Entrei no Acampamento Meio-Sangue.
Estava com medo, pois não conhecia ninguém, na verdade eu não sabia de quase nada da vida dos Deuses. Encontrei Quíron, e ele disse para mim ficar no chalé de Hermes, porque é aonde todos que chegam ficam. Instalei-me lá, e Quíron me chamou para o jantar, sentei com meus ‘colegas’, e comecei a comer. Vi todos jogando suas comidas no fogo e pensei: “Eles são loucos? Jogarem a comida toda no fogo?”. Mas não comentei com ninguém, com medo de parecer idiota.
E de repente, eu o vi, não sabia qual era o seu nome, nem de que chalé era, mas sabia que era alguém especial. Fiquei olhando para ele, até que nossos olhares se encontraram, senti meu rosto corar e desviei o olhar. Terminamos de comer, estava indo para meu chalé quando alguém bate em mim, era ele. Ficamos nós olhando um bom tempo, até ele me perguntar.
- Qual é o seu nome?
-Lizzie. - Respondi meio sem graça, ele continuou me olhando e decidi perguntar.
- E qual é o seu nome?
- Nico di Angelo. - Ele demorou a responder, achei isso estranho e encarei-o. Ele se sentou numa pedra que estava do seu lado, sentei também. Ficamos contemplando as estrelas, como ele era lindo. Seus cabelos eram pretos, seus olhos eram escuros, e então ele fez uma coisa que me surpreendeu, ele segurou minha mão. Fiquei olhando para ele, de olhos arregalados. Então ele falou uma coisa que me surpreendeu ainda mais.
- Você é muito linda, Lizzie, sabia disso? – E sorriu para mim. Sorri também e senti meu rosto corar, depois de algum tempo de mãos dadas, percebemos que já era tarde e decidimos voltar para os nossos chalés.
- Até amanhã, Lizzie. – E meu deu um beijo na bochecha e saiu. Devo ter ficado lá horas, quando olhei para o céu ele já estava azul claro e fui para o chalé tentar dormir.

Acordei com um barulho de batida na porta, estava de pijama ainda, mas não liguei e abri a porta. Quando eu vejo quem é, dou um grito.
-Olá! – Era Nico, e ele deu sorriso. Quando ele viu a roupa que eu estava começou a dar risada. Olhei para ele com uma cara feia e ele parou.
-Nico não tem graça, sai daqui, deixa eu me trocar! – E empurrei ele para a porta. Tranquei a porta e comecei a procurar uma roupa, puis uma calça jeans e uma blusa azul e um tênis. Abri a porta, Nico estava sentado no jardim. Passei reto e não olhei para ele, senti alguma coisa me segurando, era sua mão. Ele levantou, me abraçou e sorriu , fiquei olhando para ele.
-Nico, o que você está fazendo? – tentei falar direito, mas não consegui e ele percebeu que eu tinha gostado do abraço, e me abraçou de novo. Fiquei abraçada com ele, ainda bem que ele não estava me vendo, estava sorrindo e devia estar muito vermelha. Mas não liguei, e dei um beijo em sua bochecha e ficamos abraçados um bom tempo.