Mansão Shouthvill escrita por Cleyson


Capítulo 4
3ª dia- Visões [parte 2]


Notas iniciais do capítulo

Limpando a poeira, afastando as aranhas... Pronto !!
Peço desculpas a todos os meus leitores pela demora, mas não estou em condições de postar os capiutlos.... estou sem pc sem internet.... a vida é dura gente... mesmo com essas dificuldades eu consegui escrever esse capiutlo.. tá pequeno mas conforme um tempo os capitulos vão aumentando!!! Agradeço a Leitura Abraços...



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Acordei naquela manhã mais uma vez ao som dos latidos do cão de Laura, porém agora não fiquei com raiva, afinal, são apenas latidos. O relógio marca 07: 30 am, até que não acordei tão tarde hoje, nas férias costumo sempre acordar tarde, mas com tudo o que está havendo, não sinto a mínima vontade de dormir, aliás, essa noite não tive nenhum pesadelo, pelo menos isso.

Retiro o edredom de cima do meu corpo e tento criar coragem para conseguir levantar, logo percebo o quanto ele faz falta, hoje amanheceu frio demais. Engraçado, não parece, será que estou com febre? Bem, nada que um bom banho não resolva.

Levanto-me com um pouco de dificuldade, o que está acontecendo comigo hoje? Mesmo com o peso dificultando cada passo dado, prossigo em direção ao banheiro, onde percebo que a porta já está aberta. Estranho, não me lembro de ter acordado à noite. Entro e faço minhas necessidades básicas.

(...)

Após um banho quente, sinto meu corpo voltar ao normal, inclusive a escassez do frio. Ao abrir a porta do quarto encontro minhas duas irmãs ainda de pijama, brincando com uma espécie de joguinho de cartas.

-UNO! – Gritou Carly. – Vou ganhar. – Completou.

-Vai não. – Resmungou Suzan, enquanto comprava uma carta. –Passei, vai. – Falou desanimada.

-Ganhei! – Comemorou Carly.

-Acho melhor falarem mais baixo, ainda tem alguém dormindo? – Indaguei.

-Não. – Respondeu Suzan, ainda desanimada com a derrota.

-Vão se trocar, estou sentindo cheiro de café. Rápido, acho que já chega por hoje. –

-Sim. – Gritaram as duas juntas, enquanto corriam corredor a frente.

Desci as escadas animado com o cheiro que vinha da cozinha, ao chegar encontro Laura e meu pai saboreando aquele maravilhoso misto quente. Meus olhos brilharam ao ver aquele queijo derretendo e caindo sobre o pequeno prato onde estava a me enfeitiçar.

-Eu fiz um para você. – Interrompeu-me Laura de meu transe.

-Sim, estou faminto. – Respondi empolgado.

-É, eu vi como você me olhou quanto estava comendo. – Brincou ela rindo para mim e entregando-me outro prato com misto quente. Agradeci dando-lhe um sorriso torto.

-Parece que vocês estão se dando bem. – Disse meu pai, enquanto lia seu típico jornal da manhã.

-Me passe o suco, por favor. – Pedi a ele, tentando mudar de assunto.

-Claro. – Respondeu ele. Não demorou muito e Claire e Suzan desceram, não perdendo tempo e devorando suas duas tigelas recheadas de cereal com leite.

-Meninas, quando terminarem, subam e vistam-se. Vamos dar uma volta. – Falou meu pai. Elas apenas confirmaram fazendo um sinal com a cabeça.

-Você vai fazer isso por bondade, ou só está tentando escapar daquela enorme pilha de louça? – Disse Laura enquanto apontava para a pia repleta de panelas, pratos, talheres e mais coisas.

-Opa! Acho que meu celular está tocando. – Gritou meu pai fingindo não ter ouvido nenhuma das palavras de Laura.

-Sei. –

Eu já havia acabado meu café da manhã e minhas irmãs já haviam subido junto com meu pai, que correu para atender o suposto telefonema. O silêncio permanecia no local, eu tinha vontade de puxar assunto, mas a vergonha era maior. Eu e ela nunca fomos íntimos.

-Você teve mais visões esta noite? – Sussurrou ela quebrando o silêncio.

-Acho que não é hora para falarmos sobre isso, meu pai pode descer a qualquer momento. –

-Tudo bem, mas assim que ele sair, você não escapa. –

-Ok. – Disse meio sem jeito.

-Bom, já que você acabou, vou colocar a louça suja na pia. –

-Eu ajudo. –

-Olha, vejo que achou alguém para me substituir. – Ironizou meu pai.

-É, parece que ele é mais corajoso que você. – Brincou Laura.

-Vou fingir que não escutei isso, estamos indo. – Disse ele segurando as mãos das duas pequeninas que desceram sem eu ao menos ver. –Voltamos antes do almoço. – Completou meu pai.

-Tchau. – Falei enquanto sumiam pela porta da sala.

-Então, vai me ajudar ou não a lavar isso? –

-Acha que sou seu empregado?... Tô brincando, vamos lá. –

-Acho que agora é o momento certo, você pode responder minha pergunta? –

-Mas não foi você mesma que disse que eu deveria estar apenas imaginando coisas? –

-No começo sim, mas depois eu refleti e resolvi falar com você. –

-Não, pelo menos esta noite, nada de vocês, nem visões. –

-Espera aí, vozes?! Você não me contou que estava ouvindo coisas. –

-É, eu escuto com frequência uma pessoa dizendo “mate-a, mate-a, mate-a”. –

-Nossa, isso está sério mesmo. Se piorar temos que conversar com seu pai. -

-Prefiro que ele não saiba, só por enquanto. –

-Tudo bem. Será que você poderia pegar o sabão líquido que está na dispensa para mim, por favor? –

-Certo. –

Subi as escadas pensando se eu deveria contar ao papai, acho que ainda não pode ser minha imaginação. Cheguei ao corredor e abri a primeira porta. Eu nunca tinha entrado neste lugar, escuro, com apenas uma janela e poucas prateleiras nas paredes, e havia um ventilador no teto. Deverei ser um quarto de menina, afinal as paredes são rosa. Liguei a luz e o ventilador, que ao girar derrubou um quilo de poeira em meus cabelos. Os sacudi até ficarem completamente limpos e prossegui a procura do sabão liquido, mas logo algo me interrompeu, as luzes piscaram, o ventilador parou, até que as luzes desligaram-se de vez. A única porta se fechou com força, assim como meus olhos. Tentei ficar calma e corri até a porta, forçando-a para abri-la, porém todo o esforço estava sendo em vão, a porta nem sequer se mexeu.

Respirei fundo e virei em direção à janela, onde corri para tentar abri-la com mais esforço. Enquanto o desespero tomava conta de mim, eu mais uma vez presenciava outras das cenas traumatizantes; uma garota morta, enforcada, uma corda presa em seu pescoço e outra ao ventilador. Pensei comigo, Este quarto era seu, mas por que se suicidou?

Logo a resposta veio até mim, ela abriu seus olhos vermelhos e apontou para a janela, onde vi o rosto daquele homem novamente. Sua expressão era inexplicável. Eu permaneci imóvel, até que ele abriu a janela e pulou para dentro, ficando assim a poucos metros de mim.

Ele parou e ficou a me encarar, seus olhos me faziam estremecer de medo. Em segundos ele sacou uma arma e atirou contra a cabeça da garota, provocando um enorme buraco em sua testa. O sangue espalhou-se por todo canto, inclusive sobre minha camisa. Sem reação, eu me joguei ao chão caindo sentado e de olhos fechados. É tudo um sonho, pensava comigo mesmo.

O silêncio tomou conta do local, dava para se ouvir apenas as gotas de sangue caindo no chão, foi então que abri meus olhos e percebi que aquele homem estava agora em minha frente, apontando a arma em direção a minha cabeça. O disparo e a dor insuportável foram tudo o que senti, com a visão negra, não pude resistir e entreguei-me a total inconsciência.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer a uma grande amiga minha... *-* Raquel obrigado por digitar e betar esse capitulo !! te agradeço mesmo!! E ai galera o que acharam? tá pequeno né??? desculpa.... espero que consigam me entender!!! AGradeço a leitura ab~raços..