Olhe para as Nuvens de Chuva escrita por TheRainCloud


Capítulo 7
Embrulhado Para Presente!


Notas iniciais do capítulo

Oooih, Toshyuki! Você tinha mesmo que interromper?



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       Naquela ocasião quase inventara motivos para distanciar-se da mulher que o amava, mas, agora, fosse o que fosse, não tinha como, nem queria, deixar de ouvir o que ela queria contar-lhe.

       --Yakusoku, você está me ouvindo?

       --Sim, estou – ele respondeu, olhando para ela meio que de repente, assustando-a um pouco com seu olhar cor de relâmpago.

       --Ah... parecia que você estava perdido em outro mundo...

       --Desculpe-me, eu me distraí... Não vou fazer de novo, por favor, continue, Keiko.

       --Bem, o que eu quero lhe dizer é que... eu sinto algo por você. Algo que é um pouco diferente de amor, mas que não me deixa parar de pensar em você. É como se eu o conhecesse há muito mais tempo, apesar de nós nem nos vermos tanto... Ah, você deve estar me achando louca... – ela desviou os olhos para outro lado.

       Alguma coisa no modo como ela falou fez Yakusoku lembrar-se de seu sonho. Keiko aparecera, mas ele a chamara por outro nome, um nome que vinha tentando esquecer havia muitos anos... Aya... A única criatura que conseguira tomar para si seu coração.

       Agora, olhando para a moça, percebia como Keiko era parecida com seu antigo amor. Chegou até a pensar na possibilidade de as duas serem a mesma pessoa. Ele tentou reprimir a esperança que começava a tomar conta de seu peito. Não queria decepcionar-se.

       --Não, eu não acho. – disse. Queria ouvi-la falar mais, estava curioso para descobrir tudo que pudesse. – Por que eu acharia isso?

       --Porque isto que eu estou sentindo me deixa assim. Eu não sei se é verdade ou não. Simplesmente não consigo dividir minhas lembranças... Às vezes sonho com você, mas esses sonhos são reais. Eu sinto seu toque no meu rosto... – ela pegou as mãos dele e levou-as à própria face. – Ah, é assim.

       Yakusoku não conseguiu evitar: afagou o rosto dela carinhosamente, mas logo sentiu-a baixar-lhe as mãos, privando-o do doce contato.

       --Conte-me mais sobre o que você sente.

       Ela não soltou as mãos dele e só ficou olhando para seus olhos.

       --Yakusoku... Eu gosto tanto de você. Sinto sua falta o tempo todo. Tê-lo aqui é como realizar um desejo muito, muito antigo. Como se eu tivesse ficado esperando durante... séculos... ela parou. Parecia meio perdida. – Lembro-me de uma promessa. Uma promessa feita há muito tempo.

       --Promessa? – Yakusoku disse involuntariamente, arregalando os olhos brevemente. Keiko começava a assustá-lo. – Que... que promessa, Keiko?

       Só que não deu tempo de ela responder.

       --Keiko! Onde você deixou a...?

       O irmão dela apareceu de repente, sobressaltando-os. 

       Yakusoku puxou de volta as próprias mãos, pondo-as para trás do corpo, a esquerda segurando a direita com uma firmeza quase agressiva, e recuou um pouco até o peitoril da sacada, encostando-se ali.

       --Aniki! – Keiko voltou-se para ele com uma expressão zangada. – Não faça isso de novo! – ela começou a bater nele com os punhos fechados, mais de brincadeira do que de verdade.

       --Pare! – Toshyuki dizia, tentando segurar os braços dela. – Só vim perguntar onde você deixou a câmera fotográfica! Pare com isso!

       Ele era o irmão mais velho de Keiko, eles tinham no máximo três anos de diferença.

       --Tome. – a moça puxou do bolso uma câmera muito pequena, pondo-a em seguida na mão dele. – Agora está com você. Vai nos deixar em paz?

       --Ah! Desculpe, eu não sabia que você estava com seu namorado, Keiko. – ele riu de leve, olhando para Yakusoku. – Olá, como vai, Yakusoku-san?

       --Vou muito bem, obrigado. – o outro sorriu abanando a cabeça. – Toshyuki-san.

       --Vá embora, Aniki! Pare de incomodar! – Keiko o empurrava. – Já lhe dei o que queria, agora saia!

       --Está bem, Keiko, não se irrite na frente do seu namorado!

       --Aih, ele não é meu namorado! Cale essa boca! – ela começou a ficar corada. – Vá, vá, bem longe daqui!

       --Mas, cá entre nós, você bem que gostaria de um desse embrulhado para presente! – o irmão riu.

       --Ah, saia já!!!

       --Está bem, então! Tchau, já fui! – ele saiu.

       --Já vai tarde! – Keiko disse pondo as mãos nos quadris.


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Notas finais do capítulo

Acho que a qualidade está caindo. Desculpem-me se não estiver tão bom quanto parecia que ia ser. Anyway, espero que alguém tenha gostado. Estou me entistecendo com a escassez de reviews, mas vou ficar bem... Eu acho...



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