H.h escrita por Rikuu


Capítulo 17
Capítulo 17 - Inferno de Gelo




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[氷の地獄]

Capítulo 17 – Inferno de Gelo

 

 

 

 

 A prisão de gelo, ou Inferno de Gelo como a maioria costuma falar, é a maior e mais segura prisão do mundo e está sob o comando da O.H.D desde a batalha de dominação mundial de 1758, um dos melhores anos desta organização. Está localizada no meio do gelado oceano glacial Ártico. Mesmo sendo em um mar que não se caracteriza por ter Icebergs, é cercado por paredes gigantes deles e dentro das mesmas, um mar extremamente raivoso. Foi construída em 50 a.C por uma raça extinta dos mares e abriga os seres mais cruéis e perigosos do mundo. São 40 andares, 20 térreos e 20 subterrâneos, sendo que quanto mais baixo, mais perigoso. Cada andar tem 2 km de corredor, fazendo um lugar fácil de se perder e provavelmente não sobreviver muito.  Um verdadeiro inferno. Nishi, infelizmente, está se dirigindo para lá.

 

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 Vamos tentar entender um pouco as coisas:

 Nishi estava andando calmamente pela central japonesa da O.H.D e de repente ela é invadida. Mas que merda?

 

O fato é que a Organização Zero invadiu a central e Kurohime, Myazaki e Bakuretsu-san são componentes da mesma. Sakurai, por motivos próprios, se juntou a ela. Nishi teve a opção de continuar sem agir ou ser considerado traidor. Bem, agora sabemos o que ele escolheu. Com 50 aviões de combate lotados de pessoas sedentas por vingança, eles se dirigem ao lugar que muitos chamam de inferno.

 

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 A maioria das pessoas dentro do avião estava dormindo profundamente, enquanto aproveitavam suas últimas valorosas horas de sono, ou de vida. Nishi olhava para o mar raivoso lá embaixo e pensava o que seria dele após aquilo. Tantas vezes arriscou sua vida por causa daquela maldita organização e agora a estava traindo, mesmo que fosse por um companheiro, aquilo certamente era suicídio. Mas não estava ali só por aquilo, mas, horas antes, quando partiram, a Motoqueira sem nome, ou H.H, ou sei lá como ele deveria a chamar, havia lhe dito:

— “Se sobreviver a isto, lhe contarei a verdade e uma pequena história”.

— Droga! Sempre essas chantagens! E por que diabos ela sempre me diz “se sobreviver”?! Exclamava ele em seus pensamentos.

 

 

 

 Mitsu havia mantido distância de Nishi desde a invasão e sempre que ele tentava se aproximar, ela saia. Realmente não parecia a garota que conheceu. Agia só assim com ele e isso o deixava preocupado. A verdade era que ela tinha se descontrolado aquele momento e disse o que havia guardado para si mesma e mesmo assim, foi em vão, então preferiu manter distância para evitar outro descontrole.

 

 Naquele avião, todos seus conhecidos se encontravam, fazendo-o se sentir mais seguro. Via uns ou outros desconhecidos vestidos com capas amarelo queimado, mas não se importava. Percebeu que não era o único que estava acordado ali. Viu Sakurai olhando para a janela, pensativo. Hesitou em chegar perto dele, mas a solidão o obrigou, aquele lugar estava no silêncio absoluto fazia cerca de duas horas.

 Se levantou e ficou de em pé a frente dele, em um dos assentos que havia ali.

 

— O que aconteceu com Haruki? Não a vejo. Disse ele.

 

Ele virou lentamente a cara para ele e disse com desprezo:

 

— Aquela vadia ajudou a derrotar Sano e o prender e decidiu não vir conosco por achar que qualquer um que se voltar contra a O.H.D deve ser punido e merdas como essa.

 

Ele ignorou o que Sakurai disse e o perguntou de novo:

 

— Pensativo por quê?

 

Pensou que ele não ia responder, mas se surpreendeu.

 

— Me sinto preocupado.

— Preocupado pelo quê? Perguntou ele, estranhando sua maneira de agir, mas com sua resposta logo percebeu que era só impressão.

 

— Preocupado pelos estragos que eu vou fazer naquela maldita prisão. Disse Sakurai, com um sorriso cruel no rosto. Ele se levantou e andou entre os assentos, levou suas mãos ao ar, dizendo em seguida:

 

— Eu quero ver a cara do meu pai quando souber disso.

— Quem é seu pai? Perguntou Nishi, desconcertado.

— Ele é a pior que pessoa que existe no mundo e o chefe geral da O.H.D! Gritou ele, virando para trás e logo voando para longe por causa de um tremor.

 

 Antes que ele pudesse esboçar surpresa, foi surpreendido por aquilo. De repente, uma voz se ouviu e o piloto gritava:

 

— Três anjos atacando, três anjos atacando.

 

 Todos os passageiros, na mesma hora, se acordaram e sacaram suas armas, como se tivessem se preparado há muito tempo. Taikou, Mitsu e Myazaki-san pareceram continuar sonolentos mesmo depois do inesperado.

 

— Segurem-se! Bombardeio aéreo iniciado em 4, 3, 2... 1!

 

 Quando ele disse “um”, Nishi voou dentro do avião, parecendo uma marionete. Tinha a impressão que o mundo inteiro estava girando e tremendo. Foi jogado para trás, perto de uma janelinha e se segurou em um assento. Pensava que “anjos” fosse algum tipo de avião militar, mas não, eram realmente anjos! Eram criaturas que vestiam um tipo de armadura metálica, com mais ou menos 3 metros de altura e suportavam dois grandes canhões em seus ombros e gigantes e majestosas asas que pareciam distorcer o ar.

 

 De repente, ele foi jogado de novo para a parte da frente, recendo um gentil “Olá” de Taikou e batendo nas costas de Sakurai, agora de em pé, parecendo não sentir nada.

 

  Dentre todo caos, a Motoqueira Negra parecia relaxada enquanto estava sem seu capacete e olhava fixamente para a janela com uma cara que passava uma extrema segurança.

 Ele se aproximou e pensou como chamar ela. H.H? Não, precisava de algo mais prático.

 — H-san, o quê diabos esta acontecendo?

 — H-san? Que nome idiota. Riu ela. — Porém, simpático, pode me chamar assim se quiser.

— Não fique calma numa hora dessas!

— Ora, simplesmente fomos percebidos pelos radares da prisão e estamos sendo atacados por seus guardas aéreos. Disse ela, continuando calma.

— E então, o que devemos fazer agora?

 

 Ela viu o míssil que vinha em direção a sua janela, virou a cabeça para Nishi e disse com um sorriso no rosto, apontando o dedo para baixo.

 

— Apenas... Descer.

 

  Quando ela pronunciou “descer”, o avião foi jogado para baixo e a última coisa que Nishi viu foi algo vindo na sua cabeça diretamente, fazendo o desmaiar.

 

 

 

 

 Ele acordou com a cabeça rodando. Segurou-a e urrou de dor, mesmo que não houvesse sangramento, doía muito. Logo que olhou para os lados, viu Taikou e Mitsu o fitando ao seu lado.

 

— O quê diabos aconteceu? Disse ele.

— Nós fomos atingidos em cheio e caímos, simples. Respondeu Taikou.

— Como pode ficar tão calmo?

— Eu sou um super-herói!

— Retardado!

 

 Nishi se levantou e fez menção em sair. Antes disso, Mitsu o parou e buscou algo em um dos assentos e voltou com um grande sobretudo cinza de inverno. Ele percebeu que era igual aos que os dois estavam usando. Onde será que eles estavam?

 

— Vista-o, vai precisar.  Disse ela.

 

 Ele obedeceu e o fez. Como já estava com seu uniforme que odiava (que no lugar do símbolo da O.H.D havia um Zero) pegou a katana que Sakurai havia dado para ele e botou-a na cintura e saiu. (mesmo não sabendo a manusear, a única coisa que ele disse antes de entregá-la foi: — “Vai ser útil um dia!”) Pensou em botar seu capacete ridículo de motoqueiro com grandes fones, mas desistiu. O odiava.

 

 Saiu e abriu a porta, olhando em volta.  O avião se assemelhava a um tanque de guerra gigante voador e estava caído encima de uma superfície de gelo na água.

 Se assustou ao ver um dos aviões da frota da Organização Zero caindo em chamas e se espatifando contra o mar. Viu explosões em tudo que era lugar e corpos voando como insetos. O mar em volta estava cheio de mini-Icebergs, sendo palco de luta contra homens encapuzados e raivosos e os terríveis pesadelos vivos, os soldados com a máscara de oxigênio.

 

 De repente, um objeto veio girando em alta velocidade perto da superfície onde se encontrava e explodiu, espalhando água por todo lado. Dá água, um “anjo” totalmente destruído veio tentar o atacá-lo, mas caiu no chão morto logo que chegou perto. Olhou para o céu e viu o que parecia uma chuva de meteoros. Aviões e anjos caiam no mar e explodiam no céu, um verdadeiro espetáculo bizarro dos ares.

 

 Ele finalmente prestou atenção no cenário a sua frente. Um forte de um tamanho inimaginável se encontrava a sua frente e em seu pátio ainda maior, todas as raças encontradas ali lutavam bravamente.

 

— Eu realmente estou no inferno. Disse ele para si mesmo, perplexo.

 

 

 Com certeza aquilo não estava acontecendo para libertar apenas uma pessoa. Mas sim para se vingar por todo o sofrimento que aquelas raças haviam sofrido nas mãos dos humanos.

 Ali, no pátio do forte, duas ondas gigantes atingiram em cheio o local, matando centenas e simbolicamente iniciando a tão esperada batalha pela liberdade.

 

 

 

Capítulo 17: Inferno de Gelo: Fim.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Próximo capítulo: A Batalha pela Liberdade I