POV Brenda. (Búzios, festa do Ano Novo.)

   Eu amava Búzios. Isso era um fato. Sol o dia todo, uma noite fresquinha, um pôr     -do         -sol lindo... Praias com águas turquesa, areia branca, céu azul. Sol brilhante.... Apesar da grande quantidade de turistas e de algumas praias com lixo e etc eu ainda conhecia os pontos certos pra se ir, crescendo por aqui era impossível não conhecer.

   Eu, as meninas, o Rodrigo e alguns amigos dele ficamos hospedados na casa maravilhosa e perfeita dele.

   Quatro andares de puro luxo. Branca com grandes janelas de vidro de vista para a praia construída estrategicamente para que nem mesmo as grandes arvores do jardim cobrissem o sol na piscina ao a vista dos quartos.

   Eram ao todo seis ou sete quartos na casa toda. Seis ou sete luxuosos e lindos quartos. Com camas de casal ou de viúva, banheiros só para nos e alguns com direto a uma deliciosa sacada de vista para o mar.

                   -   Me diga. Eu preciso ouvir. Eu não consegui o MELHOR lugar na melhor casa para se passar o revillon? – disse saindo da saca e me virando para Dani que dividiria o quarto comigo e saia do banheiro enrolada em uma toalha com os cabelos soltos e pingando.

                   - Com certeza, você se superou Brenda! – ela disse rindo e indo ate onde tinha posto sua mala e abaixando para buscar alguma roupa.

                   -   Que roupa vai por? – perguntei olhando para a minha mala, já uma zona, e tentando escolher uma roupa para por.

                   -   Um short ou um vestido... Algo fresco. Não vou entrar na água, mas... – ela deu ombros  pegou um vestido em tons de azul água e verde água, se virou e disse             - o que acha?

                   -   Lindo. Com... – disse pegando uma rasteira com três pedras turquesa e lhe dei. – Isso, vai ficar linda.

                   -   Ok, brigada. – ela riu e foi se arrumar eu me virei e voltei a revirar minha mala.

Escolhi um short jeans colado no corpo e curtinho, com uma blusa branca e escrito em preto e vermelho I ♥ NY.

                   -   Aprovado? – perguntei sorrindo e indo ate o banheiro pegar uma escova para pentear meu cabelo.

                   -   Aprovadissimo.

A estadia em Búzios era maravilhosa. Os de Rodrigo quase não paravam em casa, tendo então a casa só para nos. Alem do que como muita gente ai para búzios Rodrigo daria A festa de revillon amanhã e tudo ia as mil maravilhas ate as meninas começaram a encher o saco.

                   -   Você precisa ficar com alguém na virada! – Gabi disse.

                   -   Se não beijar ninguém dizem que não fica com ninguém o resto do ano! Vai arriscar? – Patrícia dizia.

                   -   Só um beijo, não é como se fosse se casar! – Dani insistia toda a vez. A única que ficava quieta era Luiza, acho que pelo fato de ela também não querer arranjar um namorado...

                   -   Vocês são as únicas que não podem falar nada, menos Patrícia, que namora. Dani e Gabi, as duas estão  na mesma situação... Fiquem quietinhas ai. – eu disse.

                   -   Bem... Pode me por junto com Patrícia. – Gabi disse sem me olhar. A principio foi tudo bem, foi então que entendi o que ela quis dizer.

                   -   VOCÊ ESTÁ NAMORANDO?! – Gritei junto das outras meninas.

                   -   Ainda não é nada serio, mas... – ela deu ombros e corou.

                   -   Own! Que lindos! – Dani disse sorrindo feito boba.

                   -   Diz ai... Quem é? – Patrícia disse lhe encarando.

                   -   Vocês não conhecem... Lembram da festa em Miami? – ela disse meio hesitante e olhando para mim, como se achasse que aquele dia fosse um problema de ser comentado perto de mim. E era, mas eu resolvi ignorar a dor e sorri tentando ser verdadeira.

                   -   Lembro, diga. – incentivei.

                   -   Bem, eu conheci um amigo do Francisco. Italiano mas mora nos Estados Unidos para estudar e trabalhar. – ela disse.

                   -   Ui! Italiano... Mio Dio! – Gani encenou um Italiano forçado e se abanou dramaticamente.

                   -   Pode tirar o olho! Aquele ali já tem dona... – ela disse perdida em memórias.

Nos riamos e continuamos o interrogatório sobre o misterioso Italiano chamado Pietro. Oh lá lá...

****

     Passei um tempo exagerado me arrumando. Duas horas. Sem contar o banho. Pelo menos valeu a pena... Sorri ao me avaliar no espelho, o vestido branco que as meninas me deram ficou ótimo pela cor da minha pele bronzeada, meus cabelos estavam soltos e com alguns cachos reforçados na baby-liss, uma maquiagem leve e natural, um colar marrom de madeira no pescoço que ai ate o meio perto do final do decote do vestido, um salto razoável e delicado. Uma bolsa estilo carteira de palha com só o essencial, celular e alguma coisa para garantir a maquiagem. Na pior das hipóteses era só eu vir no quarto pegar alguma coisa.

     As meninas já estavam prontas e haviam descido há algum tempo, mas a retardada aqui ficou procurando o par do salto alto que eu tinha acidentalmente jogado em baixo do armário quando revirei minha mala procurando o vestido...

     Desci ate a sala onde estavam algumas pessoa bebendo e conversando animadamente, seria estúpido dizer que todos param e se viram me ver fazer uma entrada triunfal e então o Rodrigo estava no pé da escada com uma dúzia de flores, porque... se você acredita nisso, você acredita no Papai Noel, e meu bem sinto muito te decepcionar, mas papai Noel e finais encantados não existem, e eu sou a prova viva disso.

     Achei as meninas e dancei demais, bebi e ri muito. Não liguei para e só queria naquele momento poder sorrir de verdade. Só me toque que horas eram quando o pessoal passou a gritar,  30 minutos para meia noite.

                   - Brenda, você precisa ficar com alguém. – patrícia falou enquanto dava um gole no champanhe.

                   - Nem vem, estou bem solteira e  pretendo continuar assim.

                   -  HOJE EU TO SOLTEIRA E NINGUEM ME SEGURAR! – Luiza chegou gritando e dançando com os saltos na mão e na outra uma garrafa pela metade de champanhe. Totalmente bêbada, preciso comentar?

                   - Querida, você vai mudar de idéia quanto assim. – disse Dani abaixando o tom de voz e encarando algo atrás de nos.

Curiosa, me virei para olhar... OMG! Visão do paraíso.

Rodrigo estava vindo para cá, com uma calça jeans uma camisa social branca que só ressaltava seus músculos, os cabelos levemente bagunçados e na mão duas taças de champanhe.

                   - Ok, eu desisto. Se ele chegar em mim eu aceito! – disse em sinal de paz observando a visão de o paraíso vir ate aqui...

                   - E O AMOOR! QUE MEXE COM A MINHA CABEÇA E ME DEIXA ASSIM...! – Luiza, já muito mais pra lá do que pra cá, gritou em plenos pulmões.

                   - Qual o problema dela?! – Dani perguntou.

                   - Bêbeda. Não comeu nada para entrar no vestido e bebeu meia garrafa de champanhe... – Gabi explicou e revirou os olhos.

                   - Ok, né... – eu disse e me virei quando senti alguém segurar em meu braço. Visão do paraíso.

                   - Oi meninas. – ele disse simpático. – Estão lindas... – será que era para eu estar com esse ciúme desse infeliz plural?!

                   - Obrigada. – Patrícia disse me olhando pelo canto do olho com quem diz, “Vai nessa”... Com certeza eu “vou nessa”!

                   - Brenda, eu posso falar com você... Prometo que trago ela de volta antes da meia noite meninas. – ele disse sorrindo sexy com o canto da boca.

                   - Não precisa nem trazer ela de volta! – Luiza disse. OMG, eu ainda mato ela!

                   - Que?! – ele ficou sem graça.

                   - Nada não, Luiza está meio... digamos assim... Bebeda. –disse.

                   - EU NÃO TO BEBEDA! – Ela disse andando mas tropeçou e caiu na areia da praia e em vez de se levantar se deitou no chão e começou a rir e olhar as estrelas.

                   - Vamos logo, as meninas cuidam dessa daí! – avisei puxando sua mão e indo para um lugar mais calmo.  

                   Fomos parar perto do jardim da casa dele, mas em vez de parar ali ele pegou minha mãe e me puxou.

                   - Vem, conheço um lugar ótimo! – ele disse e eu? Só “fui nessa”.

                   Ele me levou ate uma parte do jardim onde as arvores cobriam a entrada,mas a vista era linda. Víamos toda a praia e todo mundo, mas ninguem nos via.

                   - Brenda... Lembra quando eu disse que poderíamos ser só amigos?

                   - Lembro...

                   - Bem... O problema é que eu não quero ser só um amigo. – ele disse pegando minha cintura entre seus braços e me puxando para si, quase colando nossos lábios.

                   - 3 minutos! – As pessoas gritavam da praia, para a contagem regressiva do ano novo.

                   - Acho que vou quebrar minha promessa de te levar ate a meia noite.

                   - Ela te perdoam...  – eu disse ficando na ponta dos pés.

                   - E você?

                   -1 minuto! - começaram uma gritaria.

                   - Não tenho motivos para não.

- Não acredito que vou fazer isso. - ele disse olhando para uma taça de champanhe

                   - O que, beber?

•  
  •  
    •  
      •  

        - Não. - ele disse pegando a taça e bebendo um grande gole.

  •  
    •  
      •  
        •  

          - 6, 5, 4, 3, 2.....

      - Então o que?

- 10, 9, 8, 7....

- Beijar a garota mais linda de toda a festa. - ele disse chegando tão perto de mim que nossos lábios quase se encostaram e eu estremeci com a repentina declaração.

                   - 1! – E nossos lábios se encontraram quando os fogos de artifícios cobriram o céu estrelado e os gritos na areia da praia preencheram nossos ouvidos, mas nos estávamos ocupados demais presos aos nossos fogos de artifícios para prestar atenção no show de luzes que acontecia na praia.

 POV Desconehcido

 (n/a: Gente esse POV desconehcido é como se fosse continuação do POV desconhecido do cap anterior, de forma com que é no passado ok?!)

                   - Para que ainda pergunta se já sabe a resposta. – a voz dele disse.

                   - Eu sabia ate pouco tempo atrás. – disse com o ódio borbulhando e muito visível em meu tom. – Agora as coisas estão um pouco confusas... Esperava que você entre todos pudesse esclarecer uma duvida minha...

                   - E que duvida seria essa?

                   - Por quê?

                   - Como?

                   - Por que, isso mesmo. Por que você disse aquilo? Por que você ligava para ela todos os dias? Por que você agia como apaixonado, para agora se dizer desiludido?

                   - Porque é isso mesmo que eu estou desiludido. Iludi-me achando que ELA me amava. Iludi-me pensando que ela seria capaz de me perdoar. Iludia   -me achando que um dia eu pudesse sorrir e lhe dizer, eu te amo, e poder ouvir de volta sua resposta com as três mesmas palavras. Mas não... Tudo não se passou de uma ilusão, o irônico de tudo isso é que mesmo depois de todos esses meses eu ainda achava que tinha uma misera chance...

                   - O que quer dizer com isso?

                   - Não se faça de boba. Ate parece que você mesma não sabe sobre o namorado dela...

                   - Namorado? Sinto lhe dizer isso Justin, mas os únicos namorados que Brenda teve em toda a vida só foram dois. João Pedro e você, nesta mesma ordem. O mais próximo que ela chegou de um namoro foram beijos que ela deu com um menino, mais não durou, mas que alguns dias. Ela chorou durantes dias dizendo que amava você. De qualquer forma, nem ao menos sei o porquê de lhe dizer tudo isso... Você não liga de qualquer jeito.

                   - Tem certeza? Jura? Ela me ama?

                   - No presente eu não posso garantir, mas que ela ainda tem um sentimento forte por você, ela tem.

                   - Era tudo que eu precisava saber.

                   - Agora vem a pergunta que nem mesmo requer uma resposta... Pronto para conquistar o coração da minha amiga?

POV Brenda.

                   Rodrigo beijou de leve meus lábios no principio, mas o beijo se intensificou. Ele segurava minha cintura fortemente, como se eu pudesse fugir, minhas mãos enrolavam em seu cabelo sedoso e o puxava mais forte para mim. Nos beijamos durante minutos ou segundos, eu não sabia ao certo. Nos separamos com alguns selinhos, apenas em busca de ar.

                   Eu sabia que não era certo, eu sabia de alguma coisa dentro de mim gritava que não era ele. No fundo eu sabia que realmente não era ele. Mas tinha que ser. Não era o certo, não era como se eu o amasse. Mas era o suficiente. E eu sabia que apesar de tudo, eu não estava perto do final do meu contos de fadas amargurado, eu estava longe do fim, por que de alguma forma eu sabia que ainda iria contestar minha teoria que finais encantados não existem.