Amblivalence escrita por Lyla


Capítulo 11
Learning and Figuring Out


Notas iniciais do capítulo

Estou aquecendo vocês pro próximo ( q eh surpresa...)  Demorou um pouquinho por que eu estou muito concentrada na minha outra fic, com minha amiga Chele,  Questão de Sangue, dêem uma conferida nela ok? e deixem reviews!!!!!=*******obs: serei boazinha com vcs no prox cap se vcs forem bonzinhos comigo e deixarem reviews!=*****



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            -Ah não... pra que trazer essa menina aqui em casa? Já basta ter que atura-la no colégio... - essa foi a primeira coisa que eu escutei assim que botei os pés na casa do Way.
            -Pra começar: aqui em casa é a mãe! Essa casa é minha do Frank e do Mikey, não sua. Depois: a Lyla é que tem que te aturar, não você a ela e pra terminar : se você continuar com essa mania de encher o saco dela, você vai pro porão.  – A coisa mais normal para todas as meninas e completamente estranha pra mim aconteceu depois de ter ouvido aquelas palavras: eu fiquei parecendo um pimentão. Ah, qual é! Um garoto bonitão te protegendo desse jeito, qualquer uma ficaria assim, certo?............Oh meu Deus, o que eu acabei de escrever???
            Patrícia ficou parada no meio da escada simplesmente olhando pra nós dois, até que deu um sorrisinho, que pelo visto era uma ameaça para Way, porque ele congelou assim que viu o sorrisinho, e mandou um olhar repreendendo a garota
            A gente subiu as escadas e quando eu passei pela Patrícia, eu sussurrei pra só ela ouvir: “Não foi dessa vez Paty” , mas o que eu não consegui entender o “Você que pensa.” que ela respondeu pra mim
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-MIKEY!!!!- eu disse assim que cheguei na casa do Way, pulando em cima do até então adormecido Mikey, que estava deitado na cama, no quarto que agora estava dividindo com Gerard.
            -Eu te odeio Lyla... - ele sussurrou sonolento. Eu já disse que apesar de ter um irmão idiota, o Mikey é uma das coisinhas mais fofas do mundo? Dá até vontade de amassar, morder, chutar... ta, chega, mas que ele é fofo, ele é!
            -Odeia nada! Você sabe que me ama!
            - Quem não ama... Né Gerard? – eu até tinha me esquecido da “presença indesejável” no quarto ( ta certo que o quarto era dele, mas continua sendo indesejável).
            -Como você é espirituoso Mikey... - eu vi que Gerard ficou vermelho, provavelmente de raiva...- Agora some do quarto, eu e a Lyla vamos ocupa-lo agora.
            -Nossa, como você é rápido maninho...
            -Cala a boca e some!
            -Mas onde eu vou dormir? – falou Mikey com uma carinha tão inocente que nem dava vontade de enxota-lo do quarto.
            -Vai lá pro quarto do Frank, Mikey. – falou Gerard com um sorriso malicioso
            -Ok...- Mikey se levantou e quando já estava fora do quarto foi que percebeu o que o irmão queria dizer – EI! –mas a gente não pode ouvir muito mais porque a porta foi fechada rapidamente na cara de Mikey.
            A cama de Gerard já tava arrumada, pra compensar a escrivaninha, que conseguia estar mais bagunçada do que o meu quarto. Ela estava cheia de anotações e de desenhos muito bonitos, apesar de bem estranhos.
            -Ei, por que essa mulher não tem face? – eu perguntei apontando pra um dos desenhos que estava mais bem feito. Era uma mulher sentada em um morrinho de grama, ela estava vestindo uma saia até o joelho e uma blusa de manga até o cotovelo, e eu conhecia aquela a roupa de algum lugar...
            Gerard, que estava arrumando o material pra começarmos a estudar, virou para olhar para mim.
            -Ah, isso...é que eu ainda não sei como ela vai ser. Mas Lyla, vem cá pra gente começar logo – ele acrescentou rápido. Tinha alguma coisa muito estranha na atmosfera daquela casa...
            -Ok – eu disse me sentando na cama na frente do Way.
            -Qual é a sua dúvida sobre artes?
            -Er...- eu devo ter ficado uns dois minutos falando “Er...bem....er...”
            -Lyla...você sabe o que é Artes pelo menos?
            -Eu realmente não to com cabeça pra brigar agora Way, então não começa...
            -Ta bom então, vamos começar desde o início, mas pra isso, a gente precisa aprender a desenhar – ele disse tirando o desenho de palito que eu havia feito na Starbuck’s a três dias atrás ,quando a gente fez a aposta que está me prendendo ao Way durante o fim de semana...
            -Você guardou essa droga? – eu disse pegando o desenho e vendo como era idiota.
            -Droga? É a maior obra de arte já vista Lyla! – ele disse com um sorriso sarcástico.
            -Haha...
            -Tá, agora é sério, senta lá na escrivaninha que eu te ensino a fazer um sol primeiro. Vou buscar uma cadeira.- ele disse saindo do quarto.
            Eu sentei na escrivaninha e fiquei olhando pros desenhos dele, ele realmente desenhava muito bem, tanto pessoas como lugares, e em um dos desenhos, eu podia jurar que tinha visto uma pessoa tomando milkshake, eita vicio hein ...
            -Olá de volta. – ele havia voltado e colocou a cadeira do lado da que eu estava sentada. –O que você sabe desenhar? – ele disse apoiando a cotovelo na mesa e o queixo na palma da mão, eu nunca tinha reparado como o cabelo dele era grande, parecia aqueles mocinhos de filme de cabelo bagunçado... para já com isso Lyla...
            -Bonecos de palito!!!
            -Nem isso você sabe...Tenta desenhar um sol.
            -Isso eu sei Gerard.
            -Então mostra.
            Eu fiquei com tanta raiva que quase enfiei a cara no papel em branco, peguei o lápis e comecei a tentar desenhar um sol...
            -Muito torto...muito grande...pequeno demais...sol é um círculo Lyla...isso é uma pêra?
            -DÁ PRA PARAR??? – eu falei alto, irritada.
            -Ok, desculpa...- eu voltei a minha atenção para o papel que agora estava cheio de tentativas de criar um sol. Gerard ficou sentado agitado do meu lado, tentando opinar nos meu desenhos, a cada vez que eu fazia alguma coisa errada, ele fingia que estava tossindo, até que não agüentou mais – A quanto tempo que você não vê o sol Lyla?
            -Tchau Way- eu disse me levantando , eu não tinha que aturar um garoto chato “tentando” me ajudar.
            Fiz menção de ir até a porta , mas Gerard foi mais rápido e me puxou pelo pulso de volta para a cadeira.
            -Tchau nada, desculpa, eu paro – eu fiquei parada olhando para ele. Não era por que ele havia pedido desculpas que eu ia começar a desenhar bem, e pelo visto, ele percebeu isso – Me dá a sua mão.
            Eu olhei desconfiada para ele, o que ele iria querer com a minha mão?
            -Pra quê?
            -Pra melhorar o seu desenho – ele disse sentando mais reto na cadeira e .
            Eu me virei para o lado, já que ele estava na minha esquerda e eu sou destra, para poder ficar de frente pra ele. Estendi a minha mão pro Way, que a pegou e começou a sacudir o meu pulso, fazendo a minha mão balançar freneticamente.
            -O que exatamente você está fazendo? – eu disse erguendo uma sobrancelha e deixando um sorriso involuntário escapar.
            -Relaxando a sua mão – ele disse com uma cara de “eu sei fazer de tudo” sorrindo também.Depois de sacudir bastante a minha mão, ele parou e botou a minha mão na mesa. – Agora tenta.
            Eu peguei o lápis mais uma vez  e tentei desenhar o bendito sol, e , mais uma vez, foi um fiasco.
            -Lyla...qual é a grande dificuldade com isso menina??? – ele perguntou mais uma vez afundando as mão nos cabelos em uma demonstração de cansaço.
            -Eu não nasci pra desenhar ta legal!
            Gerard continuou parado me olhando com uma expressão de “E agora meu Deus???” , até que do nada pareceu perceber algo.
            -Lyla, chega a sua cadeira pra cá. – ele disse apontando pra mais perto da cadeira dele.
            Estava tão cansada que nem mais argumentar eu queria, e deveria ter lembrado que a preguiça é inimiga da razão ( da perfeição também, mas nesse caso, é da razão mesmo).
            Quando eu cheguei a cadeira para mais perto, eu vi que ele chegou para o lado, mas não rápido o bastante para impedir o que ele faria: passar o braço por trás de mim a fim de alcançar a minha mão com a dele, resultado: eu estava praticamente sendo abraçada por trás pelo Way, que agora segurava as costas da minha mão na dele.
            -EI! O QUE É ISSO?
            - O seu problema não é só relaxar a mão, você é muito bruta...
            -EI!
            -...desenhando – completou para mostrar que não estava me ofendendo. – Você tem que ter movimentos mais leves e menos precisos.
            Depois de ainda me abraçar por trás e me chamar de bruta, ele ainda apoiou o queixo no meu ombro esquerdo,descansando a cabeça. Eu numa tentativa de tirar a cabeça dele de lá, levantei o meu ombro bruscamente.
            -Se você fizer isso de novo, eu te mordo.
            -Morde nada...AI!
            -Eu disse... – ele falou depois de ter mordido o meu ombro de leve.Agora é sério, qual é o problema desse cara?
            -Como você quer que eu desenhe com uma coisa em cima de mim?
            -Primeiro: eu não estou em cima de você, segundo: muitas fariam de tudo para estar onde você está agora. –ele disse com um sorrisinho.
            -Ainda bem que você reconhece que eu não sou uma delas. – eu disse o encarando.
            -E é por isso que é você que está aqui.- aquele sorrisinho que nem era tão visível, se tornou em um sorriso sarcástico e irritante.
            Foi só aí que eu reparei: não era só a atmosfera da casa que estava estranha; éramos nós dois.Não tínhamos brigado, estávamos até nos dando bem, mas o pior de tudo foi que eu gostei de não ter me irritado. Eu gostei de ficar daquele jeito com o Way, e não era só pelo fato de estar um frio da coisa e ele ser quentinho, eu estava gostei de ter sido abraçada pelo Way. Aquela, com certeza, não era a Lyla que eu até então conhecia, não era a Lyla que pensava que namorar era idiotice, era uma Lyla talvez....sozinha?
            A gente ficou se encarando durante um bom tempo, até que meu cérebro me mandou uma mensagem bem clara: PERIGO! GERARD WAY SE APROXIMANDO!!!!AUTODEFESAS ABATIDAS, NÃO HÁ COMO ESCAPAR DO INIMIGO!Pera aí... você quer escapar do inimigo?
            -Er...- eu falei a única coisa que me passou pela cabeça, já que nada se passava pela minha cabeça naquela hora a não ser o fato dele estar cada vez mais perto- perigo... ops! Quer dizer...parou de chover! – eu falei virando bruscamente para o lado para apontar a janela.
            -Ah sim, claro – ele falou totalmente desconcertado mexendo rapidamente nos cabelos e se levantando.- eu vou avisar ao Mikey que a gente vai sair. – falou pegando o casaco. Eu confirmei com a cabeça.
            Ele abriu a porta e começou a sair, quando se lembrou de algo para dizer e deu um passo pra trás:
            -Er... Lyla...bem...- pensou mais um pouco e finalmente falou- ah, deixa pra lá.
            Ele saiu fechando a porta que estava na minha frente.


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