Angels By Chance - Destino Traçado - HIATO escrita por Juffss


Capítulo 8
Medos --> Parte IV


Notas iniciais do capítulo

HÁ!

Ainda faltam 5 medos a serem enfrentados, mas como já vou puxar pro proximo cap. o ultimo fica pro POV Rose de logo mais! Mas por enquanto vamos dizer que as fobias dos proximos 3 (até porque o ultimo POV tá pra descontrair mesmo) sao:

Edward: Cacorrafiofobia - medo de fracasso ou falhar
Charlie: Acluofobia - medo ou horror exagerado à escuridão.
Olivia: Escotofobia - medo de escuro



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Mamãe espalmou o vidro sem querer fazer barulho e chamar minha atenção. Ela sabia que, por mais que eu não quisesse, vê-la nervosa só me faria ficar mais nervoso. Eu não poderia falhar logo com ela. Eu só não podia fracassar!

Mas o que teria que fazer?

- As coisas mais simples podem não ser o que parecem! – a voz calma de Carlisle soou pela sala. – As dicas podem te surpreender!

Olhei ao meu redor e pela primeira vez eu vi o nervosismo me tomar por inteiro. Havia oito prateleiras com objetos parecidos e algumas bancadas com bilhetes em garrafas de vidro. Olhei para minha mãe que sorriu, contradizendo tudo o que seu corpo falava. O sangue continuava caindo e já alcançava a altura de seu tornozelo.

Me apressei a correr até uma garrafa e minha mão quase a deixou cair se estilhaçando no chão. Tirei a rolha e puxei o bilhetinho que havia lá dentro. Abri a folha que parecia um papiro e visualizei símbolos. Símbolos! O inteligente é o Jasper se ninguém sabe! Como vou decifrar essas coisinhas idiotas?

Símbolos lunares! É isso. Calma, deve estar no modo simples. Forcei minha cabeça a tentar desvendar as letras e sorri ao ver que estava conseguindo.

“Como as ondas são do mar eu nunca vou deixar de te amar”. A tradução formou alguma coisa que era para descobrir. Olhei para o lado e me lembrei das prateleiras. Vamos lá Edward, o que te lembra o mar? O azul! E o amor? O vermelho! Ótimo, o que temos de azul e vermelho? Cheguei a uma bola que revezava em listas das duas cores. Eu não podia falhar. Peguei a bola e coloquei onde estava a garrafa. NADA! Nada aconteceu e o sangue continuava a cair. Eu falhei! Bati minha mão no objeto com ódio e ele se partiu revelando outro objeto menor. O simples pode não ser o que parece! Era isso, não era o objeto que via e sim o que estava dentro dele.

 

 

Olivia e eu estávamos em uma sala normal de paredes negras e vedadas da luz. Ótimo, eu estava apenas esperando as luzes se apagar e meus medos tomarem forma. Era incrível como se dava para ter medo do escuro com aproximadamente 40 anos! Era algo surreal, porém real de mais para mim. Olivia parecia assustada e ao mesmo tempo feliz, ela era uma mistura incrível de sentimentos e eu não entendia nenhum. Ela não parava!

Já era a milésima vez que ela passava a minha frente com passos curtos e apressados e batia palmas com um sorriso no rosto e o medo nos olhos. Eu estava ficando assustado com aquela cena, ela parecia diabolicamente malvada. Psicopata.

E como se não pudesse esperar eu me acalmar da cena que acontecia ali, as luzes se apagaram. Ouvi um grito fino e medroso partido da Olivia e meu corpo entrou em sistema de alerta. Parecia que tudo estava tomando vida. Os monstros dos meus pesadelos, os vilões passados. Tudo!

Um soco saiu involuntariamente quando o ar se moveu ao meu lado e eu senti algo se quebrar. Um jarro talvez. Outro grito fino de Olivia saiu. Ela estava ao meu norte, então teria que tomar cuidado com esse lado, não iria querer acertá-la.

- Charlie! – Ela me chamou com a voz tremendo.

- Oi? – respondi tentando passar confiança, minha voz havia se saído bem, me ajudando.

- Eu estou com medo! – falou e juraria que ela estava encolhida em algum canto. – Onde você está?

- Essa é uma ótima pergunta! – respondi sem saber ao certo onde estava. Eu sabia que o chão estava se movendo debaixo dos meus pés, e eu sabia disso porque eu sentia o ar se mover.

 

 

Eu queria me encolher em um canto que nem uma menininha de 5 anos com medo do escuro, mas eu sabia que o chão estava se movendo me transportando para outro lugar. E isso me assustava mais.

Minha perna girou dando um chute em algo que passou perto de mim. Mais um barulho de vidro quebrando se vez. Mas havia algo mais. Eu socava e chutava sem saber o que estava fazendo ou em que estava batendo, mas estava batendo em algo. Fato.

Não me importava o que era ou o que poderia ser, eu só queria me defender da coisa que não podia ver. Eu não sairia machucada, não sairia.

Então senti algo pegar na minha cintura. Um chute. E eu revirei os olhos mandando mais chutes e mais socos naquela direção. O medo estava me impedindo de me sair melhor, mas eu estava conseguindo acertar tudo. Isso eu estava conseguindo! E não estava sendo acertada com força, pra machucar, só para se defender.

Seria Charlie?

- Charlie? – minha voz soou medrosa.

- Oi? – sua voz respondeu.

- O que está acontecendo com você? – perguntei com medo.

- Agora estou brigando contra algo! – ele pareceu receoso, com medo.

- Desculpa! – disse sorrindo, mesmo ele não podendo ver, e parei de bater naquela coisa.

- Era você? – perguntou.

- Era, mas me desculpa? – respondi.

- Desculpa você. – ele pediu e me pareceu pensar em algo – mas o que eles pretendem que entendemos assim?

- Que as coisas nem sempre parecem o que são? Que o medo nos cega? Que não podemos fazer nada movidos pelo medo? – eu jogava perguntas que poderiam ser respostas.

- Ok! Eu não sei, mas meus olhos estão começando a se acostumar com a escuridão. – ele disse.

 

 

- Posso saber por que você disse que o melhor está guardado para o final? – A alma abençoada do Matt perguntou.

- Mesmo? – Esme perguntou a ele que concordou com a cabeça.

- Ethan e Rose não têm fobias. – Carlisle explicou dando de ombros.

- Mas têm traumas físico-emocionais. – Esme concluiu como se fosse normal. Isso lá é normal?

- A que lindo! – Rose exclamou nervosa. Tava estampado o medo dela em enfrentar isso.

- Calma loirinha, se tiver uma parede de vidro eu te ajudo a escalá-la. – Disse com um sorriso nos lábios.

- Porque iria querer escalar uma parede de vidro? – ela me perguntou estreitando os olhos e balançando a cabeça negativamente.

- Então você não sabe? – perguntei divertido. – Para ver o que tem do outro lado, oras!

Enquanto alguns seguravam o riso, não sei o motivo, pois essa é mais velha do que minha avó, Rose escorou o rosto em uma das mãos e me olhou friamente. Ela tinha a cor dos olhos do Scott, mas seu olhar ameaçador era pior do que o da Mia! E em falar na Loira Mãe, ela estava demorando muito no telefone. Mas como esse mundo é feito de coincidências, pelo menos pra gente, é só falar no diabo que ele mostra o rabo! Não é isso o ditado?

- Que curvas em? – uma voz adolescente gritou enquanto ela atravessava o arco da porta.

- Nem me diga, bati o carro sete vezes até chegar aqui! – ela gritou em resposta.

- Desculpa, o treinamento dos novatos está sendo aqui, decidimos reunificar a AS! – Esme contou. – Mas isso não vem ao caso! Eu quero terminar logo com essa mudança de nível! Que tal se vocês se dirigirem a área externa número 6?


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Notas finais do capítulo

O proximo será um Cap. de uma pessoa só e tras uma grande revelaçao! E duas chegadas legais (ou nao) Voce é que vai me falar o que acha!

Beijoooos e até

Juuh