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Eu usava um vestido azul marinho (perceberam que eu tenho uma paixão por essa cor) que vinha até a metade da coxa. Ele era grudado no corpo,mais a partir de ua cintura ele abria levemente. Eu usava um par de saltos lindíssimos, e um colar que minha mãe havia me emprestado. Ah, qual é? Por que tanta ansiedade, Brenda?! É só UM jantar! Um dos milhares jantares que você já teve e terá com Rodrigo. Seu mais novo ficante. Foco no horário Brenda! Foco!

O nervossísmo subiu, e eu olhava diretamente a porta e o relógio. Qual ele ia chegar?! Minha mãe passou por mim e me elogiou, agradeci e fui iterrompida pelo som de uma campainha. Corri para atender, respirei fundo, contei até 1, 2, 3...

-Uau- Rodrigo disse quando me viu.- Você está linda.

-Brigada.

-Como se isso fosse novidade- corei, e ele me deu um selinho.

Ele usava uma blusa preta que marcava a barriga tanquinho que ele tinha, e uma calça jeans.

-Aonde vamos?- perguntei, curiosa.

-Surpresa.

Minha cabeça oca não pensou em nada além de um cinema, ou quem sabe uma banca de jornal? Olhei para Rodrigo que me ofereceu sua mão. Segurei-a e fomos á caminho do tal lugar.

-É bem... ali- Rodrigo disse enquanto apontava para o Boliche no outro lado da rua.

Sorri, e ele virou-se novamente para mim.

-Significa algo para você?

-Uhum.-menti, olhando para o local.

Não.

Olhei novamente para ele que mantia seus olhos verdes em mim.

-Vem, ainda tem mais.- ele disse me puxando para outro quarto.

Ele me levou atpe uma varanda grande, onde havia uma mesa com uma vela, e uma vista incrívelmente bonita para a praia. Rodrigo puxou a cadeira para eu sentar.

-Brigada- falei, olhando para ele- É tudo tão perfeito.

Ficamos nos olhando por alguns segundos, até que ele se levantou, e me deu sua mão.

-Que foi?- perguntei- O que você está fazendo?

Rodrigo se aproximou á mim, e começamos á dançar uma música calma que vinha do boliche. Em uma questão de segundos, Rodrigo colocou suas mãos em meu rosto, e trouxe seu corpo ainda mais próximo do meu. Nossos lábios se encostaram, e nossas línguas passaram á ter um contato mais intenso. Coloquei meus braços em volta de seu pescoço e Rodrigo me segurou mais forte.

Eu sabia que o que eu estava fazendo era errado- quer dizer, errado no sentido de traição. Beijar um garoto enquanto eu penso em outro. Eu não queria magoá-lo. Nenhum dos dois. Eu amava Justin.

-E-eu não posso fazer isso- falei, me afastando dele- Eu sinto muito.

Peguei a minha bolsa, e corri á caminho da minha casa. As lágrimas já caiam descontrolavelmente, e eu precisava desabafar. Eu precisava de Justin. Corria pelas ruas escuras e desertas do Rio, e a única coisa que se tornou vísivel, foi um flash, que me deixou cega por alguns instantes.

-D-dani- disse, entre soluços no telefone.

-O que houve? Onde você está? Tá tudo bem?!

-Tá tudo bem, calma- menti- você pode vir pra minha casa? Agora?

-Ok, já estou indo.

E a conversa se finalizou.

Passei correndo pela minha mãe, para que ela não notasse que eu estava chorando por um garoto. Entrei no meu quarto, e sesabei no chão. Eu não queria sofrer mais uma vez por um garoto. Não por ele.

-Posso entrar?- a voz de Dani ecoou em meu quarto.

-Pode- disse choramingando.

-O que aconteceu?! Eu vim o mais rápido possível, estava em um jantar de família.

-E-eu estou com saudades de Justin.

Dani me olhou atentamente.

-Eu o amo, Dani. Eu preciso dele, e eu...- voltei a chorar.

-Sh, olha pra mim.- Dani disse, enquanto eu esfregava os punhos nos meus olhos limpando-os, e facilitando a minha visão.

-Você não vai deixar um garoto que nem ele magoar seus sentimentos.

-M-mas eu...

-Sh! O Justin é um cafajeste, canalha, FDP. E você TEM que esqueçer ele. Saber viver a vida, seguir em frente. Passar pra outro garoto, aposto que tem milhões de garotos melhores que ele.

-E-eu tentei Dani. Eu fiquei com Rodrigo essa noite... M-mas eu não aguentei.

-Não fica assim...

Dani mexeu em sua bolsa, e me entregou uma barra de chocolate. Nós duas rimos.

***

Acordei co os raios do sol logo em meu olho direito. Havia esquecido de fechar a cortina na noite passada- mal sinal. Algum ladrão podia muito bem tem entrado e roubado minha coleção nova de bolsas Miu-Miu. Bom sinal- ninguém assaltou, então minhas bolsas estava á salvo.

-Bom dia.- falei, enquanto mexia na Dani para um lado e pro outro.

-Bom... dia...- ela disse se espreguiçando.- Melhorou?

-Mais ou menos...

-Arght nem começa. Espera até meus pensamentos fazerem sentido.

-E quando vai ser isso?

-Não tão cedo.

-Bom dia filha- minha mãe gritou do corredor, ao perceber que nós acordamos- Isso é pra você- ela me esticou um buquê de Margaridas lindíssimas, com um sorriso de mãe orgulhosa no rosto.

-Ahn... brigada.

Peguei as flores e achei um cartão entre elas.

Não queria segurar a barra ontem. Desculpa! Podemos ainda ser amigos?

R.

Sorri e olhei para Dani.

-Amiga ele tá na sua.

-Arght. Viu, tirou meu sorriso do rosto.

-Ok...

Meu celular começou a tocar e eu corri, para atender.

-Alô?

-Brenda?

-Oi, Ro.- falei enquanto olhava para Dani.- Brigada pelas flores, elas são lindas.

-Isso quer dizer que ainda somos amigos?

-Aham.

-Então eu posso te chamar para passar o Reveion comigo.

-Pode.

-Eu estava pensando em fazer uma festa na minha casa de Buzios. Sabe, na virada do ano. Aí você podia me ajudar e chamar umas 5 pessoas.

-Facilita a minha vida! Posso chamar minhas amigas?

-Claro.

-Ótimo então, muito obrigada, Rod.

Desliguei o telefone e lembrei o QUANTO Rodrigo é rico. Rico? Que nada, milionário. Além dessa casa em Búzios ele tem um duplex na frente da praia, e uma casa em Itaipava. Virei para Dani, que me olhou curiosa.

-Já temos um lugar pra passar o reveion!

POV JUSTIN

-Muito obrigada Los Angeles! I'm OUT!- gritei enquanto me despedia da platéia de L.A.

-Foi muito bom- Scooter disse para mim.

Mas eu- infelizmente, pelo fato que eu tinha uma entrevista logo depois- estava no meu auge do estresse. Lancei um olhar seco para Scoot, que apenas concordou com a cabeça, e me entregou uma garrafa d'água.

-Foi ótimo, filho- minha mãe disse, sorri falsamente- Não me vem com esse sorriso- ela ameaçou.

Entrei no meu camarim, e me joguei no sofá. Coloquei meus braços sobre minha cabeça, tapando minha visão.

-Justin- o LINDO do Scooter entrou no camarim, sem ao menos pedir- Olhe isso.

Abri meus olhos, e peguei a revista que ele tinha tacado sobre a mesa.

Havia uma foto de Brenda correndo, chorando, sozinha. Meu coração começou a bater mais forte, e eu lancei um olhar preocupado para Scoot.

-Pg. 15- ele falou.

Passei as páginas correndo.

“Ex-namorada de Justin Bieber, e ainda tem problemas?!

Brenda Lima (15) foi flagrada correndo e chorando nas ruas do Rio de Janeiro, Brazil. A garota, suposta ex-namorada do astro teen Justin Bieber, sem dar nenhuma satifesfeitação ao paparazzi, correu até sua casa. Será que ela não viu o flash pelo fato que as lágrimas cobriam sua visão?”

-E-ela está bem?- foi a única coisa que eu consegui dizer.

-Nós não sabemos de nada.

-Eu preciso falar com ela.

-Não irrite a garota, Justin. Você sabe que ela pode muito bem vender a história da aposta e destruiu sua carreira.

-Ela não faria isso- a defendi. Scooter me lançou um olhar de 'Depois você verá', o que me deixou com um certo medo.

Scooter jogou seu celular sobre o sofá, e eu peguei com minhas mãos trêmulas. Disquei os 98346537358234758743869 códigos, e finalmente seu celular.

-Alô?