Proibida pra Mim escrita por looh-chan


Capítulo 5
Hoje não estou para Comédia Romântica




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Hoje não estou para Comédia Romântica

 

Narrado por Tamires.

 

           

 

A água gelada toca em minha pele. Arrepiei-me. Passava o sabonete levemente em minha pele, não tinha pressa, hoje era um dos dias em que eu ficava a noite na minha casa olhando para o teto. Sequei meu corpo e vesti uma roupa leve, shortinho curto e uma blusa que cobria apenas a metade do meu tronco. Preparei algo pratico e rápido. Fui atrapalhada enquanto eu mastigava meu sanduíche de queijo. Fui atender a campainha, hora desagradável. Corei, estava da cor da minha blusa vermelha.

 - Tudo bom? – ele deu aquele sorriso de canto.

 - Oi. – minha voz quase não saia.

 Senti olhos do Yan me encarando e do Michel me secando.

- Idiota. – bufei para o Michel.

Ele soltou uma risada leve e eu continuei olhando para os dois na frente a minha porta. Yan fez uma cara sem entender.

- Entrem. – sentei e continuei a comer. – servidos?

- Não obrigado. – Yan sentou em um puff verde.

- Sim, pode preparar pra mim? – Michel ria.

- Não idiota. – bufei – tirou o dia pra me irritar hoje foi?

- Calma TPM. – ele deu ênfase a ultima palavra.

- O que vocês querem? Nunca vêm por aqui.

- Pensei que o Yago estava aqui. Estou preocupado, não apareceu em casa ainda. – ele bufou. – São 7h e só tava em casa antes da escola, depois desapareceu. Os meninos amigos dele, não estão com ele e você também não me atendeu.

- Estava no banho eu acho. – fui pegar meu celular. 22 chamadas não atendidas três do Yan e as outras 19 do Yago e uma mensagem. “Quero te ver.” Voltei até eles. – Por favor, ele deve ter ida na casa de alguma mulher, daqui a pouco ele ta de volta.

- Acho que não, hoje de manhã ele tava diferente. – alertou Michel.

- Gente desculpas, mas agora não posso ajudar, se ele me ligar ou aparecer por aqui, eu mantenho vocês informados.

Fiz com quem eles saíssem, eu tinha certeza que ele não queria que eles soubessem dessa historia eu retornei pra ele. Ele atendeu no segundo toque.

- Tamires? – sua voz estava baixa.

- Onde você está? – perguntei agoniada.

- Naquela praça de sempre.

 

Apesar de tudo estava com medo daquela mudança repentina do Yago. As meninas adoraram, mas eu estou achando muito estranho, estou com um aperto. Penso que ele possa se machucar. Não sei o que aconteceria comigo se ocorresse isso. Mas tudo que eu posso fazer agora é tentar ajudar. Peguei meu carro e fui apressada. A praça era perto. Simples. Alguns vendedores de cachorros-quentes e algo parecido e algumas criança nos parquinhos ou casal na morando nos bancos. Estacionei o carro e logo o vi. No carro enviei um torpedo para Yan: “eu o achei, não se preocupe. Acho que ele vai dormir na minha casa hoje, cuidarei dele, beijos.” Fui em sua direção.

- O que aconteceu? Os meninos estavam preocupados.

- Que seja. – Bufou. – É estranho, sinto um vazio.

- Se for correspondido, você se sentirá completo. – sorri para ele.

- O problema é o “se”. Quantas vezes eu tenho que te lembrar que a gente não se conhece? – falou rude.

- Desculpa nervosinho. – fitei seus sapatos.

- Desculpa digo eu. É estranho. Isso tudo. – ele suspirava forte. – Talvez isso seja uma brincadeira, comigo. Você já se sentiu assim Tamis?

- Já. Já senti. – respirei fundo. – Sinto.

- É terrível né?

Ele estava tão mal, que não percebeu que o verbo estava no presente. Apenas fiz que sim com a cabeça e mudei de assunto.

Mais tarde deixei-o em casa e esperei ele dormir. Quando estava indo embora Yan estava esparramado vendo Televisão.

- Ele não me pareceu muito bem. – Yan interropeu minha saída.

- É, ele realmente não está. – ele me olhou preocupado depois da minha pausa. – Mas não se preocupe esse mal poderá se transforma em um bem.

Ele se levantou e me encarou frente a frente. Olhei para o meu para o meu peito para confirmar que ele não poderia ver meu coração acelerado. Quando eu o fitei novamente percebei que ele me analisava. Eu podia sentir o sangue correr mais rápido e fazendo meu rosto corar.

- Obrigado pelo o que você faz com ele. – Aquela voz entrou em meus ouvidos devagar e sincronizada, sua voz causa arrepios em mim.

- A-acho que faço o que posso. – Gaguejei e abaixei meu olhar.

Ele me deu um abraço.

- Acho que não fosse por você, ele estaria perdido, apesar de sermos irmãos próximos, ele nunca gostou de se abrir comigo. – ele soltou um sorriso leve.

Não tive palavras para isso. Ele voltou a fitar meus olhos. Eu me perdia-nos deles. Um tom azul quase cinza. Ele puxará o pai. Diferente de Yago ele possuía cabelos castanhos.

- Ta-talvez seja melhor eu ir para casa. – falei ainda fitando seus olhos.

- Tudo bem, cuidado. – ele foi beijar lentamente minha testa.

Ele voltou para o sofá e fiquei um pouco em transe, por um momento pensei que ele poderia se abaixar mais. Balancei minha cabeça para sair do transe e sai com rapidez daquela casa. A cada dia que passava estava sendo um sacrifício para mim, conviver com o Yan. Ser amiga do Yago. Entrar naquela casa, sem poder beijá-lo. Estava sendo um sacrifício. Não conseguia falar nada para ele. Nem para o Yan nem para o Yago e para mais ninguém. Esse era meu segredo de estado. Eu não poderia simplesmente falar Para Yan Rodrigues que eu gostava dele. Com esses pensamentos, passei um sinal vermelho. Bufei alto e dei um grito para me aliviar.

 

Deitei na minha cama e descansei minha cabeça, espero que amanhã seja um dia que eu não o veja.

 

- Bom dia meninas. – falei já no colégio.

- É bom sempre dormir sabe? – Yara reparava nas minhas olheiras.

- Tive um pequeno problema para resolver com Yago. – respondi.

- E isso não deixou você dormir? – Mabel perguntou.

- É. Estou preocupada digamos. – suspirei – sem mais perguntas pode ser?

Elas apenas fizeram que sim e voltaram para o assunto antigo. Como estava sendo o namoro do Alisson e da Mabel. Não me interessei muito. Era o de sempre, ele era carinhoso e atencioso e os dois se amavam.  Hoje eu não estava para comédia romântica. Avistei Yago entrando.

- Meninas, eu já volto. – falei saindo.

- Lá vai se encontrar com o ‘love’ dela. – uma delas falou alto.

 

- Bom dia. – eu o abracei. – ta melhor?

- Estou, eu acho. – ele deu um sorriso besta – Gastei metade dos meus créditos mandando mensagens para ela. Acho que estou ficando muito besta.

- Ela deve está assustada. – eu ri.

- Vamos, hoje não estou afim de ficar com os meninos não. – ele bufou.

- E nem eu de ficar com as meninas, não estou muito para Comédia Romântica hoje.

- E eu de filme pornô – ele riu alto.

Sentamos nas mesas da cantina.

- Acho que não fiz algo muito legal Tamires. – ele ria de suas atitudes, ele provavelmente se sentia um idiota.

- O que você fez dessa vez?

- Eu a chamei para ir hoje à praia hoje. – ele fitou e deu o seu sorriso de canto lindo. – Não falei exatamente quem eu sou. Ela provavelmente acha que sou um estuprador.

- Espero que ela vá. – olhei para o nada.

- Desculpa. – ele falou. – O que aconteceu com você?

- Nada. – bufei.

- Você ta diferente, olheiras. O que deixou a Tamires sem dormir?

- Sabe? Você tem razão. Tem uma coisa me perseguindo. Ontem ela passou a noite toda me perturbando.

- Quem? – Yago estava nervoso.

- A – dei uma pausa olhei para os lados, como se estivesse nervosa, fui até o seu ouvido. – Insônia. Conhece?

- Idiota. – ele riu bastante.

- Pois é ela é a causa da minha noite sem dormir. – menti.

Ele trocou o assunto da Elisa e começou a falar algumas cantadas idiotas que tinha aprendido com o Higo. Claro. Ele sempre me fazendo rir.

 

 

- Estou nervoso. – ele me falou quando escolhia sua roupa. – Azul ou branca?

- Azul, realça seus olhos. – lhe sorrir.

É. Eu acabei indo para casa dele, claro teria que dar apoio e visualizar a cena de sua varanda. Como eu tenho uma boa visão do que acontece lá fora. Ele estava com uma camiseta azulada e uma bermuda jeans e uma havaianas e um boné combinando com sua blusa.

- Deseje-me sorte. – ele sorriu.

- Para mim também. – sussurrei.

- O que disse?

- Nada. Boa sorte Gatão! – eu dei um beijo no rosto. - faça o que você sabe.

Ele desceu as escadas animado e fui para sua varanda. Podia sentir alguém me observando. Michel.

- Vendo o nada? – ele sorriu – Quer fazer algo melhor não? – ele se aproximou de mim

- Não. – coloque minha mão em seu peito definido para impedi-lo de chegar mais perto. – Talvez você quisesse se divertir no seu videogame.

Vir-me-ei e fiquei escorada em um certo tipo de parapeito. O vi atravessando a rua e sentando na areia e olhou para os lados.

- Talvez eu queira fazer algo melhor. – ele sussurrou em meus ouvidos e passando os braços em minha volta me abraçando por trás. – Você não gostaria.

- Não. – Virei para ele e ele me olhava com muito desejo corei um pouco. – Você já pode sair.

Ele continuava com os braços em minha volta. Ele Fitou-me novamente meus olhos. Ele se aproximou e beijou o canto da minha boca e voltou a olhar para mim, me deu um selinho. Não tive coragem de reagir. Ele tinha um charme. Agora ele beijou-me de verdade. Correspondi. Deixei-o explorar minha boca e isso ele fazia muito bem.

- Espere. – soltei já sem ar. – Não.

- Que foi, não gostou? – ele perguntou preocupado.

- Gostei, mas não é isso. Esqueça o que aconteceu isso. Eu nunca te beijei tudo bem?

- Tudo bem. Mas depois eu vou procurar um bis. – ele sorriu de canto e saiu.

Vi que Yan via toda a cena, ele abaixou a cabeça e foi para a cozinha. Ótimo. Minhas pequenas chances desceram pela privada. Voltei-me pelo o que tava fazendo antes do Michel aparecer.

 

 

 

 


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