O Amor não Tem Fim escrita por Liblika, Mariapaula_ilyr


Capítulo 5
Desabafando


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Realmente espero que gostem desse capítulo



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POV Bella

 

Ah, eu tinha que sair correndo dali. Olhei pra Emmet que me encarou estranhamente esperando eu me levantar, mas pro único lugar que eu iria se me levantasse seria pra rua. Analisei a porta de saída. Não estava tão longe, mas Emmet acabou com meu plano! Ele estava parado na minha frente em um segundo.

-Não, não vai fugir, não.- ele riu pegando minha mão me encorajando.

Quando chegamos Edward abriu um largo sorriso, que me espantou de tão lindo, ele era até que bonito. Cabelo bagunçado e bronze, e lindos olhos verdes.

-Ei, Emmet. Como vai?- disse ele apertando a mão do meu irmão que também estava contente em revê-lo.

-Bem, e você?- ele disse dando um soco de leve no ombro dele. Emmet, Emmet, sempre brincalhão.

-Bem também.- disse ele como se quisesse dizer mais ou menos. Ele se virou pra mim, e eu ainda dei algumas olhadelas para a porta de saída.

-Essa aqui é a Bella, minha irmã. É ela quem vai precisar dessa consulta, não é maninha?- disse Emmet, não percebendo a estranheza com que Edward me olhava. Ele provavelmente havia se lembrado daquela noite, e de meu estado deplorável.

-Oi, prazer em conhecer.- disse ele estendendo a mão. Fiquei feliz por ele não dizer “prazer em revê-la”, porque isso me poupou explicações à Emmet de como ele já tinha me conhecido.

-Oi.- apertei sua mão fracamente. Mas no fundo, eu dizia: “Oi, é sou eu, aquela que você viu em ruínas num beco chorando porque logo vai morrer. Prazer em conhecer.”

Ele limpou a garganta, e disse fazendo um gesto com a mão pra que eu entrasse:

-Bom, vamos começar. Bom te ver de novo, Emmet.- ele sorriu pro meu irmão que me deu um empurrãozinho e voltou pra poltrona que estava sentado antes.

Eu entrei receosa, e vi o que já esperava, uma sala até que agradável, uma cadeira que parecia confortável, uma mesinha, uma poltrona de couro preto do lado, e uma estante cheia de livros do outro lado, e outros enfeites. A decoração era de muito bom gosto.

Me aproximei da poltrona, mas fiquei receosa em sentar, analisei a porta pra ver se conseguia escapar, mas com Emmet lá fora as chances eram zero.

-Fique a vontade.- disse Edward apontando a poltrona.

Me sentei receosa, não por que não era confortável, porque a poltrona era muito confortável, mas porque ainda me sentia desconfortável com o que teria de dizer. Claro que eu não planejava contar a verdade, mas como sou uma péssima mentirosa, logo ele descobriria.

-Não é confortável?- perguntou olhando meu rosto.

-Não, quer dizer, é muito confortável. É só que, bom, a situação não me é muito confortável. Não estou acostumada com psicólogos e essas coisas.- disse me desculpando. Nunca tinha tido grandes problemas então minha mãe nunca tinha me mandado ao psicólogo. Eu só tinha visto em filmes.

Olhei pra ele esperando acabar com isso logo. Ele tinha uma cara de dúvida, total confusão. Ah, qual é? Eu não sou tão doida assim sou?, pensei.

Ele sentou se na cadeira próxima à poltrona, e com um bloco de notas, e a cara de dúvida nunca deixou seu rosto. Estava começando a ficar com medo.

-Então...-começou ele – Isabella Marie Swan, certo?- disse ele conferindo.

-Bella.- eu disse automaticamente.

Ele assentiu com a cabeça.

-Porque não estou conseguindo?!- sussurrou ele pra si mesmo.

-Desculpe, o que?- perguntei.

Ele limpou a garganta.

-Hm, nada.- disse ele ainda com uma cara estranha.

Ele devia estar assim confuso por aquela noite, ou ele é doido mesmo.

-Olha se estiver com algum problema, posso voltar outra hora.- No dia de São Nunca, pensei.

-Não, não, por favor, me desculpe.- disse ele frustrado.

-Olha, tudo bem, eu sei que você me encontrou aquela noite. Ok, eu estava muito mal, quer dizer, MUITO mal. Mas é que agora estou bem. E eu acho que nem deveria estar aqui, ou, nem estaria aqui se Emmet não tivesse praticamente me obrigado. E eu não tivesse que fingir o tempo to... Ops.- disse a última parte sem querer. Mas alguma coisa nele me fazia sentir segura pra falar. Isso deve ser uma coisa normal pra psicólogos.

-A consulta é sigilosa, você pode dizer qualquer coisa.- disse ele calmamente agora.

Eu pensei sobre isso por um segundo. Ah, qual é? Ele é amigo do meu irmão, um completo desconhecido, e eu vou me abrir contando assim meus problemas do nada?! Mas apesar disso, ele não diria nada à Emmet, eu logo iria morrer, e eu já estava cansada de não dizer nada a ninguém, então antes de pensar demais e mudar de ideia eu simplesmente explodi.

-Ok, eu vou morrer.- eu ri ironicamente.

Ele se espantou por um segundo mas não deixei que ele falasse. Eu olhei pra parede então desandei a falar como uma maluca.

-É, tenho uma doença terminal. Primeiramente fiquei naquele estado, você deve se lembrar, e depois pensei: “Já que vou morrer, tenho que terminar as coisas por aqui”. Então resolvi largar o emprego e me afastar da família e dos amigos. Quero que eles continuem a vida deles normalmente sem sofrer demais, e se eles estiverem bem, então, eu posso ir em paz.- eu disse agora sentindo que estava prestes a chorar.

Eu não esperei que ele dissesse nada, e nem me virei pra ver se ele estava anotando algo, continuei.

-E o pior de tudo, é que eu nunca vou realizar meus sonhos, nem ver, sei lá, sobrinhos ou filhos crescendo. Minha vida vai estar acabada, simplesmente enterrada em um cemitério. Minha vida perfeita, sabe, eu tenho tudo que sempre sonhei desde que era uma adolescente louca por revistas de moda e uma vida de luxo. E agora que tenho tudo, e mais sonhos pela frente, a vida se esvai assim... Não é justo.

Eu finalmente o olhei, esperando que ele dissesse algo, mas ele só me encarava estranhamente. Ele não devia estar concentrado, e dizendo “E como você se sente sobre isso?”?

-Você tem certeza? Consultou outro médico?- ele disse.

-Não, mas esse médico é do melhor hospital de Nova York, e eu vi o laudo. Eu sinto... sinto que é verdade.- disse admirando aqueles olhos verdes tão profundos.

-Erros acontecem. E eu acho que você deveria contar a sua família, eles podem te ajudar.- disse ele com ternura.

-Não!- eu disse firme.- Eu não quero que eles fiquem com pena de mim, me tratando diferente só porque vou morrer.

-Mas se isso for realmente verdade, acha que eles vão ficar felizes descobrindo tudo na última hora?- parecia que ele se importava comigo.

-É pro bem deles, vai ser melhor, de qualquer maneira. E não existe “se isso for verdade”, isso é verdade.- eu disse.

-Bella...-ele começou. Olhei o relógio, o tempo tinha quase voado.

-Acho que já acabamos!- eu disse saltando da poltrona em direção a porta.

-Espere.- ele disse enquanto me alcançava.

-Sério, eu preciso ir.- desculpei me. Ok, tinha sido legal me abrir finalmente com alguém. Tirar um pouco do peso, mas agora já estava me cansando dessa piedade dele, e eu sei que teria que seria muito pior com minha família se eles soubessem.

-Sinto muito.- ele disse por fim, enquanto eu saia rapidamente indo até Emmet.

Emmet se despediu de Edward, e me deixou na porta do meu prédio.

-Obrigada, Emmet.- eu o abracei ternamente.

-Fique bem.- eu adorava seu abraço de urso.

-Manda um abraço a Rose.- eu ri.

-Pode deixar.- ele bagunçou meu cabelo como sempre fazia.

-Emmet!- reclamei abafando a risada, e ele riu alto.

Eu segui pra dentro do prédio e acenei antes de entrar no hall.


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Notas finais do capítulo

Reviews?
Desculpem não ter postado antes, mas é que estou megaa ocupada! Tenho que agradecer a Marii por postar no meu lugar
Bjs e até a próxima, Máah.