Tom's POV:

Fui para o meu quarto depois de ter dado a notícia de que eu não era mais virgem ao Bill.

Eu não sei como isso foi acontecer, eu só sei que eu aconteceu! Não foi tão bom quanto eu pensava que era, mas eu não desisti! Aquela era a minha primeira de muitas vezes, suponho.

Sentei na minha cama e fiquei imaginando como o Bill estava agora. Meu irmão era muito dramático e se eu bem o conheço, suas lágrimas já estão caindo, e caindo por MINHA causa.

Ele deveria estar feliz por mim, essa não é a idade certa, mas eu gostei de ter ouvido os gemidos da Debbie. Isso fez com que eu me sentisse um homem e não um incesto idiota. Se fosse o Bill que tivesse perdido sua virgindade, eu estaria feliz por ele.

Apesar de tudo, me senti na responsabilidade de pedir desculpas a ele, a forma como eu contei não foi muito certa. Eu apressei demais as coisas! Ele não merecia saber disso e se não fosse à raiva que ele me fez sentir por ter invadido o meu quarto, ele nunca teria descoberto isso.

Eu jantei sozinho naquela noite. O Bill disse à mamãe que não estava com fome. Todas as noites, ele se senta na minha frente e conversamos até acabarmos de comer, só eu e ele. Mamãe e Gordon comem quando já estamos dormindo. Não ter ele aqui, me fez sentir um sentimento de culpa gigantesco.

Assim que acabei, subi as escadas e fui para o meu quarto. A porta do quarto do Bill estava fechada e com certeza ele estava sentado atrás dela chorando. Isso era bem típico, cresci sabendo que ele fazia isso quando o pequeno mundo dele caia aos pedaços, 99% das vezes por minha causa.

Não achei justo o que eu tinha feito com o meu irmão. Ele sempre esteve aqui quando eu precisei, ele sempre acreditou em mim, embora eu não possa dizer que sempre acreditei nele.

Não consegui dormir direito. A cama parecia ter formigas de tanto que eu me virava e me mexia nela. A imagem dele caindo no chão não saia da minha cabeça e isso estava me agonizando.

Levantei-me e fui ao banheiro. Meus olhos estavam fundos e com duas olheiras estúpidas sob eles. Nunca tinha me senti tão mal assim. Parecia que eu estava de ressaca sem nem ao menos ter bebido uma gota de álcool.

Abri a porta do meu quarto e atravessei o corredor silenciosamente. Assim que cheguei à frente da porta do quarto dele, eu tomei fôlego e a abri.

Vi meu irmão deitado no chão com a mesma roupa de antes, ele não colocou pijama algum para “dormir”.

Ajoelhei-me ao lado dele e vi que sua respiração estava lenta. Passei os dedos lentamente sobre a face dele e a senti úmida. Ele tinha chorado tanto que caiu no sono.

Como o Bill não era muito pesado, não custaria nada eu colocá-lo na cama para dormir direito. Segurei-o nos meus braços e o coloquei deitado na cama.

Ele não estava acordado, não adiantava de nada eu ficar ali o olhando dormir. Quando eu comecei a sair do quarto, uma voz bem fraca soou no silencio do quarto:

-Não vá embora mais uma vez, Tom!