Coração de Sangue. escrita por Jee kuran 95, Jee kuran 95


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

9 de 40 capitulos.



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Título: Coração de Sangue

Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Vampire Knight pertence exclusivamente a Matsuri Hino-san.




Coração de Sangue

Autora: Jee_kuran_95

Capitulo 8

Que manter isto em segredo.

Não quer contar a ninguém.

Não conte a ninguém.

Nunca conte a ninguém.

No último capitulo:


''Você e meu querido otou (irmão mais novo) não são mais... O meu alvo principal. Fique de olhos e ouvidos bem abertos minha amada... O perigo espreita sua filha, minha linda e doce sobrinha, será finalmente minha... Seu sangue... Fará parte de minha existência...'' - a imagem sumia aos poucos, assim como não conseguia mais distinguir o que era real ou não.


Deslizou formosamente em um baque surdo e seus olhos, finalmente se fecharam.


– NÃO! Yuuki!!– sentou-se na cama, apavorada... Dois pesadelos se seguiram e, o que era realmente real, estava por vir.




– Vampire Knight -




As lágrimas caiam livremente por seus olhos castanho-avermelhados. Com os ouvidos apurados pode escutar a porta fechar-se delicadamente dois andares a baixo e o aroma amadeirado de Haruka invadir-lhe os sentidos.


Assustada pelo pesadelo, jogou os lençóis que estavam por cima de si no chão, atrapalhando-se no momento de levantar, sentindo-se tonta e levemente enjoada pelos ecos das palavras de Rido que ecoavam em sua mente.


Calçou rapidamente os sapatos, vestindo um robe em cor vinho por cima da longa camisola e correu até a porta, abrindo-a bruscamente saindo para encontrar o outro.


Os cabelos ruivos esvoaçavam a seu redor e ela nem ao menos deu-se ao trabalho de penteá-los.


Estava horrizada demais para fazer algo que não fosse apenas pensar em Yuuki e em como ela estava naquele momento.


Haruka se sentou no sofá, deixando-se escorregar pelo estofado de couro relaxando os músculos de seu corpo e deixando que um suspiro cansado escapasse por seus lábios entre abertos.


Fechou os olhos, colocando a mão entre os cabelos que logo se enroscaram aos dedos longos e pálidos do homem de aparencia Jovem. A expressão sempre suave e fina, mostrando a quem duvidasse que, por mais simples que fosse ainda era superior a todos os outros, estava tensa e preocupada.


Logo mais, o moreno sentiu um peso sobre si e mãos pequeninas e delicadas em seu pescoço, enlaçando-o de forma sôfrega e temerosa. Surpreso, sentiu-se como mármore por alguns segundos: frio e paralisado. Recuperando-se começar a afagar os cabelos de sua esposa de forma carinhosa e confortadora.


Ele nada falou por um tempo, deixando que ela se acalmasse e que os soluços e lágrimas (que macharam sua camisa de seda) se dissipassem completamente.


Com a cabeça em seu peito, a ruiva inspirou profundamente o perfume natural que provinha do irmão mais velho a calma instalando-se em seu corpo ao poucos, sua mente voltando a processar as informações com mais clareza.


Levantou os olhos avermelhados e embaçados para o marido, recebendo um sorriso que a aqueceu.



Eu quero ser feliz.

Só um pouquinho de felicidade, é o que eu preciso.



Passou as costas da mão sobre os olhos e as maças do rosto, retirando da face esbranquiçada quaisquer vestígio de água que ali estivesse. Sorriu constrangida: foram muito poucas as vezes que ele a havia visto daquela maneira.


– Gomenasai oniisama. (Desculpe-me, irmão), manchei totalmente sua camisa...– disse envergonhada.


– Você não precisa se desculpar, Jiyuri. Não comigo. Mas, agora que está mais calma quer me contar o que aconteceu para você estar desta forma?– pediu suavemente, ainda acariciando as madeixas ruivas.


– Sonhei com Rido... – sussurrou. - Um presságio, um presságio de uma tempestade Haruka e, desta fez não tenho a plena certeza de que nossas barreiras serão fortes o bastante para proteger nossos filhos...


– Jiyuri, de que está falando? Não entendo.


– Haruka... Rido ainda está atrás de Yuuki, ele... Ele quer torná-la parte de sua...– duvidou se deveria falar tal palavra, não sabia qual seria a reação do outro. - ...Vitalidade.


Os olhos do moreno escureceram alguns tons de vermelho, tornando-se frios e ameaçadoras como só havia visto uma vez. 'Na mesma noite em que nosso oniisama tentou matar Kaname... Nosso filho.' pensou. Tremeu insconcientemente, abraçando a si mesma com medo do efeito que as palavras tiveram em si e no homem.


Haruka apertou-a contra seus braços, a mão livre dos cabelos longos da outra apertou-se em punho, sua mandíbula contraída enquanto seus dentes se trincavam audivelmente quase em um estralo.


– O empedimos da primeira vez. Faremos isso novamente, Jiyuri. - respondeu de maneira calma. Se ela não o conhecesse bem, diria que estava relaxado com a situação e não a ponto de matar alguém. - Mas desta vez, eu lhe prometo, juro por minha vida que arrancarei o coração de Rido com minhas próprias mãos...!


– Mas... Seremos fortes o suficiente para isso, meu amor?– perguntou agoniada, afinal, era do irmão mais velho dos dois que estavam falando. - Seremos forte o suficiente para... Matar nosso próprio irmão? Afinal... Ele é sangue do nosso sangue! Não podemos ignorar isso!!


– Rido Kuran deixou de ser a mesma pessoa amável e carinhosa qe foi com você há século atrás, imouto (irmã). - sibilou. - O que vemos hoje é apenas um fragmento do homem que nosso irmão foi. O que há ali é apenas a loucura dos anos de existência e o ódio arraigado em seu coração por nós.


– Onde foi que nós erramos?


– Nós não erramos em nada, Jiyuri. Rido escolheu seu caminho e nós o nosso. – ele respirou pesadamente, soltando o ar depois de alguns meros segundos. - Ele entregou parte de seu poder ao Conselho de Anciões quando descobriu nossa 'traição' a ele, e isto ocasionou o começo de sua desgraça.


– Por que ele tinha que se tornar este ser tão frio, um cruel sem coração?



Nossos pequenos dedos uniram-se em uma promessa, nunca deixar ir

Lágrimas que caem após uma discusão

Não param até o relógio soar 5 horas.



– Por que seu coração pertencia a você.– desta vez, o sussurro não viera dela que virou seu rosto surpresa em direção ao outro.


O rapaz a colocou sentada a seu lado, levantando-se a passos leves e com elegância do sofá passando pela parte central da sala e dirigindo-se até um piano de cauda em cor mogno, na parte leste do aposento.


Passou a ponta dos dedos com suavidade na madeira, acariciando-a com a dor imposta no olhar. Sentou-se comodamente. Então seus dedos começaram a dançar sobre as teclas...


Beethoven - Sonata ao Luar.


...A melodia triste ecoou no aposento e mais uma vez, a mulher de olhos castanhos estava fascinada com o marido, admirando-o sem pudor enquanto tocava com maestria, os dedos deslizando com facilidades.


'Esta melodia...' pensou com tristeza, sentindo seus olhos começarem a queimar novamente... A ultima vez que o vira tocar a bela e dolorosa música fora logo depois de Kaname ter... Fechou os olhos, colocando a mão sobre o coração, sentindo o mesmo bombear sangue de maneira incansavelmente rápida.


Seus lábios se entreabriram e ela deixou sair o ar que prendia sem nem ao menos notar. Abaixou a cabeça, deixando que os fios sedusos e ruivos caissem ao redor de seu costo, como um véu propriamente dito em vermelho.


– O coração e a alma de Rido sempre pertenceram a você– leve como uma pluma, ele começou a falar seus olhos direcionados para suas mãos, os cabelos a sua frente, escurecendo o rosto jovial. - Mas... Eu não pude evitar não querer você Jiyuri. Você, tão cheia de vida, trazendo um pouco de brilho a existência de cada um... Impossível não amar você... Impossível não querer estar com você.


Ela levantou os olhos para ele. Estavam arregalados.


Ele não a olhou, continuando sua narrativa.


– E então, contrariando a todos que achavam que você se uniria a nosso irmão, você escolheu a mim... Seu irmão mais novo, ao invés do mais velho e não se importou com o que os outros pensariam. – ele sorriu por entre as sombras de seu próprio rosto de maneira irônica.


– Não escolhi você por estar fadada a ter um união de sangue com Rido, Haruka. E sim, porque eu amei você desde o momento em que tenho-te em minhas lembranças e você segurou-me em seus braços, em carícias e afagos gentis...


– Eu sei disso. E a única coisa que me consolo deste sentimento de culpa é saber que você me ama, que este sentimento é mútuo entre nós.


Sibilou, as notas ficando mais sombrias a medida que parava aos poucos de tocar, para seguir para a 2ª parte da música instrumental.


– Sentimento... De culpa?! Se arrepende de termos...?


– Não – interrompeu-a bruscamente, antes que esta falasse erroneamente. - Não me arrependo, afinal como eu mesmo disse aishiteru* e nada nem ninguém será capaz de muda este fato.



Eu quero permanecer imatura.

Eu quero permanecer incompleta.

Tudo, incluindo as peças ruins.

Eu quero continuar sendo sua.



– Então o que...?– começou confusamente.


– Eu me sinto culpado por... Ter sido egoísta o suficiente para fazer você se apaixonar por mim. Talvez... Se eu não tivesse me aproximado de você, se eu tivesse permanecido com esse sentimento e tivesse deixado oniisama se aproximar de ti... Talvez você aprendesse amá-lo com o tempo e... Nada disso estivesse acontencendo.


Jiyuri estava atônita, chocada demais com as palavras proferidas.


Por acaso ele estava sugerindo uma vida... Sem ele?!


Aproximou-se, as mãos tremendo, os olhos castanhos piedosos ainda arregalados. Segurou em uma das mãos do rapaz, fazendo com que a música parace de maneira brutal e grotesca em um nota aguda. Ele a olhou, os olhos opacos e vazios, nos lábios um sorriso desolado desenhado na amargura.


– Nunca, ouviu bem? Nunca mais repita algo assim! O que Rido sentia, ou sente por mim, não pode ser considerado amor.


''Talvez no começo de tudo, quando ainda éramos jovens e tinhamos o coração intocado, puro e casto sem vestígio de mágoas e de sangue inocente nas mãos, fosse o amor de verdade... Mas, o que 'aquilo', seja lá o que ele sentia...''


''Se tornou uma obcessão que nem mesmo eu poderia salvá-lo.''


– Se tudo tivesse sido diferente...


– Se tudo tivesse sido diferente nossos filhos não estariam vivos hoje e, você não teria me proporcionado os melhores 3.000 anos da minha existência. – ela sorriu com sentimento, pousando a mão em sua face - Não se torture por algo que não é sua culpa, Haruka. O destino quis assim.


– Eu não acredito em destino.


– Eu sei disso também, mas eu acredito e isso já é o suficiente para você.


Arqueou uma das sobrancelhas com a convicção com que ela falara a frase. Balançou a cabeça de um lado para outro, não admitiria, não era necessário os dois sabiam que ela estava certa.


Ele riu, deliciado com as palavras da outra. Pegou as mãos que antes estavam em seu rosto contra as suas, apertando-as com delicadeza e beijou-as, antes de entrelaçar os dedos e puxá-la para si, fazendo com que sentasse em seu colo, junto ao piano.


– Você me conhece melhor do que qualquer um.


– Sou sua irmã, esposa e amante afinal. Estamos juntos a muito tempo.


– Não deixarei que nada aconteça a nosso filhos, e muito menos a você – murmurou, beijando-lhe a nuca sentindo ela arrepiar-se: sorriu de maneira maliciosa mesmo sem querer. - Além do mais, Kaname não deixaria que nada acontecesse a Yuuki.


– Kaname a ama mais do que podemos entender não é mesmo?– a afirmação mais parecia uma pergunta, ela pousou sua cabeça no ombro do jovem, suspirando.


– Sim. Ele é intenso demais com relação a ela mas, temos outros problemas maiores do que este.


O tom preocupado em sua voz fez com que ela levantasse a cabeça para observá-lo melhor.


– O que aconteceu? Algum problema com a Associação ou o Conselho?– preocupou-se.


– Sim e não. Shizuka está na Academia Cross– suspirou.



Eu quero estar protegida.

Eu quero permanecer amada.



– Kaname está a par disso, nós dois estamos apenas fechando nossos olhos e deixando nosso 'filho' jogar sua própria partida. Mas o que te preocupa em realidade é o fato de nao saber quais são os passos de Kaname?


– Não. Sei que Kaname sabe resolver as coisas a sua forma. - respondeu fazendo carinho em sua mão - o que me preocupa é: estamos mesmo fazendo a coisa certa deixando tudo em suas mãos? Deixaremos que o sangue dela... Corrompa mais um pedaço de sua alma?


– Não temos poder sobre ele, Haruka. Nunca o tivemos na verdade. – suspirou, passando a mão pelos cabelos de forma agitada. - Nos tornamos meros expectadores 'neste' jogo, desde o momento em que Kaname resolveu tirá-la da redoma de vidro que criamos para ela para colocá-la em suas próprias correntes.


– Mas não podemos nos esquecer que ela é ex-noiva de Rido.


– Pode ser que sim. Mas se ela procurar por vingaça, não é a nós nem a nossos filhos a quem ela deve se dirigir. Não fomos nós que matamos 'ele'.


– Hiou Shizuka é mais inteligênte do que pensam. Convém a ela que achem-na louca. - virou-se para ela, beijando agora, a ponta de seu nariz de forma carinhosa. - O Conselho está nos pressionando também para que apresentemos logo Yuuki, estão impacientes e 'exitados' com a expectativa de existir mais um sangue-puro na Terra.


– Aposto que ficaram impressionados com a capacidade que tivemos em conseguir esconder Yuuki-chan por todo esse tempo.


– Sim, muitos falaram isso... Mas creio que os mais interessados são aqueles que almejam nosso sangue.


– São tantas coisas para nos preocuparmos...! Rido, Shizuka, o Conselho, a Associação! Sem contar que... Ainda temos de ver a situação dos Gêmeos Kiryu. - falou Jiyuri se levantando e esticando as pernas. Não havia notado, mas permanecia com a mesma camisola com que dormira.


Então, uma mulher entrou no aposento.


Seus cabelos pouco abaixo dos ombros estavam presos com laço de fita rosa bebê em dois rabos de cavalo baixos.Seu cabelo tinha uma cor estranha e muito peculiar: eram cor de areia, brilhantes refletores que de alguma maneira, lembravam a luz do Sol.


Os olhos, de uma cor violeta claros estavam sérios, mas um brilho de diverção podia ser visto no fundo deles.


Ela sorriu de lado, sarcásticamente enquanto saudava-os com uma profunda mas bonita reverência.


Levava um sobretudo de sor cinza sobre os ombros e por baixo, botas de couro, uma saia - combinando com os laços, era de cor rosa também - que ia-lhe pouco acima dos joelhos e uma malha de gola alta, em cor caqui. Em suas pequenas mãos, luvas de couro brancas.


Haruka sorriu para a estranha, fazendo um gesto de mãos para que ela se aproximasse enquanto Jiyuri, tinha uma expressão de desagrado no rosto, os lábios compridos em um biquinho insatisfeito enquanto revirava os olhos pronta para falar.


– Não fale nada, Jiyuri-san. Já bem sei o que vai falar.


– Então se sabe que vou lhe recriminar por fazer uma reverência desnecessária - afinal somos amigos!! - porque insiste em continuar com essas atitudes?! – perguntou fingindo irritação. A mulher revirou os olhos, como se há muito estivesse cansada daquele conversa que não levaria a nada.


– Pelo mesmo motivo com que você insiste que eu e meu marido não devemos fazê-lo: implicância. - ela sorriu ironicamente para a nobre. Que olhou chocada para ela olhando-a como se disse-se 'Isto terá volta, espere e verá!'. Esta, apenas balançou a cabeça de forma negativa sorrindo mais amplamente. - Não vim aqui para discutir com você minha amiga e sim, para trazer a lista que havia me pedido, Haruka.


A jovem mulher aproximou-se mais dos dois, retirando de dentro de um dos bolsos externos do casaco um envelope de cor beje, entregando assimn nas mãos do homem. Haruka abriu o pacote, retirando de dentro os papéis que necessitava, sorrindo satisfeito.


– Você fez um bom trabalho, Masami. Obrigado pelos seus serviços.


– É um prazer servir-lhes. É bom ser útil às vezes, ainda mais quando todos a seu redor pensam que estou a mais de sete palmos de Terra, morta. – falou brincalhona para logo sorrir. Mostrando a longa fileira de dentes brancos e bem cuidados e, consequentemente os caninos afiados que ganhara a pouco mais de 4 anos.


Por um momento, todos ficaram em silêncio.


Masami pigarreou constrangida, a ruiva sorriu-lhe amável.


– Seus filhos estão bem, Masami-chan – 'por enquanto' pensou ela com amargura. Devia contar-lhe a atual situação deles ou deixar que soubesse apenas quando conseguissem resolver tudo? - Mas... Você sabe que, Shizuka fez de Ichiru seu servo não é?


– Sim, eu sei– murmurou a Kiryu fracamente, sem olhá-la nos olhos. - Maldita seja aquela mulher! Se eu pudesse matá-la...!


– Masami – falou séria a patriarca Kuran. - Atentar contra a vida de um sangue-puro é o maior dos crimes. Não deixe que a vingança por Shizuka tome seu coração. Não deixe que o ódio se espalhe por ele... Naquela noite, depois da fatalidade em qua todos acharam que vocês estivessem mortos, nós os salvamos e oferecemos uma nova vida.


'Não humana, obviamente, mas de uma nova perpectiva. Lembra-se daquela noite? Você estava preocupada com seus filhos e, mesmo repugnando os vampiros deixou que a transformação se completasse assim como a de seu marido para que juntos, tudo por amor a seus filho, para que pudessem (mesmo de longe) velar pelos seus dois garotos. E mantê-los seguros.''


''Não faça com que nos arrependamos de ter dado a ti e a ele uma segunda chance, -chan.''


– Tem razão. Desculpem-me os dois, fui tomada por um momento de raiva e me descontroleu. Não acontecerá mais.


– Tudo bem... De lembranças à Akira-kun. - sorriu-lhe.


– É claro que sim. Ele ficará imensamente feliz. Se me dão licença, retirou-me com sua permissão meus senhores. - fez um reverência e saiu rapidamente, deixando um rastro de seus doce cheiro de margaridas no ar.


Um breve momento de silêncio se instalou.


– As coisas estão mudando rápido demais. Algumas revelações terão de ser feitas com extrema urgência... Os segredos estão se acumulando e sinto que, se continuarmos assim, as consequências recairam em nós.


– Talvez... Seja hora de despertarmos 'velhos' aliados, como garantia.


– Sim, tem razão... Algumas pessoas terão que despertar... Do sonho eterno em que elas mesmas se colocaram.



A chuva cai, gota a gota, transforma-se em doces.

Lágrimas que caem após desculpas.

Não param até o relógio soar 5 horas.




– Vampire Knight -




– Está linda, como sempre.


Sobressaltou-se ao escutar a voz penetrante e forte atrás de si, mas não se surprendendo de todo com os braços que a rodearam de maneira possessiva enquanto terminava de colocar sua presilha de cabelo.


Olhou pelo espelho novamente, vendo a figura de seu irmão olho atrás de si, observando cada um de seus movimentos com atenção. Seu queixo fino e anguloso disposto em seu ombro desnudo.


Sorriu, colocando uma de suas mãos em seu rosto, vendo este fechar os olhos apreciando o contato. Por acaso ouvira um suspiro transpassar os lábios semicerrados masculinos? Não importou-se em achar uma resposta...


...A respiração dele em seu pescoço fazia com que se esquecesse de todo o resto. Qualquer coisa que fosse, mesmo que de suma importância.


– Arigato Gozaimasu nii-chan.(Muito Obrigada, irmão), você também.


O observou mais atentamente - o máximo que o espelho lhe permitia - e notou que este não estava com o uniforme escolar. Estranhou franzindo as sobrancelhas. Virou-se para ele, girando a si mesma na cadeira estofada, a procura de uma resposta.


– Você está sem o uniforme. Vai sair por acaso?


– Vou e me alegro que não tenha colocado o seu ainda, assim lhe poupará o trabalho de fazê-la mudar de roupa para que possamos sair em alguns minutos. – respondeu simplismente.


– E posso saber para onde iremos? Afinal Okaasama, Otousan e você nunca me levaram a qualquer lugar, assim se motivo. Quais são as implicações?– perguntou astuta, vendo um mínimo sorriso levantar o ponta dos lábios do irmão.


– Provavelmente você não gostará da resposta, meu amor.


– Talvez, mas ainda assim quero saber.


– Pois bem, estamos indo a Sede da Associação.



Eu quero permanecer alegre.

Quero estar próxima.

Como a carruagem diante de nós.

E correr, fugir.

Fugir.



– Da Associação?! Da Associação de Caçadores?


'Não Yuki, da Associação das Bruxas' uma vozinha no fundo de sua mente respondeu e, ela controlou-se para não revirar os olhos em resposta. 'Cale-se' respondeu.


Provavelmente deveria estar neste exato momento fazendo uma careta, afinal seu irmão a olhava estranhamente de maneira divertida.


– Quero dizer... Por que temos que ir lá? Algum problema com os caçadores?


– Na verdade não. E não seremos só nós a estar lá e sim mais alguns nobres. Lembra-se que teremos nossa 'reunião' de boas vindas e apresentação da Princesa Kuran?– perguntou mesmo que não precisasse resposta deixou-a assimilar a situação. - Apenas vou lá para garantir que, alguns deles deem uma trégua e sejam nossos 'aliados'. Não podemos correr riscos de que algo saia dos eixos entende?


– Entendo. Mas não seria necessário apenas você ir em meu lugar e lidar sozinho com a burocracia? Sinceramente Kaname não sou boa quando se trata de muitas pessoas em um mesmo local, ainda mais se parte destas são Vampire Hunters sedentos de nosso sangue.


O rapaz riu, colocando as mãos em seu rosto, aproximando-se rapidamente e roubando um selinho de seus lábios avermelhados.


– Mas eu quero que você vá Yuki. Há algumas pessoas, no caminho para lá... Que quero que você conheça.




Nossos pequenos dedos uniram-se em promessa, nunca deixar ir.

A chuva cai, gota a gota, transforma-se em doces.

Deus, olhe bem, quero dizer que te amo.

Pelos meus pés, eu tropeço.

Você pode ouvir o som das flores.






Continua no próximo capitulo...

'Eu lhe mostrarei uma linda noite de sonhos na próxima noite'


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