Pequenos Milagres escrita por gisellecullen


Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

MAIS UM POUKINHO PRA VCS!



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Edward  PDV

 

Acordei já sabendo o que ia fazer. Cheguei ao hospital e fui ver Mabel. Eu sempre ia vê-la todo dia de manhã.

 

Me surpreendi ao encontra-la acordada àquela hora. Ela estava sentada na cama, e começou a sacudir as peninhas no ar ao me ver.

 

– Oi Bel! O que faz acordada tão cedo – Percebi que seu cabelo já estava crescendo, e crescia rápido.

 

– O tio Calisle me fez dormir bem cedo de novo... Reglas! – Ela dizia revirando os pequenos olhinhos.

 

– É... regras... blergh! – Disse enquanto fazia uma careta, ao que ela riu.

 

– E como vai minha estrelinha?

 

– Estlelinha? Vc nunca me chamou assim tio Ed... – Ela coçava a cabeça.

 

– É... eu ando com estrelas na cabeça ultimamente... – Na verdade eram as estrelas do pedido de Bella em que eu estava pensando.

 

Me peguei novamente pensando nela, no que havia me dito ontem...

 

Só um tempo depois notei que Mabel sacudia sua pequena mão na frente dos meus olhos.

 

– Acolda cliatula! To te chamando há um tempão!! – Ela me olhava brava – Quem é ela? – Ela perguntou, agora sorrindo.

 

– Ela quem?

 

– A moça que te faz ver estlelinhas... – Se Bel não fosse apenas uma criança, eu teria visto maldade em sua frase, mas não... não era com essa intenção que ela disse o que disse. Será que aquela garotinha tinha mesmo 4 anos?

 

– Não há moça alguma Bel!

 

– Tá, me conta quando notar... – Ela me deu um beijo na bochecha e voltou a se deitar. Sem entender do que ela falava eu deixei o quarto.

 

Hoje eu iria passar o dia inteiro no hospital, e só de noite iria à casa de Bella, pois só conseguiria realizar seu terceiro item de noite.

 

Completei meu expediente e fui para casa, tomei um banho e me troquei. Peguei o carro e logo cheguei na casa de Bella. Toquei a campainha duas vezes, e ela logo me atendeu: usava um vestido florido de alcinhas, propicio para um dia quente, como o que fazia hoje.

 

– Vamos?

 

– Mas assim... do jeito que estou? – Ela dizia olhando para como estava vestida, como se algo realmente ficasse feio nela.

 

– Tem razão. Leve um casaco, pode esfriar...

 

Ela logo subiu para o quarto e em pouco tempo já estava de volta, com o casaco em mãos.

 

Foi um longo caminho de carro, até chegarmos ao ponto mais alto do estado. Abri meu porta malas e peguei o telescópio que eu havia pegado no observatório da cidade, um dos melhores que havia lá, perdendo somente para o enorme que ficava no centro do salão do observatório.

 

Coloquei-o na ponta do enorme penhasco em que estávamos. Dele dava pra ver toda a cidade, e mais algumas vizinhas. Depois de finalmente ter conseguido monta-lo, abri aporta do carro e chamei Bella, que já estava quase dormindo.

 

– Ei! Não durma ainda. Não quer ver as estrelas de perto?

 

– Como? – Ela me olhava com estranheza – Eu pensei que íamos apenas olhar daqui mesmo, já que o lugar é tão alto...

 

– Não apenas isso... olhe! – Apontei para o telescópio, que ela ainda não havia visto.

 

– Nossa!

 

Nos aproximamos dele e eu dei espaço para que Bella olhasse. Ela colocou os olhos no visor e parecia maravilhada.

 

– Edward... é... é... maravilhoso!

 

– É mesmo... – Mas eu não olhava para as estrelas, não mesmo.

 

Revezávamos a vez de olhar as estrelas. Ao simplesmente observa-las a olho nu eu não podia imaginar que elas eram tão diferentes umas das outras.

 

Na minha vez de olhar percebi algo diferente. Era uma estrela muito distinta das outas... ela se... movia.

 

– Bella, olhe isso! É uma estrela cadente!

 

Assim que ela viu a estrela, pareceu ficar maravilhada.

 

– Vamos Edward, vamos fazer um pedido! Feche os olhos e imagine qualquer coisa que queira!

 

Logo peguei-me pensando em uma garota branca, não muito alta, de longos cabelos castanhos e com olhos muito verdes.

Meu Deus! O que era aquilo?

Sacudi minha cabeça de modo que me afastasse de tais pensamentos.

 

– Pronto! Agora faça vc um pedido!

 

– Mas eu já coloquei tudo na lista...

 

– Bom... esse pedido não vai ser pra mim, e sim para a estrela...

 

Ela pareceu pensar em algo e sorriu. Logo depois começou a me encarar intensamente. Parecíamos travar uma batalha de olhares, sem ganhadores e nem perdedores, apenas nós dois.

 

Então ela desviou o olhar para um outro lado qualquer. Resolvi olhar no telescópio para ver se encontrava algo mais, alguma coisa diferente, como a estrela de a pouco tempo atrás. No entanto, na mesma hora em que fui me abaixar para olhá-lo eu não percebi que Bella havia feito o mesmo. Nossos rostos estavam a centímetros de distância, próximos demais. Seu cheiro, o cheiro de frésias recém colhidas invadiu minhas narinas, embriagando-me.

Tomado de um impulso cessei o espaço entre nós, colando meus lábios ternamente nos seus e ela não mostrou resistência. Comecei a aprofundar o beijo, que em seguida foi parado.

 

– Acho melhor... irmos... – Ela disse um tanto corada.

 

– É... é melhor... – Arrumei as coisas e coloquei todas dentro do carro. Ela então riscou o terceiro item.

 

3. Ver as estrelas mais de perto.

 

Dei partida e rumei para a casa de Bella.

 

– Então... er... tchau! –  Dei as costas para ir embora. Eu não sabia o que dizer à ela.

 

– Edward! – Virei-me de soslaio e percebi que ela estava um pouco corada.

 

Ela veio em minha direção e em seguida me beijou, me pegando desprevenido. O beijo foi curto, mas mesmo assim me proporcionou uma sensação indescritível. Logo depois ela separou nossos lábios.

 

– Tchau! – E entrou.

 

Eu fiquei um bom tempo parado do lado de fora da casa, absorvendo tudo que havia me acontecido naqueles poucos dias que eu a conhecia. Aquela garota me intrigava, intrigava demais. Tirei a lista do meu bolso e a olhei. Agora ela já tinha seus três primeiros itens riscados.

 

Eu não sabia, mas sentia que Bella havia aparecido em minha vida para mudá-la, e por completo.

 

Bella PDV

 

Não sei o que m fez ter aquela atitude, se foi um impulso ou sei lá o que, mas eu havia feito... e pior; gostado!

 

Eu estava em um turbilhão de emoções e não sabia mais o que pensar.

Eu não podia me envolver com ninguém, pois isso significaria ainda mais sofrimento, para ambas as partes.

 

O item 4 era um tanto quanto... radical, uma atitude rebelde, que eu sempre quis provar, mas nunca havia feito.

 

Adormeci pensando no beijo, e nos possíveis significados que o mesmo teve para mim.

 

(...)

 

Acordei cedo com um barulho estranho vindo da cozinha. Fui até o meu armário e peguei meu bastão de basebol. Se fosse um ladrão, pelo menos uma perna o infeliz perderia!

 

Cheguei bem perto da cozinha, a passos silenciosos e percebi que havia mesmo uma pessoa lá. Pra que raios eu tinha um tigre se ela dormia quando tinha bandidos em casa? :x Rum! Bela tigre de guarda o Edward foi me arranjar... ¬¬

 

Preparei o bastão. O individuo estava agachado fuçando no armário de baixo. Nunca havia visto ladrão mais burro. Ia roubar o quê ali? Panelas??

 

Assim que ele se virou dei um grito, e se não tivesse visto o rosto do infeliz antes, tinha-lhe decido o cacete!

 

– Jasper! O que faz aqui a essas horas? Pensei que fosse um ladrão! :x

 

– Eu abri a casa com a minha chave. E como notei que vc tava dormindo, eu ia preparar o seu café...

 

– Seu bobo... Da próxima vez avise que vai vir...

 

– Tá... mas onde fica o pó de café?

 

Apontei para o armário de cima, do lado completamente oposto ao que ele estava procurando.

 

Jazz fez o nosso café e eu comecei a bebericá-lo. Agora ele me encarava ininterrupto.

 

– Que foi? :x

 

– Vc... parece mais feliz. Acho que o tratamento do Cullen está lhe fazendo bem...

 

– Ah... :D É... eu sei. Peraí!! Vc sabe sobre ele?

 

– Claro Bells... Assim que vc falou comigo aquele dia e não quis me contar sobre quem lhe propôs a lista eu fui conversar com o doutor que lhe atendeu no primeiro dia; Carlisle. Aí ele me contou o que o filho dele fazia...

 

– Nossa Jazz... como vc é desconfiado!

 

– Mas fique tranqüila, eu não vou me intrometer. Vendo vc feliz assim... estou vendo que isso é o certo. E te ver feliz é tudo que eu mais quero!

 

Levantei-me da mesa e o abracei.

 

– Eu te amo Jazz!

 

– Também te amo mana, muito!

 

Conversamos mais um tempo, até que ouvimos o som da campainha tocando.

 

Continuei sentada à mesa, e Jasper foi atender a porta.

 

– E aí doutor!

 

– Olá Jasper. Sua irmã...

 

– Na cozinha... mas cuidado: ela está armada! E com um porrete!

 

Mostrei a língua para ele.

 

– Bem, acho que vou embora...

 

Jasper despediu-se de nós e foi embora. Depois de minutos de um incomodo silêncio, Edward começou:

 

– Bom... hoje vou fazer uma coisa completamente contra a minha postura profissional. Se o pessoal do hospital me visse no lugar que vou hoje...


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Notas finais do capítulo

o que srrá que ele vai fazer?? só acompanhando pra ver!