Dead Radio Fm escrita por DeadTeam, Oyundine, Cargenih


Capítulo 16
[Capitulo Extra]Azami Mika


Notas iniciais do capítulo

Bem gnte, revirando alguns arquivos sobre a fic encontrei esse cap que eu havia escrito ainda no inicio da fic sobre a Azami(voces ainda se lembram dela?)

Bem, eu acabei de corrigir ele e fazer algumas pequenas mudanças, espero que gostem.



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            A viajem continuava com todos em silencio, apenas o radio jogando ao ar palavras confusas juntas com a estática.

            - Então Mika, Onde você estuda?-Perguntou Albert ainda dirigindo.

            - No mesmo colégio que o Daisuke, Primeiro ano classe A.

            - Antes da nos encontrarmos você já tinha enfrentado algum infectado?- Perguntei entrando na conversa.

            - Alguns... - respondeu ela melancólica - mas não quero falar sobre isso.

            - Certo...

            - Daisuke o que houve com a outra Mika?- perguntou Albert.

            - Outra Mika? - perguntou Susumo assustada

            - Uma amiga de infância do Daisuke Azami Mika, boa garota.

- Não sei direito o que houve, ela viajou um pouco antes da infecção para os estados unidos, então creio que à uma hora dessa ela esteja a salvo.

Azami Mika

Antes da infecção

Azami esta pegando o vôo para os estados unidos antes de saber sobre a infecção.

            “Vôo 149 para os estados unidos, Embarque na plataforma Nº9 ultima chamada” Dizia a atendente novamente nos alto falantes.

            - Droga estou atrasada. -disse Azami saindo da lanchonete correndo. - Sabia que devia ter esperado no avião.

            Chegando ao portão de embarque ainda havia algumas pessoas na fila então esperei por alguns minutos até ser minha vez.

            - Passagem e passaporte senhora. - disse a aeromoça sorrindo.

            Peguei ambos que estavam no meu bolso e entreguei para ela. Ela analisou por alguns segundo e os entregou de volta junto com um guia turístico.

            - Boa viagem. -disse ela sorrindo novamente.

            - Obrigada - disse enquanto entrava no avião.

            Quando embarquei, procurei meu assento e descansei. Havia apenas um casal sentado ao meu lado, então resolvi dormir enquanto ouvia musica durante o vôo.

            Tive sonhos felizes, sonhei com a nova escola, nova casa novos amigos e me lembrei de bons momentos que passei com meu amigo de infância o Daisuke até que o casal ao lado me acordou.

            - Garota, acorde rápido. -disse a mulher ao meu lado enquanto me sacudia.

            Esfreguei meus olhos e tirei os fones para ver do que se tratava. A mulher me encarava com uma cara de preocupada, e todos no avião pareciam estar com a mesma expressão de pânico.

            - O que houve?- Disse enquanto me ajeitava na cadeira.

            - Olhe para o telão.

            No telão do avião estavam sendo exibidas cenas de uma cidade quase inteira destruída, e pessoas fugindo de outras. A jornalista que apareceu parecia dizer algo sobre uma infecção e caos, eu não consegui ouvir direito, pois todos comentavam então estava muito barulho.

            - Atenção todos os passageiros - disse o co-piloto no microfone.

            Todos se calaram e ficaram ouvindo.

            - Como vocês acabaram de ver, os EUA estão passando por uma crise nesse instante momento. Não foram liberadas muitas informações, mas pelo que parece que uma doença misteriosa se alastrou por parte do país. Não sabemos ao certo o que é então pedimos a todos os passageiros que fiquem calmos.

            Todos começaram a se desesperar no mesmo instante. Ninguém conseguiu acreditar no que estava acontecendo.

            - Desculpe senhora, mas há outros focos de infecção?- perguntou a senhora ao meu lado para a aeromoça.

            - Nos foi informado que a França, Toda a parte sul dos estados unidos a partir da cidade de Kansas, o México e o Japão apresentaram a mesma infecção.

            - Você realmente espere que acreditemos em uma historia ridícula dessas?-disse um passageiro revoltado com as aeromoças.

            Muitos se levantaram com ele e o apoiaram ninguém queria acreditar no que o co-piloto havia os dito.

            - Não estou pedindo que o senhor acredite no que estou falando- Disse o próprio co-piloto saindo da cabine. - Para falar a verdade, nem eu mesmo acredito, mas eu sugiro que vocês olhem pela janela, o avião esta baixa o suficiente já.

            Eu e o casal que estava sentado comigo nos viramos para janela e vimos ao longe fumaça se elevando e abaixo de nós militares se organizavam ao redor do aeroporto. Aquela cena parecia algo saído de um daqueles filmes apocalípticos de zumbis, mas infelizmente era a verdade.

            Todos no vôo começaram a ficar preocupados se perguntando o que seria de nós agora? O que fariam com todos nós quando o avião pousasse? Estaríamos seguros? Muitas perguntas sem resposta deixaram os passageiros confusos e sem rumo.

            - Passageiros, recebemos a noticia agora de que nosso destino será uma pista de pouso militar não muito longe daqui. Pousando lá seremos avaliados e redirecionados para uma das zonas seguras que estão sendo providenciadas.

            Todos ficaram um pouco mais aliviados ao ouvir a noticia, mas isso não terminava com todas nossas preocupações.

            Após algumas horas, finalmente estávamos pousando em uma base militar. Assim que as portas foram abertas, pessoas armadas usando mascaras de gás.

            - Todos os passageiros permaneçam sentados, iremos colocar o avião inteiro em quarentena por 24 horas.

            Todos entraram em pânico imediato, mas estavam com medo de se levantar ou gritar, pois poderiam ser mortos.

            Após recolherem todos nossos pertences pessoais nos tiraram do avião e nos levaram para um banho químico. Quando saímos fomos direcionados a outra sala onde permanecemos por horas esperando mais noticias.

            - Você ouviu?-disse um senhor sussurrando com alguém atrás de mim. - Alguns não voltaram...

            - Eu soube, parece que vão matá-los...

            - Será que eles tinham essa tal doença?

            - Não sei... Só espero que nos transfiram para um lugar seguro.

            - Eu também... Eu ouvi alguns guardas resmungando que a infecção estava se alastrando rápido e que talvez eles abandonassem a posição.

            - Será que nos levarão antes disso?

            - Não sei... Mas tenho medo de perguntar, rolam boatos de outros vôos que quem tenta perguntar essas coisas acaba desaparecendo.

            - Que medo...

            - Silencio... Se nos ouvirem podemos ser os próximos.

            -...

            Após ouvir o que eles falaram, senti medo. Muito medo. Eu não sabia o que fazer, não tinha noticia de meus pais, de meus amigos ou da instrutora do colégio que deveria me encontrar no aeroporto. Eu estava perdida.

            Nesse mesmo dia antes do banho químico, haviam nos tirado todos os pertences pessoais para avaliação, mas por sorte consegui recuperar meu celular.

♦ ♦ ♦

            Na manha seguinte, fomos acordados cedo... Algo em torno das 7h da manha. Como o fuso horário do Japão e dos EUA era muito diferente, eu acordei muito cansada.

            - Desculpe, mas a senhora é a Azami Mika?- perguntou uma mulher vestindo um uniforme do exercito.

            - Sim, sou eu. -respondi enquanto esfregava os olhos.

            - Estamos com sua carta de recomendação da Universidade de Denver. Os instrutores do colégio estão esperando em outra sala, vamos.

            Senti-me aliviada nessa hora, havia alguém me esperando em algum lugar com abrigo e segurança.

            Segui a militar por um corredor que nos levaria até os portões de desembarque havia diversas famílias esperando seus familiares e amigos. Quando estávamos atravessando um grande salão de espera pude ver o avião no qual viemos pegando fogo. Não consegui esconder minha expressão de medo e susto que chamou a atenção da militar.

            -Assustada?-perguntou a militar que estava comigo.

            - Um pouco... - disse tentando afastar a expressão de medo - Porque vocês fizeram isso?

            - Nos queimamos o avião para evitar qualquer vírus da doença que tenha vindo com vocês, mas não se preocupe, estamos fazendo de tudo para achar uma cura. -disse ela forçando um sorriso.

            Andamos por mais algumas salas até chegarmos aos portões de embarque. Haviam diversas pessoas preocupadas com seus familiares e algumas chorando em luto.

- Ali estão eles. -Desse a militar apontando para um grupo de pessoas com o uniforme da universidade.

Eu abri um sorriso e agradeci a militar. Corri ansiosa e aliviada para o grupo que me recebeu.

            - Que bom que você esta a salvo. - Disse uma professora enquanto me abraçava. - Achávamos que você teria sido pega pela infecção.

            Fiquei sem palavras para responder, pois estava chorando de alegria por finalmente ter encontrado um pouco de esperança.

            - Ela é a ultima aluna que faltava, podemos voltar ao colégio agora. -disse um professor ao lado dela.

            - Sim. Vamos todos para o ônibus. -disse ela se levantando e fazendo sinal para todos a seguirem.

            Seguimos os monitores a um ônibus da escola cercado por dois caminhões militares que nos fariam à escolta.

            No ônibus me sentei junto com um grupo que parecia contar historias sobre o ocorrido.

            - Soube que eles são como os zumbis que vemos em filmes. -disse um garoto ruivo que parecia entusiasmado com tudo. - quando eles mordem alguém, essa pessoa volta como um deles.

            - Acorde, não estamos em um filme, é impossível serem zumbis. - disse uma garota loira com certo tom de deboche.

            - Então como você explica eles se levantarem mesmo tomando tanto tiro e com aqueles ferimentos?

            - Bem... -disse ela sem ter uma resposta.

            - Viu? Não estamos seguros aqui... Estamos apenas a alguns quilômetros da Cidade de Kansas que esta infectada também, não demorara muito para sermos os próximos...

            Enquanto ouvia-os conversando entusiasmados não notei que havia alguém se aproximando por trás.

            - Bu. - disse uma pessoa me agarrando.

            Minha primeira reação foi pular assustada e arregalar os olhos, mas quando recuperei a calma vi que foi apenas uma garota de cabelos longos e pretos e olhos pretos me pregando um susto.

            - Hahahahaha... Você devia ter visto sua cara. - Disse ela rindo descontrolada.

            -Imagino... - disse enquanto me recuperava.

            - Meu nome é Marina, eu vim do Brasil, e você?

            - Sou Azami Mika, vim do Japão.

            - Japão? Soube que lá também é um dos focos de infecção... Como você saiu de lá?

            - Eu viajei antes dessa loucura toda começar, só descobri sobre a infecção quando já estava aqui.

            - Entendo. O que você estava fazendo agora?

            - Ouvindo a historia deles sobre essa infecção.

            - Ah não ligue para eles, eles são loucos. -disse ela com um tom de deboche - Eles acham que tudo é como um filme, e até formaram um grupo caça zumbis... Loucos.

            - Porque você fala desse jeito?

            - Porque não os aturo tratando uma situação dessas como algo que eles viram em um RPG ou em filmes... Isso é mais serio.

            - Você sabe algo?

            - Não mais que todos, apenas as noticias que a TV mostra.

            -Entendo. Você poderia me explicar um pouco mais? Tudo que ouvi foram rumores no aeroporto.

             - Claro, venha. -disse ela me puxando.

            - Para onde estamos indo?

            - Para ver pessoas que não estão loucas. - disse ela sorrindo.

            Fomos de encontro a um grupo pequeno com umas 6 pessoas que estavam conversando sobre coisas aleatórias. Quando chegamos mais perto vimos que eles estavam falando sobre a situação atual também.

            Quando chegamos ao colégio fomos direcionados aos dormitórios e divididos em grupos, eu a marina e mais uma garota ficamos no mesmo quarto.

- Confiscaram tudo?- Perguntava marina indignada.

- Sim, só tenho essa roupa meu celular e minha carteira.

- Você tem dinheiro?

- Sim, por quê?

- Então vamos comprar algumas coisas para você – Disse marina me levantando.

- A diretora vai mesmo deixar?- Perguntava nossa colega de quarto.

- Não custa nada perguntar não é Anna?

- Ai...

Saímos dos dormitórios e pedimos autorização a diretora que nos deixou sair por algumas horas.

Passamos em varias lojas comprando roupas e outras inutilidades que talvez eu nem fosse precisar, mas naquele momento eu sentia como se tudo estivesse normal e assim se manteve por alguns dias.

As semanas correram normalmente, a escola teve que mudar algumas vezes de posição por que a infecção ganhava terreno e ameaçava a área em que estávamos de entrar na batalha do exercito contra a infecção, mas tudo dentro da escola se mantinha normal se considerando a situação fora dos muros da escola.

♦ ♦ ♦

Dias atuais

Estávamos na aula quando marina me chamou.

- Azami você tem namorado?- perguntou marina com um tom de brincadeira na voz.

- Não!- respondi não me dando conta de que estava vermelha.

- Certeza?- dizia ela insistindo.

- Marina deixe a em paz – dizia Anna segurando o riso.

- Sem graça – respondia marina resmungando

- Você tinha muitos amigos no Japão?

- Sim- respondi sorrindo.

Nesse instante lembrei-me da minha família e amigos que deixei no Japão durante a infecção e minha expressão se tornou triste.

- Desculpe, eu me esqueci... -se desculpava Anna.

- Não se preocupe, não é culpa sua.

- Você não consegue ligar ara nenhum deles?- perguntou Marina enquanto tentava me consolar.

- Meus pais não andam muito com celular... Mas ainda tem o Daisuke!- Disse me levantando.

Quando me levantei todos os alunos me olharam um pouco intrigados, ao ver a cena fiquei envergonhada e voltei a me sentar.

- Daisuke?- Perguntaram as duas intrigadas.

- É meu amigo de infância, ele nunca larga o celular. - disse sussurrando- Eu preciso ir ligar para ele, mas como?

- Apenas peça para professora disse Anna.

-Vai funcionar?- perguntei.

Anna se levantou e disse que estava passando mal e pediu para que eu e a marina a acompanhasse para a enfermaria, a professora deixou e nós saímos.

- Obrigado Anna- disse ajudando ela a ir para enfermaria.

- Disponha - disse ela sorrindo.

Na enfermaria peguei meu celular e liguei para o Daisuke rezando para que ele atendesse.

- Mika?- respondeu a voz do outro lado.

- Daisuke? Sou eu a Azami Graças a deus, você esta bem.

- Eu realmente não esperava por essa- disse ele um pouco confuso.- Chegou em segurança nos estados unidos?

- Sim, houve problemas quando cheguei por causa da doença misteriosa mas eu consegui chegar na escola. Você esta em segurança?

- Bem... Como eu posso explicar isso sem que você tenha um ataque cardíaco?

Ele começou a me explicar o que havia acontecido com ele começando do dia em que eu o havia deixado no colégio até o os dias atuais

- Pelo menos você encontrou companheiros e o Albert, mas eu realmente não esperava armas do Albert.

- Nem eu, mas não se preocupe comigo ou com nenhum de nos, estamos todos bem, estamos seguindo para o ponto de encontro da ONU.

- Ponto de encontro?

Ele me explicou sobre o anuncio da ONU e o que eles sabiam que a ONU iria fazer, e ao terminar as explicações consegui falar com o Albert.

- Azami- disse o Daisuke serio com o som de um latido forte de cachorro no fundo- Estamos com alguns pequenos inconvenientes aqui, mas não se preocupe. Foi bom falar com você e não se esqueça de aproveitar a tranqüilidade por nós- disse ele rindo um pouco- até a próxima Azami.

- Espera!- tentei falar, mas ele já havia desligado o telefone.

Desliguei o telefone e fiquei o olhando por mais alguns segundos até que minhas amigas falaram:

- Então?- perguntou Marina que estava acompanhando a conversa.

- Ele esta bem.

- Ele conseguiu fugir do Japão?

- Não, ele ainda esta lá.

- O que? Como ele esta vivo então?

Expliquei para elas o que o Daisuke havia me falado, durante a historia as duas ficaram impressionadas como se estivessem ouvindo um conto de fadas

- Ele encontrou um grupo e esta fugindo para o ponto de extração.

- Que tipo de pessoa ele é?- perguntou Ana intrigada.

- Ele sempre foi um idiota anti-social, eu era a única amiga dele. Mas ele sempre foi muito inocente também. Sempre se atrasava pra escola, e muitas vezes ele tinha machucados por que bateu em algum lugar enquanto olhava as arvores... Idiota.

- Ele parece um pouco... Distraído- comentou marina- como ele conseguiu sobreviver até agora?

- Realmente, mas ele esta com um amigo nosso o Albert e eu confio nele, ele vai cuidar bem dele.

- O que você vai fazer agora?- perguntou Anna.

- Tudo que ele me falou foi que ele estava bem e me pediu foi para aproveitar a tranqüilidade por eles.

- Duvido que você vá fazer isso. - disse ela incrédula

- Vou tentar ajudar de algum jeito... Preciso achar a diretora. – disse saindo da enfermaria.

- Ei Azami espera!


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Notas finais do capítulo

Em breve eu ou um outro escritor voltara com mais um capitulo extra para voces, entao até lá o/

(darei mais uma revisada no capitulo mais tarde entao nao se preocupem se houver alguns erros XD)



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