Proibida pra Mim escrita por looh-chan


Capítulo 3
Eu posso te ligar a qualquer hora.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/83223/chapter/3

Eu posso te ligar a qualquer hora.

Narrado por Yago.

 

Não tinha ninguém em casa, só Tamires dormindo na minha cama de casal, deitei ao seu lado e fiz carinho em seus cabelos, meus pensamentos foram para o que aconteceu agora a pouco. Minha atitude desprezível, Bia estava se doando para mim e eu fugi. Algo que poderia me envergonhar pro resto da minha vida. Com o que eu estava na cabeça? É, eu sei com que eu estava na cabeça estava com aqueles olhos, essa imagem ficou gravada em meu pensamento não sei se ele irá sair.

- Não posso ficar assim. – suspirei baixo.

- Assim como? – ela falou com uma voz fraca.

- Boa tarde, ta melhor? – mudei de assunto.

- Sim.

Ficou um silêncio profundo ela acordada, mas ainda de olhos fechados, eu acariciando os seus cabelos e fitando o teto.

- Obrigada. – ela quebrou o silencio.

- De nada eu acho. – olhei pra ela e ela me fitava. – por quê?

- Por ser meu amigo. – ela deu um sorriso largo. – apenas isso.

- De nada. - me aproximei dela.

- O que está deixando essa cabeça loira preocupado? – ela se escondeu no lençol.

- Duas coisas. – olhei pra ela e abracei-a

- Conta-me, você me parece mal. – retribuiu meu abraço.

- Primeiro, quero saber o porquê do escândalo de ontem.

- Yago, você sabe que eu não gosto daquela menina né? Não queria ver o Yan ficando com ela, poxa ele é meu amigo. – ela fugiu do meu olhar.

- Eu também sou seu amigo e você não fez o mesmo quando eu fiquei com ela. – rebati.

- É, mas no aniversário eu tava bêbada! E vamos mudar de assunto? – ela berrou.

- Ok. – bufei.

- E a segunda coisa? – ela perguntou.

- Conheci uma garota ontem, quer dizer – dei uma pausa ela ficou atraída na conversa. – não conheci direito. Não sei seu nome, ou onde mora, estuda, os seus gostos. Nada! Apenas sei seu numero e sei que me atraí. Primeira vez que me sinto assim.

- O que você está esperando? –ela me perguntou.

- Estou com medo.

- Yago, ligue. Não irá mudar muita coisa, certo? É só uma ligação.

Bufei e peguei meu celular, como discar alguns números era tão difícil? Eu sentia-me um idiota. Pensei se isso valeria a pena, era uma imbecilidade, apertei o botão verde. Meu coração batia com os toques da chamada “tum”. Congelei.

- Alô? – sua voz musical falara.

Não conseguia falar nada, apenas fiquei de olhos arregalados.

- Alô? Só se quiser falar tudo bem? – mudou o tom de voz.

- Desculpa. – foi o que consegui falar e desliguei.

Dei uma de mole de novo, dei uma leve tapa na cara e gritei.

- Calma! – Tamires falou – o que aconteceu?

- Não consegui falar nada. – respirei fundo. – o que é isso Tamires?

- Paixão. – ela sorriu baixinho.

- Isso não tem graça. – rosnei.

- Calma, isso vai ser bom. – ela me sorriu.

- Não concordo.

- Deixa de ser tão idiota, quando você se acalmar você retorna. – ela sorria triunfante – vamos comigo até lá em casa, quero usar uma roupa minha sabe? Fica por lá, Yara vai passar a noite lá em casa.

- Pode ser. Preciso te contar uma coisa. – soltei uma gargalhada.

 

No carro eu contava a historia da praia, depois que minha cabeça relaxou, eu percebi que se não fosse trágico seria cômico. Ela brincou muito com a minha cara.

- Para de rir e presta atenção no trânsito. – alertei.

- Calado.

Tamires era quase uma motorista ela nos levava para todos os cantos. Ela já é maior de idade, tem um pouco mais de um ano mais velha que eu. Ela perdera um ano de estudo, porque ela viajava com os pais, até que chegou um tempo de que ela não agüentava ficar sem pais e sem amigos, pois todos os que ela conseguia ela perdia, pois tinha que se mudar com frequência. Decidiu ficar na sua cidade natal, seus pais teoricamente tão moram lá, dificilmente aparecem. Às vezes ela adimite que é maravilhoso morar sozinha, mas também sente uma grande falta, quando ela se sente mal ela vai pra minha casa e dormir por lá, ela tem praticamente duas moradias. A minha e a dela.

Eu tinha uma grande liberdade na casa dela e ela na minha. Entrei e fui logo me acomodando.

 

 

 

 

 

 

 

- Foi muiito tenso amiga. – Yara falava – Eu vi sua cena falando com o Yan.

- Vai ficar marcado Tami. – brinquei.

- Já estou vendo que será o comentário no colégio amanhã, graças a Deus o Yan terminou o colegial.

Não me interessei na conversa eu apenas as observava conversando, Yara era a melhor amiga dela. Como Tamires ela também não me dava bola e era uma loira bonita que eu não tinha chances de dar um fora, ela às vezes dava uma de safada ou de atirada, mas nunca conseguiu me convencer. Muitos pensam que ela é assim, mas na verdade é só uma mascara. Talvez eu a conhecesse bastante, talvez até pudesse chamá-la de amiga. Tentei lembrar-me como ela estava na festa, não consegui, algo me atrapalhou de analisa - lá. Claro! Ela estava com a garota na mesa.

- Yara! – gritei atrapalhando a conversa.

 

 

- Você precisa me ajudar. – falei rápido demais. Elas não conseguiram falar nada, claro um louco nadaver fala de repente algo sem noção. – Você é um anjo que caiu do céu.

- Ei, ficando com ciúmes. – Tamires resmungou.

- Ele ta bem? – Yara perguntou olhando para a sua amiga.

- Provavelmente não.

- Você ainda não entendeu? Você estava com uma menina na mesa, quando eu tava derrotado, tu tava do lado de uma menina. Quem é ela? Ajuda-me!

- Ai, você conhece a garota que está acabando com a cabeça do meu amigo? – Tamires falou ansiosa.

- Como era a menina? – sim, ela era loira. Demorava certo tempo pra entender as coisas.

 - Uma menina com olhos lindos que estava ao seu lado, na hora que eu me sentei, na sua mesa, eu tava bêbado, fui até ignorante contigo.

- Ah. Foi muito ignorante fiquei sentida. Sei quem é essa menina. – Se calou e olhou pra mim.

- Como é o nome dela, merda?- Dei um grito.

- Ah, calma, calma, eu acho que é Elisa.

- Você a conhece direito? – Tamires perguntou por mim.

- Não, ela estava sozinha na festa ela era uma amiga de uma prima da Alice. Só sei que ela mora a alguns quarteirões da tua casa Yago e que tem uns 16, 17 anos.

- Você sabe exatamente onde ela mora? – perguntei ansioso.

- Não.

Fiquei parado por um tempo e as meninas apenas me olhavam se dizer nada.

- Tamires se incomoda? Posso me retirar?

- Claro. – ela me abraçou. – Cuidado, quer que eu te deixe em casa?

- Não, vou a pé mesmo. Quero pensar.

- Cuidado pra não pensar demais.

- Tchau Yara, obrigada. – sorri

- Tchau, de nada.

Já era um pouco tarde, me flagrei pensando em você. Elisa. Eu estava disposto de procurar essa mulher. Caminhava com a cabeça baixa, pois os faróis dos carros incomodavam meus olhos. Como em apenas um dia, uma troca de olhar eu poderia ficar assim?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Proibida pra Mim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.