Sete Vidas escrita por SWD


Capítulo 63
vida 5 capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

POSTADO ORIGINALMENTE COMO V5C13. PASSOU A SER V5C12 COM A REUNIÃO DE V5C11 E DO V5C12 ORIGINAL EM UM ÚNICO CAPÍTULO.



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LA GRANDE, OREGON

Nathalie Helms entra no quarto proibido. Ninguém que já tenha entrado no aposento viveu para revelar o que está ali guardado. Uma serviçal mantém a caixa de cristal e tudo o mais imaculadamente limpo, mas ela não conta. Um feitiço de obediência cega já seria o suficiente, mas Nathalie não quis arriscar. Gostava da forma tradicional. Nada melhor que uma analfabeta com a língua cortada para garantir que seu segredo permaneceria a salvo.

Com feitiçaria, só conseguira chegar até aquele ponto. Agora precisava ter paciência e esperar que a ciência ultrapassasse os limites da velha magia. Talvez em cinqüenta anos, mas provavelmente bem menos. E mesmo que fossem cinqüenta anos, o que era aquilo pra ela, que já esperara tanto?

Gostava de vê-lo pulsar. Gostava de sua cor, vermelho sangue. Seu maior tesouro. A realização literal de seu maior desejo. Ter para si, somente para si, o coração do homem que um dia amara. Um dia, esse coração lhe traria o homem de volta.

O toque do celular a tirou do doce transe e a fez desejar matar pessoalmente o impertinente que ousara interromper seu momento de intimidade com o SEU homem. Era o segurança que vigiava o ghoul que queria ser humano. Ela própria ordenara que ligasse assim que o ghoul sucumbisse aos instintos. Mas isso não salvaria o segurança de virar comida de ghoul.

Nathalie olhou com cautela pela estreita fresta gradeada da cela. O ghoul parecia ter perdido toda a arrogância que demonstrara há pouquíssimo tempo atrás. Voltara à aparência animalesca típica da espécie. Mas mantivera aqueles desconcertantes olhos verdes.

O rosto, mãos e braços e, principalmente, a boca do ghoul atrevido estavam sujos de sangue. Nathalie sorriu. Menos de uma hora. Ghouls não eram conhecidos por sua força de vontade.

Observou quando o ghoul recuou até o canto da cela, se encolheu e abraçou as próprias pernas. Tomara afinal consciência que devorara o humano que sabe-se-lá-porquê decidira proteger. Patético.

Podia ver uma grande mancha de sangue no chão, fragmentos de ossos sem carne e pedaços rasgados de roupas empapados de sangue. Quanto às roupas, não havia dúvidas sobre quem havia sido o dono. Sorriu.

Nathalie lembrou do Kyle de pouco antes da primeira noite de amor que tiveram. Sua beleza orgulhosa. Seu olhar de adoração. Suas juras de amor eterno. Tão diferente do Kyle da noite anterior. Um trapo não muito diferente daqueles que via no chão frio da cela. Beirava o ridículo, buscando desesperadamente sua atenção. Como a repetição daquilo tudo a aborrecia e entediava. Felizmente .. acabava um dia. Mesmo que fosse para recomeçar logo depois.

Seus contatos já tinham lhe trazido notícias sobre o forasteiro. Adam WINCHESTER, era o nome. Seu humor mudou. O teria ainda aquela noite. Ele nunca mais a deixaria. Homem nenhum nunca mais a abandonaria. O pensamento deixou-a feliz.

– MATE O GHOUL. LENTA e DO-LO-RO-SA-MEN-TE. Comece com um tiro em cada perna. Depois nos braços. Quero que sangre até a morte. Depois, limpe a cela.

Quando chegou ao topo da escada escutou os dois primeiros tiros. E o horrível grito do ghoul.

.

BANGALORE, ÍNDIA

– Tenho que reconhecer que está divertido.

– Os humanos são muito interessantes.

– Não todos. Mas agora entendo seu interesse NESTE em particular.

– Dean Winchester é especial.

– Satisfeito com o que viu?

– Muito. Mas não foi surpresa. Já esperava por algo assim.

– A bruxa tem estilo. É adoravelmente passional. Admiro isso.

– Decididamente, ela não faz meu tipo.


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