-Ash? Ash eu não estou bem – Edu falou tentando me sacudir para que eu acordasse.

- Ahn, o que foi? Nossa, eu dormi... – acordei meio assustada- Eu não ouvi o que você disse...

- Estou mal, não consigo nem andar direito, acho que preciso de mais remédios- explicou ele com uma voz de dor.

Eu levantei, ajudei-o a se levantar, fui até o banheiro levando-o comigo e ao chegar lá o ajudei a tirar a roupa pra entrar no banho.

- Não quero tomar banho- ele me disse parecendo uma criança birrenta. - estou cansado demais, quero tomar algum remédio e me deitar.

- Tudo bem, eu vou estar aqui, não vou te deixar só. – não sabia se essas palavras confortavam a ele ou a mim.

Depois de tirar toda a sua roupa, liguei o chuveiro na água gelada e o botei lá dentro. Ele continuou a reclamar que doía e que estava cansado demais, então decidi agir de outra forma.

- O que você esta fazendo?- perguntou ele olhando incrédulo para mim.

- Já que você não consegue tomar banho sozinho vou ter que ir ai com você- e continuei a tirar as peças de minha roupa até ficar de lingerie.

- Ash, me desculpa por isso. - disse ele com a voz quase apagada.

- Tudo bem, eu vou cuidar bem de você, fica tranquilo. – eu me envolvi em seus braços e ali fiquei por um bom tempo, deixando ele embaixo do chuveiro para que a temperatura amenizasse, comigo perto dele ele já não reclamava da temperatura da água.

Eu sei que ficar ali com ele era dar um passo em falso, eu mal havia o perdoado e já estava com certas intimidades. Eu nunca tinha tomado banho com um homem, muito menos ficado seminua perto de um. Aquilo devia ser constrangedor pra mim, mas com ele ali não eu conseguia me sentir mal.

- Ash, eu to morrendo de frio- ele disse trincando os dentes.

- Desculpe, perdi a noção do tempo- expliquei desligando o chuveiro.

- Você é meu anjo da guarda- sussurrou ele em meu ouvido, dando uma leve mordida no lóbulo da minha orelha. Nem doente ele toma jeito viu. - Ah, e eu te amo.

Virei de frente pra ele e o beijei, o beijo foi longo e doce, acho que assim deixei bem claro que era isso que eu também sentia.

- Onde está Katheriny?- perguntou ele com uma sobrancelha levantada.

- Saiu com o Beto faz umas 4 horas, ela já deveria ter chegado.

- Acho que o Beto comentou alguma coisa sobre levá-la no cinema- Edu disse rindo.

- Porque da graça?- perguntei sem entender.

- Porque tivemos a casa inteira pra nós e não soubemos nem aproveitar- ele disse e começou a botar a roupa.

- Você vai se vestir agora? – perguntei pegando uma toalha e já começando a passar no corpo dele para secá-lo. Tocar no corpo de Edu daquela forma me fazia sentir um arrepio, me dava idéias e vontades que me fazia ter duvidas se devia realizá-las ou não.

- Se você quiser, podemos ficar assim.- ele disse distribuindo beijos pelos meus ombros e dando uma mordida em seguida.

- Eduardo..- foi tudo o que eu consegui falar, meu corpo já estava rendido, eu não o comandava mais, preciso de Edu comigo, preciso senti-lo, tocá-lo.

- Você sabe que não precisa ser assim, você sabe que eu vou saber respeitar seu espaço... – Ele disse se afastando um pouco, ou pelo menos tentando porque eu não deixei que ele fizesse isso, me aproximei mais ainda e o beijei de novo, mas dessa vez de forma intensa.

 Coloquei minha mão no peito dele e fui o guiando até minha cama sem interromper o beijo, as mãos dele passeavam pelo meu corpo e a sensação era maravilhosa. Ele me deitou na cama e veio lentamente ficando sobre mim.

Nossos beijos foram ficando mais urgentes, ele desceu a boca e começou a distribuir beijos pelo meu pescoço, aquilo já estava quase me enlouquecendo... era uma sensação bem gostosa e eu cheguei a soltar um gemido de reprovação quando ele parou com os beijos e então percebi que ele estava se concentrando em tirar toda a minha lingerie ainda molhada pelo banho. Eu devia estar envergonha por me expor daquela forma para ele, mas a vontade, o desejo falavam mais alto.

Ainda estava com os olhos fechados quando senti a boca dele nos meus seios, eu arqueei meu corpo me deliciando com a sensação que estava sentindo, quanto mais ele brincava com a boca lá mais eu gostava, mais prazeroso ficava.

Ele subiu a boca para voltar a me beijar e eu consegui virar deixando-o por baixo de mim, comecei a distribuir beijos pelo peito dele, descendo em direção a barriga e ouvindo suspiros vindos dele, quando cheguei próximo a boxer que ele usava, deixei qualquer resquício de timidez de lado e fui tirando-a do corpo dele e depois voltei a beijá-lo, explorando cada lugar da boca dele com minha língua. Ele mudou nossa posição me deixando novamente por baixo dele e se encaixou entre minhas pernas.

-Você acha que está preparada?! – ele perguntou e eu assenti sentindo em seguida ele investindo devagar sobre mim, doeu um pouco, confesso, mas conforme ele foi se movimentando a dor foi dando espaço ao prazer e quanto mais forte ele estocava mais ainda esse prazer aumentava e então senti alguns espasmos e atingimos ao ápice juntos, Ele então me deu um beijo mais doce e calmo, saiu de dentro de mim e deitou ao meu lado, eu me acomodei com a cabeça o no peito dele e fiquei a pensar enquanto ele acariciava meus cabelos.

Eu pensava em tudo o que eu já havia passado com ele e cheguei a conclusão que não poderia ter sido melhor, não poderia ter sido com outra pessoa.

Já estava escurecendo e nós ainda estávamos deitados juntos. Quando pensei no hospital que uma simples troca de olhar era o meu tipo de intimidade não menti, pois era sim um momento único em que demonstramos sentimentos que não se podem explicar. Mas agora era outro tipo de intimidade, e eu não tinha vergonha de estar com ele ali, pois era ele e ninguém mais faz com que eu me sinta da mesma forma.

 Eu o julguei mal por ele não ter me procurado antes, por ter ficado longe nesta semana que se passou, mas o que eu não sabia era que tudo aquilo originaria este momento incrível que eu havia vivido ao lado de um cara tão bom e tão especial. Eu não parei pra pensar em momento algum nas outras que estiveram com ele.

Eu consegui entende-lo, consegui perdoá-lo, o que ele me proporcionou aqui valeu muito mais do que as brigas e confusões que já havíamos tido.

Eu queria poder falar, quebrar aquele silencio... Mas estava tão bom. Estava tão aconchegante estar apertada numa cama de solteiro com meu namorado que eu não me atrevia a abrir a boca e dizer nada.