[トレーニング?]

Capítulo 29: Treinamento?

  Mitsu só viu duas coisas: A cabeça de Nishi caindo e um mar de figuras verdes do mesmo.

  Não desmaiou de uma maneira clichê, mas... Foram as únicas coisas que ela viu, ou que conseguiu ver.

 Os estranhos gafanhotos criaram um circo em volta de Nishi e foram o atacando com suas garras que mais pareciam facas de cozinha. Ele recebia cada golpe parecendo não sentir.

— Isso é o mais fundo que você pode cortar?

  Disse Nishi, com a voz distorcida. Investiu contra um deles e o atravessou sem parecer perfurá-lo, momentos depois, a criatura caiu morta no chão, como um brinquedo.

— Isso se chama cortar a alma! Ou a essência... Ou sincronia... Ah, que se dane!

 Do seu braço, se criou uma Foice negra e aquele foi o início do show. Seus movimentos eram inexplicavelmente lindos, cortava um por um com uma destreza que fazia aquilo mais parecer algum tipo de dança de rua estranha.

— Seu corpo é jovem isso é ótimo! Digo, nosso corpo é jovem!

 Quando quase todos os gafanhotos tinham sido aniquilados, cortados, jogados para o alto e até mordidos, Nishi envolveu um deles em um canto onde dois prédios se encontravam.

— Eiji veio investigar? Aquele assassino reprimido e com distúrbios já não tem o que quer? Não é ele que diz ter algo melhor que o H.H? Por que mandar vocês atrás de mim?

 O gafanhoto botou a mão na garganta e a apertou, ele encheu que nem um balão e explodiu. O Sangue roxo se espalhou pelo lugar.

— Ah cara, que nojo! Nossas roupas novas! É pior que sangue de barata!

— Você tem sangue de barata!

 Uma voz ressoou de fora do beco e uma mão gigante e negra o acertou em cheio.

— Mas que m... Ele levou outro soco, quebrando a parede do extremo limite do beco.

— Essa força? H-san? Stella? Irmãzinha?Ah! Do que eu te chamo?! Maldita dupla personalidade! Antes de perceber, ele tinha sido socado novamente.

  O saco de pancadas ambulante recobrou o equilíbrio e se levantou, botou a mão do olho e eles voltaram ao normal.

— O negócio é comigo, melhor eu assumir.

— Mas...

— Ela não vai hesitar em te destruir para me pegar, acho.

— Ok, aceito. Desde que não destrua o mundo ou algo assim, tudo bem.

— Heh, isso... Você não sabe que... Não posso prometer!

 E os braços dos dois irmãos se tornaram monstruosos como de costume e se encontraram em um soco. A força era tanta, que o céu nublado encima deles virou negro.

— Então é isso que você faz?! Não tínhamos prometido algo?!

— Sobrevivência irmã, sobrevivência.

— Seu lixo.

— Fale isso quando estiver no meu lugar!

E então, as cenas de luta que se seguiram, mereceriam alguma censura ou algo assim, mas não vou dar para vocês este privilégio.

  A mão de Nishi/S.N se transformou em um estranho dragão que engoliu H-san, esta explodiu o seu braço e virou um pássaro gigante, indo de encontro contra ele. Com certeza foi um show de horrores. A energia era tanta, que raios saiam de cada choque, podia se sentir o ar que era movido com cada  impacto, dois monstros brincando em um parque de diversões.

— Por que Nishi?! Perguntou H-san, no meio da batalha.

— Oh, vejo que tem algum afeto por ele, talvez queira seu corpo? Oh, desculpe, sou o único parasita aqui. ~  E ele a socou com desprezo.

— Desgraçado! Dos braços de H-san, uma espada gigante se formou e foi em direção a S.N. Ele não se preocupou ou esboçou medo, por que sabia que seu “parceiro” cuidaria do resto.

— Já chega! Disse a voz da lucidez de Nishi. Era diferente, passava autoridade e força. O vento pareceu chorar e a espada de H-san parou no mesmo momento. Os olhos do garoto voltaram ao normal e a batalha acabou.

— Quando você sair do meu corpo, pode brigar com ela até fazer a dimensão entrar em colapso, mas por agora, por favor, relaxe.

 Um aglomerado de fumaça surgiu e virou a moto de H-san. Ela montou-a e pulou surrealmente num alto de um prédio, com a moto... E desapareceu.

— Por um momento, eu me senti com um medo que não sinto faz muito tempo, será que isso que eles chamam de controle da sincronia? Pensou S.N, Mas Nishi ouviu, já que eles eram... Bem, vocês sabem.

— Controle da sincronia?

— Esquece garoto, esquece. São linhas que os humanos não devem ultrapassar.

 Ele ignorou e olhou para o lugar destruído e espalhado de sangue de gafanhoto. Perto dele, Mitsu estava parada com os olhos arregalados e cabelo despenteado.

— Não me olhe assim, não é minha culpa, sério.

— Não se preocupe, foi um ótimo encontro, até mais. E ela saiu, com o mesmo olhar arregalado, tentando ignorar o que viu.

 Nishi sentou-se na calçada e olhou para a cúpula negra que se desfazia no céu.

— Cara... Quem vai limpar isso?

• • • • • • • • • •

Já isto, se passa antes de Nishi receber a estranha carta:

De R.Sakurai para H.Nishimoto.

 “Querido Hikata-kun de merda, por esta carta venho lhe dizer que este vai ser o pior ano da sua vida, ou o último. E, eu irei contribuir para que isso se torne realidade. Miyazaki-san, neste momento, está trabalhando em um recipiente para a sombra idiota alojada em você, dentro de alguns poucos meses, entrará em outro árduo treinamento. Prepare-se, para ter as mais infernais férias de verão de sua vida.”

— Acho que assim faz parecer que eu sou gentil, certo? Disse Sakurai, com uma cara de apreensão.

— Claro. Disse um jovem com cabelos negros, curtos e sedosos, com um estranho e pequeno rabo-de-cavalo atrás. As pessoas o chamavam de Zero-san, mas seu verdadeiro nome era Sakyoma Machizu, um jovem de 25 anos e o maior entendedor do assunto “ sincronia” no mundo.

— Então, quem é o garoto que vou treinar? Disse ele. Estavam no alto da torre da cidade de chuva eterna, olhando para o nada. Sakurai manteve seus olhos no horizonte e disse:

— É um garoto japonês e idiota, mas também é: Hikata Nishimoto, seu sucessor... E aquele que vai destruir e reconstruir o mundo!

Capítulo 29: Treinamento? Fim.