O My Chemical Romance entraria em turnê. Tinha duração de um ano, mas apressaram para oito meses.

 Eu já havia assinado um contrato para um mega evento que aconteceria no mesmo período em Detroit e não poderia desfaze-lo. Mas não iria ficar muito tempo sem ver Gerard, por causa da rota que incluía New York bem no meio do período. Não fazia o menor sentido, mas pelo menos eu o veria.

 Uma semana antes de partir, Gerard estava com um comportamento estranho. Estava misterioso, mas de um jeito descontraído, como se guardasse um segredo. E guardava.

 Na vépera do temido dia, saímos para jantar. Era um pouco difícil comer com todas aquelas pessoas olhando e algumas até vinham pedir autógrafo pra ele, uma verdadeira falta de bom senso. Mas, em meio a essas perturbações conversamos e fizemos um voto "Ninguém iria beber demais e nem saír com outra pessoa". A segunda parte foi ele que acrescentou, pois eu confiava nele e além disso sabia que ele não me trairia.

 Fomos embora e passamos a noite inteira juntos, conversando e nos 'divertindo'. Eram 6h da manhã quando fomos ao aeriporto.

 Todos estavam reunidos: a família Way, alguns parentes e amigos dos garotos, uma verdadeira festa. Ou não, porque do jeito que Donna chorava parecia mais um velório. Enfim me despedí de todos e por último do Gerard:

 _ Liz, você prometeu agora tem que cumprir o acordo! - Disse segurando meu rosto.

   _ O que?

   _ O juramento! Já esqueceu?

   _ É claro meu amorzinho.

   _ Então tchau, minha noivinha querida. - E me lascou um beijão.

   _ Espera aí, minha noivinha? Gerard você esta louco? - Ele tirou uma caixinha da Tiffany's do bolso. OMG!

   _ Pra mim nós já eramos noivos, mas se você precisa dum anel para comprovar. - Ele pois um lindo anel de diamantes no meu dedo. - Então, você me quer te enchendo o saco pro resto da vida?

  _ Sempre e pra sempre! - Não segurei o choro.  Aquilo foi tão bonitinho! Quando terminei minha frase poética todos se uniram em um 'own...' e bateram palmas.

 As pessoas que passavam ficavam olhando curiosas para descobrir o que estava acontecendo. Até que um grupinho de líderes de torcida o reconheceram e ficaram loucas.

 Então eles foram correndo até avião, antes que a multidão os alcançasse. Eles deram tchauzinhos e mandaram beijinhos para nós, que já estávamos vermelhos de chorar. Eles também estavam chorando, e Gee fez um sinal de coração com as mãos.

 Eu o amava.E posso dizer que ele também me amava.

 Até o momento.