Ghost Curse escrita por CanasOminous


Capítulo 3
Capítulo 3 - Coronel Drifblim.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo Reformulado



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Capítulo 3 – Coronel Drifblim.

Ash, Brock e Dawn entraram no buraco aberto pelos soldados Duskulls, que apesar de ser um lugar profundo e abaixo da terra, revelou-se ser muito bem planejado e elaborado. Era como uma base secreta, porém estava totalmente vazia, deixando espaço somente para que o piso e as paredes de mármore contassem sua história. Algumas rachaduras e buracos ainda mais profundos podiam ser vistos, o véu negro que cobria os buracos era como um abismo sem fundo. Tudo era muito antigo, as pedras na parede guardavam o pó de milhares de anos, e o som de algumas goteiras ecoavam como uma sinfonia.

O som do passo dos jovens podia ser ouvido ao tocar o chão duro da pequena sala que mais parecia uma caverna. Todos estavam maravilhados enquanto contemplavam a beleza do local, o pequneo Duskull continuava a guiá-los pelos estreitor corredores que começavam a parecer cada vez menores. Aquela era a tumba de um grande comandante dos exércitos em seu tempo.

— Quem imaginaria que embaixo de um cemitério teria um esconderijo como este! — disse Dawn surpresa ao ver tudo aquilo.

Na verdade existem outras duas tumbas de pessoas da realeza para ser mais exato. Nossos soldados estão defendo as salas, pois os Shuppets podem tentar invadi-las a qualquer momento. — comentou o soldado Duskull, sem saber que a guerra havia acabado há centenas de anos.

— Desde quando você está nos seguindo? — perguntou Dawn.

Estou ao dispor do grande General Dusclops. Só serei dispensado quando ele desejar. — respondeu o fantasma.

— Pelo menos ele é leal. Então acho que ele vai trabalhar para sempre, viram que legal? — brincou Ash — Ô criatura, onde posso encontrar esse Drifblim?

Siga-me Senhor, irei levá-los até a sala, temos sorte de o General estar conosco, pois apenas as altas autoridades sabem como “acordar” o Coronel Drifblim. Esse segredo não foi contado a nós, soldados! — explicou Duskull.

— Opa, então acho que vamos ter um problema “General Dusclops”. — debochou Dawn.

— Vamos ter que torcer para que esse anel tenha mais poderes guardados! — comentou Brock.

Os jovens continuaram seu caminho, guiados pelo singelo Duskull que flutuava e entrava nas paredes desacionando armadilhas e outros segredos da tumba, logo, eles seguiram mais alguns corredores até chegarem à sala do misterioso Drifblim. A porta funcionava como uma cela e estava muito enferrujada de modo que todos até tivessem receio em tocá-la.

A sala não possuía absolutamente nada e estava completamente vazia. Parecia mais antiga e empoeirada do que a entrada, e logo a frente, podia-se encontrar símbolos na parede. Muitos deles formavam provavelmente alguma história ancestral ou algum segredo de extrema importância, pois era escrito com a mesma linguagem que todas as outras imagens encontradas no decorrer da chegada ao reino. O local lembrava uma tumba, e no centro jazia um túmulo adornado em prata e detalhes de ouro, mas até mesmo as jóias preciosas pareciam já ter perdido o seu brilho, revelando que aquele local estivera intacto por milhares de anos sendo coberto por mistérios para sempre perdidos no tempo.

General, chegamos à sala do Coronel Drifblim, o vingador. Mas o que exatamente deseja fazer aqui, senhor? — perguntou o soldado.

— Eu e meus amigos precisávamos subir aquela colina na entrada, então estamos procurando por algo que voe, ou então que possa nos levar por lá, então acreditamos que este Drifblim poderá nos ajudar. — explicou o garoto.

— Hum, seria bom se tivéssemos alguém que pudesse interpretar esses símbolos Ash, será que seu amigo Duskull não poderia ler para nós? — perguntou Brock.

— Boa idéia! Ow soldado, chega mais e explica o que está escrito nas paredes! — ordenou Ash, engrossando a voz para que parecesse um temido general.

Explicar a linguagem de Spiritum? Mas foi o senhor, junto de nosso rei, que criou essa escrita! — afirmou o soldado, de modo que Ash arregalasse os olhos com a inesperada surpresa.

— E agora?? — perguntou ele preocupado.

— Não faço a mínima idéia. — riu o amigo.

Ash voltou a encarar o Duskull que parecia continuar aguardando as ordens de seu General, e por um momento uma idéia surgiu em sua mente, e mesmo que totalmente falha, provavelmente funcionaria.

Caham... Ahh, é que faz tanto tempo que não saio de minha fortaleza no topo do cemitério, eu estive dormindo por muito tempo sabe, então acho que eu me esqueci um pouco da linguagem! E além do mais, você tem uma voz tão sinistra. Quero ouvir sua voz! — disse Ash.

Perdoe-me General, eu não entedi exatamente o que o senhor quis dizer. — riu o fantasma.

— Leia logo.

— P-Perdoe-me Majestade, lerei as escrituras com todo prazer, apesar de também não conhecer perfeitamente a linguagem de nosso povo... Peço desculpas pelas perguntas. Permita-me começar! — disse o fantasma, fazendo sinal de continência.

— E você só aproveitando, não é? — brincou Dawn.

— Um dom como esse não pode ser ignorado! Então leia logo para mim soldado! — disse Ash, aliviado por ter inventado uma desculpa que desse certo.

Algumas partes estão ilegíveis, então traduzirei para a língua normal o que eu conseguir e souber.

(...) Não entendo (...) Também não entendo (...) família real de Spiritum, o resto não entendo. Drifblim, não entendo (...) General Dusclops na fortaleza do cemitério, o resto não entendo (...)

Aquele símbolo acho que era “Vingança”, mas não tenho certeza. palavras secretas, o resto não entendo. (...) Não entendo (...) Espere aí, eu lembro desse...

Dawn encarou o Duskull com desprezo e em seguida olhou para Ash que percebera que seu soldado não ajudara em absolutamente nada. Brock passou a mão em rosto confuso, pois agora precisariam de outro jeito para desvendar aqueles msiteriosos símbolos.

Tem alguma outra grande idéia, General...? — disse Dawn em um tom irônico.

Olhe novamente para as escrituras, meu jovem, e será capaz de desvendar todos os mistérios de minha linguagem. — disse uma voz conhecida de algo oculto nas sombras. Ash olhou a sua volta surpreso e percebeu que seu anel brilhava intensamente. Aquela era a voz de General Dusclops, e assim que ele olhou novamente para o monumento com as escrituras percebeu que ele estava perfeitamente legível e na escrita normal.

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Coronel Dion Lightouch

Dia.X Mês.Y Ano.Z ~ Dia.S Mês.W Ano.B

Aqueles que podem ler estas escrituras, fazem parte da família real de Spiritum. Aqui jaz o corpo do Coronel dos exércitos de Spiritum, o Vingador. O reinado está em delírio, e as tropas do General da fortaleza no cemitério não agüentarão por muito tempo, mas esta sala será mantida em segredo por incutáveis séculos, mesmo que a batalha termine mal.

O destemido Vingador caiu em batalha por seu irmão, que lutou pelo exército inimigo, e recebeu esse nome pela sede de vingança que morreu em seu coração. Acorde-o, para que ele possa saciar sua ambição e seu ódio. Citando as palavras secretas que são apenas transmitidas pela família real do reino. Descanse em paz Coronel, que sua alma retorne dos abismos do mundo.

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Dawn e Brock olharam surpresos para seu amigo que parecia traduzir todos aqueles símbolos com certa facilidade, embora eles não fizessem idéia de como ele conseguia realizar tal feito. A tradução só era visível para Ash, como resultado dos poderes ocultos do anel que ele usava.

Nossa Ash, eu não sabia que você sabia ler essas coisas! Como você fez isso? E por que não havia nos dito antes? — perguntou Brock maravilhado.

Espere um pouco, mas o Ash falou “palavras secretas”? Como faremos para descobri-las? — comentou Dawn.

Não se preocupem, meu senhor sabe as palavras secretas, pois o General pertencia à família real de Spiritum! — disse Duskull animado.

Ash olhou novamente para o monumento de rocha, e antes que pudesse falar qualquer coisa mais uma vez a voz real do General Dusclops pôde ser ouvida, recitando detalhadamente as palavras secretas do reino:

Eclipse Lunar.

Assim que as palavras foram proferidas, as velas na sala foram apagadas, fazendo com que tudo ficasse em um breu total. Logo a frente das escrituras uma misteriosa luz foi exalada, e dela surgia uma grande criatura que liberava que parecia manter um lampião aceso em seu próprio corpo como a única fonte de luz da sala.

O fantasma flutuava gentilmente no ar, ele tinha o formato de um balão coberto por um tecido místico que permitia que a criatura desaparecesse quando desejasse. Seus olhos vermelhos brilhavam enquanto locomovia-se suavemente pela sala, como se dançasse no toque de uma melodia.

Sou aliado da família real de Spiritum, o coronel desses exércitos, Drifblim o Vingador. — disse a criatura com sua voz destemida — O que procuram em minha tumba? Não permito que os vivos entrem.

O Pokémon balão por um momento pareceu trocar sua feição serena por uma de revolta, mas ele parou no mesmo instante em que observou o anel no dedo de Ash, percebendo que ele tratava-se de um ser humano bem diferente dos outros.

— General Dusclops? Encontraram-se com o destemido General? — perguntou Drifblim, olhando para Ash.

— É uma honra reencontrá-lo Coronel, preciso de sua ajuda para que auxílie esses jovens. Este menino que possui meu anel, é portador de muita determinação, então apenas peço que escute-os e ajude-os no que for possível. Despeço-me no momento pois meu tempo é limitado, mas ainda nos veremos em breve, Coronel. — disse o próprio General Dusclops, tomando sua forma fantasma por alguns instantes e em seguida desaparecendo por completo.

Drifblim encarou os jovens que agora aguardavam uma resposta da criatura fantasma, e mesmo que com receio de ajudar seres humanos, o pokémon tomou frente e decidiu ajudá-los da forma possível.

Vejo que vocês são os jovens, incumbidos de quebrar a maldição das terras de Spiritum. Acredito que vocês encontraram-se com meu amigo General, uma vez que utilizas de seu poderoso anel. — afirmou Drifblim — Eu fui um dos guerreiros mais sábios do reino. E por conhecer muito bem meu falecido amigo pûde perceber que na verdade você não tratava-se do verdadeiro General.Qualquer fantasma normal não conseguiria notar isso muito cedo.

— Então quer dizer que o anel faz com que as pessoas me vejam como um Pokémon Fantasma? — perguntou Ash, rindo logo em seguida — Pelo menos eu não virei um Pokémon.

— Uma vez que General acreditou em vocês, devo fazer o mesmo. — disse o Coronel Drifblim de modo autoritário — Do quê necessitam?

— Senhor Drifblim, logo na entrada deste reino nos deparamos com uma grande parede de rochas e um vulto, que convidou-nos para um certo jogo. Ele disse que precisaríamos de algo para subir aquela parede e que encontraríamos isso neste cemitério, então acreditamos que o senhor possa nos levar por cima daquela fenda. — explicou Brock.

Refere-se à uma criatura encapuzada com um manto roxo? Deve ter sido o pequeno Gengar, ele costumava ser um espião encrenqueiro do reino. Por algum motivo ele insiste em chamar as pessoas que vêm para cá, ele ainda deve ter esperança, embora ela já tenha abandonado essas terras há muito tempo... — disse o Pokémon, seguido de um suspiro — Acredito que ele tenha dito coisas como: “não podem trapacear no jogo”, não é?

— Exatamente. — riu Brock.

— Peço-lhes desculpas pela brincadeira de mau gosto, e pelo incômodo ou preocupação que lhes causou, ele é muito brincalhão. Gengar era na verdade o porteiro do reino, e mesmo após sua morte ele permanece em serviço. Seu objetivo era simplesmente pedir às pessoas que fossem para o cemitério com o intuito de procurar o General, mas algumas eram cercadas de dúvida e acabavam não indo. — explicou o pokémon — Por isso que ele inventou essa história de “jogo”, mas vocês poderiam muito bem ter utilizado seus pokémons voadores naquela colina que nada teria acontecido.

— Eu ainda mato aquele pokémon, eu juro. — retrucou Dawn irritada.

— Mas ele já está morto. — brincou Ash.

— Cala a boca e continua ouvindo...

Não se preocupem, o caminho realmente será difícil. Eu pedirei que meus soldados os guiem por aquela colina. Porém, eu poderia lhes pedir um pequeno favor? — perguntou Drifblim.

— Claro, o senhor nos forneceu tantas informações. — assentiu Brock.

Se enquanto estiverem explorando o reino acabarem deparando-se com o fantasma de meu irmão, digam a ele que o eu o perdôo. — disse o Coronel num tom sério.

— Seu irmão? Mas nesta lápide atrás do senhor dizia que quando alguém o acordasse você iria saciar sua sede por vingança. — disse Brock.

As pessoas cometem erros, mas o forte é aquele que pode perdoá-los. O perdão é a remissão de uma punição merecida. — suspirou Drifblim.

— Não se preocupe Coronel. Nós mandaremos o recado assim que possível! — afirmou Ash.

Minha requisição está feita... — disse o fantasma, que pouco a pouco foi desaparecendo junto ao ar abafado daquela tumba. Um pequeno livro em branco surgiu próximo à lápide, e ao seu lado um bracelete prateado. Brock andou em sua direção e o pegou em suas mãos, até que uma última vez a voz do Coronel foi ouvida:

Provavelmente meu irmão tentará atacá-los, uma vez que são humanos. Mas a vingança nos torna iguais ao inimigo; o perdão faz-nos superiores a ele.

Faremos de tudo para realizar seu ultimo desejo, obrigado Coronel! — disse Dawn.

General, então vamos para fora da tumba. Os soldados do Coronel Drifblim nos levarão para o topo da colina! — disse Duskull.

Enquanto eles saiam da tumba, Brock começou a folhear o livro procurando por informações, mas todas as folhas estavam em branco, exceto a primeira página em que podia-se ver algo escrito com uma formosa letra feita dà tinta nanquim:


Com essa mensagem sua alma será liberta dessa maldição negra e solitária."

Quando todos finalmente saíram da tumba era por volta de meia noite, e então pôde-se ver pequenos Drifloons voando no céu e dançando no silêncio da noite, apenas aguardando as ordens de seu mestre.

Coronel Drifblim, é uma honra revê-lo, meu Senhor. Viemos atender seu chamado e levaremos seus aliados para o reino de Spiritum imediatamente. — disse um pequeno Drifloon, dirigindo-se a Brock a como se conversasse com seu próprio comandante.

— Então quer dizer que esse bracelete prateado possuí o mesmo efeito que o anel de Ash! Os Drifloons pensam que você é o líder deles. — afirmou Dawn com um pouco de inveja ao perceber que seus dois amigos tinham objetos mágicos e ela não.

A raça dos Drifloons são nossos aliados na guerra, todos são muito sábios e ótimos estrategistas. — explicou o soldado Duskull que ainda acompanhava Ash a todo momento.

— Tudo bem então, agora é a minha vez de comandar o batalhão! — sorriu Brock — Quero que vocês me levem, junto de meus amigos, para o topo da colina.

Homens, preparem-se para a viagem, entraremos no campo de batalha inimigo por ordens do Coronel, agora marchem!! — responderam os soldados Drifloons.


Ash, Brock e Dawn encontraram-se com o fantasma do falecido Coronel Drifblim, e agora com a combinação do anel mágico e do bracelete, com seus poderes incumbidos à Brock, o grupo iniciará sua exploração pelo amaldiçoado reino de Spiritum em direção do Castelo Ancestral. Eles finalmente seguem para o topo da colina, e que mistérios os aguardam nesta terrainóspita?


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