POV BELLA

Edward queria me tirar de perto de Dimitre a todo custo, então a ida a sua casa estava meio que proibida.

Não sei por que um sentimento de pena me invadia toda vez que ouvia Edward falando de Dimitre, ate mesmo quando eu só pensava nele. Sentia que ele era solitário.

Eu sabia que não o conhecia, e de tudo o que ele fez, o tanto que ele magoou a todos. Talvez ele realmente não merecesse a companhia de alguém. 

Mas mesmo assim o sentimento de pena não me abandonava eu só conseguia pensar que talvez ele merecesse sim a companhia de alguém, talvez todos estavam sendo duros demais com ele, talvez ele pudesse ter mudado, afinal as pessoas podem mudar, não podem?

E se ele fosse um cara legal que apenas foi para o lado errado. Isso acontece o tempo todo, pessoas boas vão pelo mau caminho, depois se arrependem e voltam.

Cadê aquela historia de segunda chance?

Tinha também aquele arrepio que eu sentia toda vez que olhava para ele, e a sensação de que ele era o “garoto problema”, mas a minha sensação podia estar errada.

Ou ele podia mesmo ser um problema, mas e se alguém o mudasse?

Só tinha a certeza que não era justo todos o tratarem daquela forma.

Mas também tinha a certeza que ninguém me escutaria ninguém ali estava disposto a dar uma chance a Dimitre.

E se eu quisesse fazer isso teria que fazer sozinha. Teria que eu mesma dar um jeito. Arranjar uma maneira de Edward me levar para sua casa, e lá falaria com ele.

Estaria correndo riscos, e também arrumaria um grande briga com Edward. Mas eu tinha que fazer isso.

Uma inexplicável força me atraia para fazer isso.

Ele me atraia.

Mas para isso precisava da ajuda de Alice, mesmo inconscientemente, ela poderia me ajudar.

Liguei para Alice determinada a convencê-la a participar do meu plano.

- Alice.

- Bellinha que bom que me ligou, finalmente se lembrou que tem uma amiga?

- A Alice, eu fiquei com saudades. Vamos passar algum tempo juntas? – Senti uma pontada, estava usando Alice e isso não era legal.

- Claro. – Consegui escutar um gritinho ao fundo. – O que vai ser? Vamos ao shopping ou o que?

- A Alice sabe que shopping não é muito a minha praia.

- Então o que?

- Eu estava pensando em uma noite de pijamas, sei que você gosta dessas coisas, eu você e Rose. – Torci meus lábios em desaprovação por não ter conseguido pensar em nada melhor.

- Pode ser na sua casa, hoje à noite. – Disse ela confirmando.

- Não Alice, aqui não ia ser legal, não tem espaço. Não pode ser ai na sua casa? – Disse cruzando os dedos torcendo para que desse certo, e ela não desconfiasse de nada. Ela ficou alguns minutos em silencio.

- Sabe que Edward não te quer aqui.

- Besteira dele. Com esse tanto de vampiro me protegendo, você acha mesmo que pode me acontecer alguma coisa?

- Na verdade não, mas é que ele não vai deixar Bella.

- Alice você só tem que fazer a ideia parecer sua, então você convence ele. Ninguém vai dizer não a você Alice.

Ela ficou em silencio novamente e conclui que ela estava pelo menos pensando na hipótese.

- Tudo bem, vamos falar com ele. Eu vou fingir que quem teve a ideia foi eu, assim ele deixa. Não se preocupe, vamos ter a nossa noite de pijamas. – Disse ela animada desligando.

Alice às vezes era inocente, e se a sorte estivesse ao meu lado ela não teria nenhuma de suas visões para desconfiar do meu plano.

...

POV EDWARD

Sai do banho, quando escutei uma batida na porta, pouco antes do meu quarto ser invadido.

- Se você vai entrar sem permissão por que se dar o trabalho de bater Alice? - A baixinha sorria animada pulando na cama de euforia.

- Edzinho, sabe que é o melhor irmão do mundo.

- Da onde você tirou essa ideia de festa do pijama? – Disse lendo a mente dela.

- É noite do pijama. – Ela corrigiu.

- Tanto faz. A Bella não vai passar a noite na mesma casa que Dimitre.

- Edward se toca, são sete vampiros contra um, acha mesmo que ele vai poder fazer alguma coisa contra ela?

- Não quero arriscar.

- Edward, por favor, eu vou cuidar da Bella, todos vamos, não vai acontecer nada a ela. – Fiquei olhando naquele rostinho de fada.

Droga, porque é tão difícil dizer não a Alice. Deve ser algum outro tipo de poder que ela tem, sei lá.

Dimitre não seria tão burro de tentar alguma coisa, ele sabia que acabaria morto, estava em desvantagem.

- Tudo bem Alice. – Disse por fim vencido. Ela pulou da cama e agarrou meu pescoço dando um beijo estalado em minha bochecha.

- Você é demais. – Disse saindo do quarto.

...

POV BELLA

- Bellinha vai ser tão divertido. – Alice falava pelo milésima vez desde que eu chegara. Ainda não tinha visto Dimitre e fiquei meio frustrada tentando imaginar onde ele estava.

 Fomos para o quarto de Alice e lá encontrei colchões jogados no chão. Pilhas de travesseiros. Esmaltes, revistas, comida e mais um monte coisas.

- Alice o que aconteceu com seu quarto.

- Dãã engraçadinha, é nossa noite de pijamas.

...

Rose estava jogada em um dos colchões com varias revistas à volta, nos contando piadas e outras coisas que lia nas revistas, já com as unhas pintadas por Alice, enquanto Alice se preparava para pintar minhas unhas, que depois de tanto insistir eu acabei deixando.

A musica estava um tanto alto. E metade da comida já tinha ido embora.

Alice começou o trabalho em minhas unhas e parecia bem concentrada.

- Sabe Alice, não vi Dimitre, onde ele esta?

- A não se preocupe, não precisa ter medo, Dimitre foi caçar com Carlisle, e só volta amanhã. – De repente senti como se tivesse sido jogado um balde de água fria em mim. Meu plano fora por água abaixo. A não ser que..

- Mas ele volta amanhã cedo?

- Não, deve voltar quase à noite.

- Ah escutem essa piada, é sobre uma loira que... – Rose começou a contar a piada alheia a tudo.

Ok precisava de um plano B. Não adiantava me descabelar. Eu certamente iria embora pela manhã. A não ser que eu prolongasse meu tempo aqui.

Depois da aula arranjaria um jeito de Edward me trazer de volta.

Poderia pedir a Edward para passar a próxima noite aqui, com ele, já que não tivemos um tempo juntos essa noite. E se eu insistisse muito, ele não iria recusar. E enquanto Edward dormisse, eu... Bom, na verdade nem eu mesma sabia o que fazer. Isso nunca daria certo, nem sei como me aproximar dele. Não tinha um plano

Eu tinha que desistir, mas não queria desistir. Eu queria prosseguir, queria saber sobre ele. Queria chegar perto dele ao menos para saber qual seria sua reação...

Amanhã eu veria o que fazer. Essa noite meu plano já havia dado errado, e a única solução era curtir.

- Prontinho. – Disse Alice soltando minhas mãos. Olhei para as minhas unhas muito bem feitas, e pintadas de um tom de rosa bem claro.

- Alice eu disse nada de Rosa. – Disse torcendo os lábios.

- Ah esse é bem clarinho. – Disse fazendo beicinho.

- Olha essa é sobre um caipira... – Rose começou a contar a piada morrendo de tanto rir.

...

Não consegui me concentrar na escola, imaginando o que faria.

- No que você esta pensando Bella? – Edward me perguntou durante uma aula.

- Vamos dormir na sua casa hoje.

- Melhor não Bella.

- Ah Edward vamos. Sabe que não vai me acontecer nada.

- Bella. – Ele tentou argumentar mais eu o interrompi.

- Só essa noite.

- Você venceu, só essa noite.

...

Depois da aula fui para casa, Edward me prometeu que me buscaria assim que anoitecesse.

Fiquei o dia inteiro pensando no que eu faria. Quando chegasse lá, como daria um jeito de me aproximar.

Pensei em varias alternativas, mas nenhuma parecia que iria dar certo. Acabou anoitecendo sem que eu percebe-se. Edward logo viria me buscar.

Então corri para tomar um banho quente. Coloquei um vestido, assim que terminei de me arrumar escutei a buzina de Edward. Desci as escadas correndo mal me despedindo de quem estava na sala.

Edward estava encostado no carro. Com uma calça jeans escura, uma camiseta branca e um casaco jeans. Estava com a cabeça baixa, mas quando me viu deu aquele sorriso torto que me tira o folego. 

Cheguei perto e ele enlaçou minha cintura. Beijou minha orelha e sussurrou:

- Linda.

   Sorri, enquanto ele abria a porta para mim, logo ele estava ao meu lado. Dirigiu em silencio.

Chegamos a casa e ela estava um tanto silenciosa. Tremi pensando que ele poderia não estar ali novamente.

- Onde estão todos?

- Por ai. A maioria lá em cima em seus quartos. – Fique pensando se Dimitre fazia parte dessa maioria.

Subimos e fiquei parada no meio do quarto enquanto Edward fechava a porta. Parecia uma eternidade desde que eu tinha estado ali.

Então ele veio cauteloso e pousou as mãos, uma de cada lado, em minha cintura.

- Você esta bem? Parece nervosa, ou preocupada. – Disse olhando bem fundo em meus olhos. E por um minuto o mundo parou.

- Estou bem. – Consegui responder, recuperando os últimos vestígios de força que sobrou em mim depois daquele olhar.

- Não vai me dizer no que esta pensando? – Sorri meio sem graça. Era desconcertante ter que desviar desse tipo de pergunta de Edward. Ele deu aquele sorriso torto e depois inclinou sussurrando meu ouvido – Tudo bem não precisa me contar.

Meio que acabando com as minhas forças, ou pelo menos o tanto que restou.

Desceu do ouvido para o meu pescoço aos beijos, fazendo a trilha já traçada, conhecida somente por ele, do meu pescoço ate meu queixo.

Aproximou sua boca da minha, e quando pensei que ia me beijar, sussurrou:

- Eu te amo. – O seu hálito encostou em meu rosto, fazendo meu corpo todo se arrepiar. E sem consegui controlar soltei um gemido mudo.

Ele riu e me beijou, aquele beijo quente, que estava deixando minhas pernas bambas e começava a me faltar o folego.

Suas mãos em minha cintura me puxavam para mais perto, colando meu corpo ao dele.

Ele foi me empurrando ate estar imprensada contra a parede, me fazendo suspirar fundo. Sentindo todo o seu corpo.

Suas mãos me seguraram firme e me levantaram. Contornei sua cintura com minhas pernas. E fui logo tratando de tirar sua blusa. E assim que me livrei dela, passei minhas mãos de seu peito ate suas costas sentindo toda a textura e frieza de sua pele.

 Ele mordiscava meu pescoço enquanto passava as mãos em minhas coxas subindo o meu vestido. E eu apenas sentindo aquela mistura de sensações.

Ele tirou meu vestido me deixando apenas de calcinha e sutiã. E aquela ansiedade crescendo dentro de mim.

E parecia que qualquer tempo de espera, era uma eternidade.

- Bella. – Ele disse meio que entre um gemido.

- Hum.

- Louco. É assim que você me deixa, louco. – Disse ofegante, rouco, quase sem voz.

Me carregou ate a cama, me deitando com cuidado. Antes de vir se deitar também, retirou a calça a jogando longe.

Deitou em cima de mim com seu peso, que não era nada incomodo, pelo contrario, era perfeito.

Me segurou pelos pulsos, colocando meus braços acima de minha cabeça, enquanto me beijava novamente. E só parou quando ambos estávamos sem folego. Começou a descer aos beijos por meu pescoço, alcançando meus ombros. Continuou a descer por entre meus seios, ate minha barriga. Deu um chupão em minha barriga tão forte que com certeza ficaria a marca, mas eu não me importava. Por que a sensação de Edward, tocando, beijando meu corpo era inexplicável.

Então subiu novamente beijando meus seios, delicadamente, e aos poucos começou a mordisca-los, e suga-los. E eu sentia calafrios percorrerem todo meu corpo.

Não conseguia controlar os gemidos, que escapavam de minha boca involuntariamente.

- Edward, eu quero.. – Supliquei.

Ele se colocou as mãos na lateral da minha calcinha, e começou a abaixa-la. Sua mão passando por minhas pernas, deixando rastro de fogo onde tocavam.

Tirou a boxer azul claro que usava e voltou se a deitar. Encostou a boca em minha orelha

- Linda. – Sussurrou, sugando o lóbulo de minha orelha logo em seguida.

Senti ele em minha entrada, e soltei um suspiro alto. Pressionei os dentes nos lábios para não gemer.

- Edward, por favor. – Pedi como se ele estivesse me torturando. Mas de certa forma era uma tortura.

Ele sorriu malicioso, e começou a deslizar para dentro de mim. Contornei sua cintura com minhas pernas o puxando para mais perto. E conforme ele ia entrando aquela onda de prazer começou a se instalar em meu corpo. E para não gritar eu mordi seu pescoço, enquanto gemidos abafados saia da boca de Edward. Ele apertava todo meu corpo, forte, com uma força que deixaria marcas com certeza. Apertava braços, seios, coxas e todo canto que sua mão pousava.

Então deslizou de uma vez só, entrando totalmente dentro de mim. Ofeguei, o grito que se preparou para sair da minha boca, morreu nos lábios de Edward, que tomou os meus com força.

Comecei a mover meus quadris de encontro ao seu. Sentindo prazer. No quarto todo podia se escutar nossos gemidos e suspiros.

- Bella. – Ele sussurrou ofegante.

E eu senti que chegava ao máximo, ao ápice. E os tremores começaram a tomar conta do meu corpo. E senti Edward tremendo também. Ele passou os dedos entre os meus, fechando nossas mãos juntas. Então chegamos ao clímax, um logo depois do outro.

Enquanto minha respiração voltava ao normal. Edward permanecia dentro de mim. Passei a mão por seus cabelos acobreados, grudados na testa pelo suor. Percebi seus olhos se fechando.

- Eu te amo. – Sussurrei, enquanto ele ainda estava acordado.

- Eu sei. – disse sorrindo convencido. – E eu te amo ainda mais. E eu to com sono. – Disse por ultimo me fazendo rir.

- Pode dormir meu amor. – E seus olhos já se fechavam.

...

Fiquei deitada com Edward por um tempo, mas não consegui dormir. Tirei seu braço de cima de mim, e levantei. Me enrolei no lençol. E fui para a varanda.

A noite não estava quente. Tinha um vento gelado que toda vez que batia no meu rosto me fazia arrepiar.

Tive uma sensação estranha, então olhei para o lado. Na varando do quarto ao lado estava Dimitre sentado com um livro na mão.

Paralisei. Ele me olhou com o seu sorriso debochado. Continuei parada, finalmente estava frente a frente com ele, mas não conseguia me mover, nem mesmo pronunciar uma palavra sequer.

- Não se preocupe amor, não vou fazer nada com você.