True Tears escrita por Ane Viz


Capítulo 19
Capítulo 18: Entrando no jogo ou não?


Notas iniciais do capítulo

No último capítulo:

Eu sorri e a frase de Gina surgiu em minha mente: “Fazer ciúmes. No jogo do amor vale tudo.” Draco queria brincar e eu seria uma concorrente a altura. Não iria deixá-lo me enganar. Ele queria jogar, mas esqueceu-se de um pequeno detalhe. Neste jogo, no jogo do amor, dois podem brincar. E eu não entraria para perder. Vamos ver como ele reagirá. Porque eu sei que vou conquistá-lo. E provar que posso ser a melhor. É hora de colocar as cartas na mesa.

~~ * ~~
Ah, feliz 2011 a todos!Espero que este ano seja incrível para todos nós!E que possa contar com a companhia de vocês!

Boa leitura!



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Capítulo 18: Entrando no jogo ou não?

Draco´s Pov:

       Após sentar em minha mesa não consegui tirar meus olhos de cima de Granger. E pude vê-la sorrindo. Algo em minha cabeça me alertou para tomar cuidado, mas tratei de afastar esta impressão. Ela é a santa Granger, ou melhor, a sabe-tudo sei que não fará nada. Já eu... Bom, vamos ver como vai ficar. Comi rapidamente dando respostas curtas ao Blásio que me olhava de forma engraçada.

      Não iria falar nada para ele, claro!Apesar de tudo sou um Malfoy e orgulho é algo que sempre terei. Sem perceber deixei a mesa da sonserina sem falar nada. Caminhei pelo castelo e fui parar na biblioteca. Estreitei meus olhos e franzi o cenho ao constatar isto. Garota idiota! Resmunguei para mim mesmo ainda que eu saiba que não é culpa dela não sair de minha cabeça.

      Tudo por culpa daquele maldito beijo. Argh! Ela nem sabe que fui eu. Deve achar que foi o cicatriz. Apoiei minha mão na maçaneta da porta de entrada da biblioteca. O que eu estava fazendo? Durante os sete anos na escola eu fui lá poucas vezes. E mesmo assim somente tornei minha presença freqüente para tentar resolver o problema dos armários sumidouros. Outra vez agi sem pensar e entrei sem hesitar.

      Andei pelas estantes e parei numa dos fundos. Fitei várias lombadas de livros vendo se algo poderia me interessar e soltei uma risada cínica. Não, nenhum iria me agradar. Ouvi a porta abrir-se delicadamente e escutei sons de passos aproximando-se das estantes do fundo. Ergui meus olhos e com satisfação vi quem estava ali. Senti-a parar por um momento e respirar fundo. Teria ela me visto aqui?

     Logo tirei esta ideia de minha mente e continuei seguindo seus passos com meus olhos. De uma forma totalmente estúpida me parecia ser interessante tudo o que ela fazia. Quando decidi sair do meio da estante onde estava escorado o barulho de livros caindo no chão chamaram minha atenção. Vi mais um par de sapatos e uma mão recolhendo o livro. Ao mesmo tempo em que eles dois se ergueram me levantei para ver o que aconteceria.

       Observei Maclaggen entregar os livros a Hermione e ela agradecer dando-lhe um sorriso discreto. Estava totalmente impressionado com a atitude dela. Ele não fez nada demais. Simplesmente pegou a droga dos livros. Qualquer um faria isto. Quero dizer qualquer “amiguinho” dela. E por Merlin porque não consigo desviar meus olhos da direção deles?

Afastei por alguns segundos, mas logo fui traído por mim mesmo. Voltei a fixar-me naquela cena ridícula. Senti-me irritado ao ver aquele idiota sorrir de canto para Hermione. O coitado achando que estava sendo espetacular e um som se deboche escapou por meus lábios antes que eu tivesse consciência de tal ato e como não tinha mais jeito a situação era completar.

-Tsc tsc Maclaggen. – Eu falei saindo de onde acompanhava o teatro de circo.

Por um segundo achei ter visto um sorriso no rosto de Granger, mas o que seria tão engraçado? Ignorei o pensamento sem sentido e sorri cinicamente para ele. Estava voltado somente para o Córmaco que me olhava irritado. O que? Ele achou que atrapalhei o “incentivo” da Granger? Ri sarcástico e ainda com um sorriso nos lábios comentei.

-Esplendido como se contenta com pouco Maclaggen.

Mal as palavras haviam saído de minha boca me arrependi ao ver a expressão dela. Seu rosto aparentou que ela estava chateada e depois uma careta surgiu. Rapidamente como se não quisesse que eu notasse a importância dela ao meu comentário. Depois como se nada tivesse acontecido ela falou calmamente e manteve uma fachada de quem não se importa com nada, mas eu sabia que não era a verdade.

-Obrigada Córmaco você foi muito gentil.

Aquele comentário me irritou mais do que deveria. Afastei meus olhos e ouvi a porta sendo batida. Achei que ambos tinham ido embora, mas estava enganado. Ela permanecia parada e agiu como se não estivesse me vendo. Não me dando atenção. Na verdade dava-me a impressão de não se importar se eu estava ali ou não. Sua atitude em seguida me surpreendeu. Não que isto nestes últimos não tenham se tornado ações corriqueiras.

Ela voltou a sentar-se na cadeira a minha frente e cruzou as pernas fazendo sem querer, eu acho, que sua saia subisse um pouco. Involuntariamente meus olhos acompanharam o movimento e tratei de afastá-los de lá. Vire-se agora! Ordenei-me irritado. Ninguém deve saber da confusão de meus pensamentos. Muito menos a razão dela. Com um pouco de força eu consegui e fitei a estante.

     E ainda assim não era o suficiente. Podia sentir meus olhos me desobedeceram e se moverem furtivamente em direção aonde não devia. Antes de falar ou fazer algo que me arrependesse tomei uma atitude. Eu me virei de costas para ela e analisei a situação. Sua saia era longa e nunca havia feito aquilo. Será que tinha diminuído o tamanho da saia? Não que fizesse diferença para mim.

Discretamente me virei e como se ela soubesse que estava olhando-a descruzou a perna calmamente e cruzou a outra. Engoli em seco e me dirige a porta sem pressa. Não ia deixá-la pensar nenhuma bobagem. E ela também não pensaria não tinha um motivo. A minha situação estava pior do que pensei. Mas uma coisa era certa não a deixaria perceber o quanto mexia comigo. Pelo menos... Por enquanto.

      Ao sair de lá e fechar a porta eu pude respirar normalmente. Voltei a caminhar sem pressa. Tentando entender o que havia acontecido. Ela estava me provocando? Não, não! Impossível! Desta vez fui direto para o salão comunal da sonserina e depois para meu quarto. Minha cabeça girava e nada fazia sentido. A noite passou rápida e logo tinha de levantar. Dormi a noite inteira, mas não me senti descansado. Havia somente pensando no acontecido.

E a única coisa que conclui depois de finalmente abrir os olhos e saber que não teria mais tempo para dormir era que talvez o jogo ficasse mais interessante. Mesmo que inconscientemente ele tivesse pequenas atitudes para chamar minha atenção. Podia ver que cada momento o jogo tornava-se mais real, porém é hora de ir aos poucos. Por enquanto quero descobrir se foi proposital ou não. Eu descobrirei se ela entrou no jogo ou não.


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Notas finais do capítulo

Oii queria agradecer a Danimuniz, Mia_kcullen, Isabreeu, Mandyh_Cullen, Amanda_Cullen98, Soul_D, Marina_sartori, Rayana mac, Pyramidsstories, Gessica, Kriss Black, Mahmalfoy, Lizzy_16, Raquel, Nathy, Bella_Love, NiaraUchirra, J-Salvatore e Rafaela saps pelos reviews.
E dizer que me sinto muito feliz em ver o número de reviews e leitores aumentar. Obrigada de coração a cada uma de vocês que faz com que eu siga em frente!

Beeeeijos e até o próximo capítulo!

P.S: Desculpem a demora. Final de ano complicado.