Olhe para as Nuvens de Chuva escrita por TheRainCloud


Capítulo 5
Na Festa De Aniversário


Notas iniciais do capítulo

Conversar? S-sobre algo importante? Oh, não, já sei o que vem pela frente...



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                     Na real... era só atravessar o corredor, mas... Assim mesmo ele se preocupou em ter uma boa aparência já que não levava nem presente. (¬¬”) Odiava-se por isso.

                     De qualquer forma, quando percebeu estava apertando a campainha do apartamento de Takenouchi-san, fazendo os outros ouvirem aquele som importuno que ele mesmo tanto odiava.
                     A própria aniversariante veio atender.

                     Keiko era uma bela jovem oriental de cabelos muito lisos e escuros como a noite e olhos castanhos que quase se fechavam quando ela sorria, o que sempre fazia quando via Yakusoku.

                     --Feliz aniversário, Keiko. – ele disse, sorrindo também.

                     --Yakusoku-san! – ela exclamou toda contente, apressando-se em abraçá-lo. – Que bom que você veio!

                     Quando se soltaram, ele lembrou que não levara nada para ela.

                     --Keiko, por favor, me desculpe, eu... Não trouxe algo para você...

                     --Ah, não se preocupe com isso, entre! Sua presença é a melhor coisa que você poderia me dar.

                     Havia poucas pessoas na “festa”, o apartamento era bem pequeno. Com uma olhada geral na sala, Yakusoku identificou os avós de Keiko a uma mesa, jogando mah-jongg. Os pais dela estavam lá também. ele se sentiu um pouco intruso: era o único “não-parente” da aniversariante. Por outro lado, considerou aquilo uma grande lisonja; não sabia que Keiko o julgava assim tão íntimo a ponto de convidá-lo para um evento restrito apenas à família.

                     Quando ele se sentou viu que tinha esquecido também o prato que Takenouchi-san lhe emprestara. “Ah, mas será possível?”, pensou, “Tenho sempre que esquecer tudo!”

                     Keiko perguntou se ele queria bolo, ao que parecia chegara atrasado, já tinham cantado o “parabéns a você” (“Ai, que bom que eu me atrasei, odeio festa de aniversário por causa disso!”). Ele aceitou de boa vontade (o bolo era um dos principais motivos pelos quais estava lá) e, quando  ela lhe trouxe, vendo que faltava alguém, perguntou:

                     --Onde está seu irmão, Keiko?

                     --Ele chegou um pouco antes de você. Acho que está tomando banho. Você quer falar com ele?

                     --Não, não, só vi que ele não estava aqui. – (“sinceramente, é muito mais agradável conversar com você do que com ele, acredite!”).

                     Keiko sorriu, assistindo-o comer o bolo, sem nem imaginar o que ele estava pensando. Quando ele terminou, ela perguntou-lhe se queria mais. “Obrigado, mas já estou satisfeito” foi o que ele respondeu.

                     Ela levou o prato que ele usara de volta para a cozinha e sentou-se ao lado dele novamente.

                     Yakusoku sorriu ao ver que Keiko continuava interessada em ficar junto dele.

                     --Keiko, você não precisa ficar me fazendo companhia se não quiser...

                     --Yakusoku-san, eu quero ficar aqui com você. E, já que veio sozinho, acho que merece alguma atenção, não é?

                     --Muito obrigado, Keiko.

                     --E eu gosto muito de você, Yakusoku-san. Sinto-me realmente grata por tê-lo aqui!

                     --Assim eu fico sem jeito, Keiko. Não sabia que você me valorizava tanto. – ele riu.

                     Ela retribiu-lhe o sorriso e os dois ficaram quietos outra vez. Durante algum tempo não houve assunto.

--Yakusoku-san, você quer ir a um lugar onde nós possamos conversar sozinhos? Eu quero lhe contar um coisa.

                     --Sim, sim, vamos.

                     Ela o guiou até (adivinhe!) a sacada, onde havia muito mais silêncio. Eles se debruçaram no parapeito, como Yakusoku fizera na noite anterior em seu próprio apartamento, apreciando a vista que tinham do resto da cidade.

                     --Yakusoku-san... – Keiko começou, mas ele a interrompeu:

                     --Keiko, eu não faço questão que você me chame de “san”. Pode usar só o meu nome. – disse, tentando ser gentil.

                     --Está bem. – ela sorriu – Yakusoku, preciso lhe dizer algo importante...

                     Ele já ouvira isso, tinha certeza, muito tempo atrás. Parecia que podia ver tudo aquilo acontecer de novo em sua mente...

                                    ******

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Notas finais do capítulo

Tomara que gostem!
Ah!, antes que eu me esqueça de novo, "yakusoku" é um palavra japonesa, se eu não me engano significa justamente "promessa".
O próximo capítulo acho que vai ser um pouco confuso de novo, preparem-se!



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