A Minha Maneira escrita por angelicola


Capítulo 28
Algumas coisas...


Notas iniciais do capítulo

DEIXEM REVIEWS NO FIM DE TODO CAPÍTULO, POR FAVOR. QUERO SABER SE VOCÊS TÃO GOSTANDO E TAMBÉM TER NOÇÃO DE QUANTAS PESSOAS ANDAM ACOMPANHANDO A HISTÓRIA.
BEIJOS E OBRIGADA!!



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Me considero uma garota de gênio complicado. É o fato. Tem coisas que são difíceis de sair da minha cabeça... e aquilo não saiu mais.

Na escola, tentei ficar mais tempo com as minhas amigas do que com o Rodrigo. E eu não tava fazendo isso por pirraça, eu só me sentia indiferente quando ele chegava perto de mim, me tocava, me beijava... Eu me segurava pra não perguntar mais uma vez o quê que tava pegando entre ele e as tais Luana e Jayne. Pois só de imaginar uma "suposta" traição, isso me corroía por dentro todinha.

Mas Rodrigo era esperto, sempre foi. Ele me conhece tão bem quanto eu mesma, e acho que ele logo percebeu esse meu jeito com ele.

 

— Débby... Tudo bem? - ele perguntou-me enquanto eu bebia água, na hora do intervalo.

— Hãm? Tudo... - murmurei.

— E... você vai querer ir pro vôlei, hoje?

— Acho que sim... me busca em casa pra gente ir?

— Put's... não vai dar. É que o meu pai... quer que eu vá com ele em não sei aonde... e é perto do ginásio. Daí eu já vou direto pra lá, entende? - passou as mãos no cabelo negro.

— Ahh...

— RODRIGO. CHEGA AQUI, CARA!!! - gritou um de seus amigos, o Felipe.

— Vou lá ver o que eles querem, beleza?!

— Tá...

 

Ele me deu um selinho e correu para a quadra, onde seus amigos o esperavam. E mais uma vez ele não me contou nada sobre sábado. Nem sei se é possível ainda eu acreditar nele, e nesse papo de "saidinha com o pai"...

Fui sentar-me em um dos bancos do refeitório onde estavam Rafa e Bia me esperando, mas elas logo perceberam minha casa de desanimo - eu ainda não havia contado pra elas sobre o treino de vôlei - foi aí que achei melhor contar pra elas... elas mereciam saber.

 

— Débby... você tá muito estranha hoje...

— Pareço, Bia?

— Você não parece. Você tá estranha sim! - ela afirmou.

— A Bia tá certa Débby. Você é sempre tão pra cima e maluca. Mas hoje tá quieta e... pensativa demais... Tá acontecendo alguma coisa?

— Éeeerr... algumas coisas...

— Que coisas? - Rafa interrompeu-me - Por acaso tem à ver com o Rodrigo?

— Tá muito na cara isso? - murmurei.

— Uhuum... Dá pra perceber que nem nos olhos dele, você tá olhando direito.

— Pode se abrir pra gente Déborah. Somos suas melhores amigas ou não somos? - Bia apoiou seus cotovelos sobre a mesa, inclinando seu corpo para mais perto de mim, já que estava na minha frente e a Rafa ao meu lado, também atenta para a minha resposta.

— É claro que vocês são! - sorri pausando, mas meu sorriso logo desapareceu quando meus olhos avistaram Rodrigo saindo da quadra e entrando no banheiro - É que... o Rodrigo começou a fazer vôlei há um tempo atrás, e sábado resolvi ir com ele e até participei... daí teve uma hora que ele ficou conversando com duas garotas BEM bonitas, no fundo da quadra, e... acho que ele esconde algumas coisas de mim, à respeito delas... - expliquei tudinho.

— Que coisa chata, amiga... O Rodrigo escondendo algo de você é difícil de se acreditar.

— Ai... eu sei Rafa. Mas... sei lá também... Eu tô doida pra descobrir o que eles tavam conversando. A verdadeira conversa... - pausei - Acreditam que ele falou pra mim que tavam conversando sobre um "campeonato" - fiz sinais de aspas, no ar - no fim do mês?

— Ruum... mas não fica assim Déborah. - tentou animar-me - A gente entra também nessa porra de treino, e se essas garotas tão de gracinha com ele... a gente quebra elas ué? E o seu sangue de jiu-jiteira, vai deixar isso passar em branco?

— Nossa, Rafa. O que deu em você, hein? Nem de vôlei você gosta e muito menos de briga. - espantei-me.

— E quem disse eu eu vou participar do treino? - ergueu uma das sobrancelhas - Eu quero é saber o que tá acontecendo lá, pra deixar a minha amiga assim... E se for caso de traição... - pausou para pensar - Não. O Rodrigo não seria capaz de te trair...

— Ele não é louco mesmo Débby. - Bia confirmou - Eu tô dentro! E quando vai ter o próximo treino?

— Hoje. 15h30.

— Beleza. Então é hoje que vamos saber qual é a do Rodrigo! - prensou seus lábios um no outro.

— E se ele tiver me traindo com uma delas mesmo? - murmurei, vendo que lágrimas íam começar a correr meu rosto mas logo as limpei.

— Pense que ele não tá e tenta agir naturalmente até saber da verdade! - Rafa tentou tranquilizar-me.

— É meio difícil Rafa.

— E você já pensou pelo lado de não estar acontecendo nada entre eles? - perguntou Bia.

— Não... - murmurei, abaixando o olhar - Agora eu só tô conseguindo desconfiar dele...

— Tá ligada que desconfiar demais do namorado, não é um bom sinal pro romance né?

— Pára Rafa. Olha a pergunta que você faz pra Déborah. Não tá vendo como ela tá meu?

— EI, EI, EI! Vão passar em casa pra ir pra ginásio ou não?

— É no ginásio? - Bia arregalou os olhos.

— Algum problema em ser lá?

— Ai, é meio longe Débby.

— A gente vai de bike, sua louca. 'Cê vai ou não?

— Eu vou sim. Mas a minha bike tá com o pneu todo fodido.

— Eu te carrego Bia. Pode ficar de boa. - Rafa pausou, olhando para mim em seguida - E o Rodrigo, não vai?

— Ele vai sair com o "pai" dele e depois vai direto pra lá. - respondi.

— Hmmm... Gente... mudando de assunto. Estudaram pra prova de Filosofia? É hoje...

— Não brinca... - Bia duvidou de Rafa.

— Vocês ainda tem mais 5 minutinhos pra estudarem a matéria desse bimestre.

— Esse professor é um filho da puta. Nem escutei ele avisando dessa merda... - revirei os olhos.

— Também... do jeito que é meio pirado, acho que ninguém mais escutou... - pausou - Mas não se preocupem tanto... eu passo a cola!

 

Rafa retirou do bolso de sua calça jeans um pequeno papel onde estava escrita a cola, onde suas letras eram minúsculas e pouco se dava pra entender. Rapidamente peguei o papel de sua mão e retirei meu estojo de canetas da minha mochila - mania que temos de sempre levar a mochila pro intervalo - e Bia e eu começamos a copiar numa folhinha de papel em branco, algumas coisas do que o professor, Juan Carlos de Filosofia, pediu como revisão.

O sinal logo soou e as pressas, fomos para a sala de aula.

A prova nem foi tãaaaao complicada assim, nem precisei tanto da cola e até tinha algumas coisas que eu já sabia.

 

(...)


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Notas finais do capítulo

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