Frenética escrita por AliceCriis


Capítulo 6
- CINCO -




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- CINCO -

            As aulas passaram rapidamente para ambos – Junie e Dan. E logo seguiram para seus carros.

            Junie ninava carinhosamente Cécilys, desmaiada em seu colo, a espera das irmãs, para voltar para casa.

            Abriu o porta-malas do carro, e em seguida pegou o malote de carregar Cécilys. Colocou a na bolsa, e encaixou o malote no banco.

            - Juro que não me surpreenderia se conseguisse escapar daqui... – Junie murmurou enquanto suas irmãs chegavam;

            - Conversamos com Jhonny e Peeter... – comentou Rose.

            - Que novidade... – Junie fechou a porta do porche irônica.

            - Chega de ironias, gêmea... – mandou Anna irritadiça.

            Junie sentou-se no banco de motoristas, e colocou o sinto, Anna sentou-se no banco de carona, e Rose – mal humorada – sentou-se atrás.

           - O que conversaram com eles? – perguntou Junie contra a própria vontade.

           - Ah... Bom foi mais ou menos uma aula de boas maneiras de como concordar com uma dama...  – Concluiu Rose.

            - Eles pediram desculpas, gêmea. – Sorriu Anna contente.

            - Bom... Estão perdoados... – bufou Junie ligando o carro, negro e acelerando pelo estacionamento.

            O jipe de Dan quase chocou-se contra o carro de Junie, pela velocidade que ele derrapou pelo estacionamento. Junie olhou pela janela e falou mal de Dan.

            - SEU GRANDE FILHO DA $#%@! BARBEIRO DO CARAMBA! COMPROU A CARTEIRA, IMBECIL? – o jipe continuou a ser acelerado até sumir da vista delas.

            - Junie... Ele é idiota... Calma... – pediu Rose.

           - Filho da mãe! – grasnou ela mais uma vez.

[...]

            Junie chegou a casa, feliz. Ter sua gata espiã novamente seria um prazer; Benny comportou-se bem á presença da gata. A garota teve um almoço farto e animado.

           Logo depois tomou um banho costumeiro, e deixou que sua gata divertisse-se no seu caro e enorme playground.

            Logo Junie fora para a cama king size, e foi embalada em um sono pelas figuras azuis bebe e verde claro, das paredes de seu quarto.

            Enfim, ela pegou no sono. Mas seus sonhos foram repletos de pesadelos, e um vilão em si, que incomodou muito – a principio – Dan.

            Dan estivera em sua mente, como o vilão de todos os pesadelos. Odiador de gatos, quebrador de prataria, atropelador de cachorros. Enfim. Os sonhos que Junie teve, não foram os pretensiosos resultados que ela gostaria de ter conseguido;

            Mas logo, não era a única coisa que a impedia de dormir de novo.

            No hall da casa, ou seja, no salão de baixo, estava sendo preparada despedida de solteiro de Elisabeth. É obvio. Amanhã seria o casamento de Elisabeth. Nada mais relaxante – ironia – do que uma despedida preocupante de solteiros – pensou Junie de mau humor.

            - Não podemos colocar um barulho muito alto! – reclamou senhora Plony, no andar de baixo.

           - É obvio que podemos, meu bem! – gritou Mercii.

            Mercii, era o amigo, conselheiro amoroso, estilista, festeiro e mega biba da família. Era baixo e magrelo, tinha a estatura completa de uma garota. Nunca gostava de aceitas as opiniões “modísticas” de Junie – Era uma guerra sem fim. Junie preferia um estilo normal e conservador e até em certas ocasiões o sensual era cogitado. Mais já para Mercii, moda era ofuscante e colorido. Esbanjava flores e glitter sobre as roupas, não se importando as quão chamativas elas fossem.

           Mercii odiava aceitar qualquer conselho de qualquer pessoa. Ele era tão do contra, que por seu pai sonhar com um garoto forte, másculo. Ele virou gay. Que por seu amado “bofe diliça” querer que ele continuasse o loirinho de olhos azuis, ele pintou o cabelo com tons de roxo e mechas laranjas. E os olhos azuis com lente incolor, foram substituídos por lentes vermelhas.

           Ao encontrar com crianças na rua, um belo dia Mercii, foi preso por um guarda no pátio da praça, achando que ele estava assustando uma garotinha de três anos e meio.

            - Não devemos exagerar nas cores... Temos que dar ênfase aos GO-go boys... – comentou a velha empregada.

            - É claro amiga! Mas não podemos abrir mão do luxo, ouviu bebê? – retrucou a mega hiper biba.

            - Tudo bem... Podemos entrar em um consenso? – perguntou Junie descendo as escadas, totalmente descabelada, e com seu pijama floral completamente amassado.

            - Tô passada, amiga! – gritou a biba ao ver Junie daquele jeito. – A pequena canguru está se preparando para a festa? – perguntou esnobando.

            - Cala boca, biba de uma figa! – bocejou Junie no ultimo lance de escada.

           - Não pode mais falar a verdade, pequena canguru? – perguntou o gay, gozando de novo.

           - Eu quero que entrem em um consenso ou expulso vocês daqui imediatamente! – gritou Junie andando para a cozinha.

            - Convidei o bofe diliça pra festa, amor! – contou ele de forma metida.

           - E o que me importa? – perguntou Junie na porta da cozinha sendo seguida por ele.

            - Ele aceitou em ser um dos streapers! – gritou o gay pulando de animação.

-          Eu não posso ficar para a festa... Sinto muito em desapontá-lo. – Junie chegou á cozinha, abriu a geladeira e pegou um copo de leite com chocolate.

           - Sua mãe vai ficar tão triste, pequena canguru! – Mercii tinha uma voz esganiçada e monotonamente chata.

            - Ela sabe que tenho que estar preparada para o estadual. É o meu futuro que está em jogo, biba... – abafou Junie engolindo o conteúdo do copo.

            - Mas vai poder ir ao casamento pelo menos não é? – perguntou o gay desolado.

            - Ah, claro. Eu sempre incentivei o relacionamento de Elisabeth e Harry seria mais que um crime eu não estar presente na cerimônia, não achas, Mercii?

           - É... Eu tenho certeza, pequena canguru... – pausou ele desanimado – Ah! – ele explodiu em animação – Cécilys vai ir ao casamento também não é, pequena canguru? – perguntou ele extasiado.

           - Ah... É claro, uma das damas de honra... Como eu e as garotas... – Junie levantou a sobrancelha, colocando o copo na pia.

            - Ela carregará as alianças, pequena canguru! – explodiu de emoção, a biba.

           - Ficou doido? Aquelas alianças pertenceram ao meu pai, e ao meu avô! Quer que minha gata espiã desapareça no meio da cerimônia com as alianças?! – perguntou Junie estupefata.

            - Bobagem pequena canguru... Não seja tão preocupada. Ela voltou, não é?  - perguntou Mercii.

            - Mas eu não faço idéia de quando ela vai desaparecer de novo! – berrou Junie em retorno ao hall.

            As paredes estavam forradas por cortinas de veludo negro avermelhado, e o chão possuía um tapete de cetim. Um palco longo e cadeiras confortáveis em sua volta faziam o meio da sala.

            Ao seu redor, luzes que se moviam e mesas com comidas e bebidas. A sala estava abarrotada de itens sensuais e mesas para Martini e Vodka.

           Junie deu os parabéns á Mercii.

-          É um ótimo trabalho, querida... – elogiou Junie.

            - O que esperava de mim, pequena canguru? – perguntou de maneira extrovertida.

            - É... Tenho que cair na piscina e treinas mais dez segundos a menos... Sinto muito não pode estar na festa... Mais sobrará mais de seu bofe diliça, só pra você... – caçoou Junie subindo as escadas novamente.


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