Namorar um Astro do Rock?


 — Você não...quer namorar comigo? Ok. Eu sei que mereço esse "Não!", não fique com pena de mim!
 — Não, quer dizer, eu não estou com pena de você. E também não vou te dar um fora — ele sorriu
 — Isso foi um sim?
 — Acho que foi! — eu ri — Mas sim, eu quero namorar com você! — ele se levantou me puxando pela mão e correndo para fora do quarto — Ei, aonde você vai? — estava sendo arrastada por ele escada abaixo


 Ele me puxava enquanto corria escada abaixo. Eu não sabia o que ele ia fazer, mas espero que eu não passe vergonha.
 Estava me achando uma maluca por ter aceitado esse namoro, mas eu não podia fazer nada se eu o amava e o queria por perto. É meio complicado dizer um não ao seu ídolo!
 Ele saiu porta a fora me puxando. Agora eu tinha mais certeza que ele bateu com a cabeça! Aonde ele estava me levando?


 — José aonde nós vamos? — tentei soltar minha mão, mas ele a apertou
 — Estou procurando uma pessoa...


 Claro! Ele vai contar pro Greg, porém, cadê ele? A limousine estava ali e o carro dele, um lindo Bravo preto da Fiat. O meu era bem mais bonito, e mais caro, que o dele. Talvez por eu ter gastado o dinhiro dele com o meu carro, ele teve que comprar aquele carro ali!


 — Greg! — ele achou o Greg. Ele sorria e eu sorri também
 — Oi José. Que bom que voltou! Essa menina estava morrendo sem você — ok, eu quase pulei no pescoço do Greg — Ah, sabe que ela está namorando? — ESPERA! O MICHAEL...! F*deu!
 — Eu sei. Ela acabou de aceitar o meu pedido — José tapado! Greg me olhou em reprovação e eu mexi minha boca dizendo: "Vou terminar com o Michael!" e então ele sorriu — Não vai falar nada?
 — O que devo dizer?
 — Mas, como você sabia que estava namorando?
 — Adivinhei pela sua felicidade! — ri com a resposta dele. Que mentira!
 — Não iremos mais precisar de você, Greg — José falou assim que parou de rir
 — Eu não disse isso... — falei já que Greg era o 'meu' motorista
 — Preciso obedecer alguém ali — Greg apontou para mim. José bufou e eu ri me agarrando ao seu braço.


 Fiz sinal para Greg avisando para obedecê-lo e ele se retirou. Larguei o braço de José, que me parecia irritado, e o abracei pela frente. Suas mãos que estavam nos bolsos, imediatamente foram para minhas costas. Ele as mexia carinhosamente e eu fechei os olhos aproveitando aquele carinho, que era bom porém estava me dando choques, de novo.


 — Está na hora de se alimentar. Vamos à um restaurante! — ele falou cheirando meu cabelo. Estava cheiroso né?
 — Não tem comida nessa casa mesmo, ainda bem que sabe! — dei uma risada e me afastei dele recebendo um selinho rápido. Sorri.


 Ele entrelaçou nossas mãos e foi em direção ao seu carro. Eu queria ir na limousine, mas deixe ele me mostrar seu carro. Seria interessante andar em um Bravo tão lindo!
 Meu celular tocou assim que entrei no carro. Ele ainda dava a volta e gritava para o Greg abrir o portão. Era Michael que me ligava!


 — Michael, eu preciso falar com você! É muito sério!
 — Fala, meu amor...
  — Eu quero terminar com você. Olha, o José voltou e eu estou namorando com ele. Não quero te trair, ou trai à José, então é isso.
 — Aquele idiota está com você? — José entrou no carro
 — Está.
 — E como você pode ficar com ele se ele ficou com a Swift? — ele falou com raiva
 — Vou desligar. Depois eu falo com você, até porque não vou ficar te explicando tudo o que não deve ser explicado — José tocou na minha mão
 — Quem é? — ele perguntou me olhando
 — Ninguém — sussurrei
 — Ele está aí mesmo? Não acredito nisso!
  — Tchau! — desliguei sem esperar sua resposta


 Não esperava que Michael fosse tão nervoso em um fim de namoro. Só espero que ele não vire um vilão, como naquelas novelas mexicanas que os vilões tentam acabar com o casal principal. No caso, o casal principal sou eu e o José. Ainda bem que estarei em Los Angeles logo logo!


José PDV;


 Assim que entrei no carro, olhei para ela e vi que estava tendo uma conversa difícil com alguém que me parecia ser desconhecido para mim. Não sei se foi impressão, mas parecia estar brigando com ela. Aquilo fez com que a raiva me consumisse, e se ela não fosse brigar comigo, eu arrancaria aquele celular da mão dela e mandaria a pessoa que estava falando ir tomar banho! Atormentar a minha menina? Isso é um absurdo! Ela estava feliz e esse infeliz, que eu não sei quem é e nem o sexo, estava a deixando com raiva, nervosa.
 Toquei sua mão e ela se assustou um pouco, mas deu um sorriso para mim. Perguntei quem era e ela parecia querer me esconder, pois só me respondeu um "Ninguém!". Estava sentindo o cheiro de algo errado, ainda mais quando ela disse que não explicaria nada a pessoa, pois não deveria ser explicado. Não podia ser seu pai e muito menos a Fernanda. Sua mãe, nem pensar! Quem poderia ser?
 Assim que ela desligou o celular, bufou e me olhou. Eu a olhava com um ponto de interrogação no rosto, querendo uma explicação e saber quem era, mas ela apenas me mandou um sorriso.


 — Quem era, Babi?
 — Ninguém importante, José. Vamos comer em qual restaurante? — parecia que não tinha comido hoje!
 — Qualquer um. Qual você quer?
 — Hum...Que tal algum italiano? Eu conheço um que é muito bom, mas...não para ir com você. Todos iriam te matar! — eu ri alto quando ela terminou de falar
 — Ok, eu conheço um que eu consigo uma mesa mais isolada sem ter resevado a mesa. Só preciso telefonar antes...
 — Pode ser esse então. Mas, espera!
 — Que foi? — já estava pegando o celular no meu bolso quando ela começou a vasculhar os seus bolsos
 — Eu não tenho dinheiro aqui! Eu vim da escola para cá!
 — Você acha mesmo que vai pagar alguma coisa? — comecei a gargalhar


 Aonde eu fui buscar essa menina? Não existia outra igual ela. Como ela pode pensar que vai pagar alguma coisa?
 Essa menina era maluca, mas eu a amo do mesmo jeito...