Fiquei com medo. TODOS aqueles garotos ficaram me olhando feio, o gordinho era o que mais olhava!

Sai do refeitório e fui procurar o Tom, afinal ele era o único com quem eu podia contar aqui.

-Tom! -chamei por ele no meio da mata fechada. Eram 5 da tarde e já estava escurecendo, tudo ao redor era só verde. -TOM! -eu gritei entrando mais ainda naquela vegetação. -TOM! É O BILL! -eu gritei mais forte e ainda não ouvi resposta alguma.

Me desesperei. Eu estava perdido, totalmente sozinho em um lugar selvagem e escuro. Uma onça não teria dó em me comer.

-Tom, por favor! Tom! -andei mais um pouco e avistei um tronco de uma árvore e nele estava sentado meu irmão. Corri até lá.

-Até que enfim! -eu o abracei e me sentei ao lado dele. -O que você está sentindo? Há algo errado com você!

-Não sei! Eu não queria estar aqui! Tá tudo errado! Nas minha férias eu queria sair com os garotos e tals e não estar preso aqui! -ele bufou.

-Entendo você, mas nós vamos passar por isso! -eu disse.

-Você sempre diz que tudo vai ficar bem enquanto não vai! Você sabe que nossa mãe só não está casada com o Gordon porque o divórcio dela ainda não saiu totalmente! Eles nos afastaram para ganhar tempo! Bill eu não tenho ninguém! -isso doeu de escutar. Eu juro que doeu.

-Isso não é verdade! Você tem a mim! -rebati o que ele falou.

-Eu tenho que te proteger! E quem me protege? Quem? -ele me olhou com os olhos cheios de lágrimas.

Agora eu realmente entendi o que ele queria dizer e o porque de tanta rebeldia.

-Obrigado por me defender! -eu sussurrei.

-Você sabe que eu não vou deixar eles te machucarem, não sabe? -acenti com a cabeça positivamente. -As vezes eu não queria ser quem eu sou.....

-E quem você é? -eu perguntei.

-Um adolescente idiota, burro, que nunca acerta em nada, que toca guitarra e que está apaixonado! -ele virou o rosto.

-Apaixonado? -eu disse. -Por quem?

-Por você! -ele me puxou para mais perto e me beijou. Seus lábios eram macios e doces. Eu realmente queria mordê-los.

-Amo você, Bill! E eu não sei se como eu te amo é o jeito certo de amar um irmão! -ele abaixou a cabeça.

-Nós somos apenas garotos bobos que não sabem o que estão fazendo! -respondi.

Ele se virou e me disse:

-Se eles encostarem um dedo em você, eu acabo com eles, está entendendo? -ele parecia com raiva. -Eu vou te proteger Bill, só não sei até quando..... -ele parou de falar.

-Até eu poder me defender sozinho? -eu perguntei.

-Pode ser! Eu não tenho medo deles, você também não deveria ter! São apenas garotos metidos que pensam que são o máximo!

-Isso passa! -eu respondi.

-Eu espero.....

Ficamos em silêncio por um tempo e eu disse:

-Tom, você me ama mesmo? -esperei um pouco e completei: -Daquele jeito?

-Amo.... -ele pegou me pescoço e me puxou para mais perto -Amo você Bill Kaulitz! -ele mordeu meu lábio inferior. -Seja meu! -ele me beijou com força e eu pudi sentir sua língua quente e macia.

Ele colocou a mão direita encima do meu membro e o apertou.

-Ai Tom! -eu disse segurando a mão dele.

-Amo te ouvir gritar meu nome! -ele mordeu minha bochecha de levizinho.

-Amo gemer seu nome! -respondi passando a mão no abdomen dele.

Ele me beijou mais uma vez e me disse:

-Vai Bill! Vai embora agora! -me levantei sem entender direito. -Daqui a pouco eu vou! -continuei olhando para ele. -Vai rápido porque eu posso te alcançar..... e eu nem sei o que eu posso fazer.....