Choices. escrita por rpm


Capítulo 1
O convite.


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpa por qualquer erro, ainda não terminei de ler o ultimo livro, portanto posso usar, sem querer algum facto que não conste no livro ou que esteja errado em relação à história.



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«Ouviu-se um estrépito quando as presas de basilisco escorregaram dos braços de Hermione. Precipitando-se para Ron, lançou-lhos ao pescoço e beijou-o intensamente na boca. Ron largou as presas e a vassoura que segurava e correspondeu com tamanho e entusiasmo que levantou Hermione do chão.

-Isso não podia ficar para outra altura? – perguntou Harry, embaraçado e, como não acontecesse nada a não ser Ron e Hermione agarrarem-se ainda com maior intensidade um ao outro e baloiçarem-se ali mesmo, …» [ver notas finais]

 

POV. Hermione Granger.

O senhor das trevas estava agora completamente destruído. Mas agora o que será de mim? Acho que vou ter saudades daquelas nossas aventuras… Vim passar uns tempos a casa dos meus pais, estes receberam-me calorosamente, mas já estava aborrecida, aquele quarto com cores pálidas já me aborrecia, tremendamente. De repente, para minha surpresa, uma coruja trouxe-me uma carta. Empolgada, levantei-me de imediato e passei os dedos pelo envelope, que continha as palavras «Hermione Granger» escrita a uma letra redonda, extremamente familiar. Apressei-me a abri-la, rasgando um pouco o envolve devido à excitação. A letra atrapalhada e desordenada dizia:

«Hermione.

Espero que esteja tudo bem contigo, por aqui está… Bem tenho passado uma seca, como deves calcular, o Harry anda sempre cá, à marmelada com a minha irmã… E eu pensei…Bem…Como não…Como não tenho nada para fazer, talvez queiras passar por cá,  quando os teus pais te deixarem, e tu sabes, quiseres… E fica cá uns tempos, o Harry tem saudades tuas, e a Ginny também… Até eu... Até a minha mãe tem. Fazes cá falta…Fazes-me falta.

Carinhosamente,

Ron Weasley.»

 

Ronald, tentou escolher ao máximo as palavras certas, mesmo assim, foi demasiado hesitante, mas claro que ficara entusiasmada, o pior agora era convencer os meus pais. Tentei expressar isso numa carta de resposta, peguei num pedaço de pergaminho e numa pena, escrevi três vezes um texto até acertar, não queria parecer hesitante mas a escolha de palavras fora complexa, como nunca antes fora, ainda no ano passado, limitava-me a escrever as palavras da forma mais fluida possível. Agora…Bem os tempos mudaram e…

 

«Ron.

Sim, está tudo bem, e fico contente por saber que aí também.

Quanto à tua proposta, terei de convencer os meus pais, como deves calcular não deve ser fácil, eles não me viam à bastante tempo, e agora que me têm, não sei se eles vão gostar muito que eu me vá assim, mas vou tentar, certamente eles irão ser compreensivos, mas não contes comigo mais cedo do que daqui a uma semana. Fico alegre por saber que sentem a minha falta. Fico alegre por saber que sentes a minha falta.

Carinhosamente,

Hermione Granger.»

 

Fiz, obviamente, questão de não fugir aos temas e de começar e acabar exactamente da mesma maneira que Ron, sabia que isso o ia deixar um pouco irritado, conhecendo Ron como eu conheço. Arranjei um envelope, e escrevi «Ronald Weasley» com uma letra perfeitamente certa, e a coruja encarregou-se do resto. Não me consegui conter e voltei a ler a carta de Ron, parei na parte que dizia «Fazes cá falta… Fazes-me falta» para ter a certeza que não tinha cometido nenhum erro à primeira leitura. Ron nunca me tinha dito algo assim. Lembrei-me do nosso beijo, acho que as coisas mudaram a partir daí, não namorávamos, não tinha havido nada que o oficializa-se, mas não nego o facto de não conseguir parar de pensar em Ron.

                -Hermione! – gritou a minha mãe – O jantar está pronto!

                -Já vou! – retorqui.

Guardei a carta na gaveta, e desci. Na mesa encontrava-se uma enorme travessa de empadão de carne, o meu pai já estava sentado, fiz-lhe companhia esperando pela minha mãe que se sentou também. Meu pai, tagarelava sobre o que lhe tinha acontecido no emprego, e minha mãe fazia questões como uma criança que gosta de expandir os seus conhecimentos. Quando a minha mãe serviu a tarte de sobremesa, ganhei coragem para finalmente lhe pedir o que queria.

                -Mãe? Pai? – engoli a seco – lembram-se do Ron? Bem ele convidou-me para ir passar uns tempos com ele e Harry lá a casa. – voltei a engolir a seco – E eu gostava mesmo de ir. Prometo voltar em breve. O que me dizem?

 

POV. Narrador normal.

 

Os pais de Hermione ficaram surpresos. Ela respirou fundo com um certo medo da negação. Finalmente, ambos entreolharam-se e sorriram.

                -Ó amor! Não há problema nenhum, podes ir, tu sabes que sim, mas tens de nos prometer que voltas de vez em quando. – Disse a mãe de Hermione.

Hermione levantou-se rapidamente da cadeira e beijou a face à mãe e ao pai, totalmente entusiasmada.

                -Obrigada! Mil obrigadas!

Hermione estava super entusiasmada, mal podia esperar por sair daquele sítio, não é que não gostasse dos pais, mas estava farta da mesma rotina. Passou uma semana, e estava na hora de haver uma despedida, já com as malas feitas Hermione abraçava a mãe e o pai, prometendo voltar. Partiu, e encontrava-se agora em frente a porta d’ A Toca.

 

POV. Hermione Granger.

 

Bati à porta sem hesitar, perguntava-me quem me receberia tão cedo, provavelmente Molly Weasley. Não errei, foi exactamente o abraço caloroso da mãe de Ron que me recolheu.

                -Ó minha querida! Entra! – Ajudou-me com as malas – Ainda bem que já cá estás! Estávamos todos esperando o momento que chegasses. – Sorriu-me carinhosamente.

                -Provavelmente cheguei muito cedo.

                -Não minha querida, a Ginny já está a pé, podes deixar as coisas no quarto dela. Depois desce e anda tomar o pequeno-almoço. E vê se me acordas o Ron e o Harry. – Dizia em quanto preparava o café.

Subi as escadas, um pouco impaciente, e corri até ao quarto de Ginny com as minhas malas. Bati à porta e uma voz doce me respondeu:

                -Mãe, já vai!

                -Ginny, sou eu, a Hermione! – Ri-me.

 Ouvi os passos acelerados de Ginny no quarto, abriu-me a porta enrolada apenas numa toalha e com o cabelo encharcado e abraçou-me fortemente sem hesitar.

                -Ó! Como é bom ter-te de volta Hermione! – Largou-me e ajudou-me com as malas, colocando-as por cima da cama que me iria pertencer durante aquele tempo.

                -Tenho um monte de novidades, mas acho que é melhor ir-mos tomar o pequeno-almoço primeiro, a minha mãe já me chamou um montão de vezes. – Disse vestindo-se.

                -Ela disse para acordar Ron e Harry. – Lembrei-me.

                -Não te preocupes.

Ginny saiu do quarto já vestida mas com o longo cabelo ruivo ainda a pingar. Bateu à porta do quarto de Ron.

                -RON! HARRY! Pequeno-almoço! JÁ! – berrou Ginny.

                -Deix…nos…e…paz! – Berrou desordenadamente Ron.

Ouvir a voz dele, independentemente da circunstancia fazia-me sentir tão bem…Dava-me uma especial segurança.

                -Ron! Já! – Berrou Ginny.

                -Já vamos! – Retorquiu Harry.

Ginny e eu descemos as escadas pondo a conversa em dia, fofocas. Coisas de raparigas, informou-me dos mais chocantes namoros, das paixonetas e coisas de esse género, mas decidiu deixar o seu namoro com Harry para uma altura que tivessem mais tempo. Chegamos à cozinha e já tínhamos o pequeno-almoço pronto. Senta-mos à mesa com Molly Weasley, Arthur Weasley, pai de Ron, chegara logo de seguida cumprimentando-me simpaticamente. Ouvi duas caminhadas apressadas pelas escadas a baixo, fiquei reluzente por pensar que podiam ser Ron e Harry, mas quando me virei eram Fred e George Weasley.

                -Hermione! – Disseram ambos em coro, arrastaram a cadeira e pegaram-me ao colo. – Tivemos saudades. – Repetiram o coro perfeito, e pousaram-me no chão.

Observei-os sentarem-se. Ouvi mais passos, e fiquei radiante por ver Harry descer as escadas a correr até mim.

                -Hermione! – Exclamou excitado com a minha chegada. Quando desceu totalmente as escadas, abraçou-me como se já não me visse à um ano. – Como tenho saudades tuas.

Sabia-me tão bem ter o meu melhor amigo ali, feliz, e longe de perigos o que era extraordinariamente impossível, parecia algo que desafiava as leis da natureza. Harry largou-me e sentou-se a beira de Ginny, eu continuava em pé esperando por Ron.

                -Okay! – Berrou uma voz mal disposta ainda longe dali, mas já se fazia ouvir. – Eu percebo que vocês tenham de trabalhar e blá blá blá, mas ACORDAR-ME a esta hora, tenham piedade por fav…

 


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Notas finais do capítulo

[nota]original de J.K. Rowling. Página 500 «A BATALHA DE HOGWARTS» (capitulo XXXI) na versão portuguesa do livro «Harry Potter and the Deathly Hallows» (Harry Potter e os Talismãs da Morte).



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