Eu precisava saber o que os Cullen e Jacob estavam conversando. Tentei ouvir cada palavra que eles diziam mas não dava. Tentei me distrair lendo Drácula, mas não deu certo.  Minha intuição me disse que tinha algo a ver com os tal Volturi. E com morte. Estremeci com esta última palavra. Era comigo. Mesmo falando que não tinha nada a ver comigo eu sentia que Jane estava procurando algum motivo para me matar. Cruel. Ela me deu a felicidade e agora quer me tirar. Que realeza era essa que parece que não quer ter súditos. Simplesmente eles eram estranhos. Era a minha sentença de morte sendo anunciada. Me aproximei de Diego e lhe abracei fortemente e ele me retribuiu. Então, me senti segura, protegida. Então fui obrigada a volta para a realidade. Bem que eu queria continuar viva mas contra os Volturi não tinhamos chance. Só me restava saber quando e onde. Às vezes eu odeio o meu talento. Sempre sei o que vai acontecer.

            Edward subiu as escadas, com uma expressão que eu não conseguia ler. Parecia atormentado, nervoso.

            - Bree, acho que você já sabe não é? – Edward disse.

            - Bom, sim – assenti. Por favor, me ajude! Eu não sei lutar, não sei fazer nada! Pensei para o leitor de mentes.

            - Fique tranquila, vamos te ajudar! – ele disse, com um tom acalmador.

            Aquilo ainda não bastou para mim. Qualquer um podia morrer: eu, Diego ou até os outros. Agora que a minha vida estava se acertando, me acontece esta. Eu estava em um momento equisito, meio sentimentalista. Então eu, uma adolescente eterna, fui chorar em qualquer lugar, longe de tudo e de todos.

            Encontrei uma árvore que me pareceu bem acolhedora. Sentei lá mesmo e desabei. Então, alguém chegou do meu lado. Naturalmente, fiquei em posição defensiva. Não era preciso, era somente Diego. Virei a cabeça e continuei chorando.

            - Ei, por que você está chorando? – Ele disse, muito preocupado.

             - Nada, saia daqui! – Eu queria que ele ficasse aqui, mas não queria demonstrar fraqueza.

            - Sabe Bree, você me encanta de qualquer jeito, até chorando. – ele disse, sorrindo e com uma voz deliciosamente suave, e eu poderia escutar ela até o fim da eternidade. Diego, ah Diego. Mas eu estava chorando. Nunca quis ver ninguem perto de mim, ainda mais chorando. Fiquei em silencio por um momento.

            - Me dê um bom motivo para sair daqui. – ele disse, querrendo ficar. Ele sabia negociar.

            - Não quero você aqui sofrendo comigo. – eu disse, completamente amargurada.

            - Que é isso Bree, nós vamos sair dessa! Deixa de ser depressiva. – ele disse. É, eu estava completamente deprimida. A tristeza tomou conta de mim.

            - São os Volturi, Diego. Os V-O-L-T-U-R-I! Não temos chance alguma contra eles! – disse, alterando o tom de voz. Eu estava completamente triste, amargurada e nervosa. – Eu vou morrer Diego, nós vamos morrer! – eu disse, arfando. E essa palavra saiu com um tom bem preocupado.

            - Você quer um motivo para viver? Um bom motivo? – ele disse com um tom muito irônico.

            - Há, quero ver qual é esse graande motivo! – eu disse, debochando.

            Então, seus lábios tocarm os meus, ele me beijou. Não tive palavras para explicar mas foi incrivelmente bom e queria que aquele instante, mesmo pequenino, durasse para sempre e sempre. Ele me envolveu com seus braços e então, eu me esqueci de tudo.

            - Eu te amo, para sempre, Bree Tanner, e vou lutar por você e estar ao seu lado, pro que der e vier. – ele disse com a voz mais linda e acalmante que há no mundo. É, eu estava perdidamente apaixonada por ele.

            Não tive forças naquele momento. Aquele, embora com acontecimentos desagradáveis, foi o melhor dia da minha vida. E eu queria que esse melhor dia nunca acabasse, ou que sempre tivessem dias iguais.

            - Pro que der e vier, para sempre. – arfei. Agora sim, podem vir os Volturi, um exército de novos vampiros, ou até mesmo todos os vampiros do mundo contra mim. Até o cheiro da humana Bella não tinha mais sentido. Agora eu só queria ele. Só ele me interessava agora. Eu tinha forças para viver de novo. Eu poderia morrer um milhão de vezes, mas se eu estiver com ele, nada mais importa.