Não é sonho. É realidade!


 Ele estava na minha frente, me abraçando e...OMG! Ele realmente está aqui? Ele tinha dito que veio me buscar, mas...Isso é uma coisa tão, sei lá, repentina. Como pode, eu pensei que ele podia aparecer quando eu abrisse a porta e ele estava aqui agora me abraçando.
 Ainda acho que eu posso estar sonhando. Mas eu não quero acordar, caso seja um sonho!


 — Você não quer ir comigo não é? — sua voz me pareceu triste — Eu entendo. Você está magoada comigo e tem seu pai...sua amiga — sorri — Sua família!
 — É, mas eu quero ir com você. José você não sabe como eu queria isso! Eu poderia estar magoada com você...espera, poderia não. Estou! — ele riu sem humor — Mas do mesmo jeito eu queria ir para onde você estava. Eu queria te acompanhar! Eu sou sua fã então eu sempre estarei querendo estar onde meu ídolo estiver. Não me importar se você vai brincar com os meus sentimentos, ou fazer o que não quer por causa de jornalistas...Eu simplesmente amo você! — o abracei mais forte sendo abraçada de volta com a mesma força — Você não sabe quantas músicas eu fiz na sua ausência...
 — Também fiz algumas...Mas tem uma, em especial, que é sua! — me afastei pegando sua mão e entramos no quarto


 Sentei na cama e ele me parecia querer ouvir um das músicas. Infelizmente, se eu cantasse "Don't Forget" eu choraria novamente e meu rosto ainda não estava nem recuperado da sequência de choro que tive hoje.


 — José? — ele fez um "Hum?" e continuei — Você pode me beliscar? Eu acho que estou sonhando... — ele gargalhou se jogando para trás.
 — Serve um beijo invés de um beliscão? Sabe, beijo não dói e é muito bom... — seu sorriso de travesso apareceu quando se sentou novamente
 — Serve!


 Ele intercalou seu olhar entre meus olhos e minha boca. Passei a ponta da minha língua no meu lábio inferio, umedecendo e o provocando, pois quando terminei sua mão estava em minha nuca e sua boca a centímetros da minha. Dei um leve sorriso e finalmente senti, novamente, aqueles lábios no meu. Nem parecia que eu já o tinha beijado!
 Ficamos um tempo apenas com nossos lábios encostados. Aquele contato era bom! Até que ele passou um de seus dedos pela minha bochecha, acariciando-a de uma forma muito gostosa e começou a mexer seus lábios sobre os meus. Meu corpo parecia receber um choque elétrico. Realmente não parecia ser um beijo qualquer.
 Foram tantos anos sem esse contato, sem nenhum contato físico com ele, que meu corpo estava recebendo diversos choques.
 Passei a minha unha pelo braço dele e percebi que ele também estava sentindo os mesmo choques que eu. Seus pêlos se arrepiaram ao meu toque, e ele finalizou o beijo me dando um sorriso de matar. Passei meu braço em seu pescoço e sentei em meu colo.


 — É, não estou sonhando. Isso tudo é verdade! — ele sorriu — Por que deixou seu cabelo crescer? — eu estava louca para perguntar desde a primeira foto que vi, dele, com esse cabelo. Passei minha mão pelos fios de seu cabelo e senti a maciez
 — Está tão ruim assim? — ele passou a mão pelos cabelos, tirando a franja dos olhos sacudindo a cabeça. Ri do que ele fez — O que foi?
 — Não faça mais isso... — sacudi minha cabeça tirando a minha franja dos olhos e ele imitou, mesmo sem ter franja para tirar — Para! Isso é engraçado! — comecei a rir de novo, e ele só repetia o movimento
 — É tão mais prático de tirar a franja dos olhos... — ele refez o movimento e parou enquanto eu chorava de rir — Está chorando?
 — Estou...mas de rir.
 — Você não sabe como eu estava lá fora sabendo que você estava aqui dentro, chorando. Eu ia quebrar aquela porta, tá? — assenti — Não gosto de ver, ou até mesmo ouvir, alguém chorando. Ainda mais quando essa pessoa é você. Meu coração estava apertado, Babi, porque eu sabia que eu era a culpa do seu choro. Queria poder não ter te feito passar por isso, mas eu também passei. E eu não sei como o Kevin vai reagir, mas eu espero que dê tudo certo, porque nós vamos estar juntos, não é? — nossos olhos estavam com lágrimas. Sorri.
 — Com certeza, José. Só não chore seu gay! — me levantei do seu colo rindo. Ele riu também.
 — Quer dizer que homem que chora é gay?
 — Claro. Homem tem que ser macho e não um chorão, bobo — peguei a minha guitarra branca e preta
 — Vai tocar?
 — Não, mas você vai. Quero ouvir a minha música!


 Ele sorriu e se levantou. A guitarra permanecia na minha mão. Ele saiu do quarto e quando eu ia atrás ele voltou com o violão na mão. Era acústica?


José PDV;


 Ela queria ouvir a música proibida. Gustavo e o produtor, me proibiram cantar a qualquer pessoa enquanto o CD não estivesse nas lojas, ou vazasse na internet. Mas ELA me pediu e eu não tenho como negar um pedido dela. Gustavo que me mata depois, mas pelo menos o refrão eu preciso cantar!
 Acho que serei morto duas vezes em Los Angeles. Pelo Kevin, por levar uma fã para casa como minha namorada, porque eu pretendo pedi-la em namoro logo que eu cantar isso. E depois pelo Gustavo, por ter cantado isso à ela.


 — Não conte ao Gustavo que irei cantar isso, ok? — ela assentiu ansiosa — But it's you who makes me sing (Mas é você quem me faz cantar). And I know where we are (E eu sei onde nós estamos). I know who I am (Eu sei quem eu sou). Baby I'm your biggest fan (Baby, eu sou seu maior fã, oh).
  — Que linda! Vai ser lançada?
 — Por enquanto vai, mas nada confirmado. E por isso não posso cantar tudo — sentei-me ao seu lado e peguei sua mão — Babi... você quer namorar comigo? — ela abriu a boca, mas nenhum som saiu — Prometo não te machucar, nunca mais — ela continuava estática — Olha, eu não vou mais sair de perto de você. Eu sei que você está magoada, mas...Eu sei que você me ama e... — ela me olhava querendo que eu continuasse e super assustada. Nossa, que medo! — Eu te amo. Mas eu te amo muito, entendeu?


Babi PDV;


 Espera! O José Medeiros está me convidando para morar com ele, fez uma música para mim, cantou sem nem poder. E me pediu em namoro se declarando para mim? Oh, minha Nossa Senhora das Fãs Enlouquecidas!
 Alguém chama um médico? É sério, eu ou ele precisa de um!
 Será que ele bateu com a cabeça no avião?