De Repente Acontece... escrita por tatyanee


Capítulo 30
Amigo secreto




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POV BELLA

Acordei um pouco atordoada, não sabia onde estava ou o que estava acontecendo. Não sabia se tudo não passava de um sonho.

Tentei me ajeitar e senti um dor nas costa, abri os olhos, mas não adiantou muito, era como se eu estivesse com os olhos fechados, estava vendada. Também estava amarrada, continuava com frio, o chão era muito gelado, minhas costas ardiam um pouco. Queria muito saber o que estava acontecendo.

Me lembrei de  Edward, será que eu o veria de novo? O que ele estaria fazendo agora? Estaria tentando me achar, por que Alice não conseguia ver onde eu estava? Estava sentindo tanta falta dele, lembrei da nossa noite juntos, será que foi a única?

Percebi um pequeno barulho.

- Até que enfim você acordou. Esta bem? – Por um minuto fiquei com medo, mas percebi que a voz era mas calma, as duas vozes são tão parecidas, praticamente as mesmas, só que uma calma e outra grossa.

- Não sei, acho que sim, o que esta acontecendo?

- Ele te cortou, fiz o melhor para limpar, mas eu não sou medico, não sei se ficou bom, você ficou com muito febre durante a noite toda, e também gemia de dor.

- Você cuidou de m... mim a noite toda?

- Alguém tinha que cuidar né.

- Obrigada. – Fiquei um minuto em silencio – Não vai me dizer o seu nome?

- Não importa.

- Mas eu quero saber.

- Não posso dizer.

- Tudo bem, me diga pelo menos o porque de estarem fazendo isso comigo, onde eu estou?

- Eu não posso te dizer sinto muito.

- Eles vão me matar não é? – Perguntei soltando um suspiro. Eu não podia morrer, minha mãe ficaria arrasada, e meu pai, logo agora que eu o encontrei. E Edward também ficaria triste, mas não podia acreditar no que ele havia me dito, Edward não poderia se matar, ele não podia fazer isso, só de pensar na ideia de Edward morto, mesmo que eu não estivesse mais viva, meu coração doía.

- Você não vai morrer. – Respondeu me tirando dos meus devaneios. Mas aquilo não me acalmou nem um pouco. – Você só tem que ser esperta.

- Se ser esperta significa deixar Edward, então eu prefiro morrer. Isso já é um fato, eles vão me matar.

- Eles não vão te matar.

- Vão sim. Só, por favor, se você encontrar Edward algum dia, diga a ele que eu o amo muito.

- Quer parar. – Disse com a voz um pouco alterada, quase confundi com a voz do outro homem. - Eu não sou pombo correio, e já disse que você não vai morrer, se quer falar alguma coisa a ele, vai dizer pessoalmente.

- Mas...

- Eu vou te tirar dessa.

- Como assim? – Não pude evitar de sentir um pouco de esperança. Ele iria me ajudar?

- Droga! Eu nem sei o que eu estou falando, mas não posso deixar nada te acontecer, eu vou te ajudar.

- Vai?

- Só não sei ainda como. E fale baixo, se escutarem alguma coisa estamos os dois mortos.

Escutei seus passos se aproximar. Ele arrumou minhas correntes deixando-as mais confortáveis, consegui envolver meu joelhos com os braços, e a sala ficou em silencio, ate parecia que eu estava sozinha,  mas estava consciente as presença dele ali do meu lado. Ele deveria estar pensando, ou só esperando alguma coisa, mas permaneceu ali ao meu lado. Até sermos interrompidos por aquela mesma voz infantil que escutei antes.

- Vim trazer comida para a prisioneira.

- O que você esta fazendo aqui, já disse que não pode vir aqui. – Ele disse autoritário, mas em nenhum momento grosso, ou mal educado.

- Desculpa! – Disse com a voz meiga, eu já podia a imaginar, seu rosto, queria poder vê-la, tinha que ser uma criança, nenhum adulto poderia ter aquela voz.

Ele voltou ao meu lado.

- Acho que confundiram a sua comida.

- Como assim?

- Trouxeram pedra no lugar. – Disse passando levemente alguma massa dura em meus lábios, senti o cheiro, deveria ser pão, meu estômago reclamou, muito tempo sem comer, estava faminta, abri a boca e mordi um pequeno pedaço, pude sentir cada pedaço da massa chegar ao meu estômago, mas ao contrario do que pensei a comida não foi recebida muito bem, vazio há tempo demais, meu estômago reagiu a comida com desconforto.

Mas continuei a comer, o cheiro do pão havia despertado meu apetite, estava com muita fome. Ele afastou o pão da minha boca e já ia reclamar, mas logo o pão foi substituído por um liquido, água, desceu melhor pela minha garganta, molhando minha boca, deu uma ótima sensação.

- Vou ver se encontro algo decente para você comer.

- E se “ele” aparecer? – Disse com medo. Por um estranho motivo eu me sentia muito segura ao lado dele, sabia que se aparecesse alguém ele me defenderia, tinha medo, e se fizessem algo na sua ausência?

- Não se preocupa, não vou demorar.

- Tudo bem. – Então a sala ficou em silencio novamente, mas sabia que dessa vez não havia mais ninguém ali.

Se passou alguns minutos. Então escutei passos novamente.

- Olá Isabella como você esta? – todo o meu corpo se arrepiou, a voz dele estava tão calma que quase a confundi. Mas eu sabia que era “ele”, eu sentia o perigo que vinha dele. – É falta de educação não responder os outros. Acho que estão te tratando muito bem, quem sabe não é a minha hora de cuidar de você. – Estremeci, ele iria fazer alguma coisa. – Calma Isabella, eu não sou tão ruim assim, nós podemos nos divertir, quer dizer minha diversão eu garanto, já a sua...

- O que você vai fazer comigo?

- Eu? Nada, por enquanto. E suas costas como estão? Vai ficar um linda cicatriz.

Ele ficou um tempo ali, falando comigo, dizendo coisas para me deixar nervosa, com medo, ou constrangida, e eu só conseguia pensar onde “ele” estaria, será que tinham descoberto que ele tentaria me ajudar. Por que ele estava demorando tanto.

- Você ate que é bonita Isabella, esse seu biquíni é lindo, ficou perfeito em você. – Ele se aproximou e passou o dedo em meu ombro, eu tentava me esquivar, mas não tinha para onde correr, ele foi descendo o dedo pelo vale dos meus seios até chegar em minha barriga, ele colocou a mão em minha cintura, e senti seus lábios indo do meu ombro até o meu pescoço. Comecei as me desesperar.

- Me solta, sai daqui, me solta.

- Calma Isabella. – Ele continuava a me agarrar, beijando meu pescoço, enquanto eu me contorcia fazendo o máximo para me afastar. Ele me embrulhava o estômago.

- Me solta, me larga – Comecei a falar mais alto.

- O que você esta fazendo? – Disse “ele” chegando no exato momento para me salvar.

- Só aproveitando a situação. Não se preocupe não estou machucando ela. – Disse me largando.

- Dá o fora daqui, deixa ela em paz.

- Calma “maninho” já to indo. – Disse se afastando – Terminamos isso depois Isabella. – Disse para mim e se foi embora.

- Ele fez alguma coisa com você? – Disse já ao meu lado.

- Não. Você chegou a tempo. Por que demorou?

- Desculpa tentei vir antes, mas não deu, então ele veio e eu tive que esperar, mas quando escutei você mandando ele ir embora, vim correndo.

- Tudo bem.

- Trouxe algo para você comer, foi a única coisa que consegui encontrar.

Trouxe para mais perto algo com um cheiro muito bom, era delicioso, mordi um pedaço e senti a textura a macies, era algo tão fofo, tinha um leve gosto de laranja.

- É um pedaço de bolo de laranja. Espero que você goste.

- Esta ótimo. Obrigada.

- Arranjei um jeito de te tirar daqui, mas você tem que prometer que vai colaborar, e fazer tudo, absolutamente tudo, que eu mandar. – Acenei com a cabeça. – Se eu pedir para ficar quieta?

- Eu vou ficar.

- Se eu pedir para correr?

- Eu vou correr.

- Ótimo, vamos esperar.

Ficamos ali ate que me lembrei de algo.

- Quem era a garota que me trouxe o pão?

- Sabe que não posso te contar.

- Ela parece ser bem nova.

- É quase uma criança. Não gosto que ela fique aqui.

- Você se preocupa com ela?

- Eu não me preocupo com ninguém, a não ser eu mesmo. – Sabia que ele estava mentindo, a forma como ele falou com ela, e modo como disse que ela é quase uma criança, mostrou preocupação. E nesses últimos momentos ele tinha dado demonstrações de sobra que se preocupa comigo.

- Mas ela é vampira não é?

- É sim, mas foi transformada muito nova, não lembra de quase nada sobre a vida dela antes, foi difícil faze-la se controlar, como eu disse, ela é quase uma criança, não sabe de nada.

- E “ele”? Vocês são amigos?

- Você quer dizer o idiota que estava te perturbando? – Fiz que sim com a cabeça. – Ele não é nada meu. Só dei azar de conhece-lo.


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Notas finais do capítulo

Como sempre demorei, e muito. Peço desculpas. Mas estou muito sem tempo, acordo cedo e saio de casa, e só chego tarde, e tenho que cuidar da casa, e dos deveres da escola, trabalhos e etc. Mas consegui arranjar um tempo essa noite e escrevi esse capitulo. Vou tentar escrever o proximo logo, por causa do feriado.
O que acharam do capitulo? Espero que não tenham ficado chateados com a minha demora, mas espero que entendam que é bem dificil.
Ainda não respondi os reviewns do cap passado, mas respondo antes de postar o proximo.
Por favor deixem reviewns...
Beijos =*