Percy Jackson e os Olimpianos 6 escrita por BailarinaDePorcelana, Evvy
Notas iniciais do capítulo
Oie
Desculpem a demora e o temanho do capitulo, mas como disse antes, minha irmã complica um pouco as coisas! Espero que gostem...
Capitulo Dez
A Viagem é Turbulenta
Olhei para Annabeth e ela estava um pouco pálida.
- O que foi? – perguntei, preocupado.
- É que... Eu não havia visto manticoras desde... Bem, você sabe. – ela disse, hesitante.
Me lembrei da vez em que Dr. Streppe se jogou do penhasco com ela, há três anos, e todos pensamos que estava morta, e ela acabou sendo enganada por Luke, que a fez carregar o céu.
- Por favor, não fique pensando nisto. Já passou. – pedi, não querendo me lembrar mais.
- Tudo bem. Mas é que eu não posso evitar... É tão... Er, desculpe. – disse olhando para meu rosto. Eu devia estar com expressão horrível.
- Não tem problema. Apenas esqueça. Agora está tudo bem, e eu não vou deixar nada acontecer com você. – disse, sorrindo.
Ficamos um tempo em silencio (uns cinco minutos), que foi quebrado por uma briga entre Thalia e Karen. Meus Deuses! Eu sabia que todos nós juntos não iria dar certo!
- Se você fosse menos fútil, poderia dar certo! – reclamou Thalia.
Elas estavam sentadas uma do lado da outra bem na minha frente.
- E você devia usar mais maquiagem para esconder um pouco dessa sua palidez! – retrucou Karen.
- Cala a boca, sua... Hurgh! – Thalia quase gritou. Neste momento, praticamente o ônibus todo estava olhando para elas.
- Connor, troca de lugar comigo? – pediu Karen em um tom de quem sabia que ele iria aceitar.
Connor trocou um olhar com Travis, e um entendimento se passou entre eles.
- Ahn... Claro! – ele finalmente respondeu.
Eles trocaram de lugar, e continuamos em um silencio... Apenas por mais dez minutos, por que todos começaram a falar sobre a profecia (pelo menos os que não dormiam), e o problema era que ninguém concordava com ninguém. Já estava escuro, e as pessoas mais próximas do fundo não conseguiam dormir por esse motivo.
Brina e Phoebe tentavam ficar alheias á conversa, mas não conseguiam totalmente. A todo o momento, elas repreendiam alguém. Annabeth parecia cansada de contestar com a opinião de cada um, pela sua expressão. Karen e Alan já haviam dormido. Travis nem dava importância, pois ficava apenas babando pela filha de Afrodite ao seu lado. E eu ficava apenas observando a conversa. Já estava cansado de ficar sentado ali, sem fazer nada.
Annabeth recostou a cabeça no me ombro.
- Eles não se cansam não? – ela perguntou, com um tom de incredulidade.
- Não sei. Só sei que logo os outros passageiros vão pedir para colocar-nos para fora do ônibus. – eu disse e ela riu.
- Sabe, eu estava pensando em uma coisa... – ela começou a dizer, dessa vez séria.
- E? – a incentivei.
- Na primeira profecia que a Rachel fez.
- Ahn... O que tem ela? – perguntei confuso.
- Outro dia eu estava conversando com a Heide, e ela disse que há alguma coisa acontecendo no Submundo. Ela disse que Perséfone estava preocupada e Hades também. E era algo grave. – ela disse, suspirando, e me lembrei daquela parte da profecia. Os inimigos carregarão suas armas para os Portões da Morte.
- Será que terá outra guerra? – perguntei, já me preocupando.
- Não sei.
- E olha que você é uma filha de Atena! – brinquei, e ela riu.
Ficamos mais um tempo calados, e depois de uns dez minutos, todos já estávamos calados. Combinamos que repesaríamos para dormir, já que muitos de nós havíamos tido alguma experiência ruim com ônibus. Eu fui o primeiro.
- Hey, Cabeça-de-Alga! – Thalia me chamou.
- O que?
- Você acha não acha meio estranho uma velhinha estar acordada à uma hora dessas?- ela perguntou olhando para uma idosa que sentava no primeiro banco.
Ela batia os pés e as mãos em uma sincronia estranha. Ela se sentava sozinha, e ocupava dois bancos inteiros.
- Ahn, não sei. Ela parece normal. – “A não ser pelo tamanho” acrescentei mentalmente.
Quando pensei aquilo, a senhora olhou para trás e encarou Thalia e eu.
- Tem certeza que ela parece normal? – Thalia perguntou com seu arco já em mãos.
- Não... – respondi.
Eu chamei Annabeth, que estava dormindo com a cabeça encostada no meu ombro e Nico, que se sentava do meu outro lado.
- Mais que droga! Não podia me chamar daqui a duas horas não? – reclamou Nico.
- Se você quiser ser morto, te chamo daqui a duas horas. – disse, e ele abriu os olhos instantaneamente.
Coloquei a mão no bolso e segurei Contracorrente. A senhora se levantou e olhei em seus olhos miúdos e negros. Eles me lembravam alguma coisa. Ela andou até o motorista e lhe disse algo. Apertei Contracorrente com uma mão, e com a outra, a mão de Annabeth. Naquele momento já estavam todos acordados observando cada passo da mulher.
O motorista parou o ônibus em uma para de caminhões, e todos os outros passageiros acordaram e desceram. Só sobramos nós, a senhora e o motorista.
A mulher veio andando até nós. Puxei minha espada, mas não a destampei.
- Finalmente ossss encontrei... Queridossss! – a mulher disse, mas a voz não era normal; parecia que muitas falavam ao mesmo tempo, e ela tinha uma sotaque estranho, que destacava o ‘s’ no final das palavras. Ela usava um vestido verde, que parecia ser escama de cobra, e tive o pressentimento de que aquilo não era nada bom.
De repente, a mulher começou a se dissolver. Senti meu corpo enrijecer, e percebi que todos também estavam do mesmo jeito: surpresos, espantados, e tudo. Mas nada de medo. Não se tinham medos quando se é um semideus.
Sai dos meus devaneios, e olhei novamente para frente, e lá, no lugar da mulher untuosa, estavam umas vinte dracaenais. Destampei Contracorrente, e esperei uma delas atacar.
Vi duas vindo em minha direção e acertei a primeira, e percebi que todos já estavam lutando.
Come sempre, segui meus instintos.
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E aí? Ficou bom? O que acharam? Mandem reviews! Bjs