faca passou voando por mim e o atingiu na cabeça, logo depois senti uma mão agarrar minha gola.

 

- Você é pesado ein? – disse Annabeth com esforço, segundos antes de batermos no chão, um pouco mais forte do que o normal, mas muito melhor do que quebrar todos os ossos.

 

- Valeu – eu disse sem ar massageando meu pescoço – Cada a Thalia?

 

Ela aterrissou dói segundos depois, estava parecida com uma estatua de mármore: Branca e gelada.

 

Ela correu para trás de uma moita para vomitar, enquanto dávamos uma olhada no local onde caímos.

 

- O lado positivo é esse – eu disse apontando para uma placa onde dizia:

 

Cheyenne: Você está a um 1 km.


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