Promete que não Me Abandona? escrita por kagerou


Capítulo 2
II


Notas iniciais do capítulo

Konan está querendo fugir da Akatsuki. Pain tenta inutilmente encontra-lá e traze-lá de volta para ele.



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A chuva havia piorado visivelmente e agora assoprava e molhava tudo em seu caminho, levantando folhas consigo, mas isso era de pouca preocupação. Em um desfiladeiro longe dali, um homem solitário observava a chuva cair, molhando-se inteiro, enquanto as gotas pingavam da ponta de seus cabelos e cílios. Olhava a paisagem ficar levemente embaçada por cauda da chuva incessante. E apenas copas de árvores conseguia avistar. Não era o que procurava. 

 

 

Levantou o rosto pra cima e sentiu as gotas rapidamente encharcarem seu rosto, e sem importar com as gotas que pareciam navalhas caindo em sua pele, selou um jutsu rápido com as mãos. Em pouquíssimos minutos, aquela chuva havia parado. Sim, ele mesmo que havia feito toda aquela chuva. Mas o que diferencia a sua chuva a da natural, é que a sua não é exatamente uma chuva. Mesmo molhando as plantas, é como se nem tivesse chovido, não rega a terra, ela não satisfaz a sede e muito menos é reconfortante. Seu objetivo real? Achar e localizar. Pain tinha muitos subordinados e quando um desses um dia tivesse a idéia ridícula de fugir e parar de trabalhar para ele, sua chuva facilmente encontraria o fugitivo. Se a chuva a tocar, te molhar nem que seja por um pingo; Pain no exato momento sabe onde está. Interessante não? Fugir dele é muito difícil. Mas também é um tiro no escuro.

 

 

Porque?

 

 

Bem, porque a pessoa que o ruivo procura não é burro como qualquer outro seria. Além de conhecer este jutsu, facilmente diferencia a chuva natural com a chuva de Pain... Isso é um problema.

 

 

Bufou irritado.

 

 

E como se fosse uma sombra em noite sem lua, desapareceu como se também nunca tivesse estado ali. Teria que ter um novo plano. E teria que ser rápido. Precisava dela ali.

 

~~~~~

 

Voltou a andar silenciosamente pela trilha de barro, não querendo chamar atenção de nada ou ninguém. Havia se escondido em um estábulo para não ser encontrada por quem menos queria naquele momento e, depois que viu que ele desistiu de tentar neste método, voltou a andar. Queria ficar sozinha.

 

 

Estava tão distraída que nem percebeu que havia começado a chover, mas agora era a verdadeira mãe natureza encharcando o chão barroso. Continuou a andar sentindo as gotas gentis – diferentes das que Pain fazia – caírem em sua cabeça, molhando os fios azulados e curtos. Tirou a flor de papel que usava como enfeite em suas madeixas tão azuis como o céu de primavera e um mar no mediterrâneo.

 

 

Então começou a sentir o excesso de peso que estava começando a se formar. O sobretudo negro com as nuvens vermelhas estava encharcado e agora pesava sobre o corpo feminino. Parou e tirou-o com cuidado, olhando ao redor com receio de ser descoberta no meio das árvores. Tirou ele e deixou pelo avesso, com as nuvens e o tom escuro ao contrário. Teria que passar a noite numa vila e com o manto tão “discreto” não seria fácil. Por dentro, o sobretudo tinha um tecido macio tão macio quanto a seda, mas tão forte e resistente quanto a sarja. Era tingido de vermelho bordo.

 

 

Estava enrolando o sobretudo quando ouviu uma movimentação entre as árvores. Logo parou e observou ao redor e logo uma pequena idosa andava calmamente entre as raízes que saiam da terra. Ela sorriu na direção da jovem moça e perguntou educadamente:

 

- Oe, o que uma moça como você faz sozinha nesta chuva? – sua voz era rouca como toda pessoa idosa teria um dia – Como se chama a senhorita dos cabelos azuis mais lindos que já vi? – ela sorriu, mostrando um buraco entre as fileiras de dentes.

 

 

Konan observou a figura simpática da idosa por um tempo, até responder:

 

 

- Konan. – ela disse calmamente e relaxando os músculos depois do pequeno susto. A mulher parecia ser gentil e inocente. E não havia feito mal para Konan, então ela não tem motivos para atacar a idosa que conversava tão animadamente.

 

 

- Então Konan-san, a noite está chegando e recomendo passar a noite em algum lugar logo, essas ruas são perigosas à noite. A Akatsuki está por ai e recomendo você a ir para casa.

 

 

Konan ficou em silêncio quando ouviu o nome da organização que a própria ajudou Pain a formar. Estava querendo uma distancia momentânea daquele lugar. Mas não tinha para onde ir, e Pain poderia ir á sua procura durante a noite, nas vilas mais próximas.

 

 

- Não tenho onde ficar... – ela parou, percebendo que a mulher de olhos rasgados ainda a olhava com um sorriso no rosto – E minha casa está longe daqui.

 

 

- Então nesse caso, porque não vem passar esta noite em minha casa? Meus filhos já se casaram e meu marido está falecido. Não tenho muitos amigos, seria ótimo ter uma pessoa lá em casa para quem cozinhar e conversar – ela abriu um sorriso de grande alegria no rosto enrugado.

 

 

Konan olhou a senhora em sua frente por um tempo, pensando se deveria aceitar o oferecido convite. Passar a noite numa casa qualquer poderia ajudar a mulher há ficar mais tempo longe do ruivo que a procurava sem cessar. Encarou a figura um pouco miúda a sua frente e disse:

 

 

- Arigatou, aceito o convite – e deu um sorriso fraco, vendo o rosto da mulher dar mais um sorriso sem um dos dentes e dividir o guarda-chuva florido com a moça alta e de corpo escultural.


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Notas finais do capítulo

heh olha outro capitulo aqui
agradeço pelas moças que me mandaram review e espero que me mandem mais

Vou dizendo que no próximo capitulo, farei um flash back, contando a infância que Konan, Pain e Yahiko tiveram.
Obrigada e até lá.


Tema-chan b29;