A Vingança de Hermione Granger escrita por Tamara


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

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Boa leitura, lovelies.



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Capítulo 24

Sensações

 

Havia se passado uma semana, mas as marcas dos dedos da ruiva ainda doíam em sua face. Ou talvez tenha sido somente o seu ego ferido, ou quem sabe estivesse se apaixon... não! Isso não, Blaise Zabini não se apaixonava, nunca.

— Por que você não a convida para jantar?

Blaise voltou o olhar desorientado para Neville, franzindo as sobrancelhas. Neville iria explicar o óbvio, mas a risada sarcástica de Nate o interrompeu antes que pudesse iniciar.

— Blaise, querido. Eu, Neville e todo mundo já percebemos que você só tem olhos para uma certa ruiva grifinória. - Nate disse como se fosse óbvio, bebendo um gole do seu suco de laranja.

— Vocês estão loucos, aquela garota é completamente pirada... – Blaise negou com veemência, mas assim que Gina levantou-se da cadeira, seu olhar a acompanhou até a saída do hall principal. Ela mal tocou em sua comida, será que estava bem?

— Por muito tempo tentei negar meus sentimentos pelo Neville, e isso só me trouxe uma dor desnecessária. Neville é a melhor coisa que já me aconteceu... – Nate falou com sinceridade, deixando o sarcasmo e ironia de lado. Sentiu a mão do namoro na sua, e voltou o olhar ao dele com carinho.

Aquela cena de amor, embora rápida, tocou Blaise. Nate estava realmente feliz, como nunca o vira por toda uma vida. O selar de lábios carinhoso entre os dois o fez sorrir. Nate se escondeu por toda a sua vida, e Blaise se culpava por nunca ter notado a tristeza que ele carregava consigo.

Então se sentiu egoísta, seu problema era tão menor em comparação ao do amigo. E as palavras de Nate fizeram sentido, afinal qual o problema em gostar verdadeiramente de alguém? Talvez desse certo, talvez desse muito errado, talvez ela desferisse outro tapa em seu belo rosto. Mas... poderia tentar, e assim saberia o que realmente sente.

— Droga, vocês têm razão. – Blaise resmungou, recebendo olhares animados dos dois. – Mas eu não tenho a mínima ideia de como a farei aceitar sair comigo, ela não me deixa aproximar... – Ele engoliu em seco, depois do tapa, tentou se aproximar algumas vezes para pedir desculpas, mas a Weasley era resoluta em se afastar.

— Gina é minha amiga, Blas. Deixa que eu cuido disso. – Neville o tranquilizou, mas Blaise não pôs muita confiança no sorriso de traquinagem que o grifinório carregava consigo. – Nate, ajuda ele a preparar algo legal, missão padrinhos de casamento em ação.

Missão o quê?!

Nate pareceu eufórico com a ideia, e Neville já havia sumido de suas vistas. Blaise se afundou desanimado em seu banco, por um momento realmente havia pensado que aquilo poderia dar certo.

(...)

Dias já haviam se passado, mas nenhum murmurinho mais quente percorreu pelos corredores do seu pequeno inferno particular – Hogwarts. Ainda falavam dela, sentia os olhares maldosos queimarem suas costas, as fofocas voltaram à tona com a saída de Ana Abbott para Beauxbatons, além disso, o namorado dela tinha feito um pequeno teatro e culpou a rosada pelo término do relacionamento dos dois.

Veronica achou tudo aquilo uma grande besteira, afinal já não estava mais com Ana quando eles começaram a namorar. De qualquer modo, Ana nunca mais falaria com ela, e por mais que já fosse algo esperado, ainda assim doía.

Estava tão absorta em seus pensamentos, que mal notou quando uma figura conhecida tomou o lugar ao seu lado. Assim que percebeu a presença da garota, voltou o olhar curioso para ela, mas nada disse.

— Eu soube da saída da Ana, lamento por isso... – Depois de minutos de silêncio, Padma o quebrou, voltando o olhar ao dela.

— Claro que lamenta... – Veronica soltou uma risada irônica. Não confiava em Padma, não confiava em ninguém pertencente ao clã daquela cobra.

— Veronica, eu realmente sinto muito pelo o que a minha irmã te fez. – Padma parecia realmente arrependida, e aquilo deixou Veronica momentaneamente confusa.

— Parvati é cruel, e você é condizente com as maldades que ela comete. É tão ruim quanto ela. – Não fez questão de tornar as coisas fáceis para a indiana, a omissão tornava-a tão culpada quanto a irmã.

— E-eu... eu não queria... – Padma fraquejou por alguns instantes, mas logo recuperou sua postura. – Por favor, peço que me perdoe pelo mal que causamos a você. Eu estava cega, sempre procurei pelas qualidades da minha irmã, mas a verdade é que ela está doente. Está doente há muito tempo, e se não posso ajudá-la, ao menos quero remediar os erros que ela cometeu... – Padma disse com sinceridade, deixando uma lágrima percorrer pela sua bochecha.

Veronica soltou um suspiro consternada, apesar de toda a sua pose de durona, a garota se compadecia com a dor dos outros. E estava claro que Padma estava triste, e parecia realmente arrependida.

— Está tudo bem, Padma. – Tranquilizou-a, esboçando um suave sorriso.

— Não, não está. Nós humilhamos você, expomos seu segredo. Todos temos segredos, é tão injusto que a julguem por isso... – Padma não pôde mais conter as lágrimas, ela também tinha seus segredos, e saber que causou aquele mal para aquela que foi sua amiga estava devastando-a.

— Ah, não chora... Vem cá...

Veronica sempre foi terrível para tranquilizar alguém, mas se aproximou da antiga amiga e a envolveu em um abraço. Um abraço desajeitado, mas ainda assim reconfortante. De qualquer modo, aquele era o recomeço de uma amizade.

(...)

Andava distraído, com as mãos nos bolsos, perguntando-se repetidamente quando seu castelo começou a desmoronar?

Harry pensou que poderia agir como um garoto normal, acreditou veemente que não faria mal aproveitar-se um pouco da sua fama, curtir a vida sem pensar nas consequências. Era amado por todos, tinha um relacionamento invejado com Parvati Patil, e para completar era rico, não tinha nada com o que se preocupar.

Lembrou-se daquele dia no lago, da promessa que fez com Ron e Hermione, de como tudo mudou entre eles.

Em que momento nesse caminho tortuoso que se tornou um idiota? Ele destruiu os sentimentos da sua melhor amiga, e como consequência a perdeu.  E nem ao menos conseguia se livrar do relacionamento frustrado com Parvati Patil, estava condenado à vida que sempre ansiou enquanto estava preso debaixo naquela escada na maldita casa dos Dursley.

Distraído, entre a pequena multidão de alunos, mal notou a garota com diversos pergaminhos na mão. Trombou com uma morena de cabelos curtos, mas naquela vez, não conseguiu a segurar, tampouco se equilibrar.

Caiu para trás contra o chão duro, aquilo realmente doeu, e os pergaminhos voaram pelo ar.

— Que merda, Potter! De novo?! – Pansy Parkinson exclamava irritada, enquanto se levantava do chão. Conseguiu amortecer a queda com os cotovelos e joelhos, mas ambos doíam naquele momento.

— Desculpe, Parkinson. Eu não a vi... – Harry tentou se justificar, enquanto começava a recolher os pergaminhos.

— Você precisa trocar de óculos, Potter! Como não me viu? Seu grande idiota... – Pansy sentia seu sangue subir, a raiva tomando conta de seu ser, todo o seu trabalho de semanas espalhados pelo corredor de Hogwarts. Era sempre ele. O maldito Potter.

— Calma, Parkinson. Eu já pedi desculpas... não precisa se estressar...– Harry se surpreendeu ao ver a raiva da garota, mas internamente, achou divertido vê-la com as bochechas coradas por conta da ira.

— Não preciso me estressar? Olha o que você fez, seu imbecil. – Ele estendeu alguns dos pergaminhos para ela, que os aceitou contrariada.

— Querida, se você quiser posso ajudá-la com o estresse, tem um jeito ótimo para isso. – Ele sabia estar sendo um perfeito canalha com as palavras de duplo sentido, mas provocar Pansy Parkinson e vê-la furiosa era a coisa mais divertida que aconteceu consigo nos últimos meses.

Ao menos era isso que ele pensava até ter a varinha da morena contra a sua face.

— Seu grande idiota, eu vou azará-lo, vou fazer o que você tem entre as pernas desaparecer... – Pansy não soube precisar o quão irada Harry Potter a deixou.

Por Merlin, não basta fazê-la cair no chão e desorganizar todo o seu trabalho? Ainda tinha que tentar provoca-la com aquela cantada fajuta? Por favor, Harry Potter nem ao menos tinha graça...

— E-eu, calma... – Harry deu um passo para trás, a sonserina o olhava com ira e um meio sorriso sádico se formou em seu rosto enquanto pensava em sua azaração.

Ela sabia qual feitiço lançar, estava na ponta da língua. Mas ao ver uma figura conhecida e indesejável atrás de Harry, imediatamente baixou a varinha.

Harry sentiu-se aliviado com isso, mas ao se virar para trás e ver a sua amada diretora, o alivio se desfez tão rápido quanto chegou.

— O que estão fazendo? – Minerva McGonagall cruzou os braços, enquanto olhava desapontada de um para o outro.

— Foi ela que começou...

— É tudo culpa dele...

— Basta! – Interrompeu os dois que começaram a falar simultaneamente. – Esse comportamento é inaceitável, olhem a sua volta, diversos alunos riam e cochichavam enquanto brigavam como duas criancinhas. – Ambos engoliram em seco e olharam em volta, os alunos começaram a dispersar com a chegada da diretora, mas era óbvio que montaram um pequeno teatro.

— Vocês vão aprender a viver em harmonia, terão muito tempo para isso enquanto limpam a sala de troféus toda terça e quinta-feira. Sem a ajuda da varinha, é claro. E menos 50 pontos para cada casa, espero que estejam felizes com isso. – E antes que eles pudessem protestar, ela continuou a caminhar.

Pansy lançou um olhar fulminante para o garoto que sobreviveu, antes de caminhar a passos duros para longe dele.

Harry suspirou pesaroso, as coisas não saíram exatamente como imaginou, só queria vê-la irritada, só um pouquinho. Porém, talvez, só talvez aquele castigo não fosse de todo o mal.

(...)

— Você acha que uma festa realmente é uma boa ideia? – Padma perguntou com cuidado, sabia que contesta-la junto com as amigas era uma causa perdida. Mas uma festa naquela altura do campeonato parecia tão sem sentido, Parvati provavelmente queria algo por trás, a festa era somente uma fachada.

— Não é uma festa, é uma pequena reunião. – Parvati respondeu com desinteresse, revirando os olhos em seguida. – Somente os mais populares das quatro casas serão chamados, como já falei para vocês. Só quero relembrá-los de que as minhas festas são melhores do que qualquer outra, incluindo a da Granger. – O nome Granger engasgava em sua garganta, odiava-a como nunca odiou ninguém.

Afinal, era tudo culpa dela. Harry havia se distanciado depois que ela voltou daquela maldita viagem, ela havia a humilhado, sua popularidade diminuiu por causa dela, e ainda ameaçou expor seu segredo... não, não poderia deixa-la impune.

— Você está certíssima, Parv! – Elisa exclamou animada, adorava os preparativos das festas, embora sempre sobrasse tudo para ela, e Parvati não fosse lá muito grata... de qualquer forma, adorava tudo aquilo.

— Acho que demorou demais para isso, deveria ter feito uma no mesmo dia da festa da Granger, duvido alguém ter comparecido naquela festa ridícula que ela promoveu. – Lilá inflou o ego da amiga, embora a festa da Granger ter sido memorável, e ela ter se divertido como nunca... aquilo não era nada, pequenos detalhes insignificantes.

— Eu sei, querida. Eu sei... – Parvati respondeu com desinteresse, um meio sorriso delineou em seus lábios ao se reter para os próprios pensamentos - tudo sairia conforme os seus planos. Tinha que sair.

(...)

Gina suspirou pela milésima vez enquanto escutava Neville e Pamela, os dois grifinórios se uniram para atormentá-la. Ela tentou fugir dos amigos, tentou se refugiar na biblioteca, mas lá estavam eles. Depois apostou na Torre de Astronomia, mas, surpresa, lá estavam eles. Até mesmo no banheiro eles a seguiram.

Não importava o lugar, se uniram naquele complô para tirar a sua paz. Tiveram a ideia ridícula de que ela devia aceitar ouvir o Zabini, aceitar um “encontro” com ele, pior... que ela sentia algo por ele. Aquilo era um absurdo. Mas, se fosse para se livrar daquele tormento, faria o sacrifício.

— Tudo bem! Vocês venceram, eu vou ao encontro com ele... – Deu-se por vencida, sentindo os braços dos amigos a envolver.

— Eu sabia! Eu sabia! – Neville comemorava como tivesse ganhado na loteria bruxa.

— Meu plano de atormentá-la deu certo... – Pamela gabou-se com o seu sorriso típico vitorioso.

E ambos começaram uma conversa animada, a qual Gina tentava demonstrar desinteresse, mas na verdade escutava com atenção. Afinal, falavam dela e de como iriam ARRUMÁ-LA PARA UM ENCONTRO COM BLAISE ZABINI. Oh, por Merlin, aquilo realmente era torturante...

(...)

As lágrimas embaçaram sua visão, mas não se permitiria chorar. Nunca mais choraria por Draco Malfoy, nunca. Nem mesmo suas lágrimas de raiva ele merecia.

Amaçou a carta enquanto caminhava em direção ao banheiro, precaveu-se ao trancar a porta, e lançou um abaffiato antes de se deixar ser tomada pela ira. Gritou. Gritou de raiva, de frustração, jogando aquela maldita carta no vaso sanitário, e dando descarga em seguida.

Narcisa Malfoy havia mandado uma carta para a garota. A mulher era gentil com ela, pensou que ficaria ao seu lado, mas a única coisa que dizia era que a jovem deveria esquecer Draco e seguir em frente. Narcisa sabia medir as palavras, falou de modo elegante e belo, mas que de nada a confortou.

Não adiantou mandar uma carta para os pais do garoto e expor o relacionamento dele com Hermione Granger, Narcisa deu a entender que aprovava aquilo, e ainda falou bem da Granger, de modo zelado, mas falou. 

As palavras de Parvati ecoavam em sua mente. Teria mesmo que fazer aquilo, não teria?

Ela não queria, iria dizer para Parvati que o seu plano era loucura, mas... fazia sentido. Nada os separaria, somente algo tão grave quanto aquilo. E Astória precisava se vingar de Draco.

Era uma pena que Hermione estivesse no caminho e saísse machucada, mas... Draco merecia a sua vingança, merecia ficar sem Hermione, merecia ficar sem nada.

Lavou o rosto e se recompôs. Ela iria continuar com aquilo, iria continuar com a sua ideia de vingança. Afinal, o que poderia perder quando já se perdeu tudo?

Mas precisava de uma distração, precisava esquecer de tudo aquilo, pelo menos por algumas horas.

Quando deu por si, estava parada em frente àquela porta. Não bateu, não pediu por licença, somente entrou.

— Greengrass? O que está fazendo aqui? – A voz grave perguntou com surpresa.

Astória esboçou um meio sorriso malicioso, certificando-se de trancar a porta atrás de si.

Ela não falou nada, aproximou-se perigosamente, enquanto desabotoava a camisa do seu uniforme, estava sem a gravata da sua casa naquele dia.

— Estou com saudades, você não? – Perguntou em um sussurro, com os lábios próximos aos dele, roçando-os.

Naquele momento ele soube que estava perdido, iria negar, deveria negar. Contudo, não tardou a tomar os lábios da garota com desejo.

(...)

Os dedos faziam círculos nas costas nuas da mulher, em uma carícia suave. Ambas as respirações ainda estavam ofegantes, recuperando o ar e os sentidos aos poucos. Ainda estavam embriagados por todo aquele êxtase e amor. Porque assim eram, iam muito além dos prazeres sexuais, sentiam-se, conectavam-se, corpo e alma.

E aquela sensação era a melhor que já sentiram, e naquela sensação desejavam sempre estar.

Estavam hospedados nos Três Vassouras; antes, Draco a levou para um dos melhores passeios que já teve, e, por curiosidade, foi em um parque no mundo trouxa. Quando estavam na roda gigante, ele confessou o que aconteceu com Lucius, e Hermione se sentiu ainda mais certa em relação ao sonserino. Após o passeio, hospedaram-se nos Três Vassouras, passariam a noite no local antes de voltar para Hogwarts.

— Eu poderia ficar assim para sempre... – O tom de voz saiu baixo, um pensamento que foi verbalizado, a voz ainda estava rouca.

Hermione não pôde conter o sorriso, enquanto aninhava-se ainda mais no peitoral nu do namorado. Sem pressa, ergueu o rosto, fitando os olhos cinzas que habitavam sua mente desde que voltara dos Estados Unidos.

Ela aproximou a mão de seu rosto, acariciando-o com delicadeza, contornando suas feições, desejava gravá-lo em sua memória para sempre.

— Obrigada... – Ela ainda não havia agradecido, sabia não ser necessário, mas ainda assim precisou verbalizar aquela única palavra.

Draco franziu as sobrancelhas, ela não tinha pelo o que agradecer, ele não fez mais do que a sua obrigação em defendê-la do pai.

— Não precisa agradecer, Hermione. Já estava na hora de enfrentar Lucius, e você foi o melhor incentivo que eu poderia encontrar.

Na verdade, a conversa desastrosa com o pai ainda doía em Draco. Ele sempre o admirou mais do que tudo, ele era seu exemplo, quando criança desejava ser igual a ele. Mas, infelizmente, as atitudes do mais velho há muito não o agradava. Tampouco compartilhava com suas ideologias retrógradas e deturpadas pelo ego e ganância; Draco não era nem um santo, tinha sua prepotência e orgulho, um pouco de egoísmo quando lhe convinha, mas Lucius elevava tudo ao grau da maldade e pura intolerância.

E Hermione sabia o quanto aquilo doía nele, e o amou ainda mais por isso, porque Draco tinha um coração muito melhor do que admitiria algum dia.

— Eu lamento por isso, lamento ter causado essa discórdia entre vocês... – Draco entreabriu os lábios para interrompê-la, mas Hermione não permitiu ao pôr um dedo em sua boca, calando-o. – Mas não é por isso que sou grata. – Continuou com a voz suave. – Agradeço por me proporcionar sentir tudo isso... – Não saberia pôr em palavras, não havia expressões certas o bastante para descrever. – Todo esse sentimento, eu nunca senti nada parecido, Draco... – Confessou.

E Draco suspirou como um bobo apaixonado, porque ele sentia exatamente o mesmo, embora não soubesse exatamente como especificar e o que tudo aquilo era.

Então a beijou, e em seu beijo tentou demonstrar tudo que guardava dentro de si. Um beijo calmo e intenso; devagar se conectavam, devagar se entregavam.

E, no final, nenhuma palavra precisava ser dita.

Hogwarts parecia muito maior vista de longe, uma imensidão de pedras, uma arquitetura bela e misteriosa.

Estavam parados, tomando coragem para voltar à realidade.

— Eu menti. – Uma confissão há muito guardada, Draco não entendeu o que ela quis dizer com aquilo.

— Na mansão dos seus pais. – Hermione continuou, voltando o olhar ao dele. – Eu não sei se realmente quero ser Ministra... – Nunca antes verbalizou isso, mas era a verdade, ela ainda não sabia o que queria ser.

E Draco sorriu, e o sorriso se transformou em um riso suave. Como ela não podia ver? Como ela não podia se enxergar?

— Morena, você é brilhante, será grandiosa no que escolher ser.

Ele a envolveu em seus braços, e Hermione deixou-se ser abraçada, aconchegando-se no calor do abraço dele. De repente, aquele medo repentino pareceu ser algo bobo, mas a volta para Hogwarts fazia todos os seus temores virem à tona. E aquele era um deles: não saber o que fazer quando sair de Hogwarts.

 - Você só fala isso por ser meu namorado. – Falou em tom de brincadeira, com um sorriso em seus lábios.

— Claro que não. Sempre a admirei. – Confessou; era verdade, sempre pensou aquilo, até na época em que a julgava somente uma grifinória irritante.

Depositou um beijo na testa da garota, e segurou em sua mão.

— Preparada?

— Com você, sempre.

Um sorriso cúmplice, e caminharam de volta ao Castelo Bruxo. Contudo, em seus íntimos, sabiam que o melhor a terem feito era continuar naquela cama nos Três Vassouras. Porque, embora ainda não soubessem, sentiam que algo estava prestes a se quebrar. E, talvez por isso, Hermione apertou a mão do loiro ainda mais forte. Um pedido mudo para não permitir que se quebrem.

Não deixe isso quebrar, Draco. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Espero pelas opiniões de vocês.

Beijos ;*



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