On The Murder Secene escrita por ana way


Capítulo 5
Capítulo 5- What it feels like to be a ghost?


Notas iniciais do capítulo

Capitulo um tanto esclarecedor =D



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O barulho inconfundível de chuva o incomodava, há dias não havia parado aquele mesmo clima, aquelas mesmas pessoas, tudo igual. Seu quarto continuava bagunçado, roupas espalhadas pelo chão, gavetas abertas, nada muita diferente do normal.
Tirando, claro, sua nova obsessão. Talvez a única em toda sua vida.
Precisava fazer aquilo, precisava o fazer sofrer, do mesmo jeito que ele o fez sofrer. Mais não queria fazer da maneira mais fácil, e sim da maneira mais...dolorosa.

Ajeitou-se na velha poltrona, uma garrafa de bebida qualquer que havia trazido de seu bar pela manha, estava praticamente vazia. Frank olhava o líquido verde, mais não parecendo realmente vê-lo, seu pensamento estava longe.
Já estava de noite, e ele não havia ido trabalhar. Ignorando completamente as ultimas ligações, sabia que ou seriam do Ray, ou do homem que fazia as constantes ameaças, mais Frank não ligava mais pra isso. Agora sabia como se defender, mais mesmo se não soubesse não teria mais medo. Afinal, o que seria da sua vida se tirassem à única parte importante dela? “Nada” pensou ele enquanto voltava sua atenção para a bebida, levou a garrafa até sua boca, e logo em seguida bebeu o que havia sobrado do líquido. Sentindo-o descendo por sua garganta queimando seu interior.

Logo em seguida, pois a garrafa em uma mesinha do lado olhou-se, suas roupas amassadas, as mesmas de ontem, se sentindo sujo. Decidiu então ir tomar banho, quem sabe assim seu animo não melhorava?
Foi até seu banheiro pequeno e apertado. Tudo naquele lugar era assim, pode se dizer que ele sentia nojo. Se fosse reconhecido pelo que realmente era, sua vida seria diferente, não teria que morar naquele lugar, tudo seria melhor se ainda o tivesse.

Ligou o chuveiro, e logo depois tirou sua roupa. Água fria, pois não havia água quente. Ele poderia morar em outro lugar se quisesse ter uma vida melhor. Afinal, ele ganhava bastante dinheiro com o bar, só não se mudava talvez por...Orgulho. Ou até mesmo por pura preguiça.
Desligou o chuveiro, enrolou a toalha em volta da cintura, ouviu o telefone tocar de novo. Resmungou baixinho como se alguém pudesse o ouvir. Decidiu que dessa vez atenderia. Andou devagar até o aparelho, torcendo pra que ele parasse de tocar, mais não parou. Tirou o telefone do gancho e pois no ouvido.

- Alô?
- Ei Frankie, como vai amor? –a voz do outro lado disse, com a ironia de sempre.
- Eu cansei de suas ironias, o que você quer dessa vez?
- Ironias? Que ironias? Não, eu não tenho tempo pra isso, eu sou uma pessoa completamente séria, você sabe disso. –ele disse, com o mesmo tom irônico, cheio de sarcasmo. –Bom isso não vem ao caso. Eu quero te ver Frankie. –ele continuou mais agora não tinha mais sarcasmo na voz, estava sério de novo.
Frank respirou fundo, o que o tal homem queria com ele afinal?

- Você quer me ver pra que? –ele perguntou, ainda ofegando.
- A, você sabe. Nós ainda temos muitos assuntos a tratar, não se esquece que eu te vi lá aquele dia. –ele disse, sua voz e sua respiração estavam completamente calmas, ao contrario de Frank, que ofegava, havia começado a soar frio. Seu estomago embrulhava só de pensar no tal encontro. Deu um profundo suspiro, tentando tomar coragem para responder. Finalmente, depois de alguns meros segundos, ele continuou.
- Tudo bem. Mais vai ser só eu e você, não quero ver o outro, e nada de me ameaçar. Vai ser apenas um encontro. –Frank respondeu, tentando parecer o mais seguro possível, não parecendo ter o convencido.
- Ótimo.

O homem do outro lado da linha deu as instruções de onde seria um encontro. Frank conhecia o lugar, um bar, parecido com o dele, mais a diferença era que o bar era um tanto “mal freqüentado”.

- E então, quando nós vamos nos encontrar? –o homem com a voz doce perguntou.
- Não sei, por mim tanto faz. Amanha? –Frank parecia completamente calmo, mais por dentro estava realmente com medo. Tentava se convencer de que o homem era inofensivo, mais todas as tentativas de se acalmar foram frustradas.
- Por mim esta bem, amanha então. Às três horas da tarde.

Ele não esperou Frank responder, apenas desligou o telefone, fazendo com que ele falasse sozinho.
Frank resmungou de novo, e então logo depois rumou para sua cama. A única coisa realmente grande naquele apartamento, ele valorizada uma boa noite de sono. Jogou-se na cama, encarando o teto, ainda com a toalha enrolada na cintura e seu cabelo levemente molhado e bagunçado.
Seu quarto estava completamente escuro, havia apenas a fraca luz da rua. Frank acabou dormindo ali mesmo, de toalha, sabia que pegaria um resfriado, mais não estava realmente ligando.

Menos de duas horas depois, Frank estava soado, gotas de suor escorriam por sua testa levemente franzida pelas constantes tentativas de acordar daquele pesadelo. Virava de um lado pro outro da cama, até que ele acordou. Seu sonho sempre terminava do mesmo jeito, o barulho do tiro, o grito de dor, e o corpo pesado caindo no chão.
Olhou no relógio: Três da manha.
Acordava sempre nessa mesma hora...

- Mais que merda, sempre o mesmo sonho, na mesma hora, do mesmo jeito. –ele praticamente gritou, torcendo para que alguém o ouvisse, mesmo sabendo que não o ouviriam.

Então se levantou eu foi até o banheiro. Ligou a água da pia, pois suas mãos por baixo da água e a jogou em seu rosto limpando o suor que se formava em sua testa. Não conseguiu dormir depois do sonho. Há dias estava com aquela aparência horrível por não dormir, olheiras gigantescas se formavam por baixo de seus olhos, iguais as de Gerard no dia em que eles se conheceram.

“Gerard”, Frank suspirou, lembrando-se da sua incrível perfeição, talvez as olheiras e a aparência cansada que o faziam tão perfeito.
Frank não costumava gostar de homens, não que ele tivesse algum tipo de preconceito. Aquilo apenas não era normal. Há algum tempo atrás ele estava namorando, uma mulher até que boa por assim dizer, ela fazia bem para Frank, mais ele apenas não se sentia completo com ela.

Olhou em seu relógio, o visor indicava quatro horas da manha. Sentiu seu estomago pesado ao se lembrar que em poucas horas teria que encontrar ele, estava ansioso pra ouvir o que ele tinha á dizer ou fazer.
Deitou-se na cama de novo, ela estava um tanto molhada, talvez pelo seu suor, ou pela toalha molhada enrolada em sua cintura. Olhou seu corpo por alguns segundos, e viu  que ainda estava parcialmente nu, então foi até seu armário, pegou dentro da gaveta uma cueca e uma calça qualquer.

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